• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS CURSO DE ZOOTECNIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS CURSO DE ZOOTECNIA"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS

CURSO DE ZOOTECNIA

ANA INDIRA BEZERRA BARROS GADELHA

FATORES CLIMÁTICOS E COMPORTAMENTAISDE EMAS (Rhea americana, Linnaeus, 1758) ALIMENTADAS COM DIFERENTES DIETAS

MOSSORÓ 2018

(2)

ANA INDIRA BEZERRA BARROS GADELHA

FATORES CLIMÁTICOS E COMPORTAMENTAIS DE EMAS (Rhea americana, Linnaeus, 1758) ALIMENTADAS COM DIFERENTES DIETAS

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Zootecnista.

Orientadora: Prof.ª Dra. Marcelle Santana de Araújo.

MOSSORÓ 2018

(3)
(4)

G111f Gadêlha, Ana Indira.

FATORES CLIMÁTICOS E COMPORTAMENTAIS DE EMAS (Rhea americana, Linnaeus, 1758) ALIMENTADAS COM DIFERENTES DIETAS / Ana Indira Gadêlha. - 2018.

43 f. : il.

Orientadora: Marcelle Araújo . Coorientadora: Aracely Ricarte.

Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Zootecnia, 2018.

1. Análise comportamental. 2. Nutrição animal. 3. Rheacultura. 4. Rhea americana. I. Araújo , Marcelle , orient. II. Ricarte, Aracely, co- orient. III. Título.

© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade

(5)

Agradecimentos

Agradeço a meu paizinho Deus por toda força e sustento que ele me deu todos esses anos, pela sua fidelidade e amor para comigo, por ser o meu provedor e por nunca me deixar só. Que toda honra e toda gloria sejam dadas para ele!

Agradeço a minha mãe Núbia Bezerra e ao meu pai Aldo Barros por todo incentivo aos meus estudos, por todo amor, pelas lições de vida e honestidade e por ter me colocado nos caminhos do Senhor desde cedo, esse é meu maior triunfo.

Agradeço ao meu irmão mais velho Fábio Junior pela amizade, por ser um excelente exemplo de inteligência, estudo e esforço, por toda ajuda acadêmica dada por ele durante toda a minha vida escolar e graduação e aos meus irmãos caçulas Alicia Ingrid e Álvaro Arnaldo pela existência, amor e vontade de vencer que despertaram em mim para que eu pudesse um dia lhes proporcionar o que eu não pude ter.

Agradeço ao meu esposo Lucas Gadelha por todo apoio, compreensão, amor e ajuda desde sua presença em minha vida. Por todas as vezes que foi me buscar e deixar na faculdade, por ter segurado o fardo do meu experimento junto comigo e dado o seu melhor como se fosse o seu experimento próprio, por todas as vezes que compreendeu quando eu não pude cuidar dele ou da nossa casa como ele merecia e por me amar incondicionalmente e ser um excelente amigo e esposo.

Agradeço a minha orientadora Marcelle Araújo por ter aceitado esse desafio de me orientar na monografia sem nem mesmo me conhecer, por entrar de corpo e alma nessa orientação, não ter medido esforços para que meu trabalho saísse ótimo e não ter medido esforços para me ajudar em nenhum momento, por ter me dado um exemplo de profissionalismo e garra e por toda paciência para comigo.

Agradeço a minha coorientadora Aracelly Ricarte por ter me acolhido desde o início da graduação como uma mãe e me envolvido no meio cientifico, por ser tão amável e prestativa, sempre disposta a ajudar.

Agradeço ao professor Moacir Franco pela confiança de lidar com os animais do setor que ele é responsável, por toda disposição para ajudar e ouvir o que eu tinha a dizer e por toda ajuda e orientação durante o experimento.

Agradeço ao professor José Ernandes por toda ajuda com minha estatística e por toda competência e disponibilidade de ajudar nas disciplinas por ele ministradas durante a graduação. .

Agradeço aos amigos que Deus me deu durante a vida e graduação Débora Xaxá, Ayala Vale, Natacha Sofia, Nayane Valente, Leyla Cardozo e Nicolas Lima por toda ajuda, amizade, incentivo e crença no meu potencial, vocês são muito importantes para mim, amo vocês demais.

Agradeço a minhas colegas Yonara Medeiros e Ionara Darcya por toda ajuda durante o experimento, a Priscila e Carmem pelo companheirismo e amizade e também aos meus otários Jack, Breno, Nayanne Oliveira e Marília Fernandes.

(6)

Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar.

(7)

RESUMO

Com o aumento dos planteis de produção da ema (Rhea americana) (carne, couro, penas, ovos e gordura), a exploração comercial tem aumentado e também o interesse por pesquisas relacionadas a essas aves (Rhea Americana), pois ainda são utilizados outros animais (avestruz e emú) como fonte de embasamento para atender as demandas nutricionais, fisiológicas, comportamentais e ambientais dos mesmos. Sabe-se que o comportamento pode ser influenciado por diversos fatores como: ambiente, dieta e manejo. Objetivou-se avaliar o efeito do ambiente sob o comportamento de emas, de 30 a 90 dias de idade, alimentadas com diferentes dietas. Os grupos experimentais consistiram em duas dietas distintas: dieta convencional e dieta alternativa. Foram com base na literatura avaliados os comportamentos (andando pelo recinto, bicando, andando de um lado para outro, forrageando, deitado, dormindo, buscando a luz, comendo ração, bebendo água, comendo fruta, coprofágia e estereotipia) relacionados a dieta (alternativa e formulada), aos horários de observação (7h, 12h e 17h), ao ambiente (temperatura corporal, umidade relativa e velocidade do vento) e a temperatura corporal (foram aferidas por meio de imagens como maneira não invasiva de mensurar a temperatura) nos grupos experimentais. As observações comportamentais foram feitas por meio do método de Scan Sampling, os dados ambientais foram coletados por meio do termo-higro-anemômetro e globo negro e os dados de temperatura corporal por meio de câmera termográfica. O teste utilizado para os dados comportamentais foi o de Kruskal Wallis a 5 % de probabilidade e para os dados ambientais, o de Tukey a 5% de probabilidade. O comportamento sofreu influência da dieta em algumas variáveis analisadas (dormindo e estereotipia que foram significativos na dieta alternativa) e sofreu influência do horário em todas as variáveis, os dados ambientais variaram com os horários e não variaram com as dietas e a temperatura corporal se manteve constante em todos os horários, independente da dieta.

(8)

ABSTRACT

With the increase of greater rhea (Rhea Americana) as an animal of production (meat, leather, feathers, eggs and fat) the commercial exploitation has increased and also the interest for research related to these animals, because other animals are still used (ostrich and emu) as source of foundation to meet the nutritional, physiological, behavioral and environmental demands that affect these animals. It is known that the behavior can be influenced by several factors such as: environment, diet and management. The aim of this work was to evaluate the behavior and effect of the environment under greater rhea, from 30 to 90 days of age, fed with balanced diet. The experimental groups consisted of two different diets: conventional diet and alternative diet. They were with base in the literature evaluated the related behaviors (walking for the enclosure, pecking, walking to and fro, foraging, lying, sleeping, looking for the light, eating ration, drinking water, eating fruit, coprophagy, stereotypy) the diet (alternative and formulated), to the schedules of observation (7:00, 12:00 and 17:00), to the atmosphere (corporal temperature, relative humidity and speed of the wind) and the corporal (they were checked through images as way no invasive of measuring the temperature) temperature in the experimental groups. The behaviors observations were made through the method of Scan Sampling, the environmental data were collected through the term-higro-anemometer and black globe and the data of corporal temperature through thermal camera. The test used for the data behaviors was it of Kruskal Wallis to 5% of probability and for the environmental data, the one of Tukey to 5% of probability. The behavior suffered influence of the diet in some varied analyzed (sleeping and stereotypy that you/they were significant in the alternative diet) and it suffered influence of the schedule in all the variables, the environmental data varied with the schedules and they didn't vary with the diets and the corporal temperature stayed constant in every schedule, independent of the diet.

(9)

LISTAS DE TABELAS

Tabela 1 - Composição nutricional da Avemicina...24

Tabela 2 - Composição nutricional das frutas utilizadas na dieta convencional...25

Tabela 3 - Ração formulada para atender à exigência de emas de 30 a 90 dias de idade...25

Tabela 4 - Comportamentos de descanso de acordo com o tipo de dieta e horário...28

Tabela 5 - Comportamentos ingestivos de acordo com a dieta e horário...29

Tabela 6 - Comportamento de movimentação de acordo com a dieta e horário...31

(10)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - Termo-higrômetro digital...27

FIGURA 2 - Globo negro...27

FIGURA 3 - Câmera termográfica e trena a laser...27

FIGURA 4 - Animais do lote da dieta alternativa, sétima semana, 7 horas da manhã...34

FIGURA 5 - Animais do lote da dieta alternativa, sétima semana, 12 horas da manhã...34

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

U.I Unidade internacional UR Umidade relativa

pH Potencial hidrogeniônico m.s-¹ Metros por segundo

UFERSA Universidade Federal Rural do Semiárido CEMAS Centro de Multiplicação de Animais Silvestres IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(12)

LISTA DE SIMBOLOS

% Porcentagem º Graus

(13)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15

2.1 Criação de emas no Brasil ... 15

2.2 Fisiologia e anatomia da digestão em aves ... 15

2.3 Dieta das emas ... 16

2.4 Entortamento de pernas ... 18

2.5 Comportamento de Emas... 18

2.6 Comportamento e índices ambientais ... 19

2.7 Termografia e termorregulação ... 20 3 OBJETIVOS ... 21 3.1 Objetivo geral ... 21 3.2 Objetivos específicos ... 21 4 METODOLOGIA DA PESQUISA... 22 4.1 Caracterização do ambiente...23

4.2 Caracterização dos animais...23

4.3 Caracterização das dietas experimentais...24

4.4 Caracterização do experimento...26

4.5 Análises estatísticas...28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 28

6. CONCLUSÃO ... 36

(14)

14

1 INTRODUÇÃO

Segundo Brasil et al. (2013), a produção comercial de ratitas era uma atividade pecuária bem reconhecida no Brasil, o benefício pela exploração de emas e emus, tem a possibilidade de aumento por causa da boa qualidade dos produtos.

A ema é considerada a maior ave do continente sul-americano, podendo pesar até 36 kg quando adultos (SANTOS, 1990) e atingir altura de 1,34 a 1,70m, essas aves não possuem quilha no osso esterno e nem capacidade de voar (SICK,1985), estão presentes em quase todo continente sul-americano, nas regiões brasileiras, são encontradas no Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul e distribuída nos demais países: Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia (DANI, 1993).

Em relação à alimentação, a ema ingere muitas coisas que vê, pois é quase total a ausência de paladar (GUNSKI, 1992).

Portanto, a atenção à dieta desses animais deve ser voltada ao balanceamento dos níveis energético, proteico e de minerais, pois em níveis superiores aos recomendados podem acabar acarretando problemas de entortamento de pernas (MORATA 2005).

No que se refere ao comportamento, este recebe influência de estímulos externos (ambiente) e internos (fisiológicos) em permanente mudança (ALMEIDA et al., 2007). O benefício do entendimento do mesmo, proporciona resultados que podem ser aplicados a fim de melhorar as formas de conservação e a criação dessas espécies.

Com relação aos estímulos ambientais, muitos efeitos são vistos, segundo Azevedo et al. (2009), emas jovens são mais sensíveis ao frio e sob estresse vão em busca de abrigo, alterando seu comportamento. Por outro lado, o consumo de ração pelas aves parece estar relacionado com as condições térmicas do ambiente (CORDEIRO et al., 2010).

Mesmo com o contínuo estudo da Rheacultura, ainda existem poucos relatos de dietas desenvolvidas que atendam suas exigências nutricionais, como também do estudo do comportamento e dos índices bioclimáticos que acometem aos mesmos, consequentemente, poucos criadores conseguem atender a demanda dos filhotes de Rhea.

(15)

15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Criação de emas no Brasil

Relatos não muito recentes (PEREIRA, 2008) sinalizam a consolidação do interesse pela criação de animais silvestres com a finalidade comercial e conservacionista, tanto no Brasil como em vários outros países.

Segundo Pereira et al. (2006), o atrativo pela criação de animais silvestres como ema e avestruz ocorreu devido ao surgimento de uma nova indústria, pois as granjas de criação comercial desses animais despertaram interesse de novos criadores, se tornando uma grande alternativa zootécnica.

Por isso a ema (Rhea americana) esteve entre os mais cotados para produção, devido ao seu grande potencial reprodutivo em cativeiro, adaptabilidade, e produtos e subprodutos de excelente qualidade como carne, couro, penas, ovos e gordura (GIANNONI, 1996; SILVA, 2001; ALMEIDA 2003).

De acordo com Silva (2001) A criação de emas em cativeiro despertou interesse dos empreendedores, por ser uma atividade com perspectiva e bom lucro, pois esses animais apresentam alto valor comercial de carne, couro, pena, gordura e ovos. Em alguns lugares a produção se dava apenas em carne sendo direcionada, principalmente, a um mercado consciente sobre qualidade e saúde, como nos países do continente europeu. Essa carne se destaca por ser livre de parasitas que podem ser transmitidos ao consumidor e por apresentar perfil de lipídeos quantitativos, apresenta valor calórico menor que a bovina, de frango e suína, além de ter elevado teor proteico e boa aceitação ao consumidor, tem baixo teor de gordura intramuscular que é uma vantagem para divulgação como produto saudável, a carne de ema tende a ser uma nova opção de consumo da carne vermelha (CARRER, 2000).

2.2 Fisiologia e anatomia da digestão em aves

Rodrigues et al. (2012), encontraram em seus resultados que o aparelho digestivo de emas é composto por bico, língua, esôfago, proventrículo gástrico, ventrículo gástrico, intestino delgado e intestino grosso, com isso, afirmaram que o aparelho digestório desses animais, são semelhantes à forma e topografia para a maioria das aves, não sendo encontradas diferenças significativas entre esses animais e outras aves.

(16)

16

Bell (2002) relata que as aves não têm palato mole e nem fenda palatina conectando a cavidade oral e a nasal, assim, para beber água, a ave elava a cabeça para que desça ao esôfago por gravidade. Rutz et al. (2015) descreveu que o complexo formado pela faringe e boca, é a orofaringe, após a passagem do alimento por esse seguimento, segue para o esôfago que se dilata e dá origem ao papo (umedece o alimento e facilita a digestão), nesse aparecem as bactérias responsáveis pela produção de ácido láctico (barreira contra bactérias patogênicas).

Após passarem pelo papo, o alimento segue para o estômago glandular (proventriculo - digestão química), nele várias enzimas digestivas são produzidas e ocorre parte da digestão dos alimentos, porém as secreções seguem para à moela e lá ocorre a ação enzimática (BELL, 2002), e a trituraração e misturara dos alimentos com a secreção gástrica e saliva (RUTZ et al., 2015). A região pilórica da moela térmica no intestino delgado, onde enzimas são produzidas, auxiliando a digestão de carboidratos e de proteínas, (BELL, 2002).

As funções do intestino consistem em: terminar a digestão do alimento e fazer a absorção dos nutrientes (RUTZ et al., 2015).

Entre o intestino delgado e o grosso, aparecem os cecos, nesses ocorrem uma parte da digestão de carboidratos e proteínas, por meio das bactérias, também a produção de ácidos graxos voláteis, por fermentação microbiana (RUTZ et al., 2015).

Depois de algum tempo, o ceco contrai e o seu conteúdo é impulsionado ao intestino grosso e finaliza na cloaca (RUTZ et al., 2015).

2.3 Dieta das emas

Segundo Pereira (2008), a ema é considerada um animal onívoro, pois sua alimentação na natureza é composta basicamente de vegetais, insetos e pequenos invertebrados, e realiza também, a coprofagia.

Os hábitos alimentares das ratitas são diversos, de acordo com Lopez Calleja e Bonzinovic (2000), estes animais possuem cecos bem desenvolvidos e são adaptados ao aproveitamento de fibra, porém devido ao seu comprimento, precisam de energia para corrida, sendo chamados de “herbívoro-onívoros”. Outro hábito alimentar é a coprofagia que é relatada para a maioria das aves herbívoras, como avestruz, ema e emus.

Segundo Almeida (2007), a fermentação bacteriana contribui para entrada de nutrientes. Nesse caso, animais herbívoros com ceco-funcional podem lançar mão de duas estratégias para fazer a utilização dessa fermentação (BERNARDI, 1993): a adaptação a

(17)

17

cecotrofagia (estratégia nutricional observada em coelhos e capivaras) ou a coprofagia para realizar o aproveitamento de produtos da fermentação microbiana (como proteínas e vitaminas do complexo B), sendo essa utilizada pelas ratitas.

Almeida (2007) em experimento conduzido com emas, em fase de crescimento, obteve como resultado de seu trabalho que a frequência com que os animais demonstravam interesse pela prática da coprofagia foi menor quando ofertou-se alimento contendo feno de rami que possui maior quantidade de fibra do que com feno de capim Napier.

Com relação à dieta, Silva (2001) mencionou que a formulação de ração para emas, baseia-se em conhecimentos de outras espécies como avestruz, emu, frangos e poedeiras, porém, a metabolização da energia e a digestibilidade dos nutrientes nas emas são diferentes comparativamente com valores determinados para estes animais. O não conhecimento das informações pode ocasionar sub ou super nutrição e não trazer resultados positivos na produção e reprodução, ocasionando desiquilíbrios nutricionais e na rentabilidade econômica da atividade. Além disso, a quantidade de ração fornecida também é importante, no sentido de que uma boa alimentação deve ser projetada para oferecer níveis corretos de nutrientes.

Em relação a quantidade de ração, Pereira (2008) afirmou que a ração de boa qualidade, pode ser oferecida na primeira semana de vida sem restrições, da segunda semana até 2 (dois) meses de idade, a oferta deve ser de 8% do peso dos animais, 2 (duas) vezes ao dia, do segundo mês até o quinto mês, 5% do peso, do 5° (quinto) mês até o abate, 4%. Nas fases de mantença e postura, a sugestão é de 2% uma vez ao dia. O autor acrescenta que a parcela de ração oferecida, deve ser calculada levando-se em consideração à abundância e as propriedades da pastagem disponível.

Segundo Silva (2001), para produtores que pretendem formular a própria ração, deve-se fazer com muito cuidado, pois aves como as emas (ratitas) não têm tanta tolerância a más formulações e erros de mistura quanto bovinos e suínos.

Ainda em relação ao manejo alimentar, Pereira (2008), também sugere que sejam oferecidas pedras pequenas às emas, em seu manejo, pois essas ao serem engolidas permanecem no ventrículo (moela) e tem função de moer alimentos, proporcionando melhorias nas contrações das paredes desse órgão.

Dentre as exigências nutricionais, o cálcio deve manter, com o fósforo, relação em torno de 2:1, para se evitar a desmineralização óssea (FLIEG, 1973).

Em relação ao nível de energia Saracura (1993) sugere o valor de 2.000 kcal EM/kg de ração resultando em aves com bom desenvolvimento e isentas de problemas de pernas.

(18)

18

Para os níveis de vitamina E, Silva (2001) indica que esses devem ser mantidos em torno de 400 U.I. por kg de ração, ajudando no controle do estresse nos animais.

2.4 Entortamento de pernas

Segundo Silva (2001), o entortamento de pernas é causado principalmente pela falta de exercício do filhote ligado ao fornecimento de ração em excesso. Para evitar que esse tipo de problema aconteça é essencial oferecer ao animal, nutrição balanceada e ambiente amplo que não cause lesões. O aparecimento dessas doenças está diretamente relacionado com a dieta, o manejo alimentar e o tipo de recinto utilizado (WEBB, 1980; MACIEL, 1989).

Dessa maneira, Pereira (2008) também afirma que o entortamento de pernas diminui o crescimento e proporciona a morte desses animais.

Outro fator de entortamento foi citado por Saracura (1993), relatando que 42%das instituições mantedoras de emas, em cativeiro, tiveram ocorrência de entortamento de tarsometatarso em filhotes e 21% obtiveram filhotes com doenças nutricionais.

Collins (1971) atribuiu que a desconsideração dos aspectos comportamentais e psicológicos, seria outro fator que afeta o desenvolvimento dos filhotes em cativeiro. Essa sugestão pode estar associada a pouca movimentação dos filhotes em condições de cativeiro.

Bruning (1973) também relatou a ocorrência de pernas tortas em filhotes de ema com duas semanas de idade, atribuindo a causa do problema à deficiência de cálcio na dieta ou sua disponibilidade metabólica. No entanto, deficiência de outros nutrientes como manganês e zinco (WALLACK, 1970; WALLACK E BOEVER, 1983), metionina e colina (FLIEG, 1973), vitamina E e/ou selênio (BRUNING e DONSELEK, 1986), poderiam explicar o entortamento do tarso-metatarso, além do excesso de proteína (REECE E BUTLER, 1984).

Os níveis de gordura podem contribuir para indisponibilizar o cálcio (GUITTIN, 1986), dessa maneira, o excesso de calorias nas rações utilizadas provenientes de gordura vegetal, podem causar prejuízos na absorção de cálcio resultando em má calcificação dos ossos.

2.5 Comportamento de Emas

Segundo Tinbergen (1980), movimentos não consistem em apenas locomoção, compreendem também os movimentos que os animais fazem quando comem, acasalam ou respiram.

(19)

19

Por meio do estudo comportamental, em cativeiro, pode-se obter informações úteis que possibilite introduzir modificações mais adequadas no manejo dos animais, resultando em maior desempenho produtivo e bem-estar animal (AZEVEDO et al., 2009). Ainda, em acordo com os mesmos autores, a ema apresenta uma estrutura social gregária, fracamente coesiva fora da estação de acasalamento, com fraca dominância dos machos.

Ao descrever a atividade de filhotes saudáveis de emas, Sanchez (1996), usou um método de amostragem de tempo, onde ocorre 30 minutos de intervalo das observações e nesse intervalo foi possível determinar uma pauta comportamental para filhotes saudáveis, e então, encontrou-se que os filhotes saudáveis passavam 44% do tempo caminhando, em área de aproximadamente 100m², reforçando a ideia da importância do exercício na prevenção de anomalias de crescimento, pois na natureza esses animais andam quilômetros por dia, à procura de alimento, favorecendo o fortalecimento dos membros.

Em vida livre, pode-se achar grupos de emas com mais de 40 aves e é comum mais de uma família se encontrar e viver em paz numa mesma área (SILVA, 2001). Essas aves são ágeis e fortes, para proteger suas crias podem ser ameaçadoras, porém, em cativeiro são aves dóceis (MELLO, 1987).

2.6 Comportamento e índices ambientais

O animal é capaz de perceber as mudanças no ambiente muito antes que aconteçam, antecipando sua resposta. Essa percepção pode se dar pelo cheiro, tato e temperatura. Estes são desenvolvidos em várias e diferentes espécies. Em relação à fisiologia, o reflexo comportamental é uma resposta espontânea ao estímulo do ambiente. Um reflexo por mais simples que seja envolve receptores, neurônios afetores, interneurônios e neurônios efetores, aonde um simples reflexo vai da coluna espinhal até o centro cerebral anterior e posterior, modificando-o e retornando como reflexo espinhal (AZEVEDO et al., 2009).

Para responder a esses estímulos ambientais, os animais utilizam a visão, a audição, o paladar, o olfato e o tato, os quais são estimulados por receptores específicos localizados em várias partes do corpo (CAMPOS, 2000).

Contudo, dentre os fatores ambientais McDOWELL (1974) e Medeiros (2011) afirmaram que a temperatura do ar é, pode ser o fator bioclimático mais importante que influencia fisicamente o âmbito do animal. Dessa forma, a temperatura do ambiente é importante no conforto do animal e no funcionamento de processos fisiológicos (ZANOLLA,

(20)

20

Souza (1996), afirmou que altos valores de temperatura do ambiente (TA) atuam desfavoravelmente sobre a produção dos animais em crescimento, provocando menor ingestão de ração, consequentemente, reduzindo o ganho médio de peso e aumentando a mortalidade, especialmente nos dias que antecedem o abate, com prejuízo de conversão alimentar e do índice de eficiência produtiva.

De acordo com Freeman (1969), ambos os fatores climáticos umidade relativa do ar (UR) e temperatura ambiental estão intimamente ligados ao conforto térmico do animal, pois em temperaturas muito elevadas, o meio pela qual as aves perdem calor é a evaporação, que depende da UR, pois quanto maior a UR, menor a perda de calor evaporativo.

De acordo com Baião (1995), o valor de UR não deve ultrapassar 80% para aves, para não afetar a dissipação de calor dessas por evaporação.

A velocidade do vento também pode ser avaliada no âmbito de produção animal, a máxima recomendada para aves adultas, é de 0,2 a 0,5 m.s-¹, no inverno, e até 2,5 m.s-¹, no verão. Em aves jovens, o limite é menor, podendo ocorrer doenças pulmonares, acima dos valores recomendados (CURTIS, 1983).

O ITGU (Índice de Temperatura do Globo Negro e Umidade) foi relatado por Buffington et al. (1981) como o indicador mais preciso de conforto térmico e da produção animal.

2.7 Termografia e termorregulação

Segundo Nääs et al. (2010), a termografia é uma tecnologia não invasiva que permite mapear a temperatura superficialmente sem interferir no comportamento e pode ser utilizada em diversas atividades que envolvem a produção de aves.

Em acordo com Kotrba (2007), as imagens termográficas permitem, melhor entendimento sobre a termorregulação junto às mudanças da temperatura da superfície corporal e a influência do ambiente no bem-estar do animal.

O ambiente térmico pode ser representado pela zona de termo neutralidade (ZT), onde o indivíduo se encontra em conforto térmico, pois a taxa metabólica do animal diminui e a regulação de temperatura corporal ocorre apenas por mecanismos não evaporativos, minimizando o esforço do animal para adquirir ou eliminar energia térmica. Contudo, quando o animal se encontra na temperatura critica inferior (TCI), há necessidade de perder calor para o ambiente, o esforço do organismo para evitar a perda de energia térmica é uma medida do estresse causado pelo frio e pode se agravar até o limite de sobrevivência. Semelhantemente,

(21)

21

quando a temperatura ambiente se eleva além da temperatura crítica superior (TCS), o organismo reage ao estresse pelo calor, porém o nível de calor metabólico não pode ser reduzido por estar no mínimo (SÁ-FILHO, 2018).

Os mecanismos de perda de calor pelas emas são os mesmos conhecidos para demais aves. Segundo Taylor et al. (1971) o mecanismo principal que a ema utiliza para perder calor, em condições ambientais de temperatura elevada, é aumentando sua frequência respiratória, porém se a evaporação através da respiração não for suficiente para dissipar o calor, ela pode armazena-lo e vir a óbito. O mecanismo de troca térmica por evaporação ocorre na forma da ofegação, devido à ausência de glândulas sudoríparas nas aves, porque demanda trabalho muscular, aumentando a produção de calor e afetando a capacidade de manter a temperatura corporal numa faixa considerada ideal (BORGES et al., 2003). Outro meio de dissipação de calor é a convecção, Araujo et al. (2008) proferiram que a perda de calor por convecção de emas, no semiárido, foi baixa em função da utilização do mecanismo latente de transferência de calor, que implica em menor produtividade.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar o efeito de diferentes dietas e dos horários do dia para emas, de 30 a 90 dias de idade, mantidas em cativeiro em clima semiárido.

3.2 Objetivos específicos

1) Mensurar comportamentos de descanso, ingestivos e de movimentação de emas, em fase de crescimento, conforme a dieta recebida e o horário do dia.

2) Mensurar temperatura corporal de emas em fase de crescimento, conforme a dieta recebida e o horário do dia, por meio de um método não invasivo.

3) Avaliar os parâmetros ambientais nos diferentes horários do dia para emas mantidas em cativeiro.

(22)

22

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

4.1 Caracterização do ambiente

O experimento foi realizado no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS), da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), localizado na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, no período de 7 de abril a 7 de junho de 2018.

Os galpões utilizados para o experimento eram de alvenaria, cobertos por telha de barro e com dimensionamento de 3,00 x 6,00m, piso de concreto com as laterais em telas metálicas e cortinas, para minimizar o vento, para melhor conforto dos animais foram utilizadas campânulas. Os piquetes possuíam dimensionamento 20,00 x 10,00m, com piso de areia limpos diariamente evitando consumo de corpo estranho, com sombreamento natural proporcionado por duas mangueiras, no grupo experimental que consumiu a dieta alternativa e duas cajaraneiras, no que consumiu dieta convencional.

O clima de Mossoró é semiárido com precipitação média anual de 674 mm, dos quais cerca de 550 mm ocorrem entre fevereiro e maio. A umidade relativa média anual é de 68,9%, enquanto a temperatura média anual é de 27,7 ° C, variando de 27,2 ° C em junho a 28,4 ° C em fevereiro (VANOMARK et al., 2018).

4.2 Caracterização dos animais

Foram utilizados doze filhotes de emas, com 30 dias de idade, identificados com um colar numerado e com média de peso corporal de 775,00g, separados em dois grupos experimentais. Para o primeiro grupo, foi fornecida dieta convencional, ofertada pelo setor (CEMAS) composta de ração comercial, frutas, forragem e suplemento vitamínico, para o segundo, foi ofertada dieta alternativa, sendo esta composta somente de ração balanceada. O fornecimento de água foi à vontade. No primeiro dia, os animais foram pesados e homogeneizados nos diferentes tratamentos.

(23)

23

4.3 Caracterização das dietas experimentais

A dieta convencional foi baseada no manejo do setor CEMAS-UFERSA, composta por ração (Avemicina -Tabela 1, ração para poedeiras em fase inicial), forragem disponível no setor, frutas (peso médio de - Tabela 2) e suplemento vitamínico misturado à água (Vitagold) e Organew a 1%. A dieta alternativa foi confeccionada na fábrica de ração da UFERSA (Tabela 3) com os alimentos: milho moído, farelo de soja e farelo de trigo. Para a composição química dos alimentos, seguiu-se a recomendação de Rostagno et al. (2017) e para as exigências nutricionais de emas aos 30 dias de idade Bastos (1998).

O consumo médio da Avemicina e da ração da dieta alternativa, foram 116,38g/animal/semana e 60,25g/animal/semana, respectivamente.

(24)

24

Tabela 1 - Composição nutricional da Avemicina

Nutrientes Quantidade Proteína (g/kg) 230,00 Umidade (g/kg) 130,00 Extrato Etéreo (g/kg) 30,00 Fibra Bruta (g/kg) 40,00 Matéria Mineral (g/kg) 100,00 Cálcio máximo (g/kg) 12,00 Lisina (g/kg) 13,40 Treonina (g/kg) 8,00 Metionina (g/kg) 6,00 Cobalto (mg/kg) 0,30 Ferro mínimo (mg/kg) 45,00 Cobre mínimo (mg/kg) 9,00 Manganês mínimo (mg/kg) 90,00 Zinco mínimo (mg/kg) 75,00 Vitamina k3(mg/kg) 4,00 Vitamina B6 (mg/kg) 4,00 Ácido Fólico (mg/kg) 1,00 Biotina (mg/kg) 0,10 Vitamina C (mg/kg) 250,00 Sódio mínimo (mg/kg) 2.300,00 Iodo mínimo (mg/kg) 1,50 Selênio mínimo (mg/kg) 0,50 Colina (mg/kg) 700,00 Vitamina B1 (mg/kg) 3,00 Vitamina B2 (mg/kg) 15,00 Niacina (mg/kg) 50,00 Ácido Pantotênico (mg/kg) 30,00 Vitamina B12 (mcg/kg) 30,00

Vitamina A mínimo (UI/kg) 20.000,00 Vitamina D3 mínimo (UI/kg) 5.000,00

Vitamina E mínimo (UI/kg) 35,00

Nicarbazina (mg/kg) 12,00

Bacillus subtiles (UFC/kg) 1,00 x 10E8

(25)

25

Tabela 2 - Composição nutricional das frutas utilizadas na dieta convencional Fruta Energia (g) Proteína (g) Lipídio

total (g) Carboidrato (g) Fibra total (g) Banana 89 1,09 0,33 22,84 2,60 Mamão 39 0,61 0,14 9,81 1,80 Melão 36 0,54 0,14 9,09 0,80 Melancia 30 0,61 0,15 7,55 0,40

Fonte: IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA) - Tabelas de composição nutricional dos alimentos consumidos no Brasil (2008-2009)

Tabela 3 – Ração formulada para atender à exigência de emas de 30 a 90 dias de idade

Ingrediente Quantidade Milho Moído 32,00 Farelo de soja 23,30 Farelo de trigo 38,24 Fosfato Bicalcíco 1,85 Calcário Calcítico 2,20 Sal 0,56 Óleo de Soja 0,05 Inerte 1,64 Premix Vitamínico 0,05 Premix Mineral 0,10 Total 100,00 Composição Química Proteína bruta (%) 18,33

Energia Metabolizável (kcal/kg) 2235

Fibra Bruta (%) 5,357558

Lisina Digestível (%) 0,8

Metionina + Cistina digestível (%) 0,53

Treonina Digestível (%) 0,64

Cálcio (%) 1,4

Fósforo Disponível (%) 0,6

Sódio (%) 0,24

* Níveis de garantia por kg do produto: vitamina A 10.000.000 UI, vitamina D 2.000.000 UI, vitamina E 30.000 UI, vitamina K 3,0 g, tiamina 2,0 g, riboflavina 2,0 g, piridoxina 6,0 g, cobalamina 1,5 g, ácido pantotênico 12 g, ácido fólico 1,0 g, biotina 1,0 g, niacina 50g., 20 g, ferro 100 g, selênio 0,25 g, iodo 2,0 g, manganês 160 g, zinco 100 g, veículo q.s.p.

**Inerte: Areia lavada.

4.4 Caracterização do experimento

A medição do deslocamento dos animais dentro do recinto foi feita por intermédio do Método de Scan Sampling (a cada intervalo de tempo, os animais são visualizados e registradas o que estão fazendo). As observações foram feitas em 3 horários diferentes do dia as 7 horas, 12 horas e 17 horas, essas ocorreram em um tempo de 45 minutos, sendo 5

(26)

26

minutos de observação e 5 minutos de pausa. Foi obedecida distância mínima de 3 (três) metros dos piquetes, a fim de interferir o mínimo possível nas variáveis observadas. Todos os dias, os animais foram soltos no piquete as 7 horas da manhã para a observação desses em vida livre, durante o período de 45 minutos, após esse período foram fornecidas as respectivas rações dos grupos experimentais. As emas ficaram em média de 2 horas soltas, com acesso a ração, depois foram recolhidas.

Foi utilizado delineamento experimental=Fatorial 2x3 (2 dietas e 3 horários de observação) compondo 6 tratamentos, 1 repetição por tratamento e 6 aves em cada repetição.

Para avaliação do comportamento, as variáveis observadas foram: dormindo (descansar em estado de sono), ajoelhada (dobrar os joelhos no chão), deitada (contato do corpo com o chão e manter-se apoiado), comendo ração (ingerir concentrado), forrageando (consumir forragem e folhas), coprofagia (ingerir fezes), bebendo água, estereotipia (animais bicando suas penas ou de outros animais, bicar o dorso, comportamento de fuga), buscando a luz (direcionar-se para fonte de luz no recinto), caminhando (locomover-se pelo recinto), bicando (bater com o bico em algum objeto ou no chão).

A análise comportamental foi feita com o intuito de avaliar o exercício dos animais, as observações tiveram duração de 30 minutos em cada horário, baseado no que foi utilizado por Azevedo (2004).

Foram capturadas imagens por meio da câmera termográfica da marca Flir para mensurar as faixas de temperatura expressas no corpo dos animais nos três horários e essas imagens foram analisadas no programa ThermaCAM Researcher Pro 2.10. A distância da câmera em relação aos animais, foi mensurada através de uma trena a laser.

Os parâmetros ambientais (umidade relativa do ar, temperatura ambiental, velocidade do vento e ITGU – Índice de Temperatura de Globo e Umidade), foram mensurados por meio do termo-higro-anemômetro Instrutherm thal-300 e globo negro, tais como velocidade do vento, temperatura ambiental e umidade relativa nos determinados horários. O cálculo de ITGU foi feito utilizando-se a seguinte formula (EMBRAPA, 2016):

ITGU= 0,72 (Tgn + Tbu) + 40 Sendo que:

Tgn: Temperatura do globo negro em ºC

(27)

27

Figura 1: Termo-higrômetro digital. Figura 2: Globo negro.

Figura 3: Câmera termográfica e trena a laser.

4.5 Análises estatísticas

As análises estatísticas foram realizadas no programa Infostat. As estatísticas dos dados comportamentais foram realizadas em teste não paramétrico Kruskal Wallis ao nível de 5% de probabilidade. A estatística das médias dos parâmetros ambientais e temperatura corporal foi realizada utilizando teste de Tukey à 5% de significância.

(28)

28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com relação aos comportamentos de descanso (Tabela 4), houve interação significativa (p<0,05) para ajoelhada e deitada, a frequência do comportamento dormindo sofreu influência somente da dieta.

Tabela 4 – Comportamentos de descanso de acordo com o tipo de dieta e horário Horário Dieta 7 h 12 h 17 h Média Dormindo Convencional 0,04 0,04 0,01 0,03 a Alternativa 0,13 0,24 0,13 0,17 b Média 0,09 0,14 0,07 Ajoelhada Convencional 0,04 AB 0,21 BC 0,08 ABC 0,11 Alternativa 0,02 A 0,17 C 0,04 AB 0,07 Média 0,03 0,19 0,06 Deitada Convencional 0,04 A 0,55 B 0,67 B 0,42 Alternativa 0,05 A 0,63 B 0,51 B 0,40 Média 0,04 0,59 0,59

Valores seguidos da mesma letra são semelhantes pelo teste de Kruskal Wallis (5%).

Para o comportamento dormindo observou-se que maior frequência ocorreu nos animais que receberam dieta alternativa. O sono é fundamental para o bem-estar das aves (MORAES, 2006). De acordo com Rutz e Bernundez (2004), o sono é um fenômeno fisiológico comum em aves, este auxilia as aves a enfrentar condições estressantes do meio, sendo fundamental para seu bem-estar. Segundo Meddis (1975), a inatividade ocorre durante o período escuro e resulta em menor gasto de energia devido ao relaxamento muscular.

Em relação a variável ajoelhada as médias observadas dentro da dieta convencional foram semelhantes, por outro lado para os animais da dieta alternativa houve diferença significativa desse comportamento no horário de meio dia, onde as aves passaram a maior parte do tempo exercendo o comportamento, isso pode ser explicado devido a esse horário de observação ser o mais quente chegando a temperaturas médias semanais de até 29,6ºC. Schimid (1998) relatou que em quadros de estresse pelo calor as aves recorrem a vários mecanismos para minimizá-lo tais como: diferentes posicionamentos de pernas, abertura de asas de forma a expor a região ventral altamente vascularizada e aumento da taxa de respiração e transpiração.

(29)

29

No que se refere ao comportamento de deitada, os animais desse experimento nos primeiros horários da manhã eram soltos em pasto e sempre exploravam o ambiente na qual eram expostos não apresentando comportamento de deitar-se como nos demais horários que estavam em cativeiro, independente da dieta utilizada. Segundo Bruning (1974), as emas possuem hábitos diurnos. Corroborando os dados obtidos, Morata (2006) observou que nos períodos da tarde e noite os animais passaram mais tempo descansando e dormindo.

É relevante proporcionar aos animais um ambiente e manejo na qual seu bem-estar seja preservado e eles possam manifbem-estar seus comportamentos de descanso de acordo com os hábitos de sua espécie, mesmo estando em cativeiro.

Em relação a interação dos comportamentos ingestivos, todos resultados foram significativos (Tabela 5).

Tabela 5 – Comportamentos ingestivos de acordo com a dieta e horário Horário Dieta 7 h 12 h 17 h Média Comendo ração Convencional 0,51 A 0,56 B 1,68 C 0,92 Alternativa 0,47 A 0,42 AB 1,37 C 0,75 Média 0,49 0,49 1,52 Forragem Convencional 0,74 C 0,41 B 0,31 B 0,49 Alternativa 0,02 AB 0,02 A 0,00 A 0,01 Média 0,38 0,21 0,16 Coprofagia Convencional 4x10-03 A 0,10 AB 0,14 AB 0,08 Alternativa 0,07 AB 0,19 B 0,17 AB 0,14 Média 0,04 0,15 0,15 Bebendo água Convencional 0,21 AB 0,07 AB 0,13 AB 1,14 Alternativa 0,08 A 0,21 B 0,03 A 1,1 Média 0,14 0,14 0,08

Valores seguidos da mesma letra são semelhantes pelo teste de Kruskal Wallis (5%).

Em relação ao consumo de ração, os resultados indicam que as 17 horas foi o horário de maior consumo, provavelmente, pela temperatura mais amena, diferenciando este horário de todos os outros tratamentos.

Segundo Harris Junior (1975), pesquisas demonstraram que as condições térmicas do ambiente estão relacionadas com o consumo de ração, comprovando que a ingestão

(30)

30

segundo Schimid (1998), um dos principais sintomas de estresse pelo calor é a redução do consumo de ração.

No grupo experimental que recebia dieta convencional os animais estavam adaptados ao consumo de forragem, caminhavam mais em busca de forragem e consumiam mais forragem quando comparado aos animais do grupo experimental da dieta alternativa que em seu manejo estavam adaptados a consumir apenas ração balanceada. Além disso, o recintos onde estavam os animais que receberam dieta convencial, era sombreado por uma cajaraneira, enquanto na dieta alternativa, o sombreamento era por meio de uma mangueira, durante as observações, percebeu-se que as emas tem preferência maior quanto a folha da cajaraneira, comparado as dá mangueira. Essa pode ser a causa de maior forrageamento nos animais da dieta convencional.

Em relação ao consumo de forragem, Azevedo et al. (2010), encontraram em seus resultados que a maioria das emas quando estavam soltas em pastejo passavam a maior parte do tempo forrageando (35%) e caminhando (28,2 %) e esses comportamentos foram mais frequentes pela manhã.

No tocante a coprofagia, os animais comeram menos fezes no grupo convencional as 7h da manhã em relação aos animais no grupo alternativo no horario de 12h. Isso pode ter acontecido devido aos turnos desse experimento que foram matutino e vespertino condizente com o encontrado por Rocha (2008) que afirma que a coprofagia ocorre com maior intensidade nesse período, sendo intercalado pelo consumo de fezes antigas e novas do mesmo animal ou de outros animais do grupo sendo muito difícil quantificar a quantidade urina e fezes ingeridas por cada animal.

Os animais da dieta alternativa beberam mais água no horário de 12h, enquanto os demais tratamentos obtiveram resultados semelhantes. Em estudo realizado por Rocha (2008), o turno da manhã apresentou maiores frequências de ingestão de água 11,78%, em relação ao turno da tarde (9,49%).

No que diz respeito aos comportamentos de movimentação, a interação foi significativa para buscando luz e bicando (Tabela 6). A dieta influenciou os comportamentos de caminhada e estereotipia, sendo a caminhada mais frequente nos animais do grupo experimental de dieta convencional e estereotipia nos animais do grupo experimental de dieta alternativa.

(31)

31

Tabela 6 – Comportamentos de movimentação de acordo com a dieta e horário Horário Dieta 7 h 12 h 17 h Média Estereotipia Convencional 0,00 0,01 0,01 0,01 b Alternativa 0,01 0,08 0,04 0,04 a Média 0,01 0,05 0,02 Buscando luz Convencional 1,08 AB 0,83 A 1,00 A 0,97 Alternativa 1,36 B 0,91 A 0,90 A 1,06 Média 1,32 0,87 0,95 Caminhando Convencional 3,57 3,24 2,95 3,26 a Alternativa 3,01 2,12 2,25 2,46 b Média 3,29 2,68 2,60 Bicando Convencional 2.19 D 1,62 C 1,19 AB 1,67 Alternativa 2,19 D 1,29 BC 1,00 A 1,49 Média 2,19 1,46 1,09

Valores seguidos da mesma letra são semelhantes pelo teste de Kruskal Wallis (5%).

Os comportamentos estereotipados mensurados podem ter sido dado como significativo pelos animais que recebiam a dieta alternativa devido aos animais não demonstrarem tanta socialização (tais como curiosidade, aproximação) com os alunos que conduziam o experimento como os animais da dieta convencional que quando percebiam a presença dos alunos apresentavam maior comportamento de socialização e não demonstravam tanto medo como os animais que recebiam a dieta alternativa, que apresentavam um comportamento de fuga maior.

Os tipos de estereotipias apresentadas pelos animais foram diversos, como bicagem de penas, próprio dorso, dorso de outros animais e susto, condizendo com o dito por Huchzermeyer (2000), que uma das modalidades de estresse é a bicagem de penas que (caracterizada como uma má adaptação do cativeiro - na qual a área mais afetada é próximo à cauda), bicagem do dorso de outros animais (menos observada no experimento) e bicagem dos animais com as próprias penas. Outro comportamento também descrito por Huchzermeyer (2000) é o pânico que se dá quando correm o mais rápido e o mais longe

(32)

32

possível na qual não conseguem nem ao menos reconhecer os obstáculos que se apresentam na corrida como arames, cercas e postes e diversas podem ser a causa desse pânico como: sons súbitos e fortes, veículos terrestres, entre outros. Os animais desse experimento também apresentavam esse tipo de comportamento, quando ouviam e viam desconhecidos que não faziam parte do seu manejo diário, e, quando ouviam algum som súbito ou forte. O susto também foi descrito por Huchzermeyer (2000) como comportamento estereotipado na qual causam tanto bicagem de objetos diversos do recinto como movimentos circulares rápidos da ave sobre seu próprio eixo, levantando as patas como se o piso estivera quente e esse comportamento também foi visto nas ratittas desse experimento, porém foi a única variável de esteriotipia não quantificada.

Em relação a busca de luz, foi maior no horário de 7h. Bressan (2005) diz que a busca pelas campânulas é um padrão comportamental das emas experimentais de desconforto em ambiente com temperatura efetivamente baixa.

No tocante ao comportamento de caminhadas, esse foi superior na dieta convencional em relação a dieta alternativa, isso pode ter ocorrido devido a superioridade do comportamento de forrageamento na mesma dieta, pois estes caminhavam mais em busca de forragem, semelhantemente, Azevedo et al. (2010), encontraram em seus resultados que a maior parte do tempo em que os animais eram soltos, eles passavam forrageando (35%) e caminhando (28,2 %).

Por outro lado, o comportamento de bicadas foi maior no primeiro horário da manhã (7h) e reduziu gradativamente ao longo do dia, resultados semelhantes foram obtidos em um estudo comportamental de emas filhotes feito por Morata (2006) na qual as emas passaram a maior parte do tempo da manhã olhando, bicando e ingerindo, à tarde despenderam mais tempo olhando, bicando e descansando e no período da noite as ocorrências foram descansando e dormindo.

Nenhum dos parâmetros ambientais foram significativos em relação a dieta (Tabela 7), indicando assim que a independente da dieta os resultados desses parâmetros não proporcionaram diferença entre os grupos experimentais.

(33)

33

Tabela 7 – Parâmetros ambientais e temperatura corporal de acordo com a dieta e horário Dieta Temperatura Ambiental Umidade Relativa Velocidade do Vento ITGU Temperatura Corporal Convencional 29,04 80,61 0,48 81,87 31,86 Alternativa 28,95 80,45 0,38 82,47 32,67 CV 9,40 18,99 43,60 4,15 3,43 Horário 7 h 26,61 A 93,39 C 0,28 A 79,27A 31,24 12 h 31,96 C 63,63 A 0,64 B 85,81B 32,37 17 h 28,41 B 84,57 B 0,37 AB 81,42A 33,18 CV 0,54 0,75 16,45 1,11 2,57

Valores seguidos da mesma letra são semelhantes pelo teste de Tukey (5%) CV: Coeficiente de Variação

ITGU: Índice de Temperatura do Globo Negro e Umidade

O resultado de temperatura ambiental em relação aos horários foi significativo no horário das 7 horas, isso ocorreu, pois, esse horário foi o que apresentou as temperaturas mais amenas registradas durante o experimento. Contudo, a umidade relativa foi significativa em relação a todos os horários (7 h, 12 h e 17 h) indicando assim que diferiu em todos os horários, sendo o horário de 7 horas, o que apresentou valores mais altos de umidade relativa. BRESSAN (2005) sugeriu que para emas em crescimento, a UR fosse mantida na faixa de 50 a 70%.

A velocidade do vento foi significativa apenas no horário de 12 horas, indicando assim, que apesar desse horário ser o que apresentava temperaturas ambientais mais elevadas durante esse experimento, também apresentou maior velocidade de vento em relação aos demais, minimizando um pouco o estresse térmico, através da incidência do vento em locais do corpo desprovido de penas das emas.

O índice de conforto térmico ITGU foi significativo as 12 horas, indicando assim que a carga térmica radiante pode ter influenciado, pois esse é maior no período mais quente do dia. Resultados semelhantes de ITGU também foram encontrados por Tinôco (1998), citado por Ferreira (1996), onde o ITGU máximo ocorreu, entre 12 e 14h. BRESSAN (2005) sugeriu que para emas em crescimento, o ITGU fosse mantido na faixa de 65 a 71.

Os resultados de temperatura corporal em relação às dietas e aos horários não diferiram entre si demonstrando assim que independente de ambos a temperatura corporal se

(34)

34

corporal de animais homeotérmicos é mantida dentro dos limites por vários mecanismos de regulação térmica que incluem respostas fisiológicas e comportamentais ao ambiente.

A termografía aplicada nas emas desse experimento demonstrou que a faixa de temperatura corporal desses animais independe dos horários foi de 29,0-33,0ºC. As temperaturas corporais do casuar e do emú variam entre 38.8 e 39.2°C. Já os kiwis, a temperatura varia entre 37,8 e 39,0°C (MOUNT, 1979).

Figura 4 - Animais do lote da dieta alternativa, sétima semana, 7 horas da manhã.

(35)

35

Figura 6 - Animais do lote da dieta alternativa, quinta semana, 17 horas da tarde.

(36)

36

6. CONCLUSÃO

A dieta alternativa aumentou a frequência dos comportamentos dormindo e o comportamento de estereotipia, contudo para as demais variáveis manteve-se semelhante à dieta convencional, sendo indicada a dieta alternativa, principalmente, pela redução na mão-de-obra. Todos os comportamentos tiveram influência dos parâmetros ambientais nos diferentes horários. A avaliação nutricional em emas necessita de mais estudos principalmente na determinação de exigências nutricionais.

(37)

37

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, G.P.; ABREU, M.M.V.; COLDEBELLA, A.; HASSEMER, J.M.; TOMAZELLI, L.I. Medidas morfológicas em função do peso e da idade da ave, por meio de imagens. Rev. bras. eng. agríc. ambient. vol.16 no.7 Campina Grande July 2012.

ALMEIDA, I.C.L.P.; MENDES, A.A.; BALOG, A.; VULCANO, L.C; Características de qualidade óssea e desempenho de avestruzes. Rev. Bras. Cienc. Avic. V.9 n.1 Campinas jan/mar. 2007

ALMEIDA, M.A. Influências dos sistemas artificial e natural de incubação e criação de emas (Rhea americana) nos índices produtivos de criadouros do estado de São Paulo. 2003.

ARAÚJO, L.C; FIGUEIREDO, J.N; PEDROZA H.P; MAIA, A.S.C; OLIVEIRA, M.F (2008). Temperatura da superfície comportal e perda de calor por convecção em emas (Rhea americana) manejadas numa região semiárida. Anais da 45° Reunião anual da sociedade brasileira de zootecnia.

AZEVEDO, A.R.; ROCHA, C.C.D.; MACHADO, M.M.T.; VIEGAS, R.C.; OLIVEIRA, R.L.F.; SANTOS, V.M.; BRAZ, S.G.T. 2009. Características comportamentais de sonorização de emas criadas em cativeiro em diferentes fotoperíodos. Zootec, Águas de Lindóia, SP.

AZEVEDO, S.C. Ecologia, comportamento e manejo de emas (Rhea americana, RHEIDAE, AVES). Universidade Federal de Minas Gerais, programa de pós-graduação em ecologia, conservação e manejo de vida silvestre. 2010.

BAIÃO, N.C. Efeitos da alta densidade populacional sobre o ambiente das instalações avícolas. In: Simposio internacional sobre ambiência e instalações na avicultura industrial, 1995, São Paulo. Anais... Campinas, SP; FACTA, 1995. p.67-75.

BASTOS, S.E.M.; LOUVANDINI, H.; NOGEUIRA, M.; CARRANZA, A.C.; LAVORENTI, A. Efeito de Níveis de Cálcio da Dieta de Filhotes de Ema (Rhea americana, Linnaeus, 1758), na Prevenção do Encurvamento de Pernas, em Cativeiro. Rev. bras. zootec., v.27, n.6, p.86-90, 1998

BELL, D. D. 2002. Anatomy of the Chicken. P 41-58. In: Commercial chicken meat and egg production. 5a edição. Edited by Donald D. Bell e William D. Weaver, Jr.. Springer.

BORGES, S.A; MAIORKA, A; SILVA, A.V.F (2003). Heat stress physiology and electrolytes for broilers. Ciência Rural 33:975-981.

(38)

38

BRAMBELL, W.R. et al. Report of the technical committee to enquire into the welfare of animals kept under intensive livestock husbandry systems. Londres, 1965.

BRASIL, C.F.; FRANÇA, V.T.; OLIVEIRA, S.S.L.; OLIVEIRA. C.F.; JÓIA, A.M. Criação de emas, Rhea americana e emu, dromaius novaehollandiae: novas alternativas para o desenvolvimento da pecuária do norte fluminense. Universidade Estadual Do Norte Fluminense, RJ, 2013.

BRESSAN, S.W. Ambiente térmico, qualidade do ar, bem-estar e desempenho produtivo de emas (Rhea americana) confinadas, em fase de crescimento. Universidade Federal de Viçosa, 2005.

BROOM, D.M. Indicators of poor welfare. British Veterinary Journal, London, v.142, p.524-526, 1986.

BRUNING, D. F.; DOLENSEK, E. P.1986. Ratites (Struthioniformes, Casuariiformes, Rheiformes, Tinamiformes and Apteryformes). In: Fowler, M. E. Zoo & Wild Animal Medicine. 2ed. Philadelphia, W.B. Saunders, p. 277-91.

BRUNING, D.F. Social structure and reproutive behaviour in the Argentine gray rhea (Rhea Americana albescens). Dissert. Abst. Internat. B 35(8):1974.

BRUNNING, D. F. 1973. Breeding and rearing rheas in captivity. International Zoo Yearbook, London, 13:163-74.

BUFFINGTON, D.E. et al. Black globe-humidity index (BGHI) as comfort equation for dairy cows. Transaction of the ASAE, St. Joseph, v.24, n.3, p.711-714, 1981.

CAMPOS, E.J. O comportamento das aves. Rev. Bras, Cienc, Avic., maio/ago. 2000, vol.2, no.2, p.93-113. ISSN 1516-635X.

CARRER, C.C.; KORNFELD, M.R. A criação de avestruzes no Brasil. Pirassununga, SP, 304p. 1999.

CARRER,C.C. O mercado de avestruz. Anuário 2000 da avicultura industrial. Gessulli Agribusiness, v.90, n.1074, p.68-74, 2000.

CHAPMAN, H.; BASS, F. 1994. Modern concepts for commercial Rhea Prodution. Palm

City: Porter Professional Publishers.83p. COLLINS, D. R. 1971. Artificially rearing rheas and emus. Journal of Zoo Animal

Medicine, Atlanta, 3 (2): 10-3.

CORDEIRO, B.R.; TINÔCO, F.F.I.;SILVA, N.J.; VIGODERIS, B.R.; PINTO, C.A.F.; CECON, R.P. 2010. Conforto térmico e desempenho de pintos de corte submetidos a diferentes sistemas de aquecimento no período de inverno. R. Bras. Zootec, v.39, n.1, p.217-224.

(39)

39

CORREIA, R. C.; KIILL, L. H. P.; MOURA, M. S. B. de; CUNHA, T. J. F.; JESUS JUNIOR, L. A. de; ARAUJO, J. L. P. A região semiárida Brasileira. Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). 2011.

CURTIS, S.E. Environmental management in animal agriculture. Ames: The Iowa State University Press, 1983. 409p.

DALMEDICO, G.; ABREU, P. G. de; COLDEBELLA, A.; SANTOS FILHO, J. I. dos. Conforcalc – manual do usuário. EMBRAPA suínos e aves, 2016.

DANI, S.;ANDRADE, M. A.; AZEVEDO, R.; SILVA, E. A.; SILVEIRA, J. A. A Ema (Rhea americana): biologia, manejo e conservação. Belo Horizonte, MG: Fundação Acangú, 1993. 136p.

FERREIRA, J.H. Posicionamento de ventiladores em galpões para frangos de corte. Viçosa, MG: UFV, 1996. 68p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Universidade Federal de Viçosa, 1996.

FEZLER, D.; BEAL, D. 1996. Rubber rhea syndrome and fading chick syndrome in rheas and ostriches. In: The Rhea Report. The official Publication of the North American Rhea Association. 3(1):16-21.

FLIEG, G. M. 1973. Nutritional problems in young ratites. International Zoo Yearbook, London, 13: 158-63.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares. Tabela de composição nutricional de alimentos consumidos no Brasil. Rio de Janeiro, 2009-2009.

GIANNONI, M. L. Emas e avestruzes: uma alternativa para o produtor rural. Jabuticabal: FUNEP, 1996

GUITTIN, P. 1986. Bow leg syndrome in ratite birds. Avicultural Magazine, Hamps, 92(2): 70-9.

GUNSKI, R. J. Análise citogenética e algumas considerações biológicas da espécie Rhea Americana - Ema (Aves: Rheidae). Jaboticabal, SP, UNESP, 1992. 129 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, 1992.

HARRIS JUNIOR, G. C. NELSON, J. S., SEAY, R. L., DODGEN, B. Effects of drinking water temperature on broiler performance. Poultry Science, v.57, n.7, p.775-779, 1975. HICKS, F.W. Influência do ambiente no desempenho das aves. Avicultura Brasileira, São Paulo, p. 75-76, set, 1973.

(40)

40

HUCHZERMEYER, F.W. Doenças de avestruzes e outras ratites. Funep, p. 392. Jaboticabal, SP. 2000.

JENSEN, J. 1989. Husbandry, medical and surgical management of ratites: part I. Proceeding of the American Association of Zoo Veterinarians, p.113-118.

JENSEN, J., JOHNSON, J.H., WEINER, S.T. 1992. Husbandry and medical management of ostriches, emus and rheas. S.L.: Wildlife and Exotic Animal TeleConsultants. 129p. KOTRBA, R.; KUNC, P.; GÜRDÍL, G.A.K.; PINAR, Y.; SELVÍ, K.C. (2007). Aplications of infrared thermography in animal production. Journal of the Faculty of Agriculture 22:329-336.

LALLY, V.E; B. F. WATSON, 1960. Humiture revisited. Weatherwise 13, 254–256.

LOPEZ-CALLEJA, V.; BOZINOVIC, F. Ecología energética y nutricional en aves herbívoras pequeñas. Rev. chil. hist. nat., v.73, n.3, 2000.

MACIEL, F. C. 1989. Criação de emas em semi-cativeiro. Mossoró: ESAM, 25 p. (Coleção Mossoroense, ser. B, nº 690).

MCDOWELL, R. E. Improvement of livestock, production in warn climate. S. Francisco, EUA, Ed. W. H. Freeman and Company. 1974. 711p.

MEDDIS, R. On the function of sleep. Animal Behavior, v.23, p.676-691, 1975.

MEDEIROS, C.M. Ajuste de modelos e determinação de índice térmico ambiental de produtividade para frangos de corte. Viçosa, MG: UFV, 2001.115p. Dissertação (Doutorado em Engenharia Agrícola)- Universidade Federal de Viçosa, 2001.

MELLO, N.H. A ficha do bicho (Ema). Rev. Globo Rural 2,0:56-60 São Paulo. 1987

MENDONÇA, F.; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: oficina de texto, 2007. 206 p.

MORAES, Douglas Teixeira. Efeitos dos programas de luz sobre o desempenho, rendimento de abate, aspectos econômicos e resposta imunológica em frangos de corte. Tese. Belo Horizonte- MG UFMG-EV 2006.

MORATA, R. L. Rheacultura: aspectos legais, biológicos, reprodutivos, nutricionais e mercadológicos, 2005.

MORATA, R.L. et al. Caracterização do comportamento de emas (Rhea americana) ao longo do dia criadas em galpão experimental. In: CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE MANEJO DE FAURA SILVESTRE NA AMAZÔNIA E AMÉRICA LATINA, 7th. Anais ... 2006’.

MOUNT, L.E. (1979). Adaptation to thermal environment: man and his productive animals. University Park Press, Baltimore.

(41)

41

NÃÃS, A.I.; NASCIMENTO, G.R.; BARACHO, S.M.; MOURA, D.J. (2010). Utilização de Imagens Termográficas na Produção de Frangos de Corte. Artigo técnico. http://pt.engormix.com/MAavicultura/administracao/foruns/artigo-utilizacao

imagenstermograficas-t200/124-p0.htm. Acessado em 18 de março de 2018.

NETO, C.N.H. Conforto térmico aplicado ao bem-estar animal. Trabalho de conclusão de curso. Goiânia, 2014.

PEREIRA, F.S. Florianópolis, 2008. Sistemas de produção de ema (Rhea americana) nos criatórios comerciais da região Sul do Brasil 60p.

PEREIRA, V.A.; ROMANELLI, F.P.; SCRIBONI, B.A.;BARBOZA, R.S. Estudo de estabilidade sob armazenamento da carne de ema (Rhea americana). Ciênc. Tecnolo. Aliment., Campinas, 26(2): 283-289, abr-jun. 2006

REECE, R. L.; BUTLER, R. 1984. Some observartions on the development of the long bones of ratite birds. Australian Veterinary Journal, Parkville, 61(12): 403-5.

ROCHA, C.C.D.; Características comportamentais de emas em cativeiro submetidas a diferentes fotoperíodos e diferentes relações macho: fêmea. Tese de doutorado apresentada à Universidade Federal de Viçosa. 2008.

RODRIGUES, A.D. e SILVA, I.J.O. (2014). Inovações tecnologicas em ambiencia para a produção de ovinos. Disponível em: <http://m.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/bemestar- e-comportamento-animal/inovacoes-tecnologicas-em-ambiencia-para-a-producao-de-ovinos-83117n.aspx>. Acesso em: 18 de junho de 2018.

RODRIGUES, N,M; OLIVEIRA, B.G; SILVA, B.S.R; TIVANE, C; ALBUQUERQUE, G.F.J; MIGLIINO, A.M; OLIVEIRA, F.M. Macroscopia e topográfica do aparelho digestório de emas (Rhea americana americana). Pesq. Vet. Bras. Vol.32 no.7, Rio de Janeiro, July 2012.

RUTZ, F.; BERMUDEZ, V.L. Fundamentos de um programa de luz para frangos de corte. In: MENDES, A. A.; NAAS, I.A.; MACARI, M. Produção de frangos de corte, Campinas: FACTA, 2004, cap. 10, p.157-167.

RUTZ, F.; ROLL, B.F.V.; XAVIER, G.E.; ANCIUTI, A.M.; LOPES, N.C.D. Fisiologia da digestão e da absorção em aves. Universidade Federal de Pelotas. 2015.

SÁ-FILHO, G.F et al. (2018). Uma perspectiva comportamental da termorregulação de emas (Rhea americana). Multidisciplinary Reviews 1: e2018001.

SANCHEZ, M.E. Importância do cálcio e do exercício na prevenção do encurvamento de pernas em filhotes de ema (Rhea americana, Linnaeus, 1758) em cativeiro. Piracicaba, SP, USP, 1996, 71p. Dissertação (Mestrado em Agronomia)- Escola Superior de Agricultura

(42)

42

SANTOS, E. Da ema ao beija-flor. 5ªedição, Belo Horizonte- Editora Villa Rica. 1990. SARACURA, V. F. 1993. Crescimento inicial e entortamento de pernas de emas “Rhea americana”, em cativeiro, sob três níveis de energia na ração. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – ESALQ/USP. 108 p.

SARAIVA, C.B.L.A. O clima urbano de Mossoró (RN): o subsistema termodinâmico. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geografia do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo. 2014.

SAUVEUR, 13. Photopériodisme et reproduction des oiseaux domestiques femelles. INRA Production Animal, v.9. n.1, p.25-34, 1996.

SCHMID, A.L. Refletindo sobre o calor. Avicultura industrial, v.88, n.1057,p.17-23, 1998. SICK, H. Ornitologia Brasileira. Uma Introdução. Universidade de Brasilia, Brasilia, V.1.p: 129-132.1985.

SILVA, J. B. G. Criação de emas. Guaíba: Agropecuária, 2001. 144p.

SILVA, J.B (2001). Rheacultura - Criação de emas: nutrição, reprodução, manejo e enfermidades. Agropecuária, Guaíba.

SOUZA, J.C. Conforto ambiental para aves- ponto de vista do produtor (frango de corte). In: II SIMPÓSIO GOIANO DE AVICULTURA, 1996, Goiânia- GO Anais..., 1996, p.61-62

TAYLOR, C.R; DMI'EL, R; FEDAK, M; SCHMIDT-NIELSEN, K (1971). Energetic cost of running and heat balance in a large bird, the rhea. American Journal of Physiology 221:597-601..

Tessier M, Du Tremblay D, Klopfenstein C, Beauchamp G, Boulianne M (2003) Abdominal skin temperature variation in healthy broiler chickens as determined by thermography. Poultry Science 82:846-849.

TINBERGEN, N. Comportamento Animal. Biblioteca da natureza Life. Editora José Olimpio. Rio de Janeiro 1980.

VANOMARK, S.M.M; SOBRINHO, E.J; BEZERRA, C.R.J; SANTOS, C.A.C; AZEVEDO,

V.P; SILVA, A.T.S; BEZERRA, G.B. Energy balance partitioning and

evapotranspiration from irrigated Muskmelon under Semi-Arid Conditions. Bragantia, Campinas, v. 77, n. 1, p.168-180, 2018.

WADE, J.R. Ratites pediatric medicine and surgery. 1992. Proceedings of the Assoc. Avian Vet, p. 340-353.

WALLACK, J. D. 1970. Nutritional disease of exotic animal. Journal American Veterinary Association, 157: 583-99.

Referências

Outline

Documentos relacionados

pH, acidez titulável, perda de massa, teor de pectina, sólidos solúveis e ácido ascórbico de frutos de caqui ‘Giombo’ no período de 12 dias subseqüentes ao tratamento por

O objetivo deste trabalho é mostrar as propriedades da Homologia Plana aplicadas ao estudo das Cônicas, utilizando-se construções geométricas para visualizar

 A correlação (media móvel de 30 dias) entre a bolsa brasileira e o índice de mercados emergentes medido pelo índice MSCI voltou no mês de agosto para um patamar alto, de 67,7%,

“Esse evento científico é mais um passo de dinamismo do presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, Rui Gilberto, rumo a uma entidade cada vez mais forte e presente

A mistura dos dois leites usados pode ser feita em diversas proporções a fim de produzir queijo de coalho com características sensoriais diversas, onde o uso do leite bovino pode

d) dar imediato conhecimento ao Segurador de qualquer ação cível ou penal proposta contra ele ou seus prepostos, no mais tardar no primeiro dia útil seguinte ao da

Além das espécies selvagens, existem também algumas variedades de tomate da espécie Solanum lycopersicum que podem ser utilizadas como fontes de resistência a algumas pragas, entre

§ único: a presente cláusula terá eficácia somente para as empresas que se mantiverem em dia com as contribuições sindicais patronais mencionadas na cláusula 39º da presenta