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O coprocessamento como destinação final dos resíduos Classe I Perigosos: estudo de caso da Fazenda Belém, Icapuí, Ceará

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O CO-PROCESSAMENTO COMO DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS CLASSE I PERIGOSOS: ESTUDO DE CASO DA FAZENDA BELÉM , ICAPUÍ,

CEARÁ

ROGÉRIO CESAR PEREIRA DE ARAUJO (1) ; HAROLDO FERREIRA DE SOUSA (2) ; JOSÉ CÉSAR VIEIRA PINHEIRO (3) .

1.ENVIRONMENTAL SOLUTIONS DO BRASIL - ESBRA, FORTALEZA, CE, BRASIL; 2,3.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,

BRASIL.

R.ARAUJO@UFC.BR APRESENTAÇÃO ORAL

AGRICULTURA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O CO-PROCESSAMENTO COMO DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS CLASSE I PERIGOSOS: ESTUDO DE CASO DA FAZENDA BELÉM , ICAPUÍ,

CEARÁ

Grupo de Pesquisa:

6 – Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo estudar os resíduos sólidos gerados na indústria de petróleo, com destaque para as alternativas de disposição final de resíduos perigosos, as quais foram propostas levando-se em consideração as características dos resíduos sólidos, a legislação pertinente, os riscos ambientais decorrentes e as práticas de gestão e gerenciamento. Este estudo serviu de base para a implantação e operacionalização do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) da Fazenda Belém, localizada em Icapuí, Ceará. A Fazenda Belém faz parte do complexo ativo de produção Mossoró, que se constitui numa Unidade de Negócios e Exploração do Rio Grande do Norte e Ceará da Petróleo Brasileiro (PETROBRAS). A metodologia utilizada consistiu, além de uma detalhada revisão bibliográfica, do levantamento dos resíduos sólidos da fazenda, da aplicação de questionários, realização de entrevistas com técnicos, inspeção técnica in locus e a elaboração de uma matriz de processos e resíduos gerados. O inventário dos resíduos sólidos gerados pelas atividades petrolíferas da Fazenda Belém baseou-se em dados qualitativos e quantitativos levantados durante um período de 12 meses, de setembro de 2004 a agosto de 2005, período este em que se implantou o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Os resultados mostraram que os problemas mais graves estavam relacionados com a destinação final dos Resíduos Sólidos Classe I – Perigosos, em particular a borra oleosa e o solo contaminado com petróleo e/ou derivados, que por não terem valor comercial agregado eram manuseados sem controle algum.

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A alternativa de disposição final que se mostrou mais adequada foi o co-processamento por ter atendido as exigências da legislação ambiental vigente e apresentar vantagem do ponto de vista econômico, técnico, ambiental, saúde e segurança do trabalho (operacional).

Palavras-chaves: gerenciamento de resíduos, resíduos sólidos perigosos, gestão ambiental. CO-PROCESSING AS FINAL DESTINATION OF SOLID WASTE CLASS I –

HAZARDOUS: STUDY CASE OF BELÉM FARM, ICAPUÍ, CEARÁ Abstract

This research has as objective to study the solid wastes generated by the petroleum industry, with relevance to the final disposal alternatives of hazardous wastes, which were suggested taking into consideration the solid waste characteristics, the related law, the resulted environmental risk and the management practices. This study works as basis for implementing and managing the Solid Waste Management Program (SWMP) of the Belém Farm, located in Icapuí, Ceará. The Belém Farm make part of the active complex of Mossoró production, which is a Business and Exploitation Unit of the Rio Grande do Norte and Ceará States from the Brazilian Petroleum (PETROBRÁS). The methodology used consisted, besides a detailed bibliographic revision, of recording the solid waste of the farm, application of questionnaires, interviews with specialized workers, technical inspection in locus and the elaboration of a process-waste matrix. The solid waste inventory generated by the petroleum activities of the Belém Farm was based on qualitative and quantitative data gathered during a 12 months period, from September 2004 to August 2005, in which the Solid Waste Management Plan was set. The results showed that the main serious problems were related to the final destination of the Solid Waste Class I – Hazardous, particularly the greasy sludge waste and contaminated soil with petroleum and/or derivatives, that by not having aggregated commercial value were managed without any control. The final disposal alternative that was the most adequate for dealing with solid waste of the petroleum industry as the co-processing due to attend the requirements of the current environmental law and present advantage from the economic, technical, environmental, health and labor safety (operational).

Key Words: waste management, hazardous solid waste, environmental management. 1. INTRODUÇÃO

Durante muitos anos, a maior preocupação com resíduos oleosos gerados pela indústria de petróleo e gás natural concentrou-se apenas na redução do conteúdo de óleo, com o intuito de recuperar a parcela do óleo com valor comercial. Ao final dos processos, restavam os resíduos sólidos ou semi-sólido, conhecidos como “borra oleosa” e “solo contaminado com petróleo”, os quais, por não possuírem valor comercial, eram acumulados em lagoas ou diques, causando infiltrações no solo e contaminação ao meio ambiente.

A partir da década de 90, com o aumento das preocupações mundiais com o meio ambiente e a necessidade de adaptação ao contexto da globalização da economia, as empresas começaram a despertar para as questões ambientais e a sustentabilidade de suas operações. A escassez dos recursos naturais tem forçado as empresas a buscarem soluções racionais para evitar o desperdício e melhorar a eficiência.

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Aliada a essa necessidade, a legislação ambiental brasileira, a partir da lei dos crimes ambientais, vem se desenvolvendo e sendo utilizada como um instrumento de regulamentação da conduta ambiental. Essa conduta tem sido exigida pela sociedade como resposta aos diversos acidentes ambientais ocorridos no passado e cujos danos ao meio ambiente poderiam ter sido evitados, por meio do monitoramento adequado dos processos produtivos e da existência de procedimentos para o atendimento às situações de emergência.

Serpa (1999) argumenta que as operações de extração e processamento de petróleo oferecem uma série de ricos ao meio ambiente e à segurança humana. Os acidentes ambientais decorrem de falhas humanas causadas pela manipulação direta de equipamentos ou em virtude de um gerenciamento operacional inadequado, envolvendo a manutenção e a segurança das instalações. Lidar com estes incidentes da cadeia produtiva do petróleo tem se tornado mais complicado e de alto custo.

Para fazer frente a este cenário, de acordo com Soares (2000), as empresas internacionais de petróleo desenvolvem as seguintes estratégias: aumentar a eficiência operacional; intensificar o uso de matérias-primas mais econômicas; reduzir custos logísticos; modernizar as instalações e sistemas de segurança industrial; expandir a atuação em mercados de alto potencial e promover investimentos nas atividades de pesquisa. Observa-se, no entanto, a necessidade de desenvolver ferramentas de gestão, que permitam mitigar os impactos ambientais das atividades da indústria de petróleo e gás.

Este estudo tem como objetivo geral estudar os resíduos sólidos da indústria petrolífera e propor um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para o setor, o qual foi elaborado levando em consideração as características dos resíduos sólidos, legislação pertinente, riscos ambientais e práticas de gestão e gerenciamento. Como objetivo específico, pretende-se identificar a melhor alternativa para a disposição final dos Resíduos Sólidos Classe I – Perigosos gerados na industria petrolífera.

A Vila Fazenda Belém, onde está localizado um campo de produção de petróleo da PETROBRAS, é investigado como um estudo de caso para a implantação do PGRS. A Fazenda Belém situa-se entre os municípios de Icapuí e Aracati, no litoral leste do estado do Ceará. Icapuí é a maior área produtora de petróleo on shore no estado do Ceará.

A exploração do petróleo gera benefícios econômicos como resultado da geração de renda e emprego, produção de combustível e pagamento de royalties para os municípios e proprietários de terras onde as bacias estão localizadas. Por outro lado, esta exploração do petróleo pode ocasionar impactos ambientais em áreas onde estão concentradas as atividades petrolíferas. A grande diversidade de resíduos sólidos e semi-sólidos gerados nos processos e operações da exploração e produção de petróleo no Campo da Fazenda Belém (FZB), aliados à presença de substancias potencialmente tóxicas, requer o gerenciamento desses resíduos no sentido de buscar soluções apropriadas, de custo competitivo e sem prejuízos à saúde publica e ao meio ambiente.

O PGRS está focado na implantação de processos de reutilização e/ou reciclagem dos resíduos gerados; na adoção de tecnologias limpas, com o objetivo de eliminar e/ou minimizar a geração de resíduos e a demanda de recursos naturais, bem como, reduzir a quantidade de resíduos lançados ao meio ambiente e na eliminação de acidentes relacionados com as atividades de manuseio, transporte e disposição de resíduos. As tarefas realizadas consistiram da otimização das tarefas de coleta, segregação, acondicionamento, manuseio, transporte, estocagem temporária e disposição final dos resíduos gerados no campo. A otimização da disposição final envolve o tratamento adequado dos resíduos, buscando a redução do seu volume, sua periculosidade e dos impactos ao meio ambiente.

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2. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)

A NBR 10004: 2004 classifica os resíduos sólidos em duas classes: Classe I – Perigosos e Classe II – Não Perigosos. Por sua vez, os resíduos sólidos Classe II são classificados em dois grupos: A – Não inertes e B – Inertes. Com base nos levantamentos de campo para a implantação do PGRS da Fazenda Belém, observou-se que os resíduos gerados nas atividades/processos que causavam os maiores problemas enquadravam-se na Classe I – Perigosos, principalmente por que esses resíduos estavam sendo dados destinos inadequados a esses resíduos. A seguir cada uma das etapas do PGRS são apresentadas.

Inventário dos Resíduos Sólidos

O levantamento dos resíduos sólidos da Fazenda Belém permitiu elaborar uma matriz que relaciona cada resíduo à atividade ou processo gerador. Para elaborar essa matriz utilizou-se também de informações e dados obtidos por meio de pesquisa primária, entrevistas com técnicos da PETROBRÁS e de empresas contratadas, nas diversas áreas e atividades do campo da fazenda. Os Resíduos Sólidos Classe I – Perigosos identificados foram: absorventes industriais usados, borra oleosa, cascalho de perfuração, fluidos de perfuração, completação e estimulação, graxa usada, latas de tinta com resto de tinta e verniz, resíduos oleosos associados, solo contaminado com petróleo e/ou derivados e outros resíduos. A lista completa dos resíduos sólidos identificados e seus respectivos processos/atividades geradores são apresentados no Quadro 1, Anexo A.

Coleta

A operacionalização do PGRS envolve as atividades de coletas rotineiras e eventuais de resíduos sólidos, acondicionamento e rotulagem, carregamento, inspeção de carga e veículo, transporte interno, pesagem e armazenamento (disposição temporária). Em seguida, ocorre a triagem dos resíduos, a emissão e o controle da documentação, o transporte para destinação final e a disposição final, que envolve a destruição, tratamento ou reciclagem. Todas essas atividades são controladas por meio da emissão de relatórios e a realização de auditorias.

A coleta inclui os serviços de localização, identificação, separação e caracterização dos resíduos gerados, e é realizada por meio de uma programação rotineira ou eventual. As coletas rotineiras obedecem a um calendário/roteiro definido para cada posto de coleta, envolvendo a Área Industrial e a Área Administrativa, e associada a um Programa de Coleta Seletiva de Resíduos. Por outro lado, a coleta eventual pode ser dividida em coleta programada com antecedência, em que envolve atividades de manutenção, montagem, perfuração, mutirões etc. Já a coleta solicitada é acionada em decorrência de eventualidades tais como vazamentos, derrames, falhas na programação, ou emergências.

Acondicionamento, Transporte e Armazenamento

Uma vez tendo os resíduos sólidos sido coletados, os mesmos são acondicionados em embalagens adequadas de acordo com o estado físico e demais características de cada resíduo. Quando se tratar de resíduos Classe I, deve-se seguir a NBR 7500, que exige que os

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recipientes para coleta recebam os rótulos de identificação do resíduo e os rótulos de risco. Após a coleta e o acondicionamento do resíduo, é preenchido a Ficha de Controle e a Ficha de Disposição de Resíduos (FCDR).

Tendo sido concluído o carregamento, mesmo que o roteiro de transporte seja interno ao campo de FZB, é realizada uma inspeção da carga e do veículo. Todos os resíduos devem ser pesados e devidamente embalados para que sejam dispostos no galpão de armazenamento temporário.

O tempo máximo de armazenamento de cada resíduo fica limitado a um ano ou até completar uma carga de caminhão – 48 tambores/bombonas de 200 litros ou 9 sacolões (big

bags). Recomenda-se que o volume de resíduos armazenados não ultrapasse em 3 vezes a

média mensal de geração de resíduos dos últimos 12 meses. Somente devem ser dispostos no galpão de armazenamento temporário os Resíduos Sólidos Classe I e aqueles que não tenham a sua destinação final definida de imediato.

Triagem, Registro e Controle

Os resíduos coletados nas diversas áreas do campo de Fazenda Belém são encaminhados para a central de triagem de resíduos do campo para que sejam segregados, descontaminados, pesados, embalados, e encaminhados para a disposição temporária ou disposição final.

Os documentos, tais como licenças, manifestos, fichas de emergência, roteiros de viagem, FCDR e planos de emergência, são providenciados ou obtidos pela empresa contratada para operacionalizar o PGRS, junto a PETROBRAS, órgãos ambientais e empresas receptoras dos resíduos. A carga transportada para a destinação final é devidamente licenciada, controlada, identificada e acompanhada da documentação, conforme legislação pertinente. Antes de sair para a destinação final, a carga é inspecionada, preenchido um check

list de avaliação e emitido o Manifesto de Transporte de Resíduo.

Transporte ao Destino Final

O resíduo somente é descarregado na destinação final mediante a assinatura do Manifesto de Transporte de Resíduo por aquele responsável pelo recebimento na empresa receptora. A empresa responsável pela destinação final – destruição, reciclagem, tratamento ou disposição emite o Certificado de Destinação Final e o encaminha à PETROBRAS.

Após o fechamento do mês, emiti-se um relatório de toda a movimentação e disposição de resíduos do campo da FZB para que seja supervisionado pela PETROBRAS. Semestralmente, ocorre uma auditoria do PGRS da Fazenda Belém com o objetivo de se avaliar o andamento dos trabalhos de gerenciamento dos resíduos, verificando-se a conformidade em relação às diretrizes estabelecidas no PGRS, nas normas PETROBRAS e na legislação. Oportunamente este prazo poderá ser revisto, considerando o número de não conformidades identificadas.

Auditorias e Protocolo de Operacionalização do PGRS

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A auditoria é direcionada para todas as etapas do PGRS, desde a geração até a destinação final, verificando-se por meio de evidências objetivas (registros e ações das pessoas envolvidas) a eficácia do plano. As não conformidades identificadas devem ser registradas em relatório e tratadas com a adoção de ações corretivas.

Para acompanhar a operacionalização do PGRS foi elaborado um protolo que estabelece cada um dos procedimentos a serem executado. Do mesmo modo, foi elaborado um procedimento/padrão que define a forma correta de atender a cada uma das etapas/tarefas do PGRS, específico também para cada um dos tipos de resíduos. Para os resíduos da Classe I – Perigoso foi elaborado uma Ficha de Emergência.

Os padrões encontram-se disponíveis no Sistema Informatizado de Padronização de Exploração e Produção (SINPEP) que é o sistema de documentação normativa da PETROBRAS. Os registros são guardados como evidências objetivas da implantação e operacionalização do PGRS, por um prazo mínimo de 02 anos.

Cadastro de Novos Resíduos

Um novo resíduo, aquele que não foi cadastrado inicialmente no PGRS de Fazenda Belém, deve ser identificado na fase de Análise de Risco de uma nova atividade/tarefa para que seja estabelecida preventivamente a forma correta de tratamento e disposição. A classe do novo resíduo deve ser definida utilizando-se a seqüência do fluxograma para classificação de resíduos, conforme norma ABNT NBR 10004. Após a identificação da classe de risco do resíduo, é preenchida a ficha de Coleta de Dados do Resíduo (CDR), e em seguida, elaborado o procedimento/padrão seguindo o modelo dos padrões dos demais resíduos do campo de FZB.

Planejamento e Treinamento

O planejamento dos serviços para as unidades móveis é realizado com antecedência e com a participação da empresa operacionalizadora, para que sejam adotadas as medidas necessárias ao controle dos resíduos gerados. Estão incluídas nesses serviços as sondas de perfuração, de completação e de estimulação; equipamentos de prospecção e unidades de geração de vapor. O Quadro 02 apresenta um resumo das principais tarefas, a definição dos aspectos e impactos ambientais, e das medidas de bloqueio e mitigadoras.

Os treinamentos são ministrados por multiplicadores da PETROBRAS e das empresas contratadas. Da mesma forma, sempre que for emitida uma revisão dos procedimentos existentes ou a emissão de um procedimento de um novo resíduo, as pessoas envolvidas são novamente treinadas.

3. O CO-PROCESSAMENTO COMO DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS CLASSE I – PERIGOSOS.

O PGRS trata do destino final dos Resíduos Sólidos Classe I identificados na matriz de Processos – Resíduos Gerados, em especial da borra oleosa e do solo contaminado com óleo. Antes da implantação do PGRS, os resíduos sólidos tinham dois destinos: disposição em aterros sanitários ou incinerados. A primeira alternativa consistia em transportar os resíduos sólidos para Alagoas onde eram dispostos pela Companhia Industrial de Alagoas (CINAL),

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que é uma empresa de capital privado que oferece serviços de aterro de resíduos perigosos (ARIP). A segunda alternativa consistia em incinerados na Empresa de Proteção Ambiental (CETREL), na Bahia.

O PGRS da Fazenda Belém apresenta uma solução alternativa para o tratamento dos Resíduos Sólidos Classe I – Perigosos, que consiste do co-processamento desses resíduos na Fábrica Cimento Poty, localizada na cidade de Sobral, Ceará, distante a 495 km da Fazenda Belém. Esta fábrica encontra-se licenciada pela Superintendência do Meio Ambiente do Estado do Ceará (SEMACE)1

para usar os fornos rotativos de produção de clínquer para atividade de co-processamnto de resíduos passiveis de serem utilizados como substituto de matérias-primas do clinquer (materiais mineralizadores e ou fundentes) e ou de combustível (para ganhos de energia). Nesta classe, enquadram-se as borras oleosas, o solo contaminado com petróleo e/ou derivados e os resíduos oleosos associados, excetuando-se os resíduos radioativos, explosivos, organoclorados, agrotóxicos e afins (CONAMA, 1999c).

A Resolução nº 264, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de 24 de agosto de 1999, define co-processamento de resíduos em fornos de produção de clínquer como:

(...) a técnica de utilização de resíduos sólidos industriais a partir do processamento desses como substituto parcial de matéria-prima e ou de combustível no sistema forno de produção de clínquer, na fabricação de cimento. (CONAMA, 1999c).

A atividade é chamada de co-processamento, pois, enquanto os resíduos estão sendo destruídos no interior do forno, está acontecendo à produção de clínquer, para a fabricação do cimento. A produção do clínquer, no co-processamento, ocorre em média nu m forno de 60 m de comprimento e 4 m de diâmetro, com temperatura de 1.400 ºC na zona de clinquerização, com um tempo de residência para os gases de até 10 segundos, em virtude da longa extensão do forno, o que assegura a completa destruição dos resíduos. A eficiência de destruição e remoção (EDR), em média, para os fornos de clínquer, é de 99,99%, o que mostra uma eficiência bastante elevada.

Existe um número considerável de resíduos que podem ser utilizados para o co-processamento. O Quadro 03 abaixo lista os resíduos mais comumente utilizados.

Resíduos para o Co-processamento

• Pneumáticos;

• Resíduos do revestimento gasto de cubas

(RGC) dos processos de fabricação do alumínio;

• Coque de petróleo;

• Serragem de madeiras;

• Óleos usados;

• Borras de tintas;

• Escórias de processos metalúrgicos.

Lodos de estações de tratamento de efluentes líquidos (ETE) contendo metais pesados, tais como:

• Galvanoplastia;

• Curtumes;

• Tingimento de fios e tecidos;

• Aparas de couros curtidas ao cromo;

• Resíduos coletados em equipamentos antipoluentes

que possuam metais pesados;

• Efluentes líquidos que contenham metais pesados;

• Resíduos de áreas impactadas (solos e areias

contaminadas por metais pesados);

• Solventes de indústrias químicas e petroquímicas;

Mistura (blend) de resíduos;

• Borra oleosa;

• Solo contaminado com petróleo;

• Resíduos oleosos associados.

QUADRO 03 – Resíduos Utilizados no Co-processamento

1 Em obediência à resolução nº 264, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

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De forma geral, as vantagens do co-processamento para a destinação final dos resíduos sólidos perigosos gerados na indústria petrolífera estão relacionadas com os seguintes aspectos:

• Cria uma estabilidade térmica no processo e um ambiente alcalino, (neutraliza gases ácidos, óxidos de enxofre e acido clorídrico);

• Fixa os metais pesados na estrutura de compostos estáveis de clinquer;

• Elimina totalmente os resíduos, sem gerar subprodutos ou resíduo ou precisar dispor os resíduos em aterros;

• Permite o co-processamento da borra oleosa misturada ao solo contaminado e aos resíduos oleosos associados;

• Substitui parcialmente o uso de combustíveis, sendo um processo economicamente competitivo.

A Figura 01 apresenta o fluxograma das alternativas para a destinação dos resíduos sólidos gerados, em que se destaca a principal vantagem do co-processamento que é a valorização como combustível ou matéria-prima.

RESÍDUOS

GERAÇÃO DE RESÍDUOS CLASSES I E II (II-A, II-B)

DISPOSIÇÃO COPROCESSAMENTO INCORPORAÇÃO

ATERROS

ESTOCAGEM

INCINERAÇÃO

VALORIZAÇÃO COMO COMBUSTÍVEL

OU MATERIA-PRIMA

VALORIZAÇÃO COMO ADIÇÃO

ATIVA NO CIMENTO

FIGURA 01 – Destinação dos resíduos gerados x co-processamento. Fonte: Seminário de Co-processamento. Destinação final de resíduos em fornos de cimento. XI-SIMAI

4. AVALIAÇÃO COMPARATIVA DAS ALTERNATIVAS DE DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: DISPOSIÇÃO X CO-PROCESSAMENTO

Esta sessão faz uma análise comparativa das alternativas de destinação dos resíduos sólidos como parte do PGRS da Fazenda Belém, em Icapuí, Ceará. As alternativas de destinação dos resíduos sólidos Classe I – Perigosos são:

•••• Alternativa I - Disposição dos resíduos sólidos em aterro de resíduos perigosos (ARIP) pela CINAL, Alagoas;

•••• Alternativa II – Incineração dos resíduos sólidos na CETREL, Bahia;

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•••• Alternativa III – Co-processamento dos resíduos sólidos na Fabrica de Cimento Poty, em Sobral, Ceará.

Para cada uma dessas alternativas de destinação foram associadas despesas específicas de transporte e processamento dos resíduos sólidos e em seguida comparadas para identificar aquela que atenda ao critério de custo-eficiência. O critério de custo-eficiência é utilizado para comparar diferentes alternativas que se propõem a alcançar uma determinada meta de desempenho, por exemplo alcançar uma certo nível de melhoria da qualidade ambiental. Dentre as alternativas consideradas, aquela que permite atingir a meta por um menor custo é dita custo-eficiente.

Os custos para as alternativas de destinação dos resíduos sólidos são estimados para uma carga correspondentes a 48 tambores de resíduos sólidos ou 10 sacolões (big bags) que equivalem a 10 m3

ou 15 toneladas de resíduos sólidos Classe I - Perigosos. A Tabela 01 resume os dados de distância da Fazenda Belém ao destino final, o valor do frete e os custos de processamento por metro cúbico de cada uma das alternativas. A Tabela 2 apresenta as estimativas de custo-eficiência para cada uma das alternativas de destinação dos resíduos sólidos.

TABELA 01 – Dados Básicos para o Cálculo do Custo-Eficiência das Alternativas

Dados e Custos Unidade

Alternativa I Disposição CINAL/AL

Alternativa II Incineração CETREL/BA

Alternativa III Co-processamento

POTY/CE

Volume de Resíduos Sólidos m3 10 10 10

Distância ao destino final km 1.060 1.520 459

Custo transporte por km R$/km 2,62 2,62 0,30

Custo de processamento por m3 R$/m3 300,00 980,00 100,00

TABELA 02 – Custo-Eficiência para as Alternativas de Destinação dos Resíduos Sólidos

Itens de Custos

Alternativa I Disposição CINAL/AL

Alternativa II Incineração CETREL/BA

Alternativa III Co-processamento

POTY/CE

R$ % R$ % R$ %

Transporte 5.554,40 64,9 7.964,80 44,8 1.485,00 49,7

Processamento 3.000,00 35,1 9.800,00 55,2 1.500,00 50,3

Custo Total 8.554,40 100,0 17.764,80 100,0 2.985,00 100,0

A alternativa que demonstrou menor custo-eficiência foi a Alternativa III – Co-processamento dos resíduos sólidos na Fábrica de Cimento Poty, em Sobral, Ceará, com um custo total de R$ 2.985,00. A segunda melhor alternativa em termos de custo-eficiência foi a Alternativa I , disposição dos resíduos sólidos em aterro de resíduos perigosos (ARIP) pela CINAL, em Alagoas, que incorreu num custo total de R$ 8.554,40. Por último, a alternativa que demonstrou menor desempenho em termos de custo-eficiência foi a Alternativa III – Incineração pela CETREL, Bahia, que resultou num custo total de R$ 17.764,80.

Comparando as despesas de transporte e processamento para cada uma das alternativas, observa-se que os custos de transporte foi maior apenas para a Alternativa I,

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correspondendo a aproximadamente 65% dos custos totais. Para as Alternativas II e II, os maiores custos deveram-se às despesas com o processamento, incineração e co-processamento, correspondendo a respectivamente 55,2% e 50,3% dos custos totais.

A Alternativa I – Co-processamento na Fábrica de Cimento Poty apresentou maior custo-eficiência devido aos baixos custos de frete (R$ 0,30 por km) e processamento (R$ 100,00 por m3

) comparado aos respectivos custos das outras alternativas. Além disto, a fábrica fica a uma distância de 459 km da Fazenda Belém, que se oferece um fator importante para reduzir custos de transportes. Os custos de transporte e processamento se mostraram aproximadamente equivalentes, em torno de 50%.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo propõe as etapas de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para a indústria petrolífera, a qual foi implementada no campo da Fazenda Belém, Icapuí, Ceará. A Fazenda Belém, antes da implantação do PGRS, dava aos resíduos sólidos Classe I – Perigosos duas destinações finais: a disposição no aterro controlado da CINAL, localizado no estado de Alagoas; ou incineração na CETREL, no Estado da Bahia. Ambas as soluções se mostram inferiores em termos de custo-eficiência comparadas à alternativa de encaminhar os resíduos perigosos para co-processamento na Fábrica de Cimento Poty, em Sobral, Ceará. Além disto, esta alternativa atende às diretrizes básicas do gerenciamento de resíduos, transformando o resíduo em matéria-prima, com aproveitamento energético.

As diferentes características operacionais, no que se refere à quantidade e composição dos seus resíduos, exigem que cada empresa desenvolva um sistema de gerenciamento de resíduos específico. A redução de resíduos deve ser, no entanto, o principal objetivo no planejamento do gerenciamento dos resíduos sólidos industriais. Se os resíduos estão associados a impactos ambientais significativos, todas as atividades relacionadas precisam ser bem planejadas.

Quanto menor a quantidade possível de resíduos perigosos gerados melhor será o impacto nos resultados econômicos e financeiros da empresa, considerando que sua armazenagem, transporte e destinação final adequada envolvem altos custos. Por outro lado, se os devidos cuidados não forem tomados na segregação dos resíduos perigosos favorecerá a contaminação de outros tipos de resíduos, havendo um aumento do volume a ser tratado como resíduo perigoso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Resíduos Sólidos Classificação

NBR 10004. Rio de Janeiro, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - Símbolos de Risco e Manuseio para Transporte e Armazenamento de Materiais NBR 7500. Rio de Janeiro, 2002.

SERPA, R.R. Gerenciamento de Riscos Ambientais. Curso de Análise de Riscos Ambientais. Apostila. CETESB, SP, 1999.

SOARES,J C.C Modelagem de Sistemas de Informações para o Gerenciamento Integrado de Cadeias Logísticas: Uma Demonstração das Possibilidades de Aplicação na Indústria de Petróleo. Dissertação de Mestrado PPGEP/UFSC, Florianópolis, Brasil, 2000.

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ABREU, M.C.S de A; SOUSA, H.F.de S. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos: o Caso de fazenda Belém Icapuí/CE.. Anais do XV ENGEP Porto Alegre, FEAA/UFC Novembro, 2005.

SOUSA,H.Fde S. Destino final da borra de petróleo:Fazenda Belém em Icapuí/CE - Um estudo de caso. IV Encontro de pesquisa e pós-graduação.Anais do encontro do CEFET CE, 2004.

SOUSA,H. F de S.Gerenciamento ambiental dos resíduos sólidos e líquidos da industria de petróleo nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Anais do IX Seminário regional integrador sobre desenvolvimento e meio ambiente,V encontro de mestres,UFPB, 2004.

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ANEXO A – MATRIZ DOS PROCESSOS E RESÍDUOS GERADOS NO CAMPO DA FAZENDA BELÉM, ICAPUÍ, CEARÁ.

Processos→

Resíduos ↓

P er fu ra çã o P ro d u çã o d e p et ró le o /d er iv . T ra n sp o rt e em g er al T ra ta m en to d e ef lu en te s E T E T ra ta m en to d e ág u a - E T A M an u te n çã o M o n ta g em in d u st ri al C o n st ru çã o c iv il L im p ez a in d u st ri al A rm az en am ./ T ra n sf er ên ci a A ti v id ad e ad m in is tr at iv a G er aç ão d e v ap o r A rm az en am . d e re sí d u o s S er v iç o s g er ai s L ab o ra tó ri o s

Água contaminada c/ fluido de

perfuração/completação/estimulação X

Absorventes industriais usados X X X X X X X

Material contendo amianto (telhas, lonas, etc) X X X X X

Areia de processo usada (filtros/jateamento) X X X X

Baterias usadas (pilhas e baterias) X X X X X X X X X X X X X

Borra oleosa (resíduos oleosos das atividades de exploração e produção de petróleo e

derivados) X X X X X X X X

Carepas metálicas (ferrugem) X X X X X X X X X X

Cartuchos de impressora X X

Cascalho de perfuração X X

Cinzas e fuligens em geral X X X

Efluentes de laboratório (lav. de vidraria) X X X

Efluentes sanitários X X X

Elementos filtrantes usados X X

Embalagens de alimentos usadas em geral X X X X X X

Embalagens de biocida X

Embalagens de cal e cimento X X X X

Embalagens de quentinha X X X X X X X X X X X X X X

Equip. de Prot. Individual – EPI,s inservíveis X X X X X X X X X X X X X X

Espuma de poliuretano X X X X X X

Fibra e lã de vidro X X X X X X

Fluidos de perfuração, complet.e estimulação X

Frascos de produtos químicos de laboratório X X X

Frascos usados de remédios X

Gel de fraturamento quebrado X

Graxa usada X X X X X X

Isolamento térmico não contaminado X X X X X X X X

Isopor X X X X X X X X

Lâmpadas usadas X X X X X

Latas de tinta com restos de tinta e vernizes X X X X X

Lixo hospitalar em geral X X

Mangotes, mang. e correias de borracha X X X X X X X X X

Papel e papelão não contaminados X X X X X X X X X X X X

Papel higiênico, absorventes e similares X X X X X

PIGs usados e contaminados X X X X

Plásticos não contaminados X X X X X X X X X X X X

Pneus usados X X X X

Produtos químicos inservíveis X X X

(13)

(Cont.)

Processos→

Resíduos ↓

P er fu ra çã o P ro d u çã o d e p et ró le o /d er iv . T ra n sp o rt e em g er al T ra ta m en to d e ef lu en te s E T E T ra ta m en to d e ág u a - E T A M an u te n çã o M o n ta g em in d u st ri al C o n st ru çã o c iv il L im p ez a in d u st ri al A rm az en am ./ T ra n sf er ên ci a A ti v id ad e ad m in is tr at iv a G er aç ão d e v ap o r A rm az en am . d e re sí d u o s S er v iç o s g er ai s L ab o ra tó ri o s

Protetores plásticos de roscas de tubos X X X

Refratários não contaminados X X X X

Remédios com prazos de validade vencidos X X

Resíduos de sal (NaCl) varredura da ETA X X

Resíduos de varrição, áreas externas X X X X X X X X X X X X X

Resíduos de varrição, áreas internas (ADM) X X X X X X X

Resíduos oleosos associados X X X X X X X X X X X X

Resíduos de vidro X X X X X X X X

Resina catiônica usada X X

Restos de alimentos X X X X

Restos de materiais de construção (entulho) X X X X

Restos de pasta de cimento/concreto X X X X

Restos de tinta e carepas de tinta X X X X X

Sacos plásticos usados (embalagens) X X X X X X X X X X

“Scales” ou incrustações com óleo e graxa. X X X X X X

Solo contaminado com petróleo/derivados X X X X X X X

Sucata de madeira não contaminada X X X X X X X

Sucata elétrica e eletrônica X X X X X

Sucata metálica em geral X X X X X X

Tambores e bombonas usadas X X X X X X X

Toalhas industriais contaminadas X X X X X X X X

Vegetação contaminada com petróleo e/ou

derivados X X X X X

Vegetação não contaminada (poda) X X X X X X X X X

Vidraria de laboratório usada X X

QUADRO 01 – Matriz dos Processos e Resíduos Gerados no Campo da Fazenda Belém, Icapuí, Ceará. Fonte: PETROBRAS/ EP RNCE (2004).

(14)

ANEXO B – ASPECTOS, IMPACTOS E MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO

TAREFA/ETAPA ASPECTOS IMPACTOS MEDIDAS DE BLOQUEIO E MITIGADORAS

1. Coleta do resíduo 1. Contaminação com/de outros resíduos;

2. Aumento da área contaminada;

3. Descontrole da poluição.

1. Aumento da contaminação ambiental.

2. Geração de mais resíduos.

3. Contaminação do ser humano.

4. Acidentes com lesões.

1. Definir e delimitar a área atingida;

2. Coletar e acondicionar imediatamente os resíduos, após a sua geração;

3. Coletar somente o material contaminado;

4. Fazer a coleta com cuidado e atenção;

5. Garantir a total remoção do material contaminado;

6. Isolar a área para evitar transito de pessoas/veículos sobre os resíduos;

7. Estabelecer para cada classe de resíduos os EPI mínimos a serem utilizados.

2. Descontaminação de materiais e/ou ferramentas com água quente, vapor ou solventes.

1. Derrame da água residual da descontaminação;

2. Vazamento de solventes orgânicos;

3. Descontrole da tarefa.

1. Contaminação ambiental;

2. Contaminação do ser humano;

3. Queimaduras no ser humano.

1. Adotar medidas preventivas contra vazamentos;

2. Fazer a descontaminação somente em local adequado;

3. Coletar a água derramada, imediatamente;

4. Descontaminar o local afetado;

5. Manter o programa de coleta seletiva;

6. Monitorar água da última lavagem para assegurar a descontaminação.

3. Acondicionamento 1. Derrames de resíduos ou vazamentos nas embalagens.

1. Contaminação ambiental;

2. Contaminação do ser humano;

3. Aumento da geração de resíduos.

1. Inspecionar embalagens antecipadamente;

2. Coletar imediatamente o resíduo derramado;

3. Adotar medidas preventivas e de controle, durante a tarefa;

4. Fazer o acondicionamento somente em área pavimentada e coberta.

4. Embarque, Transporte e Desembarque.

1. Queda da carga;

2. Contaminação com/de outros materiais;

3. Acidentes rodoviários;

4. Dificuldade de Manuseio.

1. Geração de mais resíduos;

2. Contaminação ambiental;

3. Contaminação do ser humano;

4. Lesões no ser humano.

5. Danos materiais.

1. Inspecionar as embalagens e equipamentos;

2. Isolar a área de embarque e desembarque;

3. Coletar o resíduo imediatamente;

4. Inspecionar o veículo e a carga;

5. Dirigir com cuidado e seguir as leis de trânsito;

6. Não transportar cargas mistas;

7. Adotar plano de emergência.

5. Armazenamento temporário

1. Derrame ou vazamento do resíduo;

2. Mistura com outros resíduos.

1. Contaminação ambiental;

2. Contaminação do ser humano;

3. Contaminação de outros resíduos não perigosos, gerando mais resíduos classe I.

1. Isolar e impermeabilizar a área afetada;

2. Remover o mais breve possível o resíduoarmazenado temporariamente para destinação final;

3. Fazer a descontaminação do local;

4. Inspecionar periodicamente o local de estocagem quanto a impermeabilização e liberação de chorume;

5. Adotar medidas preventivas e de controle;

6. Adotar medidas de controle do estoque. 6. Disposição final 1. Disposição em local

não programado;

2. Derrame ou vazamento do resíduo.

1. Contaminação ambiental;

2. Contaminação do ser humano.

1. Planejar antecipadamente a disposição final, com visita ao local/empresa de disposição final;

2. Coletar imediatamente o resíduo derramado;

3. Inspecionar o local e adotar medidas preventivas e corretivas;

4. Garantir a emissão do certificado de disposição final.

QUADRO 02 - Aspectos, impactos e medidas de controle e mitigadoras. Fonte: PETROBRAS/EP RNCE (2004)

Imagem

FIGURA 01 – Destinação dos resíduos gerados x co-processamento. Fonte: Seminário de Co- Co-processamento
TABELA 01 – Dados Básicos para o Cálculo do Custo-Eficiência das Alternativas

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