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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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Orientador: Professora Doutora Ana Neto

Regente: Professor Doutor Rui Maio

Discente: João André Andrade Catanho | nº 2013215

RELATÓRIO FINAL

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Índice

I. Introdução... 3

II. Objetivos ... 3

1. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... 4

2. Estágio Parcelar de Saúde Mental ... 5

3. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ... 5

4. Estágio Parcelar de Pediatria ... 6

5. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral ... 7

6. Estágio Parcelar de Medicina Interna ... 7

7. Unidade Curricular Opcional - Estágio Clínico Opcional ... 8

8. Elementos Valorativos ... 8

III. Reflexão Crítica ... 8

IV. Anexos ... 11

Anexo 1: Casuística dos casos observados em contexto do Estágio de CG ... 11

Anexo 2: Curso Teórico-Prático de Técnica Cirúrgica Básica ... 13

Anexo 3: Curso de Neonatologia ... 14

Anexo 4: Curso de Suporte Avançado de Vida ... 15

Anexo 5: Curso TEAM – Trauma, Evaluation and Management ... 16

Anexo 6: Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental ... 17

Anexo 7: 2º ABC de Imunologia para médicos ... 18

Anexo 8: Future MD – O congresso pelo teu futuro ... 19

Anexo 9: II Jornadas Médicas da NOVA ... 20

Anexo 10: Mesa Redonda – Eutanásia ... 21

Anexo 11: Curso Intensivo em Empreendorismo e Inovação Empresarial ... 22

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I. Introdução

O presente relatório visa expor e analisar o meu empenho e atividades desenvolvidas no decorrer deste 6º ano, incluído no Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Nova Medical School, faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Nova de Lisboa, com especial enfoque no Estágio Profissionalizante (EP). O 6º ano é um ano fundamental no papel que o aluno vai desempenhar no futuro, não só, a nível da aplicação prática, consolidação de conhecimentos e competências dos 5 anos anteriores precedentes do curso, bem como, elemento crítico de transição do papel de observador para o de executante. Surge assim o EP que engloba seis estágios nucleares deste MIM, nomeadamente Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Cirurgia Geral e Medicina Interna e a Unidade Curricular Opcional: Estágio Clínico Opcional que permitem um desempenho e aperfeiçoamento de tarefas que um médico recém-formado deverá estar apto a realizar.

O relatório encontra-se estruturado em 4 seções: numa fase inicial onde introduzo, contextualizo e apresento o fio condutor do relatório e exponho os objetivos gerais e pessoais; um corpo do trabalho que engloba uma descrição das atividades desenvolvidas em contexto dos diferentes estágios parcelares e em contexto de complemento à minha formação profissionalizante; uma reflexão crítica final, onde analiso e avalio o cumprimento dos meus objetivos iniciais e aprendizagem; e por último, e não menos importante, a secção Anexos, com as várias atividades e elementos valorativos extracurriculares que considero relevantes no meu percurso académico.

II. Objetivos

Com o objetivo de obter o máximo de aproveitamento neste ano profissionalizante, defini como objetivos gerais: Integrar-me, promover um trabalho de equipa e criar um ambiente propício a uma melhor aprendizagem, facilitando o diálogo e possibilitando a realização de múltiplas tarefas e atividades; adquirir progressivamente autonomia, aplicando e consolidando os conhecimentos adquiridos ao longo do MIM e aplicando na minha prática clínica; desenvolver o meu raciocínio clínico, técnicas de realização da entrevista clínica e do exame objetivo, assim como práticas racionais e fundamentadas de exames complementares de diagnóstico e de instituição terapêutica; executar, a um nível equiparado a um especialista, as técnicas de pequena cirurgia mais comuns, assim como as técnicas de anestesia e de assepsia associadas; demonstrar aptidões de autoaprendizagem, colmatando eventuais lacunas nos estágios seguintes; desenvolver as minhas capacidades de comunicação e relações interpessoais, não só com o doente, bem como a equipa de enfermagem, auxiliares, restantes médicos do serviço e familiares; desenvolver-me enquanto clínico e pessoa e adquirir prática, atingindo um patamar equiparável a um Interno de 1º ano.

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1. Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (GO) (4 semanas: 10/09/2018 a 05/10/2018)

O estágio de GO decorreu no Hospital Lusíadas (HL) sob a tutela da Dra. Ana Paula Maia. Estabeleci como objetivos principais: Aquisição e consolidação no que concerne as patologias ginecológicas e obstétricas mais prevalentes, desenvolvimento de autonomia na tomada de decisões clínicas e reconhecimento de situações que requerem referenciação para esta área. Procurei também despender mais tempo na vertente da Procriação Medicamente Assistida, visto ser uma área do meu interesse e que não tive a oportunidade de contactar no meu estágio do 4º ano. Tive a oportunidade de frequentar o Serviço de Urgência, o Bloco Operatório, o Internamento, Consultas de ginecologia e de obstetrícia, exames ginecológicos, ecografias, patologia do colo e o serviço de procriação medicamente assistida (PMA).

O HL é um dos grandes centros de referência no que concerne ao serviço de PMA, pelo que aproveitei para permanecer grande parte do estágio nesta vertente. Observei 19 consultas de Infertilidade, 6 Inseminações Artificiais Conjugais (IAC), 4 Fertilizações in Vitro (FIV), 2 Injeções Intracitoplasmáticas de esperma (ICSI), 7 punções ováricas e avaliações ecográficas precedentes a punção.

No bloco de partos assisti a um total de 11 partos, dos quais 7 cesarianas, 2 partos eutócicos e 2 partos distócicos, com recurso a ventosa e com recurso a fórceps. Participei em 5 cesarianas.

No bloco operatório, observei um total de 10 procedimentos cirúrgicos, tendo participado em 5 deles. Observei 3 miomectomias (2 delas por via vaginal e outra por via aberta), 1 polipectomia (por via vaginal), 1 salpingectomia (por via laparoscópica), 1 remoção de um teratoma com 4 cm (por via laparoscópica) e de 1 endometrioma com 7 cm (por via laparoscópica), 2 quistectomias do ovário, uma delas bilateral (por via laparoscópica) e 1 secção de sinéquias uterinas (por via vaginal).

Na consulta de patologia do colo, assisti a 8 colposcopias: em 3 casos foram realizadas biópsias; numa realizada conização; e em 2 utilizado laser CO2.

Em relação à técnica de ecografia, assisti a 13 ginecológicas com sonda vaginal, 7 obstétricas, repartidas maioritariamente pelo segundo e terceiro trimestre de gestação (1 do 1º trimestre, 3 do 2º trimestre e 3 do 3º trimestre). Assisti também à realização de 5 histerossalpingografias e respetivas consultas pós-exame e 9 histeroscopias.

Durante o internamento, observei 3 mulheres no puerpério, nomeadamente um caso de descolamento da placenta por pré-eclâmpsia, um parto cesariana e um parto cesariana gemelar.

Apresentei um artigo de revisão sobre “Classification, causes, diagnosis and treatment of male infertility: a review” destinado a toda a equipa de ginecologia e obstetrícia.

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2. Estágio Parcelar de Saúde Mental (4 semanas: 08/10/2018 a 02/11/2018)

O início do estágio de Saúde Mental teve lugar nas instalações da Faculdade de Ciências Médicas/ NOVA Medical School, conduzido pelo Professor Doutor Miguel Talina, regente desta unidade curricular. Foram dedicados 2 dias para seminários com o principal objetivo a preparação dos alunos para o possível confronto com algumas situações mais prevalentes do foro psiquiátrico ao longo do estágio e da futura carreira como médicos. A continuação do estágio de Saúde Mental decorreu no Centro de Saúde de Alfornelos, na equipa comunitária da Brandoa, sob a tutela da Dra. Pilar Santos. Estabeleci como objetivos principais: Aperfeiçoamento da minha abordagem e relação médico-doente nesta área, com especial enfoque na empatia; identificação de sintomas de perturbação psiquiátrica e diferenciá-los do funcionamento psicológico normal do indivíduo; identificação de objetivos para intervenções de curto, médio e longo prazo; e reconhecimento de situações que requerem referenciação para esta especialidade.

Face à possibilidade de optar pela vertente comunitária face ao hospital, foquei-me essencialmente na primeira área, visto que grande parte do meu estágio do quinto ano, foi focado no internamento e no serviço de urgências. Participei ativamente nas consultas, visitas domiciliares, reuniões da equipa comunitária e sessões clínicas. Observei em contexto de consulta e de visita domiciliar: 17 casos de Perturbação Bipolar, 16 de Esquizofrenia, 9 de Psicose, 6 de Perturbação Esquizoafetiva, 6 de Perturbação Depressiva, 6 de Perturbação de Ansiedade, 5 de Perturbação da Personalidade, 4 de Debilidade, 4 de Demência, 3 de Perturbação Somatoforme, 3 de Perturbação Obsessivo-Compulsivo e 2 casos de Perturbação Delirante.

3. Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar (MGF) (4 semanas: 05/11/2018 a 30/11/2018) O estágio de MGF decorreu na Unidade de Saúde Familiar (USF) Tejo sob a tutela da Dra. Diana Duarte. Estabeleci como objetivos principais: Aperfeiçoamento da minha entrevista clínica utilizando uma abordagem centrada na pessoa, com objetivo de dirigir autonomamente os passos da consulta no final do estágio; identificação das patologias mais frequentes na nossa população e a sua gestão tendo em conta a melhor evidência clínica e relação custo-benefício; identificação precoce de problemas de saúde e a medicina preventiva nas várias vertentes: primária, secundária, terciária e quaternária; entender o papel do médico de família como coordenador e articulador de cuidados; e reconhecimento de situações que requerem referenciação para outras especialidades.

Durante o estágio contactei com diversas áreas, nomeadamente a saúde materna e de planeamento familiar, saúde de adultos, infantil e juvenil. Assisti às consultas do dia, participei em visitas domiciliares e realizei consultas de forma autónoma, aplicando a escuta ativa durante a anamnese e aconselhando medidas preventivas. Foi uma excelente oportunidade para debater a escolha da terapêutica mais indicada, tendo em conta, não só a relação custo-benefício, como também, as preferências pessoais de cada doente.

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Observei principalmente doentes com patologia do foro cardiovascular, respiratório e psiquiátrico, nomeadamente hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica, infeções respiratórias altas e perturbação depressiva.

Apresentei uma revisão clínica para a equipa médica da USF Tejo, com o tema “Bronquiectasias”.

4. Estágio Parcelar de Pediatria (4 semanas: 10/12/2018 a 11/01/2019)

O estágio de Pediatria decorreu no Hospital Cuf Descobertas sob a tutela da Dra. Helena Neves. Estabeleci como objetivos principais: Desenvolver a capacidade de comunicação com as crianças, adolescentes e com os seus familiares; compreender a importância do agregado familiar na saúde da criança e adolescente; reconhecer as patologias pediátricas mais prevalentes dentro das diferentes faixas etárias.

Ao longo deste estágio tive a oportunidade de frequentar o Internamento, o Atendimento Permanente, o Bloco Operatório, a consulta externa de Pediatria, Ortopedia pediátrica e Cardiologia pediátrica.

O período do estágio coincidiu com um dos picos de bronquiolite no país, pelo que observei maioritariamente esta patologia. Observei em contexto de Internamento: 17 casos de Bronquiolites, 4 de Pneumonia, 1 de Amigdalite, 2 de Escoliose, 2 de Mononucleose Infeciosa, 2 de Crise Vaso-Oclusiva, 1 de Pielonefrite, 1 de Celulite da face, 1 de Artrogripose Múltipla Congénita (pós-operatório), 1 de Pancreatite, 1 de Convulsão Febril, 1 de Febre, 1 de Má Progressão Ponderal, 2 de Doença das Membranas Hialinas e 1 caso de Hipoglicémia.

Em contexto de Atendimento Permanente, observei: 7 casos de Bronquiolite, 3 de Pneumonia, 3 de Faringite, 3 de Infeção Urinária, 3 de Otite Média Aguda, 2 de Coriza, 2 de Laringite, 2 de Gastroenterite Aguda, 1 de Amigdalite, 1 de Conjuntivite, 1 de Escarlatina, 1 de Dismenorreia, 1 de Epididimite, 1 de Síndrome Nefrótico, 1 de Síndrome dos Vómitos Cíclicos, 1 de Globus Hystericus, 1 de Febre, 1 de Cólica Abdominal, 1 de Epistáxis, 1 de Agudização da Sibilância Recorrente, 1 caso de Ferida incisa no lábio superior (Observação de sutura).

Nas consultas externas, observei: 5 casos de Rastreio de Displasia da anca, 5 de consulta de vigilância, 4 de Pés pronados, 4 casos de Faringite, 3 de Genu Valgum, 2 de Escoliose, 2 de Pneumonia, 1 de Amigdalite, 1 de Dislipidémia, 1 de Estrofulo Impetiginado, 1 de Sinusite, 1 de Dor no ângulo da mandíbula, 1 de Pé Boto, 1 de Geno Varum, 1 de Síndrome Prader-Willi, 1 de Reavaliação pós-cirurgia e 1 caso de Administração de toxina botulínica. Ainda em contexto de consulta, mas numa vertente de Cardiologia pediátrica, observei a realização de 2 ecocardiogramas fetais.

No Bloco Operatório tive o privilégio de participar em 3 cirurgias de Ortopedia, nomeadamente Osteocondroma do fémur; Extração de Material de Osteossíntese (EMOS) - pés planos e Epifisiodese bilateral, como 1º e 2º ajudante.

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Apresentei e discuti uma história clínica sobre “Mononucleose Infeciosa” e na sessão de Journal Club, o meu grupo apresentou um artigo sobre “Hematuria and Proteinuria in Children”.

5. Estágio Parcelar de Cirurgia Geral (CG) (8 semanas: 21/01/2019 a 15/03/2019)

O estágio de CG decorreu no Hospital Cuf Descobertas sob a tutela do Dr. Carlos Leichsenring. Estabeleci como objetivos principais: Conhecer e saber aplicar a linguagem e a terminologia cirúrgicas; reconhecer adequada e atempadamente as situações clínicas com indicação cirúrgica urgente e distingui-las das com indicação eletiva, executar como um especialista as técnicas de pequena cirurgia mais comuns, assim como as técnicas de anestesia e de assepsia associadas; Aquisição de autonomia e tomada de decisões clínicas.

Ao longo deste estágio tive a oportunidade de frequentar o bloco operatório, o atendimento permanente, o internamento, a consulta externa de CG, e reuniões multidisciplinares.

Toda a casuística dos casos observados encontra-se em anexo.

Assisti a reuniões multidisciplinares de oncologia e de gastroenterologia, em que a partilha de conhecimento e experiência é essencial na abordagem destes doentes, que pela sua complexidade dificilmente conseguem ser abordados apenas através de uma única vertente terapêutica. Estas reuniões mostram a importância do trabalho em equipa essencial na medicina atual.

Participei num mini-congresso e apresentei, juntamente com 2 colegas, uma revisão teórica acompanhada de um caso clínico: “Um reGISTo não previsto”.

6. Estágio Parcelar de Medicina Interna (MI) (8 semanas: 18/03/2019 a 17/05/2019)

O estágio de MI decorreu no serviço IIA do Hospital de Egas Moniz (HEM) sob a tutela da Dra. Rita Mendes. Estabeleci como objetivos principais: Aquisição de autonomia e tomada de decisões clínicas na abordagem sistematizada, com prática e participação diária em internamento; elaboração de diários clínicos, notas de alta e transferência; desenvolvimento das minhas capacidades de comunicação não só com os doentes, mas também com os seus familiares; melhorar a minha capacidade de integração e de trabalho de equipa; e reconhecimento de situações que requerem referenciação/pedido de cooperação de outras especialidades. Ao longo das 8 semanas de estágio tive a oportunidade de frequentar a Enfermaria, a consulta externa de MI, o serviço de Urgência e múltiplas sessões formativas. A enfermaria correspondeu ao principal componente deste estágio, onde ficava, diariamente, responsável por 2 a 3 doentes por dia, realizando toda a avaliação médica, requisição e interpretação de exames complementares de diagnóstico, diário clínico, notas de entrada, de alta e de transferência. Observei principalmente doentes com patologia do foro cardiovascular e respiratório, nomeadamente insuficiência cardíaca, arritmias, doença pulmonar obstrutiva crónica e pneumonia adquirida na comunidade.

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Tive a oportunidade de observar e realizar várias técnicas e meios complementares de diagnóstico. Observei 4 colocações de cateteres Venosos Centrais, 3 Eletrocardiogramas (ECG), 2 Punções Venosas (PV), 2 Algaliações, 2 Toracocenteses, 1 Paracentese e 1 Biópsia Óssea. Realizei 17 Gasimetrias Arteriais, 1 ECG e 1 PV. Relativamente à componente teórica, frequentei os seminários que decorreram na FCM e participei ativamente nas visitas clínicas e sessões de notas de alta, tendo apresentado doentes a cargo da equipa que integrei. Também assisti e participei ativamente nas sessões clínicas/Journal Club que decorreram no HEM, tendo apresentado, juntamente com 2 colegas, uma revisão teórica acompanhada de um caso clínico: “Pancreatite Crónica – A propósito de um caso clínico”.

7. Unidade Curricular (UC) Opcional - Estágio Clínico Opcional: Otorrinolaringologia (ORL) (2 semanas: 20/05/2019 a 31/05/2019)

Optei por realizar um estágio opcional de ORL, no Hospital Cuf Descobertas, sob a tutela da Dra. Ana jardim. Por ser uma forte possibilidade pessoal de posterior carreira médica, decidi realizar este estágio e perceber como funciona o internato da especialidade e a respetiva formação, que opinião têm os diferentes médicos acerca da mesma e quais as potencialidades futuras da área em questão. Ao longo das 2 semanas de estágio tive a oportunidade de frequentar o bloco operatório, a consulta externa de ORL, o internamento, o atendimento permanente e a realização de exames complementares de diagnóstico, como por exemplo audiometria, otoemissões acústicas, potenciais evocados auditivos, timpanograma, estroboscopia laríngea, nasofibrolaringoscopia, videonistagmografia e posturografia.

8. Elementos Valorativos

Além do plano curricular do MIM, procurei aprofundar outras competências com a realização de algumas atividades. Saliento o papel de capitão da equipa de basquetebol da Universidade Nova de Lisboa, que contribuiu para o desenvolvimento do meu sentido de responsabilidade, das minhas capacidades de liderança e da importância do enquadramento, enquanto elemento, inserido num núcleo/grupo.

Destaco em anexo outras atividades que considero terem influência e relevância na minha formação.

III. Reflexão Crítica

Tendo tudo em consideração, neste 6º ano do MIM, ano de profissionalização, todo o trabalho desenvolvido foi crucial não só no processo de aprendizagem e aumento de competências, como também na autonomia adquirida progressivamente.

Finalizados os vários estágios do EP e face aos objetivos anteriormente estabelecidos, é importante adotar uma atitude de contextualização crítica.

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Em relação ao Estágio de GO notei uma desorganização na distribuição de alunos e respetiva “rotação” de atividades a desenvolver. Alguns alunos mantiveram-se com a sua tutora demasiado tempo, o que impossibilitou rotação de assistente, e que consequentemente aprofundasse menos determinadas valências como o serviço de urgência do foro ginecológico. Neste aspeto mantive-me consideravelmente reticente, visto que fomos o primeiro grupo que o HL acolheu no presente ano letivo, após outro acontecimento que poderá ter influenciado, o falecimento do antigo chefe de serviço nos dois meses anteriores à nossa receção. Destaco negativamente o carácter mais observacional em alguns procedimentos, nomeadamente exame ginecológico. Felizmente estagiei anteriormente, no 4º ano, na Maternidade Alfredo da Costa, onde realizei múltiplos exames ginecológicos, não havendo prejuízo na minha aprendizagem. Também foi possível colmatar essa valência no estágio de MGF, em que realizei 2 exames citológicos, com respetiva observação ginecológica. Apesar do sucedido, contribuiu para uma consolidação de conhecimentos da medicina da mulher e compreensão da sua importância. Uma das valências que contactei mais foi a PMA, sendo uma referência do Hospital dos Lusíadas, e que sem dúvida alguma, das que me cativou mais.

No que concerne ao Estágio de Saúde Mental, os seminários teórico-práticos foram de extrema conveniência, abordando temáticas essenciais para o nosso futuro como profissionais. Começando pelas patologias mais frequentes do foro psiquiátrico e sua abordagem e acabando no estigma da doença mental, todos estes temas permitiram introduzir o que foi a realidade deste estágio. Optei por dirigir o meu estágio mais para a vertente comunitária, onde me deparei com um grupo de doentes completamente diferente do que lidei no estágio do 5º ano. Observei doentes mais estáveis e mais recetivos ao diálogo, pelo que, permitiu perceber o papel preponderante da dissolução do estigma da doença mental e da importância do processo da integração gradual dos doentes crónicos na comunidade. Independentemente da especialidade por que um médico opte, é provável que venha a observar doentes com comorbilidades psiquiátricas, sendo assim essencial este contacto no último ano como aluno.

Relativamente ao Estágio de MGF, permitiu-me reconhecer o papel crucial do médico de família no entendimento da pessoa como um todo, assegurando a coordenação entre os cuidados de saúde primários e as consultas hospitalares de especialidade, com foco na gestão da terapêutica, articulação com a família e compreensão e gestão do doente. Nas 2 primeiras semanas do estágio, o ratio tutor-aluno foi 1:2, pelo que prejudicou substancialmente a capacidade de aprendizagem, consequência da dificuldade do desenvolvimento de tarefas e diminuição da confiança do doente. O consultório não era grande o suficiente para albergar 2 estudantes de medicina. Apesar do sucedido, a autonomia foi crescente ao longo de todo o estágio e na última semana, foi-me garantida a oportunidade de dirigir os passos da consulta de forma praticamente autónoma.

O Estágio de Pediatria proporcionou prática na colheita da história clínica, realização do exame objetivo e de aperfeiçoar a comunicação com o doente pediátrico e os seus familiares, compreendo melhor a

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importância do agregado familiar na saúde da criança e do adolescente. Permitiu clarificar o papel fundamental da Pediatra na educação da criança e da família para a promoção da saúde e prevenção da doença. Realço a excelente organização do estágio, com um cronograma das atividades que iria integrar logo desde o primeiro dia, facilitando a organização das semanas e a indicação de onde teríamos que nos dirigir em cada dia. Destaco também a lista de desempenhos e aptidões que permitiu, não só ser um guia da nossa atividade, como também de motivação para preencher e adquirir todas as competências.

Optei por realizar o Estágio de CG no hospital Cuf Descobertas, pelo feedback positivo expresso por antigos colegas e pela exigência em termos de carga horária. Quero destacar este último ponto, pois em termos de números de procedimentos cirúrgicos, bem como em termos de consultas, se refletiu na casuística apresentada. Foram, sem dúvida alguma, 7 semanas (a primeira semana, das 8, foi mais centrada na vertente teórica) de intenso esforço e dedicação, bem como de imensa aprendizagem, quer teórica, quer prática. Adicionalmente, o facto de termos sido distribuídos pelos tutores numa razão de 1 aluno para cada tutor, permitiu não só assistir a cirurgias, como participar em grande parte das mesmas. Tive a oportunidade de ser, não só 2º ajudante, mas também o 1º ajudante, elemento essencial em contexto operatório. Permitiu assim, uma compreensão e aprendizagem muito mais detalhada e abrangente do espectro alargado de técnicas e materiais cirúrgicos nas várias cirurgias, da dinâmica do bloco e o aperfeiçoamento da técnica de assepsia. Considero ter atingido o grau de autonomia superior ao esperado por um aluno de 6º ano.

Um dos aspetos negativos foi o escasso contacto com a vertente do serviço de urgência.

Por último, mas não menos importante, o Estágio de MI, que considero ser um dos que me proporcionou uma maior aquisição de autonomia. Desde a primeira semana que fui equiparado a um interno de formação geral, proporcionando assim um elevado grau de responsabilidade e oportunidades de realizar e observar diversas técnicas, que acredito serem fundamentais para qualquer futuro médico.

Em relação à minha aprendizagem, saliento o desenvolvimento das minhas relações interpessoais, nomeadamente a relação, não só com o doente, bem como com a equipa de enfermagem, auxiliares, restantes médicos do serviço e familiares. Este último achei muito desafiante, mas crucial na minha formação, visto que, por um lado nunca tinha sido possível contactar com os mesmos no papel de médico, comunicando-lhes a evolução dos doentes durante o internamento, assim como o plano, e por outro lado pelas suas dúvidas e reações emocionais em resposta às notícias e informações que transmiti.

Tendo tudo em consideração, admito que o balanço deste ano foi indubitavelmente positivo, com uma sensação de dever cumprido e com bases sólidas de conhecimentos, essenciais para enfrentar o meu futuro profissional. Resta-me expressar o meu sincero e eterno agradecimento a todos os Profissionais de Saúde, professores e tutores com os quais contactei ao longo destes 6 anos de curso, por toda a disponibilidade, interesse e atenção que nos dedicaram, a grande maioria sempre extremamente disponíveis e com um grande sentido de responsabilidade e preocupação para com o nosso aproveitamento.

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IV. Anexos

Anexo 1

Casuística dos casos observados em contexto do Estágio de CG

Tipo de Consulta Nº de casos observados

Avaliação pós-intervenção 89

Serviço de Urgência 6

Observação em contexto de Enfermagem 21

Pequena Cirurgia 5

Primeira Consulta 47

Motivo de consulta Nº de casos observados

Hérnia Umbilical 12 Inguinal 22 Hiato 2 Hemorroidas 26 Fissura Anal 24 SINUS Pilonidal 23 Litíase Biliar 16 Fistula Perianal 14 Neoplasia Intestinal 9 Abcesso 9 Obesidade 7 Apendicite 7 Diverticulite 6 Lipomas 5 Nodulos 4 Condilomas 3 Hipertiroidismo 3 Onicocriptose 3 Pancreatite Aguda 2 GIST gástrico 2 Quisto 2 Hematoma 2 Pielonefrite 1 Doença de Graves 1 Neoplasia do Pâncreas 1 Feocromocitoma 1

Doença Inflamatória Intestinal 1

Polipos 1 Paratiroide (ctomia) 1 Litíase Renal 1 Perfuração 1 Fasceíte Nodular 1 Alterações do trânsito Intestinal Diarreia 1 Obstipação 1 Dor Abdominal 1

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Cirurgia Realizada Nº de casos observados Hernioplastia 13 Colecistectomia 6 Sinus (laser) 6 Herniorrafia 4 Hemorroidectomia 4 Hemicolectomia 4 Apendicectomia 4 Excisão de Lipomas 2 Sinus (retalho) 3 Fistulotomia 2 Fistulectomia 2 Lobectomia Tiróide 2 Tiroidectomia total 2 Hemorroidopexia mecânica 2 Diverticulotomia 2

Esfincterotomia Lateral Interna 2

Paratiroidectomia 1

Fissurectomia 1

Duodenopancreatectomia 1

Suprarrenalectomia 1

Ligamentoplastia 1

Colectomia tipo Hartmann 1

Laparoscopia exploradora 1

Orquidectomia 1

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Anexo 2

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Anexo 3

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Anexo 4

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Anexo 5

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Anexo 6

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Anexo 7

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Anexo 8

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Anexo 9

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Anexo 10

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Anexo 11

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Referências

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