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SAKUR! Terra de um homem só

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SAKUR!

Terra de um homem só

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FICHA CATALOGRÁFICA 896.11

M425k Cá, Vanito Ianium Vieira

Sakur. Terra de um homem só /Vanito Ianium Vieira Cá.- Porto Alegre: Editora Solidus Ltda., 2013.

72p.; il

1. Literatura africana (Guiné Bissau): Poesia. I. Título.

Bibliotecária: Alexandra Corso CRB10/1099 Capa

SAKUR! (Socorro) é um grito que quer refletir tantas

realidades desumanas geradas pelas armas que muitas vezes são usadas em substituição ao diálogo.

A foto foi retirada no site Agronomia – fotos de Amílcar

Cabral – e contém roupas e equipamentos do pai da nação guineense.

Diagramação e capa: Mauro P. Pacheco Revisão: Accio Lottermann

Editor: Jurandir Zamberlam Gráfica Solidus Solidus

Av. Antônio de Carvalho, 2079 CEP 91430-001 - Porto Alegre - RS Fones/Fax: 3 334.2845 e 3334.0040 E-mail: solidus@terra.com.br

COLEÇÃO 2: HISTÓRIAS DE MIGRANTES CIBAI Migrações

Rua Dr. Bento Cassal, 220 - Floresta 90035-030 Porto Alegre, RS

F. (51) 3226 8800/3286-6028

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POESIAS

SAKUR!

Terra de um homem só

Vanito Ianium Vieira Cá

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"As pessoas podem duvidar do que você diz, mas elas acreditarão no que você faz."

Lewis Cass

Dedico esta obra para sete pessoas muito importantes na minha vida que, apesar de não poder mais vê-las, posso profundamente senti-las:

Ianium Cá, meu pai,

Acani Ié e Emilia Có, as mães, Agusto Có, meu primo,

Marcos Vieira Cá, meu irmão,

Piquinote Djú e Valdo Jaime Djú, os meus queridos sobrinhos

e todos aqueles que já passaram por mim e não ficaram.

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Agradeço a Deus com todo o meu amor por todas

as dificuldades que passei, pois sem elas, eu não teria me tornado a pessoa que hoje eu sou. A presença de Deus na minha vida me trouxe paz e conforto nos momentos mais difíceis que passei! Obrigado também aos bons espíritos que me acompanham guiando meus passos. Por meio da fé passei a ter coragem para publicar os meus poemas que são tudo aquilo que eu sinto em forma de palavras. Obrigado, Pai, pela inspiração.

Às minhas mães Acani Ié e Emilia Có (falecidas) o meu eterno agradecimento por serem meus exemplos de amor e de perseverança.

Ao meu pai, que quando pequeno lhe via como herói, agradeço por ser o homem que foi e a figura que continua servindo de exemplo na minha jornada. Ele não era perfeito, era apenas um pai que amava muito seus filhos e que lhes ensinou bons princípios.

Ao Padre Lauro da Igreja Nossa Senhora de Pompeia, diretor do CIBAI Migrações, que de uma forma especial e carinhosa me deu forças, apoiando-me nos momentos de dificuldades e de incertezas.

Aos meus amigos e colegas estudantes guineenses, moçambicanos, angolanos, congoleses, nigerianos, cabo-verdianos e brasileiros, obrigado!. É bom saber que temos pessoas em quem podemos confiar, que nos apoiam e nos acolhem com carinho.

Enfim, agradeço a todas as pessoas, sejam elas anônimas ou não, pois as mesmas acabam sendo co-autoras deste livro, pois “Sakur! Terra de um homem

Só” não é apenas o retrato da minha vida, mas de

muitas outras vidas que acabei encontrando e desencontrando ao longo do meu caminho. Viver vale a pena por causa dos encontros. Que este livro seja um grande encontro, para todos.

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SUMÁRIO

Apresentação Prefácio Ké Ku na Pasa? Introdução Guiné Bissau África Neguinho Mandato de

vampiros Por amor... Poeta do povo

Só quero ser eu! Tenho Medo Infância perdida General! Assim No céu O mundo grande O novo mundo Tarde sem fim Qual é Nobresa Gritu na lala Kasamenti di aos Nhu Rei Djuntamentu di aos Turbada di junhu Desejos Guiné I nha Tchon Sakur! Na es di nos pali Guiné-Bissau III Jornal di Tabanka Bissau Nando Djuguedes Kombersa Ali na iari-iari M’Pili Sedu Indipendenti A liberdade Prêmio da arma Exportação Papai Noel Udju ku odja Guiné-Bissau II Amílcar Cabral Se eu fosse a liberdade Revolta de um Imigrante M’pustur Já olhei tudo Se! Amizade... Benfica Daurit Secuna Cassamá Colaboradores

Coleção 1 - Pastoral & Migrações

Coleção 2 – Historias de Migrantes

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Desde a década de 60 o Brasil tem celebrado acordos de cooperação para intercambio na formação de estudantes em nível superior. Essa mobilidade humana temporária tem crescido significativamente e foi designada pela ONU/OIM (Organização Internacional das Migrações) como Estudantes Internacionais.

A presença desses estudantes no Brasil tem trazido um cabedal de experiências indiscutíveis. Suas histórias são marcadas pelas nuanças de ordem coletiva e pessoal: o passado vivido na comunidade ou nação, as experiências de trabalho, o tipo de família, as formas religiosas e seus costumes típicos enriquecem nossas culturas.

A busca de novos conhecimentos faz o jovem mergulhar na cultura local com reflexos no seu crescimento pessoal e nas suas opções de vida. Entretanto, esse processo de integração só se concretiza com uma acolhida digna, com estímulos fermentadores de novas experiências, de oportunidades concretas para um desenvolvimento adequado, não apenas no meio universitário, mas na sociedade brasileira em que está inserido.

Nesse contexto, nas últimas décadas, o CIBAI Migrações vem acompanhando os estudantes internacionais, especialmente africanos, que chegam à grande região metropolitana de Porto Alegre, colocando-se como um dos mediadores, especialmente na fase inicial de inserção.

Com o apoio na publicação de mais um livro de poemas, agora com o guinense Vanito, o CIBAI Migrações quer prestar um serviço na rede de intituições voltadas para a dialogação entre culturas.

Nossa Instituição, que desde a década de 1950 vem servindo as pessoas em mobilidade, sente-se contente em poder dar continuidade às publicações CIBAI Migrações:

Coleção História de Vida de Migrantes com o livro de Vanito

Ianium Vieira Cá: Sakur! Terra de um homem só. Lauro Bocchi

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PREFÁCIO

Qual o dia mais belo em Guiné – Bissau? Quem conhece Guiné – Bissau?

Quem sabe onde fica Guiné – Bissau?

“Poesia é voar fora da asa” dizia Manoel de Barros E voar fora

Fora de um tempo. Fora de um país.

Fora de um continente. Que sempre ficou fora... Fora da história

Fora do passado e fora do futuro. Uma vida colonizada, Um tempo colonizado

E um imaginário que é pensado a partir de uma cultura colonizada.

Um imaginário colonizado!!! E para romper com isso É necessário pensar fora. E pensar fora do imaginário Porque caminha dentro. Caminha com seu povo. Caminha com seu país. É um homem só!

Mas coloca Guiné Bissau no mapa.

Nos mapas da história. Nos novos mapas de uma outra história.

“Não fazer poesia, mas enxergar a realidade” argumenta o autor, na qualidade própria daqueles que propõem a reescrevê-la.

Eloenes Lima da Silva Mestre em História Contemporânea

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O Vanito foi apresentado a mim pelo nosso amigo comum, o também poeta Frederico. Eu e minha equipe da pesquisa Versificação Brasileira tínhamos feito uma oficina de criação literária com o Frederico para dar forma final a

Kombersa di Bissau, seu livro de estreia. Vanito

perguntou se eu poderia fazer a mesma coisa por ele. É claro que aceitei, e não me arrependi.

Ler a poesia desses jovens guineenses é instigante, é compartilhar os esforço de transformação política e cultural empreendidos por uma geração que, em que pese a perplexidade com as traições de suas expectativas (das expectativas de uma nação inteira), não nega fogo e procura evitar cometer velhos erros nos novos caminhos que vai abrindo.

Em Sakur! Terra de um homem só, Vanito Vieira dá continuidade aos esforços de Conduto de Pina e se soma a Odete Semedo no esforço de aproximar a cidade imbricada no mundo globalizado e a tabanka ancestral. É preciso descobrir uma articulação entre os dois ambientes que permita à cidade acertar o passo com as práticas e tecnologias da contemporaneidade mundial, sem que no processo seja descaracterizada a tradição popular. Isto quer dizer que as pessoas devem inventar um jeito novo de viver na cidade, na qual a solidariedade para com os parentes se transforma facilmente em nepotismo, um jeito que não faça as pessoas negarem suas raízes tribais, que não as afaste dos parentes que preferem seguir os passos dos ancestrais, e sim, as leve às tabankas para JUNTO COM o povo preservar a literatura oral, alfabetizar a população ainda ágrafa que deseje integrar-se ao mundo da cidade (mesmo continuando a viver na

tabanka), dialogar com a população que não tenha

interesse em alfabetizar-se, para escreverem TODOS JUNTOS a nova Literatura Guineense, expressão da Guiné Bissau que vão construindo.

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Nesse contexto, é importante a utilização do Crioulo a par do Português. Nenhuma das línguas deve ser imposta: o que cabe é dar à língua local estatuto de igualdade em relação à língua tomada ao colonizador. A diversidade de línguas oficiais da ONU nos mostra que é possível avançar sem calar a expressão do outro. Vanito poeta em Crioulo e em Português, da mesma forma que fala Crioulo e Português.

Leiamos seus versos, escutemos sua voz!

Paulo Seben

Doutor em Letras, professor de Literatura Brasileira na UFRGS e escritor

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INTRODUÇÃO

Caros amigos e leitores, “Sakur! Terra de um homem só” é um registro do nosso universo africano, um relato de sociedade atual e, principalmente, um retrato da sociedade guineense. O texto aqui presente é contado em duas línguas: Crioulo (a qual considero minha segunda língua, utilizada para unificar diferentes etnias existentes na Guiné-Bissau) e o português, a nossa língua oficial.

Para entender melhor este livro, gosto de pensar no que o escritor Carlos Filipe Moisés, grande crítico brasileiro, diz na sua obra: “Poesia não é difícil’’, na qual ele afirma que a poesia não pode ser definida com consultas a manual ou por definições descritas em enciclopédias, pois ao contrário da mecânica celeste, campo escolhido por ele para a comparação, poesia não constitui um saber universal. Seus conceitos e definições dependem, além das circunstâncias culturais e históricas, da interpretação subjetiva das pessoas.

O mesmo autor ainda diz que “é preciso deixar-se ser contaminado pela poesia” e para entender um poema é preciso ter o espírito de liberdade, a mesma que nos permite voar nas asas da imaginação e aceitar que as palavras para um poeta não têm um único sentido, mas vários e muitas vezes ambíguos. As palavras dependendo da forma como são expostas, podem criar algo lúdico, que nos permite brincar com elas. Já pensaste o quão gostoso pode ser brincar com as palavras?

Por isso, para gostar de ”Sakur! Terra de um homem só” é preciso lutar contra todo o preconceito e é preciso também estar sempre disposto a enfrentar com humildade as surpresas e armadilhas que a vida nos mostra, em suas formas enumeráveis.

Para concluir, afirmo que “Sakur! Terra de um homem só” é também o resultado da minha inspiração ao

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ver a interação entre pessoas que acreditam no poder que a palavra tem de transformar a vida das pessoas. Sendo assim, mais uma vez gostaria de agradecer a todos os meus amigos que, assim com eu, possuem fé nas palavras, e o mais importante, nas pessoas. Essas que podem mudar a sociedade em que vivemos, com intuito de que ela seja mais justa, humana e fraterna.

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Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas!

Os livros só mudam as pessoas.

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GUINÉ-BISSAU

Terra de um homem só Terra de Amilcar Cabral Abençoada por Deus

Mal abençoada por homens Traidores da pátria de Cabral Com maldição sem noção Em Boé deixaram promessa Trouxeram fome e miséria Plantaram corrupção

Do mal contra o bem Ambição de liderança Política de mascara Povo sem esperança Novidade de súmbia Vício de ardança Noite de matança Dia de angústia

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ÁFRICA Tudo criou Tudo ignorou Criou a humanidade Perdeu a liberdade Inventou a escrita Mas não tem tinta

25 de Maio na lembrança No esquecimento, a aliança Livre da escravidão Vive na escuridão Sinônimo de riqueza Também de pobreza.

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NEGUINHO

Sou um ser humano Como toda a humanidade Tenho moral

Neguinho

Sou Africano

Meu berço é a África Não nasci escravo Fui escravizado Neguinho Sou Negro De uma raça De uma etnia De uma cultura Neguinho

Ainda sinto raiva Raiva de quem?

De quem me chama de zé-ninguém Raiva de quem?

De quem vê na minha cor maravilhosa Pobreza, favela, assalto

Branquinho

Somos todos iguais Não levamos nada Desta vida desigual

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MANDATO DE VAMPIROS

Mandantes com vírus Cada noite, uma vítima Pesadelo sem fim.

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POR AMOR…

Guardei meus escritos Guardei meus versos Guardei no baú da vida Guardei sem hesitar Por amor…

Nunca agi sozinho Por tanto chorar Por tanto sorrir Por amor…

Estou aqui sorrindo

Com meus versos e rimas Eu respiro, eu transpiro É real. Ninguém

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POETA DO POVO Sou poeta Um combatente Poeta do povo Sem dono Na dor sorrio De mau humor Eu grito Rimas de lágrimas Do meu Povo inocente Sou poeta

Pra quê patente? Com versos Com ideais Defendo o povo

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SÓ QUERO SER EU!

Na minha caminhada A vontade que move Minha esperança Alegre que me faz Acreditar na vida

Na minha caminhada Não tenho asas

Mas, tenho fé Um dia chegarei No horizonte Na minha caminhada Procuro inteligência Do que dinheiro Guardado.

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TENHO MEDO

Tenho medo de voltar E abraçar a solidão, Enfrentar o pesadelo Mais perto da escuridão.

Tenho medo de voltar Para um país, uma aldeia, Para a casa abandonada, Na tabanka onde nasci.

Eu juro que tenho medo Do destino que eu

herdei. O Criador é quem o sabe! Medo da morte, Do Sofrimento,

Da Solidão, E da tristeza

Para meus olhos, os homens São todos meus semelhantes.

Ó minha terra, ó Guiné! Tenho medo de voltar, Porque, dizendo a verdade, Meu coração é pequeno Nele não cabem as dores Todas que tenho na vida.

Viver como um estrangeiro? Viver como um fugitivo? Meu coração não o sabe. Um dia hei-de voltar.

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INFÂNCIA PERDIDA Na aldeia escondida Criança de rua Olhares cruzados Cheios de tristeza Esperando em vão Novo amanhecer De cá para lá De lá para cá

Oh minha mãe amada Quando voltas pra mim? Cansei de ser futuro Quero nascer de novo Pra viver o presente

Dizem que a escola é nossa Dizem que mundo é nosso Eu sou 20 de Novembro E vim aqui pra falar Que meus direitos ainda moram no papel

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GENERAL !

Muitos ou poucos Vão festejar sua morte Poucos ou muitos

Vão gritar viva Festa de júbilo

Para os que não faziam Parte do seu reino Reino que não se define Mas quando se sente Não se apaga

Passar borracha na História Sempre deixa mancha Mancha de um herói Que não se defende, Mas se sente.

E se sente fica na lembrança Lembrança de Março

Lembrança de matança Lembrança da morte Sem piedade

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ASSIM

Fingidor da vida Fingidor de mim

Nos olhos dos homens Eu vivo sorrindo

Chorando por dentro Querendo rever

Em algum momento

No fundo dos olhos Moram minhas lágrimas Lágrimas de emigrante Triste da notícia

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NO CÉU

No céu Reside o sol Luz natural

Energia que me aquece

Me completa e torna um homem No céu

Reside a lua Luz natural

Produtora de marés

Que me levam para a terra

No céu

Residem estrelas Luz natural

Que ilumina o meu caminho Cada passo até a meta

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O MUNDO GRANDE

Ásia é grande

Mas é menor que o mundo America é grande

Mas é menor que o mundo África é grande

Mas é menor que o mundo Europa é grande

Mas é menor que o mundo O mar também é grande Mas é menor que o mundo O mundo é grande

Mas o universo é maior

O dia é maior que a noite Ainda tenho motivos pra viver Vou escolher meu caminho Vou achar a direção

Já dei o primeiro passo Vou chegar ao meu destino.

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O NOVO MUNDO

Mundo imaginário Mundo igualitário Mundo capitalista Do senhor proprietário

Nesse mundo da globalização O exterior é oposto do interior Cada um fala uma língua diferente Democracia transformou-se Na burocracia de ganância

Vestuário perdeu identidade Criança veste roupa adulta Africano usa roupa de Europa No novo mundo

Tudo é possível, menos vira volta Dominação já não é opção

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TARDE SEM FIM Tudo começou Tudo aconteceu Lá na Redenção Não tinha intenção No meu coração Coisa inexplicável Que fere o meu peito Por mais que me afaste Minha dor aumenta Vi nos olhos dela Um amor oculto Coisa inexplicável É que não acaba Coisa inexplicável É a minha preta

Vivo angustiado Quando chego perto Sofrimento aumenta Só de me lembrar Que não‘stamos juntos Perco todo o fôlego

Fui paralisado Por aquele beijo Que você me deu Mas não deveria Meu peito tem medo Que esse beijo seja Uma cicatriz.

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QUAL É…

O dia mais belo Da Guiné-Bissau: Ontem? Amanhã? Ou será que é hoje?

Nós vivemos assombrados Pelo medo e pela morte Numa terra que é um Éden E que é de um homem só Sonhamos com liberdade Acordamos subjugados Cada passo é uma pegada No tempo de nossa terra

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A LIBERDADE...

A liberdade nos custou Vidas ceifadas

A liberdade nos custou Sangue escorrido A liberdade nos custou Fome e miséria

A liberdade nos custou Os “panus pretu” (1) A liberdade nos custou As noites escuras A liberdade nos custou Dor e esperança

Onze anos de muita luta... Como ficamos assim? “Pa és no Guiné di aos”1

(1) As mulheres viúvas1 Para a nossa Guiné de hoje”, em Crioulo.

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PRÊMIO DA ARMA

Durante muitos anos Nossas mãos pegaram Em armas pra lutar

As armas que são símbolos De um passado obscuro Que ninguém mais quer

As armas que mancharam Nossa linda história

Que ninguém mais lava

As armas que mataram Filhos do mesmo sangue Que ninguém mais lembra Armas que ainda desarmam Os sonhos dos inocentes

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EXPORTAÇÃO

Levam nossas árvores Cercam nossa fauna E nós nos calamos

Nossa natureza Sofre de tristeza De nos ver distantes

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PAPAI NOEL

Sinto-me envergonhado Pelo Papai Noel Sinto-me envergonhado Pelos Noelzinhos Sinto-me envergonhado

Por onze anos de luta pela liberdade Por anos de lutas sem recompensas Perdi avós, pais, tios e irmãos

Pela justa causa Mas Papai Noel traiu

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UDJU KU ODJA2

As pessoas pisam em cima da lei Protegidas pelo rei

Os que fazem do sol

Uma simples mancha amarela E também os que fazem

Mancha amarela o próprio sol Tudo é possível

Já não acreditamos em mudar a pátria Para salvar as nossas crianças

Temos que mudar nossas crianças Para que elas salvem nossa pátria amada

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GUINÉ-BISSAU II

MINHA PÁTRIA AMADA

Pátria de Banhuns ku Banhas3 Pátria que sacrificou seus filhos Para nossa liberdade

Pátria de cultura e tradições MINHA PATRIA AMADA

Jamais esquecerei Madina de Boé Setenta e três! A nossa independência Símbolo de unidade luta e progresso

Proclamada pelos homens negros como a noite

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AMÍLCAR CABRAL

Omi ku paga si kinhon

Herói do povo Meu grande herói

Homem de muita garra

Mais que um simples guerreiro Um herói vencedor

Partiu de grande mistério Envolvendo vidas

Na busca da liberdade Para um novo ser Meu verdadeiro herói Não guardou fortunas Morreu na batalha Para que as crianças Vivam o amanhã Abel Djassi

É um lutador Não um traidor

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SE EU FOSSE A LIBERDADE

Se eu fosse a liberdade Daria um pouco de mim A todos os guineenses Para fazerem o bem

Para que as crianças brincassem Na praça dos heróis nacionais Gozando bom ar da mãe Guiné

Para que os jovens se divertissem Nas areias da Varela e de Bubaque Tentando as marés

Para que os políticos compreendessem O espírito da liderança

Na paz e na justiça

Se eu fosse a liberdade...

Gostaria que o meu povo da Guiné Se unissem na Guinendadi

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REVOLTA DE UM EMIGRANTE

Adeus Europa

Adeus porque vou te deixar A minha terra é a minha enxada N’ka disdja riba4

Companheiros de aventura Vinde comigo viajar

A noite é escura, a vida é dura N’ka disdja riba

A cara é magra para sorrir A pele é seca para curtir A vida é dura para resistir N’ka disdja riba

A terra que eu vi sem plantações I ka parsi ku di nós5

O mar que eu vi sem cardumes I ka parsi ku di nós

A chuva que eu vi a

chuviscar I ka parsi ku di nós

Meus companheiros de aventura Vinde comigo de volta a nossa Guiné. Porque muitos sóis e luas irão nascer.

4Não desejo voltar”, em Crioulo. 5Não parece com o nosso”, em Crioulo.

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M’PUSTUR6!

Não adianta

Mudar para o outro: Convive com ele Não adianta cantar

Ó Pátria amada idolatrada salve salve!

Aprende cantar séculos de dor e de esperança Não adianta trocar

M’bé por bah

Não vais virar brasileiro

Não adianta fechar os olhos No meio de tiroteio

Para não ser atingido Não adianta passear

Na Redenção, no Gasômetro Sem chimarrão

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JÁ OLHEI TUDO

E nada vejo

Vi um país sem rumo Vi uma cidade sem luz

Vi semáforo plantado feito árvore Vi um castelo cheio de poeira Vi um caixão numa assembleia E hospital sem medicamento Vai-se a vida e vem a morte

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SE!!

Se eu fosse anjo Gostaria de aparecer No meio dos seus sonhos Para administrar a sua vida Planejar os seus desejos Dirigir a sua vontade Mais amor, por favor! A vida é dois dias! Dizem o povo.

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AMIZADE...

Acreditar nos amigos Confiar no invisível Ajudar no máximo Respeitar a diferença Dedicar-se totalmente Escutar conselhos

Partilhar o pão nosso de cada dia Perdoar do fundo do coração.

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BENFICA

A minha primeira paixão Sem ilusão Alimentada por gritos De vitórias sem fim Nas minhas veias É pelo Benfica

Sou Benfiquista por natureza

Porque o meu Divino Mestre encarnou Não azulou e nem esverdiou

Sou Benfiquista, porque Tenho espírito de conquista Benfica, o meu amor eterno.

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DESEJOS Fé Para confiar em Deus Amor Para amar o próximo Esperança

Que um dia serei alguém Coragem

Para enfrentar inimigos Felicidade

Para usufruir tudo que a vida me oferece Sorriso

Para alegrar o meu viver Humildade

Para reconhecer meus erros Amizade

Para distinguir os falsos e verdadeiros

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Mama Guiné N’ka nudju bo

Ku manda n’sai ferferi.

Pa sumia nha kalur Na tera di djintis ku dur na korson Mama Guiné N´nka nudju bo

Ku manda n´sai ferferi. I fugon ku paga ku mi, Kiriason di n’bai luta, Kampu kinti uit

Bembas limpu pus

Pabia se korson pretu nok. Mama Guiné

N’ka nudju bo

Ku manda n’sai ferferi.

N´sibi kuma abo Ki mame di nha rasa

Ma bu fidjus maufinus troka arus di djemberén Pa kil tchomadu nhelén di bulanha di Bandin Ali tera na djimi kasabi

Lantindan troka n’sunsun pa wiski Lixu bida luxu.

Mama Guiné N’ka nudju bo

ku manda n’sai ferferi.

I manera pa djitu pudi ten, Ma n’disdja riba um bés Pa n’sinta na bu ragas

Pa n´sukuta tuada di bumbulum di nobresa Na tokadu na moransa.

(46)

SAKUR!

Ali n’sikidu na kumbu, Pabia djintons na ientra prasa. Nhu Bernal! Nha boka ka mati la Na batuka di n’bai luta. N és noti di fuska-fuska

(47)

NA ÉS DI NOS PALI I djugu di domino Se é fitchau kanal Bu ta troka só di ladu Se é fitchau sirkuitu Bu ta bida kamalion Ma odja kampu kinti I bida djugu di dama Kumen n’kumeu, Pubis ki tabuleru, Wané i n’bai luta,

Dama i bazuka pa bumburia Bibi udju boka iem,

Tchuné i fomi ku miséria. Ampus

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GUINÉ-BISSAU III

Tera di n’turudu, Tudu i na sukuru, Nhu matadur Kata sinti dur,

Djugudes manhotis Na iari-iari mas

Na ministerius di no prasa Na pera mas pa kume, Spantadus pa renansa “Salva quem tem poder”.

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JORNAL DI TABANKA

N`fala-n’fala Na cabas di sorti, Tudu un dia na sibidu

Ma nhu faladur ka na bin ten.

Ma na baloba garandi Tudu ta dadu nomi, Pabia nhu ka ta ientra

Ku mon bambudu na kosta, Si nha ka leba galinha

Nhu na leba purku Si nha ka leba kabra Nhu na leba baka Kada kinhon Ku si bardadi

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BISSAU NANDO

Tera di tris rei Sin lei Si kampu kinti I ta padidu nobu lei Si i burmeju i kata firia Tementi um son ka kai

Dimokrasia di pinta dedu na urna I so pa ba ta fasinu torosa

I ten dja ko-prisidenti Te pa sol na kai

É na mostranu Ka-ministru

Pabia na nha djorson Si i Ka Cá i Có

(51)

DJUGUDES Anti di bauxite I Baiotes ku sta ba la Anti di fosfatu I Brame ku sta ba la Anti di pitroliu I Cobianas ku sta ba la Anti di Diamante I Cassangas ku sta ba la Anti di bo Barkafon pubis ku sta la

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KOMBERSA

Kombersa

Di nha moransa I tchumul tchamal

Ora ku korson di maldadi Na ronda kasa garandi. Kombersa

Di nha moransa Si bu kasa pega fugu Findjiduris ta bin ku lenha Indimigus ta bin ku gasolina Tudu pa djuda paga fugu Ku sé pensamentus susu

Kombersa

Di nha moransa

I fertchanu na boka di tubaron Pabia no korson tingui dur Na es bentu di urdumunhu No borgonha i ka nudadi

(53)

ALI NA IARI IARI

Na kasa dias

Pabia di mi pega fugu I ka ku tras

I ka ku dianti

Suma mama Guiné

Ali na iariari Na kasa dias Pabia spantadus Diskuda na Djunda djunda Pa turpesa Di mandanti Turpesa di maldadi É findji ka nota Ma pubis na nota Anti di ponteru Toka na sinku Un dia ta sedu di

kasabi Kuma tera ranka Ku sé “visão de pouca leitura”

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NHU REI

Nhu rei

Nhu ten pasensa

Nhu sukuta nha gritu di sakur Ka nhu tapa oredja ku rodja Nin ka nhu tapa sol ku pineria

Nhu rei Nhu djudan Nhu dan folga Nhu ten dur di mi

Pabia nha djorson na kaba Kil di N’ghala intchi dja

Kil di N’tula ka ten dja kau di pui Nhu rei

Nhu sukutan

Pabia dia ku nha lagrimas na seka na pitu Nha korson na findi na metadi

(55)

DJUNTAMENTU DI A ÓS

I parsi ku Kana seku

Ku ka ta dobradu Pabia I djuntanu

Ku duturis sin formason

I djuntanu

Ku skolerus sin diploma I djuntanu

Ku kombatentis sin frenti

I djuntanu

Ku Marinherus ku ka kunsi atlântiku Ku manda tera na ranka pa tras

Banoba di China ton

Ka na tchigantanu

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TURBADA DI JUNHU

I bin ku puèra I intchinu udju tip Ku manda té gós Nó na n’ghai-n’ghai Na un kau Kilis ku tchomadu Pa mostranu kaminhu Bida mursegu Ku n’ghorotó Udju na mangu

Papa mel n’djata ponta Kuma assukar

Na prasa ki mas tchiu Ampus.

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NOBRESA

Nobresa

Deus sta ku nós Cabral sta ku nós

Forsa ku djitu sta ku nós Si no djunta mon

Nona dimantcha nó kansera Pabia Guiné i di nós

Bissau fiansa na nós Nobresa

Si nó djunta sintidu Nó ka na pidi sakur

Pabia sapu na kume si labur Djustisa na soronda

Fluris na flura Mama Guiné na kirsi

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GRITU NA LALA

Na nha tera Omis pirdi sintidu

Pabia é ten dipresa pa iangasa Bianda sabi na amontondadi. Ali gosi é fundianu na mar Sin distinu, sin speransa Di tchiga utru banda

Tera fika ina koi-koi Suma kanderu di beku Suguransa keia

Pabia J grandi

Bida J di djumbulmani

Madina di Kuntum pasa i Sedu di Boé É fasi Mama Guiné ratadju

Kada kin na djunda pa si ladu Ku manda aós sedu tchur

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KASAMENTI DI AÓS Kasamenti di aós I di nogôs Si lukru ka sai I ta malgôs Kasamenti di aós Si balur i di mobilia Si rispitu i na bolsu Si di bo pisadu

Bu ta tchomadu bon omi Ninsi bu ka tené bon nomi

Kasamenti di aós

Miskinhu di omi labradur Ku manda mindjeris pirdi balur Bambaran bida fidida Padi fidju aós i son fadiga

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M’PILI

M’pili

Badjuda di nha mininesa I ka kontan bias

Pabia i bai sin pensa dus bias Pabia di kabelu umanu Pabia di sentura bas

Pabia di kop-kop Ki pidin n’ka dal M’pili

Bu diskisi Di nó ja-ka-mi Di nó kabra-segu Di nó n’dule-n’dule Pabia di bida di sabola

Ku urdumunhu tisi na bu mon Ku bentu na bin leba

M’pili

Si bu kunfundi bu kabesa Ku sinhoritas di nó prasa Djugudé na mas bo rispitu

(61)

SEDU INDIPENDENTI

Sedu indipendenti... I sibi pega ku bu mon M’bes di fiansa Na kosta di lifanti

Sedu indipendenti... I pirfiri um lugar di sol

M’bes di um lugar di sombra Ku iagu djeladu

Sedu indipendenti... I sedu suma nhu Di Pina Lagua di speransa

Pa nobresa di aós M’bes di sedu

Suma djintons di nó prasa Ku ta kume é limpa boka

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DAURIT

Omi garandi Omi di bardadi

Omi kun n’disdja iarda Nin i ka na tarda Tudu di sil N’ka diskisil Si pensamentu I el ku nha guia Lundju di el Na sinti falta

Ma anti di n’da tapada I ta djundan oredja

Daurit

Nha mantenha pa bó

(63)

SECUNA CASSAMÁ

N'koforma

Bó fala kuma nka sibiliza Pabia m'bin di Firbidik Pabia nka obi kriol

Tambi nka kunsi fatu foradu

N'koforma

Ku é nha tchepén di sibi Nha sintu di nansinhu Nha kandjirba di siti Balur di nha fundinhu N'koforma

Ku é nha kasa di padja Nha baranda kopoti-kopotidu Nha kama di kanapé

N'koforma

Ku nha Bidanda

Tera ku ta dan bianda Pa mata nha fomi Sin dana nomi

(64)

COLABORADORES

Abulai Camara, Aline Bettio,

Cecilia Da Silva Biote, Conduto De Pina, Eduardo Yohaness, Duarte Marques Vieira, Cesar Barbosa,

Isabella Espinosa Stampa, Danilson Oriane Fernades, Eta Sereno Da Costa, Fernando Cá,

Filomena Cá,

Florença De Pina Araujo Gibril Mané,

Indira Soares, Jaime Djú,

Jefferson Silva Monteiro, Jemi Barbosa Bijago, João Luís Silva Monteiro, Liontina Marcelo dos Santos, Nino Júlio Nhanca

Mamadu Turé,

Onésimo A. Figueiredo, Paulo Djú,

Pedro Gomes

Ricardo Ossagô de Carvalho, Rosângela Santos,

Rosangela Filomena Vieira Vanessa Alves Felix.

Sem esquecer dos meus grandes amigos, que compartilham da mesma paixão pela escrita:

Degislaine Lopes Soares, Ricardo Marcelo Mendes, Ufé Vieira,

Egas Gomes Barbosa Katar, Eliseu José Pereira Ié,

Frederico Matos Alves Cabral, Joselino Guimarães,

Pascual Lopes Correia, Juel Da Silva,

Secuna Baio Cassamá Segone Cossa

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COLEÇÃO 1: PASTORAL & MIGRAÇÕES

O processo migratório no Brasil – desafios da Mobilidade Humana na Globalização. Jurandir Zamberlam – 2004 

Percepção do Fenômeno Migratório em cidades das Dioceses do RS. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Teresinha Zambiasi, Terezinha Santin, Joaquim R. Filippin, Alexandre Zamberlam – 2004 

Pastoral dos Migrantes – subsídios. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso - 2005 

Memória: 1º. Congresso Mundial de Leigos Scalabrinianos – Piacenza Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Jairo Guidini, Ivonete Teixeira, 2006 

 

Tendências da Mobilidade Humana nas Três Fronteiras – realidade migratória na Diocese de Foz do Iguaçu. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Regina Machado Silva, Maria Helena Pires, Alexandre de Oliveira Zamberlan, Albino Matei, Zeni Carminatti, Jairo Francisco Guidini – 2006 

 

Memória – ler. Congreso Mundial de los Laicos Scalabrinianos en Piacenza presencia Sudamaericana. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Alejandro Olivero, Carlos Nevado, Dirceu Bortolotti, Graziela Vera, Maria Alicia Marques – 2006 

 

A emigração da Grande Criciúma na ótica de familiares – desafios para a Igreja de origem e de destino. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Wladymir Kulkamp e Ludgero Buss – 2006 

 

Emigrantes brasileiros no Paraguai – presença scalabriniana. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Joaquim R. Filippin, Eduardo Bresolin, Eduardo Geremia – 2007 

Desafios para a Igreja do Rio Grande do Sul.  

Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Lauro Bocchi, Joaquim R. Filippin, Egídia Muraro, Guillerme Ilarze  

– 2007  

Foz do Iguaçu em contexto de mobilidade –

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Zamberlam, Joel Ferrari, Giovanni Corso, Joaquim R. Filippin – 2007

João Batista Scalabrini – Apóstolo dos Migrantes. Redovino Rizzardo – 2008 

Estudantes Internacionais no processo globalizador e na internacionalização do Ensino Superior. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Lauro Bocchi, Joaquim R. Filippin e Wladymir Kulkamp – 2009 

Desafios das Migrações – buscando caminhos. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Lauro Bocchi, Joaquim R. Filippin, Egídia Muraro – 2009 

 

50 anos com os migrantes – Paróquia da Pompéia, Missão Scalabriniana. Jurandir Zamberlam, Giovanni Corso, Lauro Bocchi, Joaquim 

R. Filippin – 2010.

IMIGRANTES - a difícil ultrapassagem da fronteira da documentação e o acesso às políticas públicas em Porto Alegre. Jurandir Zamberlam, Lauro Bocchi, João Marcos Cimadon - 2013 

COLEÇÃO 2: HISTÓRIAS DE MIGRANTES

Inmigrante – um viaje por su interior. Blanca de Souza Viera Morales - 2011 

 

ORLANDO ORTEGA - Memórias e Aventuras de um migrante - sua vida e sua arte. Orlando Ortega – 2012 

Kombersa di Bissau – Frederico Matos – 2012  

SAKURI! Terra de um homem só. Vanito Inanium Vieira Cá - 2013 

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VANITO IANIUM VIEIRA CÁ

Vanito Ianium Vieira Cá, poeta do Povo, nasceu em Dorse região de Biombo,

Guiné–Bissau. Desde criança exercitou sua verve poética, inspirado pelo pensamento do grande poeta guineense Francisco Conduto de Pina. A partir de 2006 começou a publicar sistematicamente seus versos em diferentes órgãos da comunicação.

Formou-se no curso Técnico de Canalização pelo Centro de Formação Industrial Vitorino Costa (CENFI). Fez outros cursos: de Língua Portuguesa e de Cultura Brasileira Nível-III pelo Centro Cultural Brasil Guiné-Bissau (CCBGB) e Informática Básica (Riend’s Org. G/B).

Chegou ao Brasil em 2012 através do Convênio Guiné-Bissau / Brasil (PEC-G) na busca da qualificação profissional no sistema de ensino superior. Frequenta o Curso de Ciências Sociais (nas áreas de Antropologia, Sociologia e Política) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Vanito nunca deixou a poesia de lado principalmente nos tempos livres. Participou de seminários e congressos. Realizou inúmeras palestras em Escolas Públicas do Rio Grande do Sul.

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Referências

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