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Guias e Manuais. Gestão de Benefícios. do Programa Bolsa Família VOLUME I. Programa Bolsa Família

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(1)

Guias e Manuais

2010

Gestão de Benefícios

do Programa Bolsa Família

VOLUME I

(2)

Manual de Gestão

de Benefícios

Volume I

Concessão e Administração de Benefícios

e Revisão Cadastral das Famílias Beneficiárias do

Programa Bolsa Família

Brasília, novembro 2010

(3)

SuMáRIo

APrEsEntAçãO ...7

PArtE I – COnCEssãO E AdMInIstrAçãO dE BEnEFíCIOs...9

caPítulo i - o Programa Bolsa Família e a Gestão de Benefícios ...9

1 Programa Bolsa Família (PBF) ...9

2 a Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família ...10

2.1 cadastro Único e a Gestão de Benefícios do PBF ...10

2.2 conceitos importantes ...11

2.3 composição dos benefícios do PBF ...12

2.3.1 concessão, cálculo e Prescrição do valor financeiro do BVcE ...14

3 integração entre o PBF e o Peti...15

caPítulo ii - Habilitação, Seleção e concessão de benefícios ...18

1 a Habilitação de Beneficiários ...18

2 a Seleção e a concessão de benefícios ...20

caPítulo iii - administração de Benefícios ...22

1 atividades de administração de Benefícios ...22

2 aplicação e efeitos das atividades de administração de benefícios ...23

2.1 inclusão de benefícios ...30 2.2 liberação de benefícios...30 2.3 Reavaliação de benefícios ...30 2.4 Bloqueio de benefícios ...33 2.5 Desbloqueio de benefícios ...33 2.6 cancelamento de benefícios ...32

2.7 Reversão de cancelamento de benefícios ...35

2.8 Reinclusão de benefícios ...36

2.9 Suspensão e reversão de suspensão de benefícios ...36

2.10 cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do Benefício Básico ...37

2.11 cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de Benefício Variável ...37

2.12 cancelamento e concessão/reversão de BVJ ...38

3 Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de benefícios ...38

4 Prazo do agente operador para repercussão de atividades de Gestão de Benefícios no relatório da folha de pagamento e no sistema bancário ...38

(4)

caPítulo iV - o Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família e a sua operacionalização ...41

1 Sistema de Gestão de Benefícios ...41

2 a operacionalização do Sistema de Gestão de Benefícios ...42

2.1 a descentralização da Gestão de Benefícios do PBF ...42

2.2 Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios ...43

2.3 operacionalização das atividades de Gestão de Benefícios nos municípios ...45

2.4 operacionalização das atividades de Gestão de Benefícios por meio da repercussão de alteração cadastral ...46

2.4.1 a rotina de repercussão automática de alteração cadastral ...46

2.4.2 Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB ...47

2.4.3 a rotina de reavaliação no SGB...48

2.4.4 Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral ...49

3 acompanhamento da execução de atividades de Gestão de Benefícios com o SGB ...50

4 Demais ações com base na Rotina de Repercussão automática de alterações cadastrais...55

4.1 conversão de NiS ...55

4.2 Substituição de Responsável pela unidade Familiar...55

4.3 Mudança de município ...56

4.3.1 Procedimentos do Gestor Municipal do município de origem ...58

4.3.2 Procedimentos do Gestor Municipal do município de destino ...58

4.3.3 Procedimentos da família ...59

4.3.4 Procedimentos em caso de exclusão indevida do cadastro ...59

5 a execução de atividades de Gestão de Benefícios pela Senarc ...59

5.1 a utilização do Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios ...59

5.2 Envio de ofícios à Senarc para processamento centralizado de atividades de gestão de benefícios ...61

caPítulo V - a organização da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família ...63

1 a organização da Gestão de Benefícios ...63

2 Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefícios ...63

2.1 Responsabilidade da união ...63

2.2 Responsabilidade dos Estados ...64

2.3 Responsabilidade dos Municípios ...65

PArtE II – rEVIsãO CAdAstrAL dAs FAMíLIAs BEnEFICIárIAs dO BOLsA FAMíLIA ...66

caPítulo iV - a organização da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família ...66

1 apresentação ...66

2 o que é Revisão cadastral ...66

2.1 como as famílias são selecionadas para Revisão cadastral ...68

2.2 Validade do Benefício ...68

2.3 Mês de Revisão cadastral ...70

caPítulo Vii - operacionalização da Revisão cadastral...72

1 Entendendo os conceitos de Validade de Benefício e Mês de Revisão cadastral ...72

2 Divulgação do Público da Revisão cadastral ...73

2.1 como obter a listagem de famílias na central de Sistemas ...73

2.2 como obter a listagem de famílias no Sibec ...75

2.3 consultando o mês de revisão cadastral das famílias no Sibec ...75

2.4 comunicando a revisão cadastral à família ...76

3 Procedimentos de Gestão do cadastro Único na revisão cadastral ...77

4 como a Revisão cadastral altera a Gestão de Benefícios ...78

4.1 concessão de benefícios a cadastros desatualizados ...78

4.2 cancelamentos de todos os benefícios da família por causa de aumento de renda per capita familiar ...79

4.3 cancelamento/desbloqueio de benefícios bloqueados por encerramento do prazo para revisão cadastral ..79

4.4 cancelamento do Benefício Básico ...79

5 canais de atendimento ao município ...80

aNEXo ...81

lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas Remanescentes e cadastro Único ...81

leis e Decretos ...81

Portarias Ministeriais ...82

(5)

APRESENTAÇÃo

Esta publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e combate à Fome (MDS)

desti-na-se aos gestores do Programa Bolsa Família (PBF) nos municípios e estados e visa favorecer

a compreensão da Gestão de Benefícios do PBF, suas finalidades e seus mecanismos. a gestão

do PBF é pública, controlada socialmente, com participação comunitária e compartilhada

en-tre o Governo Federal, os governos estaduais e municipais.

o papel dos municípios na execução e no aprimoramento do PBF é de importância central.

É por meio do poder municipal que as famílias pobres que precisam do benefício acessam o

Programa. Por entender essa importância, o MDS, com o apoio de estados e municípios, vem

criando os instrumentos, procedimentos e mecanismos para a execução descentralizada das

atividades que integram a gestão dos benefícios do PBF.

as instâncias de controle do PBF e os órgãos que compõem a Rede Pública de

Fiscaliza-ção (tribunal de contas da união, controladoria-Geral da união e Ministério Público Federal e

Estadual) também podem ser beneficiados com a publicação deste manual, pois terão mais

informações a sua disposição para o trabalho de acompanhamento e fiscalização do Bolsa

Família em todas as esferas governamentais.

Esta publicação foi elaborada pelo Departamento de Benefícios (Deben) da Senarc, a

quem compete o esclarecimento de dúvidas e o acolhimento de sugestões, por meio do

e--mail bolsa.familia@mds.gov.br. a edição deste Manual estará disponível no sítio eletrônico

do MDS (www.mds.gov.br).

o Manual de Gestão de Benefícios está organizado da seguinte forma:

• Parte I – Concessão e Administração de Benefícios

• Capítulo I – Descreve o PBF e apresenta a gestão de benefícios;

• Capítulo II – Explica sobre a habilitação, a seleção e a concessão de benefícios

financeiros;

(6)

• Capítulo III – Explica sobre a administração de benefícios do PBF;

• Capítulo IV – Apresenta a operacionalização do Sistema de Gestão de Benefícios; e

• Capítulo V – Detalha as principais atribuições do Governo Federal e dos governos

estaduais e municipais, além das instâncias de controle Social e da rede pública de

fiscalização, na gestão de benefícios.

• Parte II – Revisão Cadastral das Famílias Beneficiárias do Bolsa Família

• Capítulo VI – Introdução e definições da Revisão Cadastral; e

• Capítulo VII – Operacionalização da Revisão Cadastral.

CAPÍTuLo I

o PRoGRAMA BoLSA FAMÍLIA

E A GESTÃo DE BENEFÍCIoS

PARTE I – CoNCESSÃo E ADMINISTRAÇÃo DE BENEFÍCIoS

1 - o PRoGRAMA BoLSA FAMÍLIA (PBF)

o Programa Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda às famílias pobres e extremamente pobres que vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de condicio-nalidades (compromissos) nas áreas de Educação e Saúde e de assistência Social.

instituído pela lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamentado pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, o Bolsa Família tem por objetivos:

• Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, de saúde, de educação e de assistência social;

• Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional;

• Estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e ex-trema pobreza;

• Combater a pobreza; e

• Promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do Poder Público.

o Bolsa Família unificou os atos e procedimentos de gestão de antigos programas de transferência de renda do Governo Federal, chamados Programas Remanescentes, a saber: Bolsa Escola ( lei no 10.219, de 21 de abril de 2001); Bolsa Alimentação (MP no 2.206, de 6 de setembro de 2001); Auxílio-Gás, (Decreto no 4.102, de 24 de janeiro de 2002); e Cartão Alimentação, (Lei no 10.689, de 13 de junho de 2003). Não há impedimentos legais para que as famílias continuem a receber benefícios dos Programas Re-manescentes enquanto não migrarem para o Bolsa Família. igualmente, não existem impedimentos a que essas famílias sejam beneficiadas por programas financiados com recursos dos estados e municípios.

(7)

atualmente, o Programa cartão alimentação é o único Remanescente ainda vigente. as famílias que pertenciam aos Programas Bolsa Escola, Bolsa alimentação e auxílio-Gás e atendiam ao perfil para recebimento do benefício do Bolsa Família já foram migradas.

o ingresso das famílias no PBF se dá por meio do cadastro Único para Programas Sociais do Gover-no Federal, um instrumento de coleta de informações que tem como objetivo identificar e qualificar todas as famílias pobres do país, entendidas como aquelas com renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo.

2 - A GESTÃo DE BENEFÍCIoS Do PRoGRAMA BoLSA FAMÍLIA

o PBF implementou alguns processos e atividades para garantir a transferência mensal de renda às famílias beneficiárias. a Gestão de Benefícios do PBF compreende todas as etapas necessárias à transferência continuada dos valores referentes aos benefícios previstos na lei nº 10.836, de 2004, desde o ingresso da família até o seu desligamento do Programa, englobando ainda ações relativas ao pagamento de benefícios.

os principais processos que compõem a Gestão de Benefícios do PBF são os seguintes: • Habilitação, Seleção e Concessão de benefícios

• Administração de benefícios pela Senarc e pelos municípios • Pagamento dos benefícios

• Revisão Cadastral

os processos que compõem a Gestão de Benefícios do PBF serão explicados ao longo deste manual. 2.1 - O Cadastro Único e a Gestão de Benefícios do PBF

os benefícios financeiros do PBF são concedidos com base em informações do cadastro Único. as-sim, se os municípios, no instante do cadastramento das famílias, dão especial atenção a informações como renda por pessoa, composição familiar e dados de identificação de pessoas (nome completo, data de nascimento, documentação pessoal), o processo de concessão de benefícios do PBF é positiva-mente beneficiado.

Da mesma forma, a administração dos benefícios pelos municípios se utiliza de uma série de atu-alizações cadastrais efetuadas no cadastro Único. Por exemplo, a modificação da renda familiar por pessoa de uma família beneficiária do PBF no cadastro Único pode, no futuro, implicar o seu desliga-mento do Programa. Esse processo é conhecido como repercussão das alterações cadastrais e o seu funcionamento será detalhado no capítulo iV deste manual, com a apresentação da operacionalização da administração dos benefícios pelos municípios.

2.2 - Conceitos importantes

Para melhor compreensão da Gestão de Benefícios do PBF é útil conhecer alguns conceitos importantes: • Benefícios da Família: é o conjunto de todos os benefícios específicos transferidos à família por meio de seu respectivo Responsável pela Unidade Familiar (RF);

• Benefícios Específicos da Família: são os benefícios previstos no art. 2º da lei nº 10.836, de 2004, concedidos na forma da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, a saber:

a) Benefício Básico: vinculado às famílias extremamente pobres;

b) Benefício Variável: vinculado a crianças e adolescentes de até 15 anos, gestantes e nutrizes;

c) Benefício Variável Vinculado ao adolescente (BVJ): vinculado a jovens de 16 e 17 anos; e

d) Benefício Variável de caráter Extraordinário (BVcE): destinado às famílias dos Programas Remanescentes Bolsa Escola, Bolsa alimentação, cartão alimentação e auxílio-Gás.

• Folha de pagamento: listas geradas mensalmente para pagamento dos valores apurados junto às famílias com benefícios concedidos;

• Parcelas de pagamento: é o valor financeiro a ser transferido mensalmente, calculado com base nos benefícios que a família possui no momento em que é realizado o processo de gera-ção da folha de pagamento do PBF;

• Conta de pagamento de benefícios: são as modalidades de contas mantidas pela caiXa ou instituição Financeira contratada pelo agente operador para disponibilização de parcelas à família, tendo o Responsável pela unidade Familiar como titular da conta, conforme disposto no art. 2º, § 12 da lei nº 10.836, de 2004. as contas de pagamento de benefícios podem assu-mir as seguintes modalidades:

a) contas contábeis;

b) contas-correntes de depósito à vista; e c) contas especiais de depósito à vista.

• Guia de pagamento bancária: é a guia individual para saque de benefícios exclusivamente em agências da CAIXA, em caso de perda, dano ou extravio do cartão magnético;

• Cartão magnético: é o principal meio de saque das parcelas de pagamento pela família. • Calendário operacional do PBF: é o cronograma de ações, pactuado entre a caiXa e a Senarc, visando à execução de processos operacionais direta ou indiretamente relacionados à geração da folha de pagamento e ao cumprimento do calendário de pagamento do Programa, nos termos da Portaria GM/MDS nº 532, de 3 de novembro de 2005.

(8)

2.3 Composição dos benefícios do PBF

o PBF dispõe dos seguintes tipos de benefícios financeiros, definidos na lei nº 10.836, de 2004: • Benefício Básico – no valor de R$ 68,00, concedido às famílias com renda mensal de até R$ 70,00 por pessoa;

• Benefício Variável – no valor de R$ 22,00, concedido às famílias com renda mensal de até R$ 140,00 por pessoa, desde que tenham crianças e/ou adolescentes de 0 a 15 anos de idade, até o limite de três benefícios variáveis por família;

• Benefício Variável Vinculado ao Adolescente (BVJ) – no valor de R$ 33,00, concedido a todas as famílias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos de idade que estejam freqüentando a escola, até o limite de dois BVJ por família; e

• Benefício Variável de Caráter Extraordinário (BVCE) – concedido às famílias dos Progra-mas Remanescentes (auxílio-Gás, Bolsa Escola, Bolsa alimentação e cartão alimentação), que tiveram perdas financeiras com a migração para o PBF. o valor concedido é calculado caso a caso e tem prazo de prescrição, além do qual deixa de ser pago.

os benefícios básico e variável foram regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 2004.

os valores referenciais do PBF para a definição da renda que caracteriza famílias pobres e extrema-mente pobres, fundamento para concessão do benefício básico, também foram regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 2004. os Quadros i, 2 e 3 exemplificam os valores que uma família pode receber da junção desses benefícios.

a concessão de benefício variável de gestante ou nutriz de uma família, segundo o § 1º, do art. 19 do Decreto nº 5.209, de 2004, será regulamentada posteriormente pela Senarc, com vistas à prestação continuada desse benefício variável.

conforme prevê o artigo 21 do Decreto nº 5.209, de 2004, a concessão do benefício é realizada em caráter temporário à família e não gera direitos na acepção legal da palavra. No entanto, o Governo Fe-deral compromete-se com a transferência mensal de renda à família, respeitadas as regras de operação do Programa.

renda Mensal per capita Composição familiar com membros de: Valor do benefício

0 a 15 anos 16 e 17 anos De R$ 70,01 a R$ 140,00

1 membro Sem ocorrência R$ 22,00

2 membros Sem ocorrência R$ 44,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 66,00

Até R$ 70,00

Sem ocorrência Sem ocorrência R$ 68,00

1 membro Sem ocorrência R$ 90,00

2 membros Sem ocorrência R$ 112,00

3 ou + membros Sem ocorrência R$ 134,00

Q

uadro

1

C

omposiçãodos

B

enefíCios

(B

ásiCo

, V

ariáVele

BVJ)

do

pBf - f

amíliassemadolesCentesde

16

e

17

anos

renda Mensal per capita Composição familiar com membros de: Valor do benefício

0 a 15 anos 16 e 17 anos

De R$ 70,01 a R$ 140,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 33,00

1 membro 1 membro R$ 55,00

2 membros 1 membro R$ 77,00

3 ou + membros 1 membro R$ 99,00

Até R$ 70,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 101,00

1 membro 1 membro R$ 123,00

2 membros 1 membro R$ 145,00

3 ou + membros 1 membro R$ 167,00

Q

uadro

2

(9)

renda Mensal per capita Composição familiar com membros de: Valor do benefício 0 a 15 anos 16 e 17 anos

De R$ 70,01 a R$ 140,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 66,00

1 membro 2 ou + membros R$ 88,00

2 membros 2 ou + membros R$ 110,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 132,00

Até R$ 70,00

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 134,00

1 membro 2 ou + membros R$ 156,00

2 membros 2 ou + membros R$ 178,00

3 ou + membros 2 ou + membros R$ 200,00

Quadro 3

Composiçãodos BenefíCios (BásiCo, VariáVele BVJ) do pBf - famíliasComdoisoumaisadolesCentesde 16 e 17 anos

2.3.1 - Concessão, Cálculo e Prescrição do valor financeiro do BVCE

o BVcE está previsto nos §§ 8º e 9º, do art. 2º da lei nº 10.836, de 2004, e foi regulamentado pela Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004. como o valor do BVcE é calculado caso a caso, a soma de todos os benefícios que são pagos às famílias é bem variada. É possível até mesmo que, em razão do BVCE, algumas famílias recebam um valor superior a R$ 200,00.

Somente as famílias migradas de Programas Remanescentes e que recebiam mais do que pas-sariam a receber no PBF podem ter o BVcE, para compensar as perdas que a migração para o PBF ocasionaria1 .

No cálculo do valor do BVcE, são somados todos os benefícios pagos à família pelos Programas Remanescentes e o resultado desta soma é comparado com a soma dos Benefícios Básico+Variável do PBF. Em suma, o valor do BVcE é aquele que mantém a família recebendo o mesmo total que vinha recebendo dos Programas Remanescentes. Se o valor do BVcE resultar em centavos, o valor é arre-dondado para mais. Dessa forma, famílias diferentes podem ter valores de BVcE distintos, conforme a renda por pessoa, a composição familiar e os benefícios anteriores.

o BVcE tem caráter extraordinário. No momento da concessão dos benefícios do PBF é fixada uma data de prescrição para o BVcE, tendo por base os Programas Remanescentes de que a família partici-pava antes de migrar para o PBF. Para famílias inscritas em mais de um Programa Remanescente, no cálculo da prescrição do BVcE, é escolhida a regra de prescrição mais favorável para a família. assim, pode haver uma data de prescrição do BVcE distinta para cada família, a depender da apli-cação das regras de prescrição. Depois de fixada uma prescrição para o BVcE, sua data final não é mais modificada, mesmo que venham a acontecer alterações na composição da família.

o detalhamento do BVcE consta no anexo iii da instrução operacional nº 12, de 3 de fevereiro de 2006. 3 - INTEGRAÇÃo ENTRE o PBF E o PETI

o Programa de Erradicação do trabalho infantil (Peti) é operacionalizado pela Secretaria Nacional de assistência Social (SNaS), em parceria com estados, municípios e a sociedade civil, e tem por objeti-vo erradicar o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou degradantes nas zonas urbana e rural.

com a edição da Portaria GM/MDS nº 666, de 28 de dezembro de 2005, o MDS regulamentou a integra-ção entre o PBF e o Peti, visando aprimorar a gestão e ampliar a cobertura para todas as famílias que atendem aos critérios de elegibilidade de cada um desses programas, além de fortalecer o papel do cadastro Único como ferramenta de planejamento e gestão dos programas sociais de transferência de renda.

atualmente, o controle da lista de beneficiários é realizado pelo cadastro Único e o pagamento dos benefícios é efetuado pela caiXa. a Portaria GM/MDS nº 666, de 2005, estabeleceu critérios para a migração de famílias do Peti para o PBF e novas regras para a entrada de novas famílias no Peti. a integração entre o PBF e o Peti respeitou as especificidades de cada programa. como princípio, assumiu a coexistência dos programas depois da integração, diferentemente do que ocorre com os Programas Remanescentes. as vantagens comparativas entre o PBF e o Peti foram destacadas para que essas políticas públicas, atuando juntas e não em concorrência, favorecessem o alcance dos seus objetivos. assim, as estratégias de integração traçadas, regulamentadas pela Portaria MDS nº 666, de 2005, foram as seguintes:

• A transferência de famílias do Peti para o PBF, quando possível, não implica redução no total dos benefícios pagos pelo Peti, hipótese em que a família deixa de ser incluída no PBF e per-manece no Peti. Quando a família recebe do Peti e de algum Programa Remanescente (exceto Bolsa Escola), são considerados no cálculo do BVCE os valores financeiros pagos pelo Peti; • As famílias em situação de trabalho infantil, que não sejam beneficiárias nem do Peti nem do PBF, passam a ser incluídas nesses programas, depois de cadastradas no cadastro Único, tendo por base o critério de renda familiar por pessoa;

1 Famílias usuárias do Peti podem receber também o BVcE, desde que sejam simultaneamente beneficiárias do Bolsa alimentação, do

(10)

• As famílias beneficiárias do PBF que estejam em situação de trabalho infantil passam a cumprir as atividades socioeducativas e de convivência oferecidas pelo Peti nos municípios; e • As famílias beneficiárias do Peti, ao serem incluídas no PBF, passam a cumprir adicionalmente apenas a condicionalidade de saúde, uma vez que a frequência escolar já era uma contrapartida familiar no Peti. Elas também devem cumprir as atividades socioeducativas e de convivência. as regras de concessão de benefícios para a integração podem ser mais bem compreendidas ao se observar que as famílias a serem incluídas no PBF estão inicialmente em duas situações diferentes:

• Famílias em situação de trabalho infantil sem nenhum benefício do PBF ou do Peti; e • Famílias beneficiárias Peti.

as figuras 1 e 2 mostram como funciona a integração entre o PBF e o Peti.

a família que ainda não recebe benefícios nem do Peti nem do PBF poderá ser incluída em um desses programas, conforme as seguintes condições:

a) Se a renda mensal familiar por pessoa for igual ou inferior a R$ 140,00 a família estará habilitada a entrar no PBF; e

figura 1 – integraçãoentreo pBf eo peti – famíliassemBenefíCioeComoCorrênCiadetraBalhoinfantil

figura 2 – integraçãoentreo pBf eo peti – famíliasBenefiCiadasdo peti

b) Se a renda mensal familiar por pessoa for superior a R$ 140,00 a família estará habilitada a entrar no Peti.

caso já receba benefícios do Peti, a família será incluída no PBF se atender às seguintes condições: a) Ter renda mensal familiar por pessoa igual ou inferior a R$ 140,00; e

b) a transferência para o PBF não acarretar redução no montante dos benefícios recebidos por essa família, caso em que permanecerá no Peti.

Se a família é usuária do Peti e, ao mesmo tempo, beneficiária de um dos Programas Remanescen-tes, ao ser migrada para o PBF, torna-se elegível ao Benefício Variável de caráter Extraordinário. Haverá uma pequena diferença de cálculo: soma-se aos benefícios recebidos dos Programas Remanescentes o benefício que a família recebe do Peti.

(11)

CAPÍTuLo II

HABILITAÇÃo, SELEÇÃo

E CoNCESSÃo DE BENEFÍCIoS

1 A HABILITAÇÃo DE BENEFICIáRIoS

a Habilitação de famílias ao PBF é o processo que verifica se as famílias cadastradas no cadastro Único atendem às regras de elegibilidade para o Programa e se há alguma restrição cadastral ou ad-ministrativa que impede a sua habilitação. Somente famílias habilitadas podem ser público para a seleção e concessão de benefícios.

o Quadro 04 demonstra como são analisadas as regras de habilitação para cada tipo de benefício do PBF – Básico, Variável e BVJ – demonstrando os motivos de não habilitação aplicados para cada um:

Grupo Motivo de Não habilitação

Aplicação por tipo de benefício Básico Variável BVJ

Inelegibilidade

Renda per capita familiar superior a R$ 140,00 X X X

Benefício do Peti maior do que benefício do PBF X X X

Renda familiar per capita entre R$ 70,01

e R$ 140,00 X X

Família que possui três Benefícios Variáveis X

Possui benefício por outra família X X

idade superior ao limite permitido X X

Sem acompanhamento de frequência escolar

no último período de apuração X

Família que possui dois Benefícios Variáveis

para jovem X

Restriç

ão

Cadastral

Multiplicidade cadastral X X X

cadastro não atualizado (últimos 24 meses) X X X

cadastro com Responsável pela unidade Familiar

com idade menor que 16 anos X X X

cadastro excluído do cadastro Único X X X

informação de Escola inválida no cadastro Único

(Campo Inep); X

informação de Escola desatualizada no cadastro

Único há mais de 12 meses (campo inep). X

Restriç ão Administra tiv a Decisão judicial X X X

auditoria/Fiscalização autorizada pelo MDS X X X

(12)

2 - A SELEÇÃo E A CoNCESSÃo DE BENEFÍCIoS

a concessão de benefícios, atribuição exclusiva do MDS, é exercida pela Senarc, com base, nas estimativas de pobreza em cada município, no quantitativo de famílias habilitadas e selecionadas para uma determinada folha de pagamentos com base nas informações constantes do cadastro Único, e na disponibilidade orçamentária. a Portaria MDS nº 341, de 7 de outubro de 2008, regulamenta a habili-tação, a seleção e a concessão de benefícios do Bolsa Família.

Em relação ao PBF, os valores referenciais para definição de pobreza e extrema pobreza foram inicialmente definidos na própria lei do Programa e atualizados pelo Decreto nº 6.917, de 30 de julho de 2009. atualmente, a concessão de benefícios pelo PBF considera famílias pobres aquelas com até R$ 140,00 de renda mensal familiar por pessoa, e famílias extremamente pobres aquelas com até R$ 70,00 de renda mensal familiar por pessoa.

a definição da estimativa de famílias pobres existentes no Brasil em cada município foi elaborada pelo MDS e pelo instituto de Pesquisa Econômica aplicada (ipea). Essa estimativa, atualizada em 2009, tem como referência informações da Pesquisa Nacional por amostragem de Domicílios/2006 (Pnad) e do censo Populacional e está disponível no sítio do MDS. a cobertura do Bolsa Família e o planejamen-to de sua expansão são realizados segundo essa estimativa.

a inclusão da família no PBF para a concessão de benefícios é feita exclusivamente entre as fa-mílias cadastradas no cadastro Único. No entanto, o cadastramento de uma família não resulta na imediata concessão do benefício pelo Bolsa Família: depende da situação no cadastro Único, da dis-ponibilidade de recursos do Governo Federal e do cronograma de expansão do Programa. Nem todas as famílias inscritas no cadastro Único são incluídas no PBF. como o cadastro Único registra famílias com diferentes valores de renda por pessoa, apenas o subconjunto das famílias cadastradas com renda compatível para o PBF pode ser periodicamente habilitado à concessão de benefícios.

além da concessão de benefícios para famílias novas, desde sua criação, o PBF vem transferindo para o Programa as famílias incluídas nos Programas Remanescentes, com o objetivo de unificar proce-dimentos de gestão e execução dos programas de transferência de renda do Governo Federal, e, desde junho de 2006, vem integrando ao Programa as famílias atendidas pelo Peti.

cabe ressaltar que a concessão de benefícios pelo PBF é feita de maneira impessoal, por meio de um sistema informatizado, que concede benefícios de acordo com o cronograma de expansão do Pro-grama. as famílias constantes do cadastro Único em cada município são priorizadas segundo o critério da renda por pessoa, da menor para a maior renda.

A Figura 3 a seguir, apresenta uma síntese da operação do Programa Bolsa Família; reúne os prin-cipais envolvidos na execução do Programa e demonstra a correlação entre o cadastramento e a con-cessão de benefícios. f ig ur a 3 f lu xo gr am a de op er ão do pB f

(13)

CAPÍTuLo III

ADMINISTRAÇÃo DE BENEFÍCIoS

1 - ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃo DE BENEFÍCIoS

Depois de concedido um benefício financeiro a uma família, o governo federal passará a incluí-la nas folhas de pagamento todo mês. Existem, no entanto, algumas situações em que isso pode deixar de ocorrer e levar à descontinuidade temporária ou permanente da transferência de renda direta à família. Em outras situações, poderá ocorrer a necessidade de restabelecer o fluxo de pagamentos à família. as atividades de administração de benefícios são ações realizadas pelos municípios ou pela Senarc que podem interromper ou restabelecer o pagamento normal de benefícios à família. cada atividade de administração de benefícios, ao ser realizada, leva à modificação da situação dos benefícios pagos às famílias, podendo repercutir ou não sobre parcelas de pagamento ainda não saca-das, conforme cada caso. as parcelas de pagamento futuras também podem sofrer alteração. cancelar um cartão magnético ou bloquear sua senha individual não afeta a situação do benefício ou da parcela de pagamento, uma vez que o cartão é meramente um instrumento para saque.

a gestão de benefícios do PBF foi regulamentada por meio da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, que permite a execução das diversas atividades de gestão de benefícios de forma descentralizada aos municípios. as atividades de administração de benefícios são:

a. Inclusão de benefícios; b. Liberação de benefícios; c. Reavaliação de benefícios; e

d. atividades de gestão de benefícios para os benefícios Básico, Variável e Vinculado ao adoles-cente - BVJ: i. Bloqueio; ii. Cancelamento; iii. Suspensão; iv. Desbloqueio; v. Reversão de cancelamento; e vi. Reversão de suspensão e. Reinclusão de benefícios

Por meio do Sistema de Gestão de Benefícios (Sibec) os gestores municipais, conselheiros do controle social do PBF e a Rede Pública de Fiscalização - que engloba tcu, cGu, MPF e MPEs - po-dem realizar consultas e emissão de relatórios de acompanhamento das famílias beneficiárias. Esse acompanhamento é fundamental para garantir que o benefício chegue às famílias que atendem aos critérios do Programa. No caso dos gestores municipais ainda é possível realizar inúmeras atividades de administração de benefícios, como bloqueio, desbloqueio e cancelamento de benefícios.

2 - APLICAÇÃo E EFEIToS DAS ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃo DE BENEFÍCIoS

o Quadro 5 apresenta os motivos e os efeitos de cada atividade de administração de benefícios. Elas podem ser realizadas pelo município ou pela Senarc. os municípios não podem realizar as ativi-dades da Senarc diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios, porém a Senarc pode realizar as intervenções municipais.

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Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

atiViDaDES coM EFEito EM toDoS oS BENEFícioS Da FaMília

inclusão

1) ocorre logo após a concessão do benefício à família;

2) É necessário o cadastramento, pelo RF, de senha eletrônica individual do cartão magnético em estabelecimento credenciado da caiXa ou de instituição Financeira autorizada, dentro do prazo de seis meses, contados a partir da data em que o benefício for registrado como “incluído” no Sistema de Gestão de Benefícios; 3) É necessária a realização dos procedimentos

cabíveis à revisão de elegibilidade, previstos no art. 21, do Decreto nº 5.209, de 2004.

• Registro do benefício na situação de “incluído” no Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, com base nas informações constantes do Cadastro Único; • Definição da modalidade de conta para saque de

benefícios, conforme o disposto no § 12, do art. 2º da Lei nº 10.836, de 2004;

• Emissão e expedição de cartão magnético pela caiXa ou Instituição Financeira autorizada;

• Emissão e entrega de notificação da concessão à família, por meio do envio de correspondência ao endereço registrado no cadastro Único, ou por outra sistemática eventualmente autorizada pela Senarc; • Poderá haver, a critério da Senarc, a liberação de parcelas,

mantendo-se o benefício na situação de “incluído”, até o cadastramento pelo RF de senha eletrônica individual do cartão magnético e realização de procedimentos necessários à revisão da elegibilidade; e • Esgotado o prazo de seis meses para o cadastramento

de senha eletrônica individual, o benefício poderá ser cancelado a critério da Senarc.

liberação

atividade realizada automaticamente pela Senarc. ocorre depois de confirmada a inclusão de benefícios pela família, conforme item anterior, em decorrência de atividades de reversão de benefícios, com resultado positivo, tratados posteriormente, e após transcorrido o prazo da suspensão de benefícios e do BVJ.

• Registro na situação de “liberado” no Sistema de Gestão de Benefícios do PBF;

• Disponibilização das parcelas de pagamento nos meses subsequentes, a partir do momento da geração das respectivas folhas de pagamento; e

• Poderá haver, a critério da Senarc e observado o calendário operacional, a liberação de parcelas de pagamento, ou fração, para correção de erro operacional no processamento da folha de pagamento já efetuada, limitada a retroação a doze parcelas, cumprimento de decisão judicial ou recurso administrativo deferido no âmbito da Senarc, limitada à geração de 12 parcelas.

Reavaliação

atividade realizada automaticamente pela Senarc. ocorre depois de processadas as alterações cadastrais da família beneficiária do PBF, no âmbito do cadastro Único, depois de realizadas as atividades de reversão de benefícios ou para compatibilização de informações entre o cadastro Único e o Sistema de Gestão de Benefícios, a critério da Senarc.

• liberação de benefícios caso as regras de elegibilidade do PBF sejam atendidas; e

• cancelamento de benefícios, caso alguma regra de elegibilidade do PBF não seja atendida.

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Bloqueio

1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a. Trabalho infantil na família;

b. Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de:

i. renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo, utilizado no âmbito do Cadastro Único;

ii. não localização de crianças ou adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino; iii. não adequação às regras de definição de

cadastro válido, citadas no inciso ii, do art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008, e observadas as normas complementares editadas e publicadas pela Senarc;

iv. não localização da família no endereço informado no Cadastro Único; e v. crianças ou adolescentes em situação de

abrigamento, exceto na hipótese de o conselho tutelar ter atestado as condições para a reintegração da criança ou adolescente à família, conforme o art. 25, § 7º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

c. Durante procedimento de averiguação de acúmulo de benefícios do PBF com os do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti); ou

d. Por decisão judicial.

2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios ou por aproveitamento de informações cadastrais): a. Em decorrência da não realização da revisão

cadastral das famílias beneficiárias do PBF no prazo normativo;

b. omissão de informação ou prestação de informações falsas, apuradas em cruzamento do cadastro Único com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/ MDS nº 376, de 2008;

c. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n° 5.209, de 2004; ou d. Em cumprimento à Portaria GM/MDS

nº 321, de 2008, que trata da gestão de condicionalidades do PBF:

- Descumprimento de condicionalidades; ou - ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades.

• impedimento da retirada das parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família;

• impedimento do saque das parcelas de pagamento dos meses subsequentes até o desbloqueio, se for o caso; • Não acarreta o desligamento da família do PBF; • Benefícios bloqueados há mais de seis meses serão

automaticamente cancelados a partir da notificação do bloqueio, observado o calendário operacional do PBF, salvo disposição em contrário da Senarc; • a família beneficiária do PBF, encontrada em situação

de trabalho infantil, permanecerá com os benefícios bloqueados até a cessação do fato;

• Solucionada a questão que deu causa ao bloqueio, o benefício deverá ser desbloqueado ou cancelado; e • o bloqueio de benefícios em razão de descumprimento

de condicionalidades impede a retirada de parcelas a partir da data de efetivação do bloqueio, sem afetar as parcelas anteriormente geradas.

Suspensão

atividade realizada exclusivamente pela Senarc, em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, nas seguintes situações:

a. Descumprimento de condicionalidades; ou b. ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

• interrupção da disponibilização das parcelas de pagamento nos meses subsequentes, na forma do art. 4º, da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008;

• a retomada automática da disponibilização das parcelas de pagamento, depois de encerrado o prazo determinado no art. 4º da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008; • Não acarreta o desligamento da família do PBF; e • Encerrado o prazo citado no art. 4º da Portaria GM/MDS nº

321, de 2008, haverá a liberação automática do benefício.

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Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

cancelamento

1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):

a. Desligamento voluntário da família, mediante declaração escrita do RF; ou b. Decisão judicial.

2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios ou por aproveitamento de informações cadastrais): a. Repercussão de alteração cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em especial nas seguintes situações: i. renda per capita familiar no cadastro Único superior à estabelecida para o PBF, depois de encerrado o período de validade do benefício;

ii. cadastro excluído da base nacional do cadastro Único; ou

iii. renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no âmbito do cadastro Único.

b. Não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso ii, do art. 4º, da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008, e observadas as normas complementares editadas e publicadas pela Senarc;

c. Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de “bloqueado”, aproveitando-se no registro, quando possível, o motivo que deu origem ao bloqueio; d. acúmulo de benefícios do PBF com os do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti);

e. Em decorrência da não realização da revisão cadastral das famílias beneficiárias do PBF no prazo normativo; f. omissão de informação ou prestação de informações falsas, apuradas em cruzamento do cadastro Único com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

g. Posse de beneficiário do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das três esferas de governo;

h. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto nº 5.209, de 2004; i. Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, que trata da gestão de condicionalidades do PBF:

- Descumprimento de condicionalidades; ou - ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

j. Reiterada ausência de saque de benefícios, em seis parcelas consecutivas, conforme o art. 24 do Decreto n° 5.209, de 2004; l. Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativação do cartão magnético nos estabelecimentos credenciados; m. Em decorrência de cancelamento de todos os benefícios variáveis, quando a família não possuir Benefícios Básico concedido;

n. Em decorrência de cancelamento do Benefício Básico, quando a família não possuir benefícios variáveis concedidos; ou o. Em razão da prescrição do Benefício Variável de caráter Extraordinário, quando a família não possuir Benefício Básico ou Variáveis concedidos, conforme o disposto no art. 2º, § 4º, e no art. 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

• cancelamento das parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família;

• interrupção da disponibilização das parcelas de pagamento nos meses subsequentes, na forma do art. 4º, da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008;

• Desligamento da família do PBF;

• cancelamento do respectivo cartão magnético em prazo a ser estipulado pela Senarc; e

• a família beneficiária do PBF, encontrada em situação de trabalho infantil, terá seus benefícios cancelados depois de esgotados os recursos para a cessação do fato.

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Desbloqueio atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. ocorre em razão da elucidação ou finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio.

• liberação das parcelas anteriormente bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo de validade fixado no art. 24 do Decreto nº 5.209, de 2004; e

• liberação de benefícios, conforme item específico desse quadro.

Reversão de Suspensão

atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. ocorre para retificação de erro operacional no processamento ou no envio das informações sobre condicionalidades do PBF pelos municípios, conforme o caso, aos Ministérios da Saúde, da Educação e à Secretaria Nacional de assstência Social.

• a reversão de suspensão de benefícios terá os seguintes efeitos, se efetuada no período de até dois meses da data da suspensão, observado o calendário operacional do PBF: o Reavaliação de benefícios, conforme item

específico desse quadro; e

o Disponibilização das parcelas anteriormente suspensas, até a geração da próxima folha de pagamento, caso a reavaliação resulte em liberação de benefícios.

• Superado o prazo de até dois meses da data da suspensão, a reversão da suspensão de benefícios não será permitida, salvo mediante recurso administrativo nos termos da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008.

Reversão de cancelamento

atividade realizada pela Senarc e pelos municípios. ocorre para desfazer o cancelamento de benefícios que tenha ocorrido a menos de 120 dias, em razão de fato superveniente que implique a necessidade de retificação do cancelamento ocorrido anteriormente.

a reversão de cancelamento de benefícios terá os seguintes efeitos, se efetuada dentro do período de 120 dias:

o Reavaliação de benefícios, conforme item específico desse quadro;

o Retorno da família ao Programa e geração de parcelas a partir da próxima folha de pagamento, caso a reavaliação resulte em liberação de benefícios; e

o Disponibilização das parcelas anteriormente canceladas, caso a reavaliação resulte em liberação de benefícios.

• Superado o prazo de até 120 dias o reingresso da família dependerá da atividade de reinclusão de benefícios; • a reversão de cancelamento de benefícios em prazo

superior a 120 dias caberá apenas à Senarc, e nas seguintes hipóteses:

o Para correção de erro operacional na folha de pagamento já gerada, limitada a retroação a 12 parcelas, conforme informações cadastrais disponíveis no Sistema de Gestão de Benefícios à época da reversão de cancelamento;

o Cumprimento de decisão judicial; ou o cumprimento de decisão em sede de

recurso administrativo deferido no âmbito da Senarc, limitada à geração de 12 parcelas.

• o decurso do prazo para reversão de cancelamento de benefícios implicará o cancelamento do respectivo cartão Bolsa Família, em prazo a ser estipulado pela Senarc.

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Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Reinclusão atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. Possibilita o reingresso à família no PBF depois de superado o prazo de reversão de cancelamento de benefícios.

• Recondução do cadastro da família ao processo de habilitação, com aplicação das regras constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, que pode resultar na habilitação ou na não habilitação do registro da família a novo ingresso no PBF;

• Subordinação do cadastro da família habilitada às regras de seleção e concessão constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, em condições de igualdade com as demais famílias;

• a reinclusão de benefícios será executada automaticamente pela Senarc, sempre que possível, com aproveitamento das alterações cadastrais da família efetuadas no Cadastro Único pelos municípios; e

• Nos casos em que não for possível o aproveitamento automático das alterações cadastrais, observada norma regulamentar específica publicada pela Senarc, a reinclusão de benefícios se dará com o uso do Sistema de Gestão de Benefícios pelos municípios ou pela Senarc.

atiViDaDES coM EFEito EM BENEFícioS ESPEcíFicoS Da FaMília

Bloqueio de BVJ

1) Motivos municipais: a. Por decisão judicial; e

b. Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de não localização dos adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino. 2) Motivos da Senarc:

a. Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso i, do Decreto nº 5.209, de 2004; e

b. ausência de informações sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10, da Portaria GM/ MDS nº 321, de 2008.

• Registro do respectivo BVJ na situação de bloqueado no Sistema de Gestão de Benefícios;

• impedimento de retirada das respectivas parcelas de BVJ ainda não sacadas pela família;

• impedimento do saque das parcelas de BVJ geradas nos meses subsequentes;

• Não implica, por si só, o desligamento do adolescente do PBF;

• Benefícios que tenham sido bloqueados há mais de seis meses serão automaticamente cancelados, a partir da notificação de bloqueio, observado o calendário operacional do PBF, salvo disposição em contrário da Senarc; e

• Solucionada a questão que deu causa ao bloqueio, o benefício deverá ser desbloqueado ou cancelado.

Desbloqueio

de BVJ atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. ocorre em razão da elucidação ou finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio.

• liberação das parcelas anteriormente bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo de validade fixado no art. 24, do Decreto nº 5.209, de 2004; e

• liberação de benefícios, conforme item específico desse quadro.

Suspensão de BVJ

atividade realizada exclusivamente pela Senarc. ocorre no caso de descumprimento de condicionalidades por parte de respectivo adolescente da família.

• Registro do respectivo BVJ na situação suspenso no Sistema de Gestão de Benefícios;

• interrupção da disponibilização das respectivas parcelas do BVJ nos meses subsequentes, na forma do art. 5º da Portaria GM/MDS nº 321, de 2008;

• Não implica o desligamento do adolescente do PBF; e • Encerrado o prazo citado no art. 5º da Portaria GM/MDS

nº 321, de 2008, haverá a liberação automática do BVJ.

Atividades de Gestão

de Benefícios Motivos Efeitos

Reversão de Suspensão

de BVJ atividade realizada pela Senarc ou pelos municípios. ocorre para retificação de erro operacional no processamento ou no envio das informações sobre condicionalidades do PBF pelos municípios ao Ministério da Educação.

• a reversão de suspensão de BVJ terá os seguintes efeitos, se efetuada no período de até dois meses da data da suspensão, observado o calendário operacional do PBF: o Reavaliação de benefícios, conforme item

específico desse quadro; e

o Disponibilização das parcelas do BVJ anteriormente suspensas, até a geração da próxima folha de pagamento, caso a reavaliação resulte em liberação de benefícios. • Superado o prazo de até dois meses da data da

suspensão, a reversão da suspensão de BVJ terá como efeito apenas a disponibilização das parcelas dos meses subsequentes.

cancelamento de Benefício Básico, Variável

e BVJ

atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios no cadastro Único.

• a análise das alterações cadastrais servirá para verificar as regras de elegibilidade do PBF constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, gerando os seguintes efeitos: o cancelamento de Benefício Básico, Variável ou BVJ, caso alguma regra de elegibilidade do PBF não seja atendida; e o Registro dos benefícios na respectiva

situação no Sistema de Gestão de Benefícios.

• o cancelamento de Benefício Variável ou BVJ, realizado exclusivamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, ocorrerá sempre nos meses de janeiro, tendo como referência a data de 31 de dezembro do ano anterior, nos seguintes casos:

o Para os adolescentes de 16 anos que não puderam ser migrados para o BVJ, em razão do preenchimento das duas vagas disponíveis para a família por outros adolescentes do domicílio; e o Para os adolescentes que tenham

completado 18 anos e estiverem ligados ao BVJ.

• Encerrado o período de validade do benefício, ocorrerá o cancelamento do Benefício Básico, caso a renda per capita familiar no cadastro Único permaneça superior à estabelecida para a concessão desse benefício. Reversão de cancelamento de Benefício Básico, Variável ou BVJ

atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios no cadastro Único.

• a análise das alterações cadastrais servirá para verificar as regras de elegibilidade do PBF, constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, gerando os seguintes efeitos:

o Reversão de Benefícios Básico, Variável ou BVJ, conforme as regras de elegibilidade do PBF sejam atendidas; e

o Registro dos benefícios na respectiva situação no Sistema de Gestão de Benefícios.

concessão de Benefício Básico, Variável

ou BVJ

atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de concessão de Benefícios, mediante análise das alterações cadastrais recentemente efetuadas pelos municípios no cadastro Único.

• a análise das alterações cadastrais servirá para verificar as regras de elegibilidade do PBF constantes da Portaria GM/MDS nº 341, de 2008, gerando os seguintes efeitos: o concessão de Benefício Básico, Variável ou BVJ, conforme as regras de elegibilidade do PBF sejam atendidas; e

o Registro dos benefícios na respectiva situação no Sistema de Gestão de Benefícios.

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2.1 - Inclusão de benefícios

como se observou no Quadro 5, a aplicação das atividades de administração de benefícios inicia-se logo após o processo de ingresso de famílias (habilitação, seleção e concessão), com a atividade de inclu-são de benefícios.

Essa atividade é de exclusividade da Senarc e tem por objetivo separar as famílias recém-ingressas no Programa das que já estão estabelecidas com continuidade de pagamentos, para possibilitar, tanto a Senarc quanto a gestão municipal, o direcionamento de ações específicas para essas famílias, como por exemplo: revalidação das informações cadastrais prestadas pela família na época do cadastramen-to; prestação de informação sobre as condicionalidades que devem ser cumpridas pelos beneficiários do Programa; ações específicas para entrega de cartões, quando for o caso, entre outras.

Essa condição possui caráter transitório até que o Responsável pela unidade Familiar cadastre a senha eletrônica individual do cartão magnético em estabelecimento credenciado pela CAIXA – o que deve ser feito no prazo de seis meses – e que sejam realizados os procedimentos relacionados à revisão de elegibilidade, quando necessário.

a critério da Senarc e em caráter também transitório, parcelas de pagamentos podem ser liberadas para as famílias nessa fase, mesmo quando ainda não houve a liberação definitiva do benefício. 2.2 - Liberação de benefícios

todo benefício que sai de uma situação de inclusão, bloqueio, suspensão ou passa por uma rever-são de cancelamento em que houve sucesso, assume a situação de liberado no Sistema de Gestão de Benefícios, com os efeitos que a liberação produz.

com a liberação, os benefícios da família passam a ser pagos de maneira permanente, sujeitos apenas a novas situações de administração.

2.3 - Reavaliação de benefícios

Esta atividade ocorre cada vez em que há mudança na situação dos benefícios, automáticas ou não e confere, neste momento, se a família mantém as condições de elegibilidade que deram origem ao benefício, tais como: crianças entre 0 e 15 para manutenção do Benefício Variável; jovens em idade de 16 a 17 para manutenção do BVJ; multiplicidade cadastral e outras.

Nesta ação, a família pode perder parte ou todos os benefícios caso não tenha mais as condições de elegibilidade para manutenção dos mesmos.

2.4 Bloqueio de benefícios

o bloqueio de benefícios pelos Gestores Municipais depende da emissão de parecer técnico por pro-fissionais da área de assistência social ou técnicos de fiscalização. Em todos os casos, é preciso formalizar a decisão de bloqueio e obter a autorização do responsável pela Gestão de Benefícios na Prefeitura. No próximo capítulo, será apresentado o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, um instrumento útil e obrigatório para a formalização e arquivamento dos casos de bloqueio. algumas prefeituras procuram abrir processos formais para a decisão de bloqueio. o importante é respeitar as regras de fundamentação do bloqueio em pareceres técnicos, formalizar as decisões e arquivar as informações.

os efeitos do bloqueio de benefícios são de fácil observação. Bloqueado um benefício, as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família são bloqueadas. as folhas de pagamento futuras passam a gerar as parcelas bloqueadas de pagamento dessa família. Depois de seis meses de parcelas bloquea-das, o benefício estará sujeito ao cancelamento.

a) BloQueiodeBenefíCiosparaaVeriguaçãodeCadastramento

De acordo com a Portaria nº 555, cabe bloqueio para averiguação de cadastramento em casos como: (i) renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo, utilizado no âmbito do Cadastro Único; (ii) não localização de crianças ou adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino, (iii) não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso ii, do art. 4º, da Portaria GM/MDS nº 376, de 16 de outubro de 2008, (iv) não localização da família no endereço informado no Cadastro Único; e (v) crianças ou adolescentes em situação de abrigamento, exceto na hipótese de o conselho tutelar ter atestado as condições para a reintegração da criança ou adolescente à família, conforme o art. 25, § 7º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008.

a investigação dos motivos que levaram ao bloqueio do benefício deve continuar sendo aprofun-dada pelo Poder Público local, de modo a confirmar ou não a situação apontada nos indícios, garantido o amplo acompanhamento pelo controle social do PBF, assim como a participação da família, maior interessada em ver sua situação esclarecida e seu benefício desbloqueado.

Pode ocorrer o bloqueio de benefício por renda per capita superior a meio salário-mínimo, pois com a introdução da revisão cadastral, admite-se o pagamento de benefícios a famílias com renda per capita superior ao limite do PBF, até o limite de renda utilizado no cadastro Único (meio salário-mínimo). o bloqueio dos benefícios, por motivo de não adequação às regras de cadastro válido, é realizado exclusivamente pela Senarc, para os benefícios cujo cadastro não se enquadre nas especificações de cadastro válido descritas no art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008. É considerado cadastro válido todo domicílio que atenda às seguintes condições:

i) possui todos os campos considerados obrigatórios para a validação, indicados no aplicativo de entrada de dados, preenchidos;

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ii) o Responsável pela Unidade Familiar (RF) tem idade mínima de 16 anos;

iii) contém o registro de pelo menos um documento de identificação para todos os membros da família;

iv) contém o registro do número de cadastro de Pessoa Física (cPF) ou do título de Eleitor para o Responsável pela unidade Familiar, à exceção dos casos de cadastramento diferenciado, de-finido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e combate à Fome (MDS) no capítulo iX da Portaria Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

v) o cPF, quando informado para o Responsável e para todas as demais pessoas da família, deverá ter dígito verificador válido; e

vi) ausência de pessoas em multiplicidade na base nacional.

De acordo com o art. 2º, inciso i, da lei nº 10.836, de 2004, família é a unidade nuclear, eventual-mente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco ou de afinidade, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e que se mantenha pela contribuição de seus membros. Dessa forma, quando houver indícios de criança ou adolescente em situação de acolhimento institucional, o gestor municipal deverá bloquear o benefício do PBF da família. após confirmado o fato, deverá atualizar os dados no cadastro Único, excluindo a respectiva criança ou adolescente do referido cadastro, e desbloquear o benefício, desde que a família possua ainda o perfil estabelecido pelo PBF. assim que a criança ou o adolescente retornar ao convívio familiar, o gestor municipal deverá incluí-la novamente no cadastro da família para que seja realizada a reavaliação do benefício.

B) BloQueiodeBenefíCiosparaaVeriguaçãodeaCúmulofinanCeirodo petiCom pBf

No caso de bloqueio por acúmulo de benefícios do Peti, deve ser considerado o disposto no artigo 10, da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005. o pagamento simultâneo de benefícios do PBF e do Peti não é autorizado, cabendo a quem identificar o caso tomar as providências para que o benefício de menor valor seja cancelado. o Gestor Municipal deve analisar qual o benefício de menor valor e cancelá-lo imediata-mente. Nesse exemplo, se o benefício a cancelar é o do PBF, o motivo aplicável é justamente o acúmulo de benefícios do Peti. o bloqueio do benefício de menor valor é cabível se houver indício de acúmulo de benefícios entre o Peti e o PBF, registrado formalmente com base em auditoria ou fiscalização.

C) BloQueiodosBenefíCiospordesCumprimentodeCondiCionalidades

o bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades é feito exclusivamente pela Senarc, depois da apuração da frequência escolar e/ou da agenda de saúde pelos ministérios da Edu-cação e da Saúde. Em ambos os casos, as informações utilizadas são aquelas lançadas pelas Secretarias Municipais de Educação e de Saúde nos sistemas informatizados mantidos pelos respectivos Ministé-rios. a Portaria GM/MDS nº 321, de 2008 regulamenta a gestão das condicionalidades, fixando, em seu

artigo 10, as regras para bloqueio, suspensão e cancelamento de benefícios em caso de descumpri-mento de condicionalidades.

d) BloQueioporenCerramentodoprazopara reVisão Cadastral

além dos motivos já existentes para o bloqueio de benefícios, existe um motivo de bloqueio asso-ciado ao processo de Revisão cadastral. a família tem prazo até 31 de outubro do ano que for selecio-nada para a revisão cadastral para atualizar suas informações cadastrais. Quando se encerra este prazo, o benefício é bloqueado por encerramento do prazo para revisão cadastral.

Se, após o bloqueio, o cadastro da família for atualizado em tempo hábil (até 31 de dezembro do ano em que a família foi incluída na revisão cadastral), ocorre o desbloqueio automático do benefício, tão logo a atualização seja recebida pelo Sibec.

2.5 Desbloqueio de benefícios

o desbloqueio pode ser feito pelo município, ainda que o bloqueio tenha sido realizado pela Se-narc. Deve ocorrer sempre que os fatos que deram origem à aplicação do bloqueio tenham cessado ou sido esclarecidos. Essa averiguação deve ocorrer antes de decorridos seis meses do bloqueio dos benefícios, pois depois desse prazo, os benefícios são cancelados automaticamente.

com o desbloqueio, liberam-se todas as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família, observado o período de validade das parcelas . assim, no máximo, a família conseguirá sacar as parce-las de pagamento depositadas nos últimos três meses.

o benefício bloqueado pelo motivo encerramento do prazo para revisão cadastral é desbloqueado automaticamente quando a informação da atualização cadastral repercute no Sibec. o desbloqueio pelo módulo on-line não é permitido nesses casos.

2.6 Cancelamento de benefícios

a Portaria GM/MDS nº 555, estabelece uma série de motivos para o cancelamento do benefício do Programa Bolsa Família, tais como:

a) Desligamento voluntário da família; b) Decisão judicial;

c) Repercussão de alteração cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em especial nas seguintes situações: 1) Renda per capita familiar no cadastro Único superior à estabelecida para o PBF, depois de encerrado o período de validade do benefício; 2) cadastro excluído da base nacional do Cadastro Único; ou 3) renda per capita familiar superior ao limite de meio salário-mínimo utilizado no âmbito do cadastro Único.

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d) Decurso de prazo de permanência do benefício na situação de “bloqueado”, na forma do art. 6º, § 3º desta Portaria, aproveitando-se no registro, quando possível, o motivo que deu origem ao bloqueio;

e) Não adequação às regras de definição de cadastro válido, citadas no inciso ii, do art. 4º da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

f) acúmulo de benefícios do PBF com os do Programa de Erradicação do trabalho infantil (Peti);

g) Em decorrência da não realização da revisão cadastral das famílias beneficiárias do PBF no prazo normativo;

h) omissão de informação ou de prestação de informações falsas, apurados em cruzamento do cadastro Único com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS nº 376, de 2008;

i) Posse de beneficiário do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das três esferas de governo;

j) Em decorrência de procedimentos de fiscalização do MDS, conforme art. 35, inciso i, do De-creto nº 5.209, de 2004;

k) Em cumprimento à Portaria GM/MDS nº 321, de 2008, que trata da gestão de condicionali-dades do PBF;

l) Reiterada ausência de saque de benefícios, em seis parcelas consecutivas, conforme o art. 24 do Decreto n° 5.209, de 2004;

m) Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativação do cartão magnético nos estabelecimentos credenciados;

n) Em decorrência de cancelamento de todos os Benefícios Variáveis, quando a família não possuir Benefícios Básico concedido;

o) Em decorrência de cancelamento do Benefício Básico, quando a família não possuir Benefí-cios Variáveis concedidos; ou

p) Em razão da prescrição do Benefício Variável de caráter Extraordinário, quando a família não possuir Benefícios Básico ou Variável concedidos, conforme o disposto no art. 2º, § 4º, e no art. 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Muitos dos motivos estabelecidos para a execução da atividade de cancelamento de benefícios são idênticos aos motivos de bloqueio. com isso, o Poder Público pode optar entre uma e outra atividade, segundo a existência de indícios ou fatos comprovados. Em geral, a existência de indícios leva ao blo-queio, enquanto a comprovação dos fatos leva ao cancelamento. Esse é o caso, por exemplo, do motivo de acúmulo de benefícios do PBF com os do Peti.

alguns motivos de bloqueio podem levar ao cancelamento de benefício por decurso do prazo na

condição de bloqueado. Neste caso, sempre que possível, mantém-se o motivo que deu origem ao bloqueio. Por exemplo, a não localização da família no endereço indicado no cadastro Único, depois de o benefício permanecer bloqueado por mais de seis meses, cabe cancelamento, que utilizará este mesmo motivo.

a forma como cada cancelamento é comandado varia conforme o motivo. Muitos motivos de can-celamento ocorrem automaticamente por meio do aproveitamento de alterações cadastrais; alguns podem ser feitos pelo gestor municipal ou pela Senarc; e outros apenas pela Senarc.

Quanto aos cancelamentos que aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios nos cadastros das famílias, tem-se, por exemplo, a não adequação às regras de definição de cadastro válido em relação à multiplicidade de membros, que leva automaticamente ao cancelamento do benefício. Se o adolescente da família completou a idade limite para recebimento do BVJ, o benefício será cancelado em janeiro do ano seguinte. Esse conjunto de alterações que são automaticamente tratadas pelo Sibec é conhecido como repercussão de alterações cadastrais e será explicado posteriormente. É recomen-dável, conforme o caso, que o gestor municipal faça o bloqueio de benefícios antes que a alteração cadastral seja processada, para evitar que o benefício acabe sendo cancelado.

os cancelamentos de benefícios efetuados diretamente pelos municípios no Sibec devem ser registra-dos no Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, tendo por base parecer de profissionais da assistência social ou de técnicos de fiscalização, e outros registros considerados relevantes para a compreensão futura das causas do cancelamento. com relação aos cancelamentos efetuados a partir de alterações cadastrais, os lançamentos e o arquivamento de informações condicionam-se à regulação do cadastro Único, não sendo necessária a utilização do Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios. Nessa última hipótese, a documentação pertinente deve ser arquivada segundo as regras do cadastro Único.

como efeito do cancelamento de benefícios, tem-se o cancelamento das parcelas de pagamento ainda não sacadas. a família é desligada do Programa e deixa de constar das folhas de pagamento futuras.

2.7 Reversão de cancelamento de benefícios

conforme prevê o art. 11, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, a atividade de reversão de cance-lamento aplica-se a cancecance-lamentos de benefícios que tenham ocorrido há menos de 120 dias, sendo realizada pela Senarc ou pelos municípios, em razão de fato superveniente que implique a necessida-de necessida-de retificação ou correção do cancelamento ocorrido anteriormente.

Por meio dessa atividade, os benefícios do PBF que estejam na condição de cancelado poderão voltar a ser pagos a uma determinada família, inclusive as parcelas de pagamento não sacadas durante o período em que o benefício estava cancelado.

Referências

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