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Mobiliário urbano: um abrigo ergonômico

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DIRETORIA DE PÓS GRADUAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

CELINA VANAT DE OLIVEIRA

MOBILIÁRIO URBANO: UM ABRIGO ERGONÔMICO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

PONTA GROSSA 2013

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CELINA VANAT DE OLIVEIRA

MOBILIÁRIO URBANO: UM ABRIGO ERGONÔMICO

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Diretoria de Pós Graduação, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Profª. Drª. Eloisa Aparecida Silva Ávila de Matos

PONTA GROSSA 2013

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RESUMO

OLIVEIRA, Celina Vanat. Mobiliário Urbano: um Abrigo Ergonômico. 2013, 44p Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2013.

Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise ergonômica do mobiliário urbano, abrigo de ônibus da cidade de Ponta Grossa/PR, estabelecendo parâmetros para o desenvolvimento de modelos futuros. Os abrigos de ônibus dentro do contexto urbano, possuem características de embarque e desembarque auxiliando em toda mobilidade do transporte coletivo, deve assegurar aos seus usuários proteção contra intempéries, fornecendo conforto e informações referentes ao sistema de transporte. A metodologia de trabalho é de caráter descritivo através da observação dos módulos existentes na cidade. A partir do exposto pela São Paulo Transportes (SPTrans) em seu Caderno Técnico nº 02, foram listados parâmetros e diretrizes para o desenvolvimento de um abrigo ergonomicamente correto. Os princípios ergonômicos foram considerados por esta se tratar de uma relação entre homem e objeto, demostrando a usabilidade entre estes. Foram utilizadas Normas Técnicas (ABNT) e Normas Regulamentadoras (NR) referentes a Acessibilidade, Mobiliário urbano, e a Ergonomia. O abrigo de ônibus desenvolvido levou em conta aspectos referentes a qualidade técnica, ergonômica, estética e de segurança. Utilizou-se a antropometria para definir as medidas de melhor conforto para os usuários, sendo considerados os conceitos de cadeira para relaxar como ideal. Os materiais considerados no projetos foram: sistema construtivo Light Steel Frame revestidos de placas cimentícias, os assentos são proposto de concreto com encosto em policarbonato. Esses materiais oferecem maior durabilidade, baixa manutenção e facilidade em sua execução. Através da pesquisa com relação a analise da realidade da cidade e os padrões existente no Brasil foi possível desenvolver um abrigo que apresente condições ideais para conforto e bem estar do usuário, fazendo assim com que a espera seja menos monótona.

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ABSTRACT

OLIVEIRA, Celina Vanat. Urban Furniture: A Shelter Ergonomic. 2013 Monograph 43p (Engineering Specialization of Work Safety) Federal Technological University of Paraná. Ponta Grossa, 2013.

This study aims to develop an ergonomic analysis of street furniture, bus shelter the city of Ponta Grossa / PR, establishing parameters for developing future models. The bus shelters within the urban context, have characteristics of embarkation and disembarkation aiding mobility across the public transport must provide to their users protection from the elements, providing comfort and information relating to the transport system. The methodology is descriptive in character through observation of existing modules in the city. From the foregoing the São Paulo Transportation (SPTrans) in its Technical Book No. 02, parameters and guidelines for the development of an ergonomically correct shelter were listed. Ergonomic principles were this the case of a relationship between man and object, demonstrating the usability of these. Technical Standards (ABNT) and Rules (NR) relating to accessibility, urban furniture, and ergonomics were used. The bus shelter developed took into account aspects related to technical quality, ergonomics, aesthetics and safety. Anthropometry was used to define measures of ultimate comfort to users of the concepts being considered chair to relax as ideal. The materials considered in the project were: Light Steel Frame building system coated with cement slabs , seats are proposed concrete backed polycarbonate. These materials provide durability, low maintenance and ease of implementation. Through research regarding the analysis of the reality of the city and the existing standards in Brazil was possible to develop a shelter that presents ideal conditions for comfort and well being of the user, thereby making the wait is less monotonous.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...13 Problema...13 Objetivos...14 Justificativa...14 REFERENCIAL TEÓRICO...15 Mobiliário Urbano...15

Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia ...15

Norma Brasileira 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos...16

Ergonomia...17

INTERDISCIPLINARIDADE DA ERGONOMIA...19

ERGONOMIA NA CONCEPÇÃO DE PRODUTOS...19

ANTROPOMETRIA... 21

CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA... 23

ABRIGOS DE ÔNIBUS NA CIDADE DE PONTA GROSSA...25

DIRETRIZES NA ELABORAÇÃO DE UM ABRIGO ERGONOMICAMENTE CORRETO...31

CONCLUSÃO ...44

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INTRODUÇÃO

O Sistema de Transporte Urbano de uma cidade tem como função primordial garantir a mobilidade de grande parte da população possibilitando o deslocamento para diferentes atividades.

Segundo BINS ELY (2004) o custo diário em termos de desgaste físico e emocional depende diretamente da duração e das condições ergonômicas que este deslocamento se realiza desde a espera no abrigo ao desembarque do trajeto

Com relação as expectativas da população referente ao transporte público foram identificadas por Senna (1994) que o usuário exige regularidade, confiabilidade, segurança e conforto no serviço a ele prestado. As medidas para aprimorar o padrão de qualidade tem envolvido principalmente o custo, tempo de deslocamento e conforto no veículo.

No Brasil, pesquisas considerando o bem estar do usuário e a melhoria do sistema de transporte iniciaram-se a partir da década de 80. No início a ênfase era dada em questões de aprimoramento da logística do sistema (tempo de duração das viagens, otimização da velocidade comercial e etc.). até hoje pouco se vê sobre

análises visando a qualidade dos abrigos. Os abrigos de ônibus são responsáveis por uma das partes mais

constrangedoras do sistema de transporte: a espera (LECLUSE, 1982 apud BINS ELY, 2004). E muitas vezes esses abrigos não atendem as funções básicas operacionais como servir de proteção contra intempéries, função informativa e social, portanto é necessário avaliar esses fatores que contribuem para a qualidade dessa espera.

1.1 PROBLEMA

Os abrigos de ônibus da cidade de Ponta Grossa atendem aos princípios ergonômicos e funcionais exigidos de um mobiliário urbano?

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1.2 OBJETIVO

O objetivo geral desse estudo é analisar ergonomicamente o mobiliário urbano abrigo de ônibus da cidade de Ponta Grossa.

1.2.1 Objetivos Específicos

• Desenvolver uma análise dos abrigos de ônibus da cidade de Ponta Grossa, avaliando princípios ergonômicos determinados para produto. • Determinar os parâmetros de ergonomia e segurança para elaboração

de novos abrigos.

• Elaborar uma proposta ergonomicamente correta para os abrigos de ônibus.

1.3 JUSTIFICATIVA

Este trabalho partiu da necessidade cientifica de analisar a qualidade do abrigo de ônibus na cidade e de desenvolver parâmetros para um mobiliário urbano adequado às condições ergonômicas. Não existe em vigor atualmente uma legislação brasileira especifica para esse tipo de mobiliário, existem apenas parâmetros bastantes vagos relacionados ao tema e disponíveis em diferentes referenciais.

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REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MOBILIÁRIO URBANO

Conforme a Lei 10.098/2000, mobiliário urbano é definido como o “conjunto de objetos presentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação”. Já segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) são considerados mobiliários urbanos “todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante autorização do poder público em espaços públicos e privados” (ABNT, 1986, p.1).

Assim sendo como exemplos de mobiliário urbano tem-se: abrigos de ônibus, acessos ao metrô, esculturas, painéis, playgrounds, cabines telefônicas, postes e fiação de luz, lixeiras, quiosques, relógios e bancos, dentre outros. Esses mobiliários contribuem para o conforto e lazer da comunidade além de proporcionar proteção, auxiliar na prestação de serviços, no repasse de informação e propagação da cultura.

O mobiliário urbano ideal deve ser projetado de acordo com as necessidades de adaptação do público a que irá atender e servir. Para que essas necessidades sejam atendidas da melhor forma possível é preciso que se use os princípios propostos pela ergonomia. Esta deve ser utilizada pois trata de questões relacionadas a anatomia do usuário levando em conta as medidas antropométricas, as características fisiológicas e biomecânicas. Aspectos esses, que devem ser considerados na elaboração de um projeto de mobiliário urbano.

2.2 NORMA REGULAMENTADORA 17 – ERGONOMIA

Criada em 08 de junho de 1978 esta Norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

A mesma prevê que os mobiliários devem conter características dimensionais que possibilitem o posicionamento e movimentação adequados dos

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segmentos corporais. Em caso de postos de trabalhos sentados, deve-se atender os seguintes requisitos de conforto:

1. Altura ajustável a estatura do trabalhador e a natureza da função exercida;

2. Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;

3. Borda frontal arredondada

4. Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.

Em todos os locais de trabalho deve-se haver uma iluminação adequada tanto natural ou artificial, geral ou suplementar adequada a natureza da atividade. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa, deve ser instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos, sombras e contrastes excessivos.

A Norma considera que os níveis mínimos de iluminamento, são valores de iluminâncias estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sobe a NBR 5413, Iluminância de Interiores.

A NBR 5413, estabelece os valores de iluminâncias médias e mínimas em serviço para iluminação artificial. No caso dos abrigos de ônibus, segundo a norma são classificados como pertencentes à classe A: iluminação geral para áreas usadas interruptamente ou com tarefas visuais simples. Para essas áreas públicas com arredores escuros, a norma especifica a medida mínima de 20 lux, a média de 30 lux e a máxima 50 lux.

2.3 NORMA BRASILEIRA 9050 – ACESSIBILIDADE A EDIFICAÇÕES, MOBILIÁRIO, ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS URBANOS.

Esta norma determina critérios e parâmetros técnicos a serem observados para os projetos, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

Visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira

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autônoma e segura o mobiliário. Todo os mobiliários assim como edificações devem atender aos itens desta norma para que sejam considerados acessíveis.

2.4 ERGONOMIA

2.4.1 Definição e Objetivos da Ergonomia

A Ergonomia é a ciência que estuda as adaptações do trabalho ao homem. Segundo a Ergonomics Research Society ergonomia é “o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento”.

Para a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) a ergonomia pode ser definida como:

“O estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e não dissociada, a segurança, o conforto, e o bem-estar e a eficácia das atividades humanas.”

Segundo a Internacional Ergonomics Association (IEA) há diferentes denominações para as formas de intervenção que a ergonomia possa englobar:

• Ergonomia Física é aquela que trata das características humanas anatômicas, antropométricas, fisiologias e biomecânicas relacionadas as atividades desenvolvidas.

• Ergonomia Cognitiva trata dos processos mentais como: percepção, memória, raciocínio e respostas motoras relacionadas as interações entre o homem e um sistema.

• Ergonomia Organizacional trata da otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo uma estrutura organizacional do sistema tais como: comunicação do projeto de trabalho, programação do trabalho em grupo, concepção dos horários de trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, gestão de qualidade dentre outros tópicos.

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O produto dessas diferentes intervenções resulta em um conjunto de recomendações que tem como principal objetivo aprimorar a atividade humana assim como a produção de artefatos obedecendo critérios de saúde, segurança, satisfação e eficiência.

Falzon (2004) coloca que a especificidade da ergonomia está principiada em dois objetivos. Um deles está centrado na organização em si, ou seja, pode ser apreendido sob diferentes ângulos como a eficiência, a produtividade, a confiabilidade e a qualidade. O outro objetivo tem como foco as pessoas envolvidas e tem preocupação com itens como a segurança, a saúde, o conforto, a facilidade de uso e a satisfação. (Sugestão ao invés de colocar como citação)

3 INTERDISCIPLINARIDADE DA ERGONOMIA

A interdisciplinaridade sobre a qual fundamenta a ergonomia resulta da análise da situação do trabalho sob diferentes perspectivas. Atualmente as empresas contam com diversos profissionais ligados a saúde do trabalhador, à organização do trabalho e ao projeto de maquinas e equipamentos.

Esses profissionais com suas especialidades colaboram de maneira direta e objetiva juntamente com um profissional de ergonomia, na constatação de problemas relacionados ao cotidiano de trabalho.

Podemos identificar algumas áreas que estão diretamente ligadas a ergonomia, como a Antropometria, a Fisiologia, a Biomecânica, a Psicossociologia, a Medicina do Trabalho dentre outras.

A Antropometria trata das medidas físicas mas não se limita apenas ao estudo das medidas do corpo e sim de todas as características do corpo humano (ósseas, musculares, tecidos adiposos). Consegue diagnosticar condições de segurança e conforto nos posto de trabalho. Dentro do estudo da ergonomia, através da antropometria consegue-se ter a percepção de produtos e equipamentos mal concebidos ergonomicamente.

A Fisiologia dentro da ergonomia vem discutir aspectos relativos a situação do trabalho: as posturas adotadas durante as atividades de trabalho em situações extremas como calor ou frios excessivos, altitude elevada, hipertensões, ruídos,

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vibrações. COUTO (2006) afirma que a fisiologia estuda o dispêndio de energia na atividade física e a necessidade de períodos de repouso, as exigências físicas, analise do trabalho muscular entre outros.

Biomecânica analisa as questões das posturas corporais no trabalho e a aplicação de forças. Para IIDA (2004) a biomecânica estuda as inter-relações entre o trabalho e os homens sob o olhar dos movimentos músculos-esqueléticos envolvidos e suas conseqüências. Muitos produtos e postos de trabalho possuem inadequação ergonômica causando em seus usuários tensões musculares, dores e fadiga. A biomecânica vem para solucionar essas questões que muitas vezes são simples como o aumento ou redução de uma mesa ou cadeira.

Na Medicina do Trabalho, os profissionais podem ajudar a identificar os locais ou postos de trabalho que provocam acidentes e/ou doenças ocupacionais. Tem como objetivo garantir a saúde dos trabalhadores através de acompanhamentos periódicos dentro das empresas.

A Psicossociologia e a Ergonomia possuem um objetivo comum: analisar o trabalho com o objetivo de melhorá-lo, através de questionários de satisfação ao trabalhador referente ao trabalho executado. Geralmente esses profissionais auxiliam também na seleção e treinamento do pessoal podendo ajudar na implantação de novos métodos através dos resultados obtidos nos questionários.

4 ERGONOMIA NA CONCEPÇÃO DE PRODUTOS

O objetivo da ergonomia na concepção de produtos é estudar sistemas propostos para adaptar os produtos às necessidades do homem a oferecer conforto e bem estar, adequabilidade e desenvolvimento da função para a qual se destina.

Segundo IIDA (2004) os produtos podem ser classificados em duas categorias de acordo com os usuários e as tarefas realizadas:

1) Bens de Capital são aqueles destinados a produção, geralmente adquiridos por empresas. Por exemplo: máquinas e equipamentos como tornos e fresas. Esses produtos dificilmente são utilizados de forma diferente daquela programada.

2) Bens de Consumo são aqueles usados por indivíduos para o âmbito doméstico como eletrodomésticos, móveis e utensílios. Esses bens estão

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sujeitos ao uso irregular mesmo sintético, muitas vezes não tiveram as instruções adequadas sobre seu uso e manutenção. Seu público alvo trata-se de idosos, crianças e adultos muitas vezes analfabetos.

4.1 Características Desejáveis dos Produtos

Os produtos, independentemente de serem grandes ou pequenos, simples ou complexos, tem como principal função satisfazer certas necessidades humanas e desta forma, direta ou indiretamente, entram em contato com o homem. A ergonomia se preocupa preferencialmente com seu uso efetivo e sua adequação a uma tarefa. O produto projetado deve permitir boas interações com os seus usuários e consumidores.

Para que o produto seja bem projetado devemos nos ater as seguintes características citadas a seguir:

1. Qualidade técnica – considera-se a eficiência com que o produto executa sua função, utilidade, eficiência a partir das necessidades dos usuários, facilidade de uso, durabilidade, facilidade na limpeza e manutenção e etc.;

2. Qualidade ergonômica – aquela que garante a boa interação entre produto e usuário, satisfazendo todos os critérios ergonômicos de usabilidade, adaptação antropométrica, fornecimento de informações, compatibilidade de movimentos proporcionando assim conforto e segurança.

3. Qualidade estética – aquelas desejáveis e atraentes aos olhos do consumidor. Envolve características presentes na combinação de cores, escolha dos acabamentos, dos materiais, texturas e design diferenciado.

4. Segurança – em toda elaboração de um produto é fundamental que sejam considerados os critérios de segurança. Esse quesito não deve ser aplicado apenas no que se referem as condições de uso do produto, mas também considerar os elementos externos onde serão implantados os produtos de âmbito urbano.

Segundo IIDA (2004) é preciso que haja grande interação entre as qualidades dos produtos e sempre que possível, devem ser solucionadas de forma integrada, levando-se em conta todas as fases de desenvolvimento, desde a fase de concepção do produto ou sistema, até o produto final.

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5 ANTROPOMETRIA

A antropometria fornece informações relativas as medidas físicas e de composição corporal (De Onis e Habicht, 1996). Iida (1990) coloca que antropometria trata de medidas físicas do corpo humano. E assim, as medidas antropométricas são tidas como dados fundamentais para o desenvolvimento de produtos, especificamente para este estudo do ponto de ônibus, pois ela que irá auxiliar na concepção ergonômica desse produto, levando-se em conta as diferentes características da população a que irá atender. Além disso, as medidas antropométricas auxiliam na melhor escolha de medidas que sejam confortáveis para os usuários, além de apresentarem segurança.

Pode-se classificar a antropometria em dois grupos: antropometria estática e antropometria dinâmica. Na antropometria estática as medidas se referem ao corpo parado ou com mínimos movimentos, aplicada a objetos fixos ou pouco móveis. Já a antropometria dinâmica ou funcional mede os alcances dos movimentos, levando-se em conta o movimento de cada parte do corpo enquanto o restante está imóvel. Para o caso em estudo serão utilizadas as medidas antropométricas estáticas.

6 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

6.1 Contextualização

LECLUSE (1982, p.323) conceitua abrigo de ônibus como “uma obra especialmente construída, situada num local de parada de ônibus e cuja a função é assegurar aos usuários proteção contra intempéries, fornecendo informações e conforto”. Para BINS ELY (2004) a este mobiliário urbano devem corresponder três funções de operacionalização: conforto durante a espera, informação, e acesso ao ônibus.

Segundo a Agencia Nacional de Transporte Público (ANTP), define-se abrigo de ônibus como o local definido na via pública onde se realiza a parada do veículo de transporte coletivo para embarque e/ou desembarque de passageiros. Deve possuir características próprias que dependem de sua localização e do tipo de via em que está locado.

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Conforme o Caderno Técnico desenvolvido pela ANTP no ano de 1995, são previstos alguns parâmetros para implantação de abrigos de ônibus em cidades. Devem ser considerados:

• Ter baias de parada e pavimentação rígida quando em vias expressas; • Ser coberto, bem pavimentado e iluminado;

• Ser dimensionado para demanda máxima local; • Oferecer travessia segura;

• Evitar implantação próxima a cruzamentos, rampas acentuadas e garagens;

• Ter bancos, espaço para cadeira de rodas e faixa tátil de alerta;

• Ter informações dos serviços (linhas de ônibus) e outras que auxiliem os passageiros.

Neste trabalho serão analisados os abrigos existentes no Município de Ponta Grossa/PR. Esse mobiliário urbano é utilizado por mais de um terço da população que faz uso do transporte coletivo na cidade, permanecendo um tempo considerável aguardando a chegada do coletivo.

Observa-se a existência de alguns modelos de abrigos na cidade, porém em modelos pré-existentes, não adaptados a situação geográfica da cidade, tão pouco oferecem funcionalidade e qualidade ergonômica aos usuários. Na maioria das vezes, também não é observada preocupação com fatores ambientais tais como, a posição em relação ao sol e nem possuindo algum sistema de proteção às intempéries e dimensionamento adequado a atender linhas que possuem maior fluxo de usuários.

6.2 Local da Pesquisa

Também conhecida como Princesa dos Campos Gerais, Ponta Grossa está localizada na porção central do estado do Paraná, a apenas 114km da capital, Curitiba. Com área aproximadamente de 2.067,547km², possui população estimada de 331.084 habitantes segundo o IBGE 2013, sua densidade populacional é de 150,72 hab/km². É considerada a 4º cidade mais populosa do estado (IPARDES,

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2013). A Figura 1 a seguir mostra a localização da cidade de Ponta Grossa no mapa do estado do Paraná.

MAPAS DA DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO DO PARANÁ, DA MESORREGIÃO CENTRO-ORIENTAL E DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA

Fonte: IPARDES (2004)

Seu centro geográfico é encontrado geograficamente pelas coordenadas médias de 25º09' latitude Sul e de 50º16' longitude Oeste Greenwich. A área urbana ocupa cerca de 917,2 km², correspondendo a 47,4% do espaço municipal, enquanto a rural, de 1.195,4 km² representando 52,6% do município.

A cidade de Ponta Grossa possui um dos mais importantes entroncamentos rodoferroviários do Sul do Brasil. Seu distrito industrial está em franco crescimento favorecendo a vinda de outras indústrias e de mão de obra interessada na oferta de novos empregos.

6.3 Aspectos da infraestrutura do sistema de transporte urbano

O sistema de transporte coletivo do município é composto por quatro terminais de integração localizados nas regiões sul, nordeste, leste e centro: Oficinas, Nova Rússia, Uvaranas e Central, respectivamente; e por linhas alimentadoras desses terminais. A Figura 2 a seguir mostra as linhas de ônibus existentes na cidade atualmente. Os destacados em azul são os terminais de integração.

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Figura 2 – Linhas de transporte coletivo da cidade de Ponta Grossa. Fonte: Prefeitura de Ponta Grossa

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O sistema de transporte coletivo do município é operado pela empresa Viação Campos Gerais (VCG), que detém o monopólio desde 1999. Possui uma frota operante de 204 ônibus, sendo 18 articulados, 143 convencionais e 43 midbus (micro-ônibus), transportando em média 90.000 passageiros ao dia. (VCG, 2013)

7 ABRIGOS DE ÔNIBUS DA CIDADE DE PONTA GROSSA

O município de Ponta Grossa dispõe de 1.100 abrigos de ônibus, desse total 700 unidades foram adquiridas na gestão municipal de 2008, juntamente com benefícios cedidos pelo Paraná Urbano (Secretaria do Desenvolvimento Urbano do Paraná).

A prefeitura optou por um modelo modular aprovado pelos fiscais do Paraná Urbano. Questionando a Engenheira Civil Sara Helena Bobeck no referente ao padrão utilizado na escolha dos abrigos, foi colocado que os abrigos não possuem os parâmetros mínimos elaborados pela ANTP, ela mesma informou que: ”alguns itens estão em conformidade com a lei, outros foram alterados baseados na experiência. Por exemplo a utilização de assento nos pontos faz com que algumas pessoas permaneçam deitadas o dia todo, fazendo com que as que realmente fazem o uso do mobiliário não possam utilizar.

O mobiliário escolhido é modular e possui dimensões de 3,10m de largura x 2,25m de altura, e a projeção da cobertura de 2,00m. Os módulos são instalados individualmente ou em mais unidades, de acordo com o fluxo dos usuários nos locais como pólos atrativos e cruzamentos importantes. As figuras 3 e 4 a seguir mostram abrigos de ônibus em dois locais diferentes na cidade. Na Figura 3 é possível observar apenas um módulo, em um local de menor movimento. Já a Figura 4 apresenta dois módulos instalados em um local de fluxo elevado.

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Figura 3 – Modelo de abrigo de ônibus utilizado na cidade de Ponta Grossa.

Fonte: autora.

Figura 4 – Modelo de abrigo de ônibus utilizado na cidade de Ponta Grossa Fonte: autora.

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Os abrigos estão distribuídos ao longo das vias da cidade no sentido bairro-centro. A distância média entre os abrigos deve ser de 400m conforme normatização da ANTP (1997), recomenda-se ainda o distanciamento de 250 a 300m em vias Secundárias ou Arteriais e de 300 a 500m nos Corredores.

1. Análise Ergonômica do Mobiliário Urbano

Realizou-se uma análise com caráter de descrição com uso de registro fotográfico de 10 unidades de abrigos de ônibus dispostos na cidade, afim de observar e conhecer as possíveis falhas técnicas desse mobiliário urbano. Foram levadas em consideração os aspectos já descritos para um produto bem projetado dentro dos critérios de ergonomia.

Segundo Ilda (1990) o uso inadequado de produtos mal projetados pode causar sérios problemas à saúde do consumidor. Essas condições devem, preferencialmente, ser pensadas na fase inicial de cada projeto, diminuindo assim, os problemas futuros advindos com o uso destes.

Em se tratando da função básica do abrigo ao usuário que é a espera, uma das considerações mais importantes dessa análise refere-se a falta de assentos nos abrigos observados. Foi constatado apenas a existência de um apoio tubular que acabam sendo utilizados como assento, causando problemas posturais aos usuários. É possível verificar diferentes posições dos usuários sentados ou encostados nesse apoio, ocasionando um problema postural e uma sobrecarga nas vértebras e na região do cóccix.

Por não existir assento observa-se também a inexistência de um apoio para as costas, em todos os abrigos analisados foi constatada a postura irregular dos usuários.

Nachemson e Elfström (1970) realizaram uma análise referente a pressão recebida no disco vertebral em quatro posturas, os resultados deixaram claro que a pressão dos discos pode ser maior na posição sentada (sem o uso de apoio as costas). Andesson e Ortengren (1974) apontam que um suporte adequado para região lombar reduz a pressão no disco vertebral. A Figura 5 mostra o efeito nas vértebras 3 e 4 de uma pessoa em diferentes posições.

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Figura 5 - Efeito de quatro posturas sobre pressão do disco intervertebral entre as vértebras lombares 3 e 4.

Fonte: Manual de Ergonomia

Na Figura 6 pode-se verificar a adoção de posturas incorretas pelo usuário demarcado em vermelho. Esse posicionamento acarretará a longo prazo diversos problemas, como lesões nos músculos e tensões, aparecimento de fadiga física, câimbras, dores musculares e tremores.

Figura 6 - Abrigo de ônibus situado ao lado da UEPG. Fonte: Autora (2013)

Na concepção arquitetônica de um mobiliário urbano devem ser considerados dados antropométricos da população local para possuir maior eficiência no objeto projetado. Novamente analisando a Figura 6, o usuário demarcado em amarelo está sentado no apoio e seus pés estão afastados do chão,

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pode-se versar que o objeto de estudo não está no padrão dos usuários locais, não atende às suas necessidades.

É importante dimensionar os dados antropométricos das pessoas usuárias do serviço prestado para que assim se possa ter parâmetros de projetos adequados para o bem estar do usuário.

Os valores de referências utilizados são obtidos a partir de estudos publicados ou de levantamentos e medições realizadas que resultarão em um valor médio de referência para maior eficiência do projeto. As medidas utilizadas provavelmente não irão atender a toda população, porém, coletivamente, causará menos desconforto e menores dificuldades do que se fosse utilizado um parâmetro único.

Outro parâmetro relacionado a funcionalidade e eficiência do objeto de estudo é a proteção contra intempéries. Constatou-se que nos mobiliários analisados a proteção era ineficiente, não protegendo os usuários no caso de chuvas.

Os locais considerados polos atrativos que possuem pontos de ônibus, encontram-se com o dimensionamento é ineficaz para a quantidade do efetivo. A Figura 7 a seguir mostra exatamente o descrito.

Figura 7 - Abrigo de ônibus situado na Praça Barão de Baraúna Fonte : Autora (2013)

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A ANTP em seu caderno técnico nº02 (1995), prevê algumas diretrizes para instalação de abrigos de ônibus no território brasileiro, a grande maioria dos mobiliários não segue esses parâmetros citados:

1) Ter baias de parada e pavimentação rígida quando em vias expressas; 2) Ser coberto, bem pavimentado e iluminado;

Os dois parâmetros não puderam ser observados nos abrigos analisados. Não foi encontrado nos pontos analisados baias e pavimentação rígida, apenas na porção central da cidade. Nenhum abrigo possui iluminação, apenas a iluminação pública existente próxima ao abrigo.

3) Ser dimensionada para demanda máxima local;

Os abrigos analisados foram dimensionados conforme os polos atrativos da cidade: escolas, shopping, universidades, avenidas de maior fluxo e etc. Embora o dimensionamento tenha sido realizado anteriormente, não foi previsto o crescimento populacional devido, e assim, os abrigos nos polos atrativos já não comportam a demanda existente.

4) Oferecer travessia segura;

Nenhuns dos abrigos analisados possuem sinalização viária para auxiliar na travessia das ruas.

5) Evitar implantação próxima a cruzamentos, rampas acentuadas e garagens;

Não há padronização quanto a esse quesito, alguns são instalados no porção central da quadra, outros próximos a esquinas e cruzamentos e etc.

6) Ter bancos, espaço para cadeira de rodas e faixa tátil de alerta;

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7) Ter informações dos serviços (linhas de ônibus) e outras que auxiliem os passageiros.

Os abrigos não dispõem de nenhuma informação referente aos itinerários e as linhas disponíveis. Podemos encontrar essas informações apenas no site da empresa que opera o sistema de transporte coletivo e nos terminais de ônibus.

Considerando todos os itens elencados pode-se concluir que os modelos de abrigos de ônibus existentes no Município de Ponta Grossa possuem um déficit ergonômico prejudicando a usabilidade e o bem estar do usuário que faz uso do transporte público.

8 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE UM ABRIGO ERGONOMICAMENTE CORRETO

Com base nos estudos existentes sobre o mobiliário abrigo de ônibus e seguindo o enquadramento legal, normativo e técnico, será proposto um modelo ergonomicamente correto.

Segundo Bertozzi, 2011 as premissas da SPTRANS em vigor no estado de São Paulo tratam o abrigo de ônibus como um espaço além do embarque e desembarque ampliando o seu conceito e funcionalidade agregando serviços públicos, como pode ser observado nos tópicos a seguir:

• Promover ações que priorizem o transporte público;

• Promover a inserção de abrigos e totens no envoltório urbano e assegurar que os passageiros estejam protegidos das intempéries, resguardados contra riscos e insegurança;

• Facilitar e promover as transferências intermodais, através da qualificação de calçadas e área de circulação a pé;

• Garantir a acessibilidade universal aos meios de transporte;

• Proporcionar informações aos passageiros para apoiar a escolha da melhor opção de transportes;

• Preservar, sempre que possível, os exemplares arbóreos locais. • Utilizar piso de alta resistência;

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• Eliminação de barreiras; • Iluminação;

• Implantação de mobiliários e equipamentos urbanos como: abrigos de passageiros dimensionados em função da demanda e das características físicas de cada ponto, dando preferência a abrigos modulares.

• Banco para acomodar os passageiros;

• Área para acomodar pessoas com cadeira de rodas com pelo menos um módulo de 0,80 x 1,20m;

• Lixeira;

• Telefone público; • Caixa de correio; • Posto de informação;

• Ponto de coleta seletiva de resíduos sólidos;

• Poste com iluminação especial para as travessias de pedestres e iluminação noturna;

• Gradis de proteção para canalização das travessias;

• Equipamentos associados ao sistema de transporte como painéis informativos, sistemas de comunicação visual e sonora, informações de utilidade pública.

• Pisos antiderrapantes;

• Rampas, com especial atenção às necessidades das pessoas com necessidades especiais;

• Sinalização tátil de alerta paralela ao meio fio (a 50 cm do meio fio) em toda a extensão do ponto de embarque e com largura a variar de 25 a 60cm;

• Outros itens de conforto e segurança como defensas metálicas ou barreiras de concreto;

• Tratamento urbano e paisagístico do entorno, com ênfase nos acessos; • Sistema de monitoramento por imagens vinculado à Polícia Militar.

Foram utilizadas as premissas da SPTrans para a elaboração das diretrizes do abrigo ergonômico por se tratar de um estudo com enfoque urbano e moderno utilizando conceitos de mobilidade urbana tão discutidos atualmente, diferentemente do da ANTP que possui um enfoque predominantemente rodoviário, além de se

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tratar de um documento mais antigo. Os padrões da ANTP foram elaborados em 1995, estando desajustados ao exigido nos dias atuais, sendo necessário um plano de intervenção de curto prazo para adaptação dessas infraestruturas aos princípios normativos e técnicos.

Atualmente está em vigor um programa para melhoria da Mobilidade Urbana, segundo informações contidas nos documentos do PAC2 (Programa de Aceleração do Crescimento), esse programa consiste em fomentar a cidadania e a inclusão social por meio da universalização do acesso aos serviços públicos, incluindo o transporte coletivo e das ações estruturantes para o sistema de transporte coletivo urbano, apoiando a qualificação e ampliação de infraestrutura de mobilidade urbana (PAC2, 2013).

Conceito da Proposta

Com base no que foi apresentado referente ao objeto de estudo pode-se perceber a importância deste mobiliário urbano dentro da estrutura de uma cidade. O abrigo de ônibus deve oferecer as condições mínimas previstas por lei e agregar os demais conceitos na concepção do projeto sempre pensando no bem estar físico e psicológico dos usuários.

O mobiliário urbano têm o potencial de modificar a paisagem das cidades, alterar usos e funções de espaços públicos, favorecer a identidade visual e cultural de cada lugar, além de trazer ganhos potenciais para as prefeituras como a veiculação de publicidade e o fortalecimento do turismo.

Assim, procurou-se elaborar uma concepção arquitetônica contextualista que crie elementos de grande identidade, dentro do contexto social e cultural da cidade. Para CASTELNOU (1997) a arquitetura contextualista incorpora elementos do entorno, sejam aspectos culturais ligados a usos e costumes tradicionais ou sejam aspectos fisicos construtivos, como técnicas e materiais da região.

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NECESSIDADES DO OBJETO

Após a análise ergonômica de produto nos abrigos de Ponta Grossa, foi possível traçar algumas vertentes para a elaboração da proposta desse mobiliário. A partir de todo o exposto, foi estabelecido que o abrigo de ônibus deve conter: critérios de segurança, conforto físico e aporte psicológico, proteção contra intempéries, facilidade de acesso, soluções ergonômicas, utilização de materiais eco eficientes, facilidade na manutenção, integração com o espaço urbano e a utilização de recursos naturais, no caso a energia solar.

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

Partindo do preceito de que o mobiliário deve ser considerado identidade de uma cidade, serão utilizados materiais que remetam a alguns elementos mais característicos da cultura do município.

O objeto projetado possui formas simples, demonstradas através da presença de elementos puros e geométricos. Procurou-se apresentar um modelo modular passível de acréscimo dependendo da necessidade do local onde será implantado.

Cada módulo será constituído por quatro unidades de assentos, haverá também espaço destinado ao usuário com pouca mobilidade, espaço dedicado a interação, informando a localização e os itinerários, irá possuir um local destinado a informação, anunciando projetos e eventos culturais da cidade, foi agregado um telefone público ao abrigo para centralizar os elementos em um único mobiliário. Possui cobertura com projeção em toda área do abrigo servindo de proteção contra intempéries.

As figuras 8, 9 e 10 apresentadas a seguir mostram o esquema do abrigo de ônibus desenvolvido sob diferentes ângulos, sendo atentados os requisitos já definidos.

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Figura 8 – Esquema da parte traseira do abrigo desenvolvido. Fonte: autora.

Figura 9 – Esquema frontal do abrigo de ônibus desenvolvido. Fonte: autora.

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Figura 10 – abrigo de ônibus desenvolvido em simulação em uma via da cidade. Fonte: autora.

SOLUÇÕES PROJETUAIS

• Qualidade Técnica

O abrigo proposto desempenha a função prevista por lei de embarque desembarque, possui funções de utilidade pública, proporcionando informações referentes aos itinerários, a localização, pontos turísticos, telefones úteis e divulgação de eventos culturais.

• Qualidade Ergonômica

A qualidade técnica de um mobiliário urbano está correlacionada a questões ergonômicas, que visam aperfeiçoar o bem estar humano, a funcionalidade e a acessibilidade.

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Figura 11 – planta técnica do abrigo de ônibus desenvolvido. Fonte: autora.

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Para elaboração de um projeto de mobiliário urbano deve-se considerar que pessoas com diferentes características, como idade, estatura e limitação de mobilidade e percepção, irão fazer uso do proposto. Estes elementos urbanos devem atender a maior variação possível das características antropométricas e sensoriais da população (ABNT, 2004).

Conforme a NBR 9050, todos os abrigos devem ser acessíveis aos portadores de necessidades especiais e também devem ser previstos assentos fixos para descanso dos usuários e espaços delimitados para cadeirantes, de maneira que isso não interfira na faixa livre de circulação.

Para elaboração dos assentos e dos encostos disponíveis nos abrigos foram analisados os estudos ergonômicos de KROEMER E GRANDJEAN, ênfase foi dada ao estudo referente à melhor cadeira para relaxar, ou seja, uma cadeira que produza pouca pressão nos discos vertebrais e muito esforço estático da musculatura é aquela que gera menos dores e maior conforto. Os mesmos recomendam que as cadeiras possuam:

• O plano de assento levemente inclinado para trás, para que as nádegas não deslizem para frente. É recomendável uma inclinação de 24º abaixo da horizontal. Conforme o esquema apresentado na figura 11.

• O apoio das costas deve ser inclinado nos seguintes ângulos: 105° à 110º em relação ao assento e 20 a 30º atrás da vertical.

Figura 12 – Esquema lateral mostrando a inclinação dos assentos. Fonte: autora.

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Para as medidas dos assentos foi utilizado o levantamento antropométrico mais recente feito, levando-se em conta a população brasileira. Esse estudo foi feito a serviço da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em 2009. Será utilizado esse estudo como embasamento visto que as medidas realizadas por este são as necessárias para o desenvolvimento do produto proposto. A figura 13 mostra as medidas realizadas por esse estudo.

Figura 13 – Medidas realizadas pelo estudo considerado. Fonte: ANAC 2009

A tabela 1 apresenta os valores obtidos pelo estudo.

Tabela 1 – valores de referências utilizados para o desenvolvimento do abrigo de ônibus.

Medida Média Desvio Padrão Glúteo-Joelho (cm) 60,7 3,1 Quadril (cm) 38,7 3,0 Ombro (cm) 46,7 3,1 Estatura (cm) 173,1 7,3 Tronco-Cefálica (cm) 55,1 3,1 Poplíteo (cm) 45,0 2,2

A questão de iluminação segue os requisitos fornecidos pela NBR 5413, segundo indicação da NR 17 – Ergonomia. Sendo assim, para elaboração do projeto foram escolhidas luminárias embutidas com acrílico difusor, as lâmpadas escolhidas foram as de Led, tecnologia esta que vem substituindo as lâmpadas fluorescentes,

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por possuírem baixa manutenção, maior durabilidade, eficiência energética e facilidade no descarte, por não conter chumbo ou mercúrio.

Para maior economia de energia é proposto a utilização de energia solar através da implantação de placas fotovoltaicas, no projeto elas encontram-se localizadas na parte superior da cobertura. O custo inicial é levado porém o Sol é uma fonte de energia inesgotável e renovável. As placas podem ser utilizadas durante anos com pouca manutenção apenas limpeza periódica nos painéis. A figura 14 a seguir apresenta a localização das placas indicadas, bem como uma visão superior do abrigo proposto.

Figura 14 – vista superior do abrigo desenvolvido. Fonte: autora.

Com relação aos aspectos de Acessibilidade, a NBR 9050, prevê os tipos de comunicações e sinalizações essenciais aos espaços nas edificações, no mobiliário, nos espaços e equipamentos urbanos, devem ser sinalizadas de forma visual, tátil ou sonora, conforme tabela disponibilizada a seguir.

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A sinalização visual foi prevista através de textos e figuras dispostos nos elementos informativos do abrigo. A sinalização tátil é realizada através de caracteres em relevo, dispostos no piso e na linguagem Braille informativos de comunicações nos totens de informação. E a sinalização sonora foi prevista através de recursos auditivos dispostos no teto do abrigo.

Para acessibilidade aos usuários com deficiência motora foram utilizados novamente as diretrizes da norma NBR 9050, que estabelece o espaçamento mínimo ocupado por uma pessoa utilizando cadeira de rodas, sendo de 0,80m por 1,20m no piso. No módulo do abrigo menor contamos com uma unidade para cadeirante e nos módulos maiores para áreas de maior fluxo são previstos dois espaçamentos para cadeirantes. As figuras 15 e 16 a seguir mostram esquematicamente uma cadeira de rodas com suas dimensões.

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Figura 16 – Dimensão que comporta o cadeirante.

As sensações de conforto previstas nessa proposta para mobiliário urbano estão associadas pelas condições do espaço físico para que minimizem riscos de queda, tropeços e fadiga do usuário (GONDIM,2001). Na proposta todos esses fatores serão resolvidos com a utilização de pisos antiderrapantes. O projeto está livre de barreiras e desníveis favorecendo assim o tráfego do usuário sem riscos de queda, e a fadiga foi resolvida a partir da colocação de assentos ergonômicos nos abrigos.

• Qualidade Estética

Um mobiliário urbano deverá sempre fazer parte das características do ambiente onde está inserido, incorporando um caráter estético além de sua funcionalidade. Dentro desse parâmetro existe a preocupação em unir o conteúdo com a forma de maneira que ambos sejam satisfatórios, sendo que o conteúdo está diretamente relacionado com a finalidade do produto, enquanto a forma refere-se aos aspectos externos (BOMFIM,1998 apud GUEDES,2005).

O projeto foi elaborado a partir das diretrizes da Arquitetura Brutalista, visando a exposição da estrutura de uma determinada edificação, visa expor todos os elementos estruturais, mostrando entre o concreto armado as vigas, os pilares e demais elementos “inacabados” de uma construção. Como seria inviável a utilização do concreto armado na execução do mobiliário escolheu-se uma tecnologia relativamente nova no Brasil, que possibilita o mesmo acabamento estético que se deseja obter.

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Sendo assim foi escolhido o sistema construtivo Light Steel Frame que é caracterizado pela conformação do esqueleto estrutural composto por painéis em perfis leves, com espessuras nominais usualmente variando entre 0,80mm à 2,30mm e revestimento de 180g/m² para áreas não marinhas e 275g/m² para áreas marinhas, em aço galvanizado, projetados para suportar todas as cargas da edificação.

Esse sistema foi utilizado tanto para os totens e para cobertura, pois a mesma possibilita uma construção ecologicamente correta e sem resíduos, rapidez na execução e otimização de mão de obra. Será utilizada lã de vidro dentro da estrutura da cobertura para proporcionar conforto térmico. Para o fechamento desta estrutura foi prevista a utilização de placas cimentícias pois são 100% reutilizáveis, possuem alta resistência a impactos, elevada durabilidade, são incombustíveis e proporcionam bom isolamento termo acústico.

Para o piso foi escolhido o cimento queimado com pintura Esmalte Epóxi Antiderrapante, de rápida aplicação e cura. Sua utilização proporciona alta resistência suportando fluxo intenso de pessoas além de facilidades na limpeza e manutenção.

Os assentos foram dimensionados a partir da análise antropométrica citada anteriormente, seu material será o concreto e o encosto será de policarbonato na cor cristal. O policarbonato é um material leve, possui alta resistência a impacto, não propaga chamas e elevada resistência a altas e baixas temperaturas.

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CONCLUSÃO

Através da realização deste trabalho, analisou-se pelas propostas de Ergonômica de Produto um mobiliário urbano, no caso, abrigos de ônibus na cidade de Ponta Grossa/PR. Esta avaliação partiu da necessidade de confrontar o modelo existente na cidade com os padrões definidos por lei e verificar se estes estão de acordo com as questões de ergonomia e acessibilidade. Foi através do método de caráter descritivo pela observação que foi possível verificar a inexistência desta preocupação ergonômica nos modelos analisados. Pode-se afirmar que os abrigos não apresentavam Qualidade Técnica, Ergonômica, Estética e de Segurança.

No Brasil atualmente verifica-se a falta de uma legislação especifica para os abrigos de ônibus, encontra-se apenas alguns parâmetros disponíveis em normas técnicas para solucionar e elaborar um projeto que possa garantir a acessibilidade aos usuários. Em algumas cidades do Brasil onde o sistema de transporte é referência, os abrigos de ônibus são desenvolvidos para atender aos objetivos a que se destina, procurando responder de forma satisfatória às necessidades dos usuários; são equipados com painéis informativos, assentos para espera, iluminação e acessibilidade. Em Ponta Grossa, onde o transporte coletivo não se trata do transporte referência são encontrados abrigos de ônibus modulares, sem qualquer informação sobre itinerários, e sem a presença de elementos que tragam bem estar ao usuário. Foi com base nessa coleta de dados e informações encontradas que foram definidos os parâmetros para elaboração de uma proposta eficiente, ergonômica e funcional para cidade de Ponta Grossa.

Para a proposta do abrigo de ônibus procurou-se utilizar princípios ergonômicos de concepção de produtos, ampliadas pelos conceitos de antropometria e as normas brasileiras vigentes. Para o modelo apresentado procurou-se definir parâmetros de conforto através da colocação de assentos com encosto seguindo os conceitos para uma “cadeira ideal para relaxar”; o dimensionamento foi elaborado a partir de estudos antropométricos da população brasileira desenvolvidos pela ANAC. Os materiais construtivos para esses elementos foram: o concreto para o assento e o policarbonato para o encosto. Estes materiais foram escolhidos devido à alta resistência a impactos e a baixa manutenção.

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Foram previstos totens informativos onde, contaram com informações sobre os itinerários, as rotas, a localização e telefones úteis, um outro elemento a ser disponibilizado será uma área para divulgação de informações, eventos culturais e etc. Esses elementos serão estruturados com o sistema construtivo Light Stell Frame, revestido com Placas Cimentícias, produtos que possuem durabilidade, alta resistência e baixa manutenção. O abrigo contará com uma cobertura, para proteção contra dos usuários contra intempéries, e assim como os totens informativos será utilizado o mesmo sistema construtivo além da colocação de lã de vidro, para auxiliar no conforto térmico.

Para os parâmetros de segurança, o abrigo contará com iluminação intermitente e difusa, abastecida pelo sistema de placas fotovoltaicas dispostas na cobertura. Para o piso será utilizado cimento queimado com pintura em esmalte epóxi antiderrapante.

Para as pessoas que possuam necessidades especiais tanto locomotoras quanto visuais, o abrigo contará com pisos e placas táteis, sistema sonoro de alerta, assim como um espaço reservado para os cadeirantes.

A contribuição social deste trabalho é bastante relevante, visto que a preocupação com bem estar do usuário e a acessibilidade na utilização desse mobiliário foi levada em conta durante toda a idealização do projeto.

Foi possível detectar a inexistência de políticas públicas referentes ao tema, sendo necessária a remodelação desse pensamento. Acredita-se que os resultados obtidos nesse trabalho assim como a elaboração de um modelo ergonômico de abrigo auxiliem na determinação e implantação de novos modelos na cidade, visando a satisfação e o bem estar do usuário.

Outros desdobramentos do trabalho devem ser realizados no que diz respeito ao uso de novas tecnologias, propondo uma inovação tecnológica em materiais construtivos e sustentáveis. Pode-se também prever um estudo para remodelação viária criando espaços para embarque e desembarque, propiciando maior segurança aos usuários e criando elementos que possam agregar valor aos abrigos.

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