• Nenhum resultado encontrado

Arq. Bras. Cardiol. vol.86 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arq. Bras. Cardiol. vol.86 número5"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 86, Nº 5, Maio 2006

396

Correspondência: Mauricio Scanavacca • InCor - Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44 - 05403-000 – São Paulo, SP

E-mail: mauricio.scanavacca@incor.usp.br Recebido em 24/03/06 • Aceito em 24/03/06

Avaliação da Recidiva da Fibrilação Atrial após Ablação

da Veia Pulmonar por Radiofreqüência Baseada em

Sintomas: esta é uma Estratégia Confiável?

Symptom-guided Assessment of Atrial Fibrillation Recurrence After

Radiofrequency Pulmonary Vein Ablation: is it a Reliable Strategy?

Mauricio Scanavacca e Eduardo Sosa

Instituto do Coração do Hospital das Clínicas – FMUSP - São Paulo, SP

Senhor Editor,

Sobre o artigo publicado na edição de outubro 2005 “Ablação por cateter da fibrilação atrial. Técnicas e resultados” (Arq Bras Cardiol 2005; 85: 295-301), as questões levantadas pelos colegas Paulo Roberto Benchimol Barbosa e José Barbosa Filho em relação ao risco de recorrência assintomática após a ablação por cateter, de fi brilação atrial (FA) são de grande relevância clínica1.

A avaliação baseada nos sintomas, associada ao Holter de 24 horas, tem sido a estratégia utilizada pelos autores dos principais estudos publicados sobre os resultados da ablação por cateter, da FA2,3. Estudos

utilizando monitorização do ritmo cardíaco por período mais prolongado, com Holter de sete dias, ou com monitorização diária transtelefônica do eletrocardiograma, identifi caram um número signifi cativamente maior de recorrências em pacientes assintomáticos 4,5. A utilização

de um método mais sensível para se estabelecer a real taxa de sucesso dos procedimentos ablativos de FA não só é desejável, mas fundamental para a decisão quanto à possível suspensão do anticoagulante, considerando-se o risco de eventos embólicos. Assim, a monitorização transtelefônica diária por um ano já vem sendo utilizada nos últimos estudos científi cos, para uma avaliação mais confi ável da efi cácia da ablação de FA6,7. Entretanto,

essa estratégia de monitorização, com documentação

amostral diária do ritmo cardíaco, além de não ser prática para uso muito prolongado, apresenta limitações na avaliação de recorrência, pois faz registros intermitentes, e episódios assintomáticos e autolimitados podem não ser identifi cados.

No momento atual, cremos que a escolha do método de avaliação de sucesso a ser utilizado depende das características clínicas do paciente. Em indivíduos jovens, sintomáticos, com FA paroxística e sem fatores de risco para fenômenos embólicos, nos quais o objetivo do procedimento é melhorar a qualidade de vida, a avaliação baseada nos sintomas associada ao Holter de 24 horas nos parece bastante aceitável para o acompanhamento clínico. Essa atitude, no entanto, não é adequada para pacientes com alto risco de embolia. Teoricamente, ante as limitações dos sistemas de monitorização apontadas, esses pacientes deveriam ser mantidos anticoagulados indefi nidamente. Uma alternativa seria a monitorização contínua e prolongada do eletrocardiograma ao longo de anos demonstrando ausência de FA. Atualmente, esse sistema de monitorização está disponível somente nos marcapassos com algoritmo para identifi cação de FA e nos monitores de eventos implantáveis, muito embora ainda não existam estudos prospectivos demonstrando a efetividade e a relação custo-benefício da aplicação dessas tecnologias8,9.

R

EFERÊNCIAS

1. Barbosa PRB, Barbosa Filho J. Avaliação da Recidiva da Fibrilação Atrial após Ablação da Veia Pulmonar por Radiofreqüência Baseada em Sintomas: esta é uma Estratégia Confi ável? Arq Bras Cardiol 2006; 86: 395.

2. Pappone C, Oreto G, Rosanio S et al. Atrial electroanatomic remodeling after circumferential radiofrequency pulmonary vein ablation. Circulation2001; 104: 2539.

3. Hocini M, Sanders P, Jais P et al. Techniques for curative treatment of atrial fi brillation.J Cardiovasc Electrophysiol 2004; 15: 1467-71.

4. Piorkowski C, Kottkamp H, Tanner H et al.Value of different follow-up strategies to assess the effi cacy of circumferential pulmonary vein ablation for the curative treatment of atrial fi brillation. J Cardiovasc Electrophysiol 2005; 16: 1286-92.

5. Hindricks G, Piorkowski C, Tanner H et al. Perception of atrial fi brillation

before and after radiofrequency catheter ablation: relevance of asymptomatic arrhythmia recurrence. Circulation 2005; 112: 307-13.

6. Verma A, Marrouche NF, Natale A. Pulmonary vein antrum isolation: intracardiac echocardiography-guided technique. J Cardiovasc Electrophysiol 2004; 15: 1335-40.

7. Oral H, Pappone C, Chugh A et al.Circumferential pulmonary-vein ablation for chronic atrial fi brillation. N Engl J Med 2006; 354: 934-41.

8. Passman RS, Weinberg KM, Freher M et al. Accuracy of mode switch algorithms for detection of atrial tachyarrhythmias. J Cardiovasc Electrophysiol 2004; 15: 773-7.

9. Montenero AS, Quayyum A, Franciosa P et al. Implantable loop recorders: a novel method to judge patient perception of atrial fibrillation. Preliminary results from a pilot study. J Interv Card Electrophysiol 2004; 10: 211-20.

Referências

Documentos relacionados

The inclusion criteria were: previous myocardial infarction history, with or without the presence of Q wave at the ECG, but with signs of segmental fi brosis at the

This study demonstrated that in elderly patients with stable coronary atherosclerosis, exercise-induced myocardial ischemia and minimal ventricular dysfunction, the heart rate at

Based on the exercise stress test results, it was found that exercise capacity of 39% of the men and 55% of the women was less than 6 METS, which points to a sedentary or

demonstrated improved endothelial function in insulin- resistant type-2 diabetics after 12 weeks of ROSI therapy. In this study, endothelial function improvement occurred Fig. 1 –

In the present study, a research related to the myocyte cell area with relation to its position in different heart coats was not carried out, but taking as reference the

Finally, it can stated that, in mild cases of pulmonary stenosis with a pressure gradient < 30 mmHg, diagnosed and evaluated at any age range, except neonatal and fi rst months

In the present paper, we analyzed the immediate results of percutaneous mitral balloon valvuloplasty in a group of patients that had undergone previous percu- taneous or

A chest helical CT revealed a dilation of the pulmonary artery and its main branches with a fi lling defect of the right main branch and a regular peripheral opacity of