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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.1 número4

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Academic year: 2018

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RESERVATÓRIOS VERTEBRADOS EXTRA H U M A N O S NAS

REG IÕ ES TR O PIC A IS *

J. R o d rig u e s

da

S ilv a ** e N elso n G o n ç a lv e s P e re ira ***

A im p o rtâ n c ia d e reserv ató rio s a n i­ m ais e x tra h u m an o s com o causa de d o en ­ ças com eçou a ser v a lo riza d a pelo? estudos sôbre ecologia anim al, a p a rtir do século 18, q u an d o se estab eleceu , d e m odo m ais com pleto, a in te rre la ç ã o e n tre a v ida an i­ m al e o m eio a m b ie n te q u e a cerca. A ecologia an im al torn o u -se u m ram o das ciências biológicas in tim a m en te ligada a outros ram o s dos co n hecim entos hum anos, e com os estu d o s d e P A V L O V S K I ( 3 2 ) , as observações sôbre ecologia to m a ram vulto, estab elecen d o -se en tã o o conceito de D O E N Ç A S H U M A N A S com FO C O S N A T U R A IS , no q u a l são d e v id a m en te sopesados d iferen tes fatores, ta is com o meio am b ien te, incluindo o terren o , o clima, a flora e a fauna, além dos fatores sociais e c u ltu rais em suas in terrelaçõ es no tem p o e no espaço. R eserv ató rio s e vetores, h áb ito s d e vida, ativ id a d e s p ro ­ fissionais ou recreativ as, a d a p taçõ es n certas condições d esfavoráveis, etc. são elem entos im p o rta n tes no conceito d a ­ quilo q u e se c h a m a E C O S S IS T E M A , com o u tras d en o m in açõ es especializadas para d iferentes variáv eis, cap azes d e ex ­ plicarem o estab elecim en to e a dissem i­ nação d as Z O O N O SE S .

E stas considerações, feitas a p en as s u ­ perficialm ente, v isam c h a m a r a aten ção do leitor p a ra u m a alálise m ais c o rre ta

dos fatos relativ o s às Z O O N O SE S — lem b ran d o -lh es q u e a im p o rtân cia d e um rese rv ató rio a n im a l é m aio r ou m enor de acôrdo com as circu n stân cias — en tre as quais o fa to r im u n itário é do m ais alto significado. Ê s te asp ecto é do m áxim o interêsse nos d ias d e hoje, em que as m igrações se fazem ex ten sam en te, m o ­ v im en tan d o recip ien tes e doadores, dc m odo a p o ssib ilitar v e rd a d e ira s epid e­ m ias, d ad as as d iferenças n as ca ra c te rís­ ticas biológicas e n tre as d u a s áreas — a de pro ced ên cia e a do estabelecim ento de grupos populacionais.

A dem ais, necessário se to rn a d e ­ finir p recisam en te o têrm o R E S E R V A T Ó R IO * * * * , que, estritam en te, deve ser um ser v iv o cap az d e alb e rg ar um germ en, sem te r a doença, e que pode,no en tan to , tra n s m itir a o u tro s anim ais, inclusive o h om em — d ire ta ou indire-

m en te. U m estu d o q u e tom asse por

b a se essa d efin ição p rec á ria p e c aria pelo fato d e h a v e r m esm o e n tre seres vivos n ã o h u m an o s an im ais infectados, m as com as m ais d iv ersas m o d alid ad es d e exteriori­ zação do esta d o infeccioso. Assim , um a n im a l p o d e ser u m reserv ató rio com ­ p le ta m e n te assintom ático, com a cap aci­ d a d e d e m a n te r o gérm en p o r tem p o m ais ou m enos longo an te s d e tornap-se ou não

* T ra b a lh ® d a C a d e ir a d e C lín ic a d e D o e n ç a s T r o p i c a i s e I n f e c tu o s a s d a F .M . d a U .F .R .J . ** P r o f e s s o r C a te d rá tic o

*** B o ls is ta d a C A P E S

(2)

198 R ev. S o c. B ro s. M e d . T ro p . Vol. I — N? 4

sintom ático, su cum bindo o u n ão à doença, q u an d o p rese n te * * * * * .

E stab elecid o s êstes pontos, passem cs a e n u m e rar os p rin cip ais reserv ató rio s v e rte rb ra d o s ex tra-h u m an o s d as doenças q u e p o d em a fe ta r o sêr hum ano, com algum as d e suas m ais im p o rta n tes p a rti­ cu larid ad es — depois d e le m b ra r que, sendo o h o m em u m an im al gregário p e r excelência, é êle o p rin c ip al reserv ató rio d as doenças q u e afligem os sèus sem e­ lhantes, seguindo-se-lhe os an im ais do­ m ésticos, que m ais d e p e rto com êle convivem .

E n u m e ra n d o os reserv ató rio s v e rte

brados extra-humanos de doenças, à base

do que foi dito, passem os a cad a caso p a rtic u la r:

I — M A M ÍF E R O S

1. C Ã O (C anas

familiasris')

— C om ­ p a n h e iro in sep aráv el do h om em e seu am igo fiel, é responsável p e la tran sm issão d e d o en ças com o o C A LA ZA R , a L E IS H M A N IO S E C U T Â N E A e p ro v av e lm e n te ta m ­ b é m a C U T Â N E O -M U C O S A , a

D O E N Ç A D E C H A G A S e a D O ­ E N Ç A D O SO N O , a tra v é s d e dife­ ren te s tran sm isso res (M A Y , 2 7 ). P o r o u tro s m ecanism os p o d e o cão tra n s m itir ao h om em a A M E B IA - S E (F A U S T & R U S S E L , 1 6 ), a L A R V A M IG R A N S C Ü T IS e a

L A R V A M IG R A N S V IS C E R A -

L IS (B E A V E R , 8 ) .

N o m o m en to a tu a l atrib u em -se às filárias do cão o u tra s síndrom es, tam b é m ch a m a d a s a b e rra n te s, qoe corresp o n d em à d en o m in ação d*1 E O S IN O F IL IA T R O P IC A L ( D A ­

N A R A J E CO LS., 1 3 ).

A fora isso, rontam -se às dezenas os casos d e infecção h u m a n a com m anifestações variáveis, p ela

Ditofilaria immitis,

p a ra sito do cão e do gato (W E L T Y E C O LS, 4 3 ). A lém disso, o cão, ju n ta m e n te com outros an im ais dom ésticos, cam pes- tre s e silvestres, é u m dos p rin ci pais reserv ató rio s ex tra-h u m an o s do

Schistosoma japonicum

(F A U S T , 1 7 ). As L E P T O S P IR O S E S

consti-( r e s e r v a tó r io e v e n tu a l)

tu e m o u tro g ran d e e sério grupo d e d oenças n o q u a l o cão está im ­ p licad o com o reserv ató rio , ao lad o do rato . A p ró p ria T U B E R C U L O ­ S E p o d e afetá-lo, to rn an d o -o tra n s ­ m issor d a doença ao h o m em (M Y - E R S , 3 1 ) . O cão, com o u tro s r e ­ p re se n ta n te s d a fam ília C A N ID A E ta m b é m é co n sid erad o reserv ató rio do

T. cruzi,

sen d o cren ça d o m in a n ­ te d e q u e o cão e o g ato são os m ais im p o rta n tes reserv ató rio s ex­ tr a h u m an o s dêsse p arasito . O cão e n tra tam b é m no elo d a c a d eia de tran sm issão d a H ID A T ID O S E , pois sendo p a ra sita d o p elo

Echino-coccus granulosus

— q u e a d q u ire a tra v é s estágios larv ário s do c a r­ neiro, do porco, d a cab ra, dos bo- videos e equídeos, além d e outros m am íferos e do p ró p rio h om em — elim in a ovos do p a ra sito c a ­ p azes d e in fectarem o h o m em e o u tro s anim ais, a tra v é s d e v ário s m ecanism os — d aí re su lta n d o o C IS T O H ID Á T IC O . F in a lm e n te , não se esq u eça o seu p a p e l na tran sm issão d a R A IV A , em que êle, com o o hom em , são v ítim as fata is d e sev era e le ta l encefalite.

2 . G A T O (F e /ix

catus)

— É ta m ­ bém resp o n sáv el p e la tran sm issão d a L A R V A M IG R A N S C Ü T IS e d a L A R V A M IG R A N S V I3 C E

R A L IS (B E A V E R , 8 ) e a in d a d a D O E N Ç A D E C H A G A S, d a T U ­ B E R C U L O S E e d a R A IV A etc. (M A Y , 2 7 ). J u n ta m e n te com o u ­ tro s anim ais, tra n s m ite o v iru s da L IN F O R R E T IC U L O S E B E N IG ­ N A ou d o en ça d a a rra n h a d u ra do g ato (M O L L A R E T E CO LS, 29)1

3 . R A P O S A (L y c a/o p e x

vetu lu s

) — S egundo estu d o s feitos no B rasil por D e a n e ( 1 4 ) e A le n c a r ( l) , a rap o sa re p re se n ta p a p e l im p o rta n ­ te com o reserv ató rio d a

Leishma-nia donovani,

a g en te u su al do C A ­ L A ZA R , p elo m enos no N o rd e ste e L este do p aís — on d e te m o seu h a b ita t. O ch acal

( Canis

au- re u s ) te m sido a p o n ta d o com o re ­

(3)

J u l h o . A g o s t o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 1 9 9

(

Vulpes fulva),

o ch acal (

Canis

au-retts

) e o cach o rro do m ato (C e r

docyum thous

) p o d em tra n s m itir a raiv a (Z A P A T E L , 4 4 ) . A inda e n tre os carnívoros, sabe-se q u e o

q u a ti

(Procyon cancrivorus

) e a

Nasua

p o d e m ser reserv ató rio s do

Toplasma gondii.

4 . C A R N E IR O — P o d e ser a fe tad o p o r u m a en cefalite d o gru p o dos A R B O R IV U S , a L O O P IN G -IL L , q u e tra n s m ite ao h o m em (G O E S &

LÔ B O , 2 1 ). A

Fasciola hepatica

te m com o p rin c ip al reserv ató rio o carneiro, q u e p o d e ser ta m b é m en ­ c o n tra d o in fectad o p e lo

Sasrcocystes

lindemanni,

cau sa d a d o e n ç a fa ta l nesse a n im a l(F A U S T ,1 7 ); o p a ra ­ sito, to d av ia , tra n sm itid o ao hom em

é p ra tic a m e n te inócuo.

5 . C A B R A (

Capra hircus')

— Im ­ p o rta n te n a tran sm issão d a

Brucei

la m&litense,

q u e ta m b é m p o d e ser

tra n s m itid a pelo carneiro. A c a b ra e o carn eiro são ta m b é m u m dos p rin cip ais tran sm isso res do C A R ­ B Ú N C U L O M A L IG N O , a tra v é s de m anipulações, aerosóis, etc. (T O P ,

4 0 ).

6 . C A V A L O — É a fe tad o p o r dife­ ren te s virus, p rin c ip alm e n te do g ru ­ po dos arb o rv iru s, q u e n ê le p ro d u ­ zem en cefalites — e n q u a n to no h o m em p ro d u zem q u ad ro s febrjs intensos nem sem p re a c o m p a n h a ­ dos d e E N C E F A L IT E S , com o é o caso d a infecção h u m a n a pelo V IR U S D A E N C E F A L IT E E Q Ü I­ N A V E N E Z U E L A N A (R O D R I ­ G U E S D A S IL V A E C O LS, 3 5 ). A lém disso, o cavalo, com o m uitos o u tro s ervíboros e o p ró p rio h o ­ m em , é elim in ad o r m ais ou m o­

nos im p o rta n te d o

Clostridium

tetani,

d aí o p a p e l dos m esm os co­ m o rese rv ató rio do té ta n o , q u e p o ­ d em a fe ta r ta n to o h o m em com o outro s an im ais (T O P , 4 0 ) .

7 . B O V ÍD E O S — P a re c e m in crim i­ nados n a tran sm issão d a D O E N ­

ÇA D O SO N O . O seu p a p e l de tran sm isso r d a T U B E R C U L O S E e d a T E N ÍA S E S A G IN A T A é p o r dem ais conhecido. T a m b é m são in­

crim inados com o reserv ató rio s do germ em cau sad o r d a “ F E B R E Q ’, ju n ta m e n te com o búfal®, o ca­ valo, o asno, a cabra, o carneiro, etc. S endo o g erm en em causa re­ lativ a m e n te resisten te à ação de certo s ag en tes físicos e quím icos, tran sm ite-se inclusive a tra v é s do leite in su ficien tem en te aquecido. A lém disso, p o d e ser tran sm itid o p o r aerosóis, fôm ites, deriv ad o s do leite e d e v eto res anim ais (B A B U - D IE R I, 3 ) . A trav és do leite e de

outro s m eios d e contágio, o

Streptoccocus faecalis

po d e ser tra n sm itid o do bovídeo ao hom em , cau san d o -lh e e n te rite s e o u tra s do­ enças.

N a E S Q U IS T O S S O M O S E , p rin ­ cip a lm e n te a cau sad a pelo S.

bovis,

d ev e ser u m dos prin cip ais reser­ vató rio s do p arasito . T a m b é m é o resp o n sáv el p e la tran sm issão de

Brucella,

p rin c ip alm e n te d a espé­ cie a b o rtu s . V árias espécies de

Salmottelía

p o d em ta m b é m ser tra n sm itid a s p o r bovídeos, atrav és de d iferen tes m ecanism os tais como m anipulações, ingestão d e carne, leite, queijo, m an teig a, etc. A F E ­ B R E A F T O S A é o u tra doença e v e n tu a lm e n te tra n sm itid a do boi ao ho m em (W E IN S T E IN , 4 2 ). 8 . S U IN O S — A lém de transm issor

d a

Tenia solium,

a tra v é s d e inges­ tã o d e su a ca rn e m al cozida, pode tra n sm itir a C IS T IC E R C O S E , a- tra v é s dos seus ovos ingeridos por pro m iscu id ad e ou poluição, ou por autoin fecção em indivíduos p o rta ­ do res d e

Tenia

(F A U S T . 1 7 ). A tri-

bui-se-lhe a in d a o p a p e l d e reser­ v a tó rio d a B A L A N T ID ÍO S E e d a A S C A R ÍA S E in te stin a l (B E A - V E R , 8 ) . O consum o d e carn e d e suino o u m esm o m anipulações do an im al p o d e m ser resp o n sá­ veis p o r c e rtas salm oneloses — fato q u e se e sten d e aos bovídeos, eqüinos, cap rin o s etc. (M A Y , 2 7 ). T a m b é m é responsável p e la tra n s ­

m issão

daLeishmania tropica

ju n ­

ta m e n te com o cão, em países do M ed iterrân eo .

(4)

2 0 0 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 4

servatório, é a T R IQ U IN O S E cau sad a p e la ingestão de cistos v iá ­ veis d e

Trichinella spiralis,

p a ra ­ sito com o q u al o po rco se in fecta a p a rtir d e outro s an im ais com o o rato, o gato, o cão etc. (F A U S T , 1 7 ). T a m b é m o urso é u m dos

reserv ató rio s dêsse p a r a s i t o

(F A U S T , 17). A

Fasciolopsis buski

en c o n tra no po rco o seu pricip al reservatório.

9 . S ÍM IO S — São reco n h ecid am en te responsáveis p e la tran sm issão d a F E B R E A M A R E L A S IL V E S T R E , que p o d e dizim á-los em c e rtas cir­ cun stân cias (S O P E R E COLS., 38; T A Y L O R E COLS., 3 9 ). Com o a v irem ia am arílica é d e d u raç ã o re ­ lativ a m e n te c u rta e n tre os sím ios, cabe p rin c ip alm e n te aos m osquitos, q ue m an tê m o v iru s p o r período m u ito m ais longo, o p rin c ip al reser- tó rio d a feb re am arela. E n tre sím ios incrim in ad o s com o re se rv a ­ tórios do v iru s d a feb re a m arela nas A m éricas, d estacam -se os p e r­ ten c e n te s aos gêneros

Cebus,

Allcu-atta, Atelíes, Callitrix, Callicebus

a

Saimiri

(B U G H E R , 1 0 ).

O utros arb o rv iru s com o o D E N ­ G U E e m uitos m ais p o d em ser tra n sm itid o s a tra v és de símios, tam b é m responsáveis p e la infecção pelo V IR U S B d e S A B IN e pelo V IR U S R Á B IC O — am bos de al­ tíssim a g rav id ad e e acêrca do q ual pouco se conhece no q u e to ca às espécies d e m acacos transm issores. A inda a êsses an im ais é a tri­ b u íd a a tran sm issão d a E S - T R O N G IL O ID O S E , p elo chim ­ p an zé (F A U S T , 1 7 ), d a E S Q U IS -

T O S S O M O S E m an so n i p o r re p re ­ sen tan tes do gênero

Papio

(B A R ­ R E T O , 6 ), d a A M E B ÍA S E e d a

B A L A N T ID IO S E (F A U S T , 17). T a m b é m a B O U B A (M A Y , 2 7 ) e a p ró p ria infecção pelo

Loa-Loa

p o ­ d em ser tra n sm itid a s p o r m acacos ao h om em (M A Y , 2 7 ).

M ais rec e n te m e n te v em sendo e s­ tu d a d o o seu p ro v áv e l p a p e l n a tran sm issão d a M A L Á R IA , com as d em onstrações de C O A T N E Y

E C O LS. ( 1 1 ) e a d e D E A - N E ( 1 5 ) , resp ectiv am en te, n a

tran sm issão do

Plasmodium

cyno-molgi

e do

Plasmodium sim ium

ao hom em , inclusive a tra v é s d e v e to ­ res n a tu ra is. N esses casos os sí­ m ios in crim in ad o s são, resp ectiv a­ m en te, o m acaco

Rhesus e o

Alou-catta fusca.

A inda a sím ios do gênero

Cebus

e o u tro s te m sido a trib u íd o o p a ­ p el d e reserv ató rio d o

Tryparmso-m a cruzi

(B A R R E T O , 7 ) , e n q u a n ­

to outros, dos gêneros

Colobus e

Papio

foram e n co n trad o s in fecta­

dos pelo

Echinococcus gramilosus

(M Y E R S , 3 1 ).

10. M A R S U P IA IS — G A M B Á — N ão so m en te o

Didelphis

marsupi-alis

com o o

Didelphis azarae,

o

D.

aurita

e m esm o alguns d e o u tra s espécies e fam ílias são in d u b ita v e l­ m en te reserv ató rio s do

T. cruzi

em v árias regiões d as A m éricas (B A R ­ R E T O , 7 ). A lguns m arsu p ia is (D .

marsupialis

e

M etachirus

nudicau-datus)

p a re c e m ta m b é m im p lica­ dos com o reserv ató rio s d a feb re a m a rela silvestre, p elo m en o s em certas áre a s (B U G H E R , 1 0 ). T ê m ain d a sido in crim in ad o s com o re­

servatórios d o

Toxoplasma gotidii

(W A L T O N 8s W A L S S, 4 1 ) . Aliás, a lista d e reserv ató rio s dêsse p a ­ rasito é g rande, inclu in d o o q u a ti —

Procyon loto?,

a rap o sa cin zen ­

ta, a lebre, o veado, o esquilo cin­ zento, o gato do m ato -

Lyrix ruíus,

o zorrilho-Mephites mephitus,

etc.

(W A L T O N 8s W A L L S , 4 1 ) , o ca- m u ndongo (JA C O B S , 2 4 ). D iga-se d e passagem q u e o m ecan ism o de tran sm issão d a toxo p lasm o se ( a d ­ q u irid a ) co n stitu i a in d a u m enigm a, sendo d e assinalar-se q u e u m e stu ­ do epidem iológico com v ista a co rrelacio n ar o estab elecim en to d a infecção h u m a n a com certo s g ru ­ pos profissionais n ã o m o stro u d i­ ferenças significativas (S C H N U R -. R E N D E R G E R E C O L S, 3 8 ).

(5)

J u l h o - A g o s t o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 2 0 1

de C H A G A S, p a recen d o ser o

Dasypus novemcinctus

a espécie m ais im p o rta n te nesse sen tid o . O ta m a n d u á (

Tam andua

tetradacty-la)

ta m b é m exerce o m esm o p ap el

(B A R R E T O , 7 ) .

12. C O E L H O S — São considerados reserv ató rio s d e v ário s germ ens patog ên ico s p a ra o hom em , in clu ­

sive a

Listeria monocytogenis,

aliás,

e n c o n trad o ta m b é m n a cobaia e o utros an im ais (G O F F I, 2 0 ).

13. E S Q U IL O S e outros R O E D O R E S S IL V E S T R E S — S ão in crim in a­

dos com o h ospedeiros d a

Pasteu-rella tularensis,

inclusive em áreas n ão tropicais. O m esm o germ em po ■ d e ser tra n sm itid o ta m b é m p o r aves, m am ífero s e rep teis, levando a d o ença a o u tro s anim ais, inclusi­ v e ao hom em (M A Y , 2 7 ) . O utros ro ed o res silv estres tê m sido incri­ m inados p e la tran sm issão d a

Leish-marüa tropica,

em á re a d a Á sia e

d a

Leishmartia braziliensis,

na

A m érica (M A Y , 2 7 ). T a m b é m ês- ses ro ed o res tê m sido ap ontados, ju n ta m e n te com m arsupiais, com o hospedeiros do a g en te cau su al d a feb re de T S U T S U G A M U S H I e d a feb re M A C U L O S A (T O P , 4 0 ), d u as d a s m ais graves riquetsioses. E n tre ta n to , a m ais im p o rta n te das doenças em q u e certo s roedores silvestres estão im plicados com o hospedeiros ou reserv ató rio s é a P E S T E S IL V E S T R E , resp o n sáv el p rin c ip alm e n te a tra v é s d e “focos in­ v e te rad o s” p e la eclosão de surtos epizóoticos e epidêm icos (B A L T A - Z A R D , 5; B A H M A N Y A R , 4 ) — sendo q u e o ú ltim o já isolou v árias

cepas d e

P. pestis do Zygodontomis

pixuna

e do

Cetoomis cunicularius

( p u n a r i) no n o rd este do B rasil. N u ­ m erosas espécies d e R O E D O R E S e

Lagomorpha

— ta is com o o M e-

riones meridiortes,

n a R ússia, o

Desmodillus

au ricu íaris, n a Á frica

do Sul, o

Arvicanthis abyssinicus,

o

R . natalensis, o M icrotus

califor-rticus

e o

Peromyscus maniculatus,

em á re a s dos E stad o s U nidos — tê m sido incrim in ad o s pelo fenô­

m eno d a m an u te n çã o d a peste silv estre (P O L L IT Z E R , 3 3 ).

E stu d o s p a ra o esclarecim ento do assu n to estão sendo levados a efeito no B rasil, sob os auspícios do I . N . E . R u , em colaboração com técnicos d a O . P . A . S . (BA L- T A Z A R D , 5 ) , sen d o im pressão de M O O J E N ( 3 0 ) d e que, no B ra ­ sil, o fenôm eno d e m an u ten ção da p este resu lta d e u m com plexo re ­ s u lta n te d e con tacto s d e roedores dom ésticos do m eio ru d era l com aq u êles do m eio ag rário do qual estão próxim os. N ã o deve ser esque­

cido o p a p e l dos roed o res dos gêne­ ros

Praechimus e Coelomis,

no elo de tran sm issão das febres h em o rrá­ gicas, n a B olívia, principalm ente.

O utros roed o res silvestres, com o a

cuíca (

[Lutreolina

crassicaudata

crassicaudata)

, foram encontrados

infectad o s pelo

Tyrpanosoma

cru-zi,

ao lad o do ra to do m ato

(Ako-don aviculoides cursor

) e d a p reá (C a v /a

aperea

a p e re a ) segundo B A R R E T O ( 7 ) . Aliás, é enorm e a a lista dêsses anim ais enum erados com o reserv ató rio s do T .

cruzi

nas A m éricas (B A R R E T O , 7 ). Segun­ do estu d o s ain d a incom pletos, v á ­ rios roed o res silvestres, com o o

Karmabateomys amblionix,

o

Cuni-culis p&ca

e a

Dasiprocta azarae

( F O R A T T IN I, 18) seriam re ­

serv ató rio s n a tu ra is d a

Leishmania

braziliensis

em nosso m eio, o m es­

m o aco n tecen d o com o

Proechi-m us seProechi-mispinosus panaProechi-mensis

e o

Homopli gytrmuris

no P a n a m á ( H E R T I G e COLS., 2 3 ).

Os roed o res silvestres e m esm o al­ guns ra to s com ensais são tam b ém

reserv ató rio s do

Schistosoma

man-soni

(p re á ,

Rattua norvegicus,

etc.) e tc .) (B A R R E T O ,6 ).

O u tro p ap el dos ra to s silvestres com o reserv ató rio d e doenças h u ­ m an a s refere-se à m en in g ite eosino- fílica do O riente, cau sad a p ela lar­

v a do

Anglostrongylus cantonensis,

(6)

re-2 0 re-2 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . V o l . I — N ? 4

serv ató rio s d a

Pfeiííerella

with-manni

e d a

P. maálei,

b a c té ria s c a u ­ sad o ras d a M E L IO ID O S E e do

M O R M O , cap azes d e a fe ta r ou­ tro s v erteb rad o s, inclusive o ca­ valo.

14. R O E D O R E S U R B A N O S ou CO - M E N S A IS — P e rte n c e m a 3 sub- espécies ( M U R I N A E ) q u e são o

R attus norvegicus, o R attus rattus

e o

M us musculus,

h ospedeiros d a P E S T E U R B A N A . F e liz m e n te e r­ rad ic a d a em nosso país — a doença ain d a é tra n s m itid a ao ho m em p o r c e rtas espécies d e p ulgas in fectad as p ela

Pasteurella pestis

(P O L L IT - Z E R , 3 3 ), p ro v av e lm e n te in fecta­ das a tra v é s d e roed o res silvestres ou cam p estres. A freq ü ên cia e in ­ ten sid a d e dos surto s epidêm icos d a doença v a ria com fato res relacio ­ nados à d in âm ica dos h ospedeiros e seus v eto res com in te rre la ç ã o en ­ tre a en zo o tia silv estre e a u rb an a. A tran sm issão d a M E N IN G IT E L IN F O C IT Á R IA B E N IG N A em certos casos te m sido a trib u íd a á co n tam in ação d e alim en to s com u rin a d e ra to (T O P , 4 0 ) . O p ap el dos roed o res com ensais é tam b é m im p o rta n te em relação a o u tra s d o ­ enças, com c e rtas espécies d e L E P T O S P IR O S E S . O m ecanism o de tran sm issão resu lta do c o n ta to com u rin a dos roedores, d ire ta m e n te ou a tra v és d e águ as p o lu íd as com o tem acon tecid o nos ú ltim o s 10 anos n a G u an ab ara, em S alvador, R e c i­ fe, etc., d u ra n te o p erío d o d e en ­ chentes.

O u tras do en ças tra n sm itid a s por rato s são as c h a m a d a s F E B R E S P O R M O R D ID A D E R A T O que constam do S O D O K U , cu jo agen te etiológico é o

Spirillum minus

e a F E B R E D E H A V E R H IL L , c au sa­

d a pelo

Streptobacillus

monilifoe-mis

(W E IN S T E IN , 4 3 ), o T IF O M U R IN O , tra n sm itid o p o r pulgas atra v és d a

Rickettsia mooseriae

e a “riq u etiso id e” tra n s m itid a p e la

R i­

ckettsia kari,

a tra v é s do

Alloder

manyssus sanguirteus

(T O P , 4 0 )

T a m b é m a

Hym enoíepis diminuta

te m com o reserv ató rio s os rato s d o ­

m ésticos, o m esm o p a re c e n d o a-

co n tecer à

Hym enoíepis

nana

(F A U S T , 17 ).

Os ra to s com ensais constituem -se tam b ém , fre q ü e n te m en te , em rese r­

vató rio s do

Trypanosoma cruzi, o

m esm o aco n tecen d o com a cobaia

( Cavia porcellus),

p o ssiv elm en te o d e m aio r im p o rtâ n c ia em certas áre a s d a A m érica (B A R R E T O , 7 ) .

15. M O R C E G O S (Q U IR Ó P T E R O S ) — O p a p e l dêsses m am íferos, p rin ­

c ip alm en te do g ên ero

Desmodus

e em segundo p lan o , a

D iphylla

e

Caudata

e o

Diameus youngi

(Z A - P A T E L , 4 4 ) , n a tran sm issão d a R A IV A b o v in a e secu n d ariam en te, n a d o en ça h u m an a, v em sendo m e ­ lh o r conhecido u ltim a m e n te , com a ocorrência d e casos d e ra iv a h u m a ­ n a d e fo rm a fu lm in a n te tra n sm itid a pelo m orcêgo — no caso u m rese r­ v ató rio a u tê n tic o do virus. A lém

disso, desco rtin am -se v ário s m ec a ­ nism os d e possível tran sm issão da raiv a, m esm o a tra v é s d e m orcegos frugívoros e insetívoros, a tra v és de'

aerosóis (M A Y , 2 7 ).

Ê ste m esm o m ecan ism o te m con­ dicionado m icro ep id em ias d e H IS - T O P L A S M O S E , re su lta n d o o fato d e serem as fezes do m orcego ótim o m eio d e c u ltu ra p a ra o

H.

capsula-tum.

Aliás, n ã o sò m en te êsse fato é v erd ad eiro , m as ta m b é m sabe-se que o p a ra sito é en c o n trad o em le­ sões d a m ucosa in te stin a l do m o r­ cego ( K L I T E & D IE R C H E S , 2 5 ). O p a p e l d e alg u m as espécies de m orcegos com o reserv ató rio s de

Trypanosoma cruzi

co n stitu i m o­ tiv o de co ntrovérsia, e m b o ra os trip an o so m as do

Carollia

perspicil-lata

e do

Phyllostom us hastatus

p a ­ reçam in d u b ità v e lm e n te ser o

T.

cruzi

(B A R R E T O , 7 ).

(7)

J u l h o - A g o s t o . 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 2 0 3

p a ra sita d o s pelo

Paragonimus

wes-termam,

que, elim in an d o os seus ovos p elas fezes, vão in fe c ta r cer­

to s m oluscos e cru stáceo s a q u á ­ ticos, capazes de tra n sm itire m a d o en ça ao h om em (F A U S T , 1 7 ).

I I — A V E S

C ertas viroses, do grupo d a P S IT A - C O S E -O R N IT O S E , são reconheci­ d a m e n te tra n sm itid a s p o r d ife ren ­ tes espécies d e aves, n o tad a m en te as dom ésticas, com o o papagaio. O u tras, m o rm e n te os patos, estão im p licad as n a tran sm issão de certas en cefalites e o u tra s infecções do grupo das A R B O V IR O S E S . A T U ­ B E R C U L O S E A V IÁ R IA é o u tra d o en ça im p o rtan te, p o d en d o ser tra n s m itid a a v ários anim ais, inclu­ sive ao ho m em (M Y E R S , 3 1 ) . V á ­

rias espécies d e

Salmonella

podem

a fe ta r d ire ta m e n te as aves, to r­ nando-as cap azes de atin g ir o hom em , a tra v é s p rin c ip alm e n te do ôvo (M A Y , 2 7 ). O p a to p o d e ser aco m etid o p elo

Clostrídium

botu-linum

tip o C e, p o r m ecanism os in­ diretos, in fe c ta r o ho m em (D A C K ,

1 2 ). A lgum as aves p o d em ta m ­ b ém tra n s m itir ao ho m em o V IR U S

newcastle,

cau san d o -lh e co n ju n ti- v ite específica (W E IN S T E IN , 4 2 ).

I I I — P E I X E S

P rin c ip a lm e n te os de á g u a doce, p odem ser reserv ató rio s do C/o-

rtorchis sirtensis

q u e te m u m e stá ­ gio ta m b é m em certos m oluscos

(F A U S T , 1 7 ).

A trav és d e o u tro s m ecanism os (p o ­ lu ição d e á g u a ) certo s p eixes p o ­ d em tra n s m itir ao hom em n ão a p en as o v iru s d a H E P A T I T E IN F E C C IO S A , com o os v iru s

Cox-sackie BA

e

Echo

9 (M E T C A L F

& S T IL E S , 2 8 ).

I V — S E R P E N T E S

E stu d o s recen tes d e G E B H A R D T ( 1 9 ) d em o n stra m serem c e rta s se r­

p e n te s reserv ató rio s d e v irus de E N C E F A L IT E S eqüinas, tam b ém transm issíveis ao h om em através

p icad a d e m osquitos (C u/ex

tax-salis

) m o rm e n te d u ra n te o inverno

N ã o d ev e ser consid erad a aqui a lista en u m e rativ a dos reservatórios v er­ teb ra d o s d e doenças, p a ra isso bastan d o

lem b rar-se q u e o

Pneumocystis carini

(P O S T E CO LS., 3 4 ), Tesponsável por g rave p n eu m o n ia p rin c ip alm e n te em cri­ an ças d eb ilitad as, as q u ais p odem tra n s­ m itir a d o ença a outros indivíduos por m eio d e aerosóis, é u m p a ra sito freq ü en te­ m en te en c o n trad o em num erosos ani­ m ais, com o o m acaco, o gato, o rato, a cabra, etc. N ã o se conhecem , en tretan to , as relações e n tre os dois ciclos d a doen­ ça — a h u m a n a e a an im al — am bas a p a ­ re n te m e n te ra ra s e n tre nós.

A ntes d e te rm in a r êste com plexo e im p o rta n te c ap ítu lo d as doenças hu m a- pas o riu n d as d e reserv ató rio s v erteb rad o s outros que o ho m em — v ale a p en a lem ­ b ra r o tra b a lh o p ioneiro d e B E A V E R , que se d e d ic a ao fato de que m uitos parasitos anim ais, p rin c ip alm e n te em áreas de p ro ­ m iscuidade, n ão se desenvolverem no

Hom o sapiens

a té a fase de m atu rid ad e — d e te rm in a n d o q u ad ro s não som ente a b e rra n te s com o tam b é m d e difícil diag­

nóstico. P a ra sito s do gênero

Trichos-trongylus

e o u tro s incluem -se e n tre es­ tes, além d e outros que já foram m e n ­ cionados M a s n ã o nos ilu d a m o s: por q uestões d e ad ap taçõ es, m u itas o u tras se­ rã o as d oenças q u e serão observ ad as no futuro, no dom ínio d a s zoonoses, em bora p ro v as d e su a p reex istên cia sejam im pos­ síveis d e o btenção. E , em b o ra estran h a,

(8)

2U 4 R e v . S o c . B r a s . M e d . T r o p . V o l . I — N * 4

e com alegria p a ra todos, en co n tram o s nos con tato s com êsses elem en to s a res­ p o sta p a ra fatos q u e p a re c ia m in d ecifrá­

veis. Isto em u m a época em q u e escolas m édicas sofisticadas q u erem excluir suas c áted ras d e D O E N Ç A S T R O P IC A IS ou

sim ilares, em p o ig ad as q u e estão p e la s con­ qu istas no cam po d as do en ças de o u tras etiologias — m ais do ag rad o do esp írito d e im itação e artificialism o an tip rag m á- tico que c o n ta m in a as figuras das cú p u las d ê ste a trib u la d o século.

B I B L I O G R A F I A

1 . A L E N C A R , J . E . — C a l a z a r c a n i n o . T e s e a p r e s e n t a d a p a r a l i v r e d o c ê n c i a d e P a r a s i t o l o g i a . U . C e a r á , 1 9 5 9 .

2 . A M O R I M , J . P . — R o e d o r e s s e l v a g e n s c o m o d i s s e m i n a d o r e s d e o v o s d e S.

m ansoni. R e v . I n s t . M e d . t r o p . S ã o

P a u l o , 4 : 3 9 7 , 1 9 6 2 .

3 . B A B U D I E R I , B . — D i s c u s s ã o d o T r a ­ b a l h o d e P I N T O , M . R . — P r o c e e d i n g s o f t h e S e v e n t h I n t e r . C o n g . T r o p . M e d . M a l . v o l . I I I , 2 7 6 , 1 9 6 3 .

4 . B A H M A N Y A R , M . — c o m u n i c a ç ã o p e s ­ s o a l , 1 9 6 6 .

5 . B A L T A Z A R D , M . — E p i d e m i o l o g y o f P l a g u e . W . H . O . C h r o n i c l e , 1 4 : 4 1 9 , 1 9 6 0 .

6 . B A R R E T O , A . C . — I m p o r t â n c i a d e a n i m a i s c o m o r e s e r v a t ó r i o s d e e s q u i s -t o s s o m a s h u m a n o s . O H o s p i t a l , 6 9 : 8 0 7 , 1 9 6 6 .

7 . B A R R E T O , M . P . — R e s e r v a t ó r i o s d o

T. cruzi n a s A m é r i c a s . R e v . B r a s .

M a l a r i o l . D . T r o p . , 1 6 : 5 0 8 , 1 9 6 4 .

8 . B E A V E R , P . C . — P a p e r s p r e s e n t e d a t S y m p o s i u m o n H e l m i n t h i c I n f e c t i o n s a s t h e c a u s e o f d e s a b i l i t y a n d D i -s e a -s e . A n n u a l M e e t i n g N e w O r l e a n s L o u i s i a n i a . N o v e m b e r I , 1 9 5 6 , A m . J . T r o p . M e d . & H y g . 6 : 3 9 9 , 1 9 5 7 .

9 . B E A V E R , P . C . — H u m a n D i s e a s e f r o m c o m m o n w o r m s o f d o g s a n d c a t s . S o u t h A f r i c a n M e d . J . , 3 2 : 4 2 , 1 9 5 8 .

1 0 . B U G H E R , J . C . — T h e m a m a l i a n H o s t i n Y e l l o w F e v e r — “ Y e l l o w F e v e r ” e d i c t e d b y S T R O D E , G . K . M a c G r a w H I U E o o k C o m p a n y I n c , N e w Y o r k , 1 9 5 1 .

1 1 . C O A T N E Y , G . R . , E L D E R , H . A . , C O N T A C O S , P . G . , G E T Z , M . E . , G R E E N L A N D , R . , R O S S A N , R . N . & S C H M I D T , L . H . — T r a n s m i s s i o n o f t h e M . S t r a i n o f Plasm odium cynom ol-gi t o m a n . A m . J . T r o p . M e d . & H y g . , 1 0 : 6 7 3 , 1 9 6 1 .

1 2 . D A C K , G . M . — F o o d P o i s o n i n g . T h e U n i v e r s i t y o f C h i c a g o P r e s s , C h i c a g o . S e c o n d E d i t i o n , 1 9 5 2 .

1 3 . D A N A R A J , T . J . & S A C H E R , J . F . — I n t e s t i n a l H e l m i n t s i n r e l a t i o n t o e o

-s i n o p h i l i c l u n g ( T r o p i c a l e o -s i n o p h i l i a ) i n S i n g a p o r e . A m . J . T r o p . M e d . & H y g , 9 : 6 1 6 , 1 9 6 0 .

1 4 . D E A N E , L . — L e i s h m a n i o s e v i s c e r a l n o B r a s i l . E s t u d o s s ô b r e r e s e r v a t ó r i o s e t r a n s m i s s o r e s r e a l i z a d o s n o E s t a d o d o C e a r á . M o n o g r a f i a S . N . E . S . , R i o d e J a n e i r o , 1 9 5 6 .

1 5 . D E A N E , L . — M a l á r i a d e m a c a c o s n o B r a s i l . T e r c e i r o C o n g . d a S o c . B r a s . d e M e d . T r o p .» S a l v a d o r , ' f e v e r e i r o , 1 9 6 7

1 6 . F A U S T , E . C . & R U S S E L , P . F . C l i n i c a i P a , r a s i t o l o g y . S i x t h e d i c t i o n , L e a & F e b i g e r , 1 9 5 7 .

1 7 . F A U S T , E . C . — A n i m a l a g e n t s a n d v e c t o r s o f h u m a n d i s e a s e s . F i r s t e d i c ­ t i o n , L e a & F e b i g e r , P h y l a d e l p h i a , 1 9 5 5 .

1 8 . F O R A T I N I , O . P . — S ô b r e o s r e s e r v a ­ t ó r i o s n a t u r a i s d a L e i s h m a n i o s e t e g u -m e n t a r a -m e r i c a n a . R e v . I n s t . M e d . t r o p . S ã o P a u l o , 2 : 1 9 5 , 1 9 6 0 .

1 9 . G E B H A R D T , L . P . — W i n t e r R e s o r t f o r V i r u s e s . T i m e 8 8 : 5 6 , 1 9 6 6 .

2 0 . G O F F I , P . S . — L i s t e r i o s e . D o e n ç a s I n f e c c i o s a s e P a r a s i t á r i a s d e V e r o n e s i R . . e d i t a d o p e l a G u a n a b a r a K o o g a n S . A . — R i o d e J a n e i r o , 1 9 6 4 .

2 1 . G O E S , P . & L O B O , M . B . — E s t u d o s s ô b r e o s a r b o r v i r u s . A n a i s d e M i c r o -b i o l . I X ( A ) : 1 9 6 1 .

2 2 . G U I M A R A E S , F . N . , A Z E V E D O , M . & D A M A S C E N O , R . — L e i s h m a n i o s e t e g u m e n t a r — z o o n o s e d o s r o e d o r e s s i l -v e s t e s d a A m a z ô n i a . O H o s p i t a l , 7 0 : 3 8 7 , 1 9 6 6 .

2 3 . H E R T I G , M . & M C C O N N E L . E . E x p e r i m e n t a l i n f e c t í o n o f P a n a m a n i a n

Phlebotom us S a n d f l i e s w i t h L e i s m a

-n i a . E x p . P a r a s i t . N e w Y o r k , 4 : 9 2 , 1 9 6 3 .

2 4 . J A C O B S , L . — C h r o n i c T o x o p l a s m o s i s : L a t e n c y a n d a c t i v i t y r e l a t i v e t o s e r o -l o g i c a -l f i n d i n g s . P r o c e e d . o f S e v ^ .t h I n t e r . C o n g r . o n T r o p . M e d . & M á l . v o l . I I : 3 3 5 , 1 9 6 3 .

2 5 . K L I T E , P . D . & D I E R C K S , F . H . —

(9)

-J u l h o - A g o s t o , 1 9 6 7 R e v . S o c . B r o s . M e d . T r o p . 20-5

t e n t s a n d o r g a n s o f b a t s i n t h e c a n a l z o n e . A m . J . T r o p . M e d . & H y g ., 1 4 : 4 3 3 , 1 9 6 5 .

• 2 6 . L A E N N E R T , H . W . J R . , F E R R E I R A , L . C . & T A Y L O R , R . M . — E p i d e m i o -l o g i c a -l s t u d y o f j u n g -l e y e -l -l o w f e v e r i n e n d e m i c a r e a i n B r a z i l . P a r t I I . I n v e s t i g a t i o n o f v e r t e b r a t e H o s t s a n d a r -t h r o p o d v e c -t o r s . A m . J . T r o p . M e d . S u p p . , 2 6 : 1 9 4 6 .

2 7 . M A Y , J . M . — S t u d i e s i n D i s e a s e E c o -l o g y . H a f n e r P u b -l i s h i n g C o m p a n y I n c . N e w Y o r k , 1 9 6 1 .

2 8 . M E T C A L F , T . G . & S T I L E S , W . C . — T h e a c u m u l a t i o n o f e n t e r i c v i r u s e s b y

t h e O yster crassostrea virginica. J . I n

-f e c t . D i s . , 1 1 5 : 6 8 , 1 9 6 5 .

2 9 . M O L L A R E T , P . , R E I L L E Y , J . , B A S -T I N , R . & -T O U R N I E R , P . — P r e s s . M e d . 5 8 : 1 3 5 3 , 1 9 5 0 .

3 0 . M O O J E N , J . — R e s e r v a t ó r i o s s i l v e s t r e s d a P e s t e . M e s a r e d o n d a s ô b r e p e s t e , I I I C o n g . S o c . B r a s . M e d . T r o p . , B a h i a , f e v . 1 9 6 7 .

3 1 . M Y E R S , J . A . — T u b e r c u l o s i s a n d o t h e r c o m m u n i c a b í l e D i s e a s e s . C h a r ­ l e s C . T h o m a s P u b l i s h e r , S p r i n g f i e l d

I l l i n o i s , U . S . A . , 1 9 5 9 .

3 2 . P A V L O V S K I , E . N . — O n t h e t h e o r y o f n a t u r a l í o c i o f d i s e a s e s t r a n s m i s s i b l e t o m a n . J . G e n . B i o l . M o s c o w 7 : 3 , 1 9 4 6

3 3 . P O L L I T Z E R , R . — P l a g u e . W . H . O . G e n e v a , 1 9 5 4 .

3 4 . P O S T , O . & D T J T Z , W A N D N A S S A

-R I A N J . — E n d e m i c P neum ocystis

ca-rini p n e u m o n i a i n S o u t h I r a n . A r c h . D i s . C h i l d . , 3 9 : 3 5 , 1 9 5 4 .

3 5 . R O D R I G U E S D A S I L V A , J . , L O B O , M . B . & G O E S , P . — C l i n i c a i , v i r o l o g i c a l a n d s e r o l o g i c a l o b s e r v a t i o n s o n t h r e e c a s e s o f l a b o r a t o r y i n f e c t i o n s p r o d u c e d b y V . E . E . v i r u s V I I C o n g . I n t e r . M e d . T r o p . & M a l . s e t . 1 9 6 3 . R i o d e J a n e i r o . R e s u m o d e T r a b a l h o s .

3 6 . R O S E N , L . & B E A V E R , P . C . — M e -m o r a n d u -m o n t h e f i r s t r e p o r t o f

An-giostrongylus i n m a n , b y N o m u r a

i n 1 9 4 5 . A m . J . T r o p . M e d . & H y g . 1 4 : 5 8 9 , 1 9 6 4 .

3 7 . S C H N U R R E N G E R G E R , P . R . , T J A L ­ M A , R . A . . W E N T W O R T H , F . H . & W E N T W O R T H , B . B . — A n a s s o c i a t i o n o f h u m a n r e a c t i o n t o i n t r a d e r m a l T o x o p l a s m i n w i t h d e g r e e o f a n i m a l c o n -t a c a n d r u r a l r e s ’ d e n c e . A m . J . M e d . T r o p . & H y g . , 1 3 : 2 8 1 , 1 9 6 4 .

3 8 . S O P E R . F . L . , P E N N A , H . . C A R D O S O , E ., S E R A P H I N , J . J R . , F R O L I S H E R & P I N H E I R O , J . — Y e l l o w F e v e r w i t h o u t

Aedes aegypti, s t u d y o f a r u r a l p o i d e

-m i c i n t h e v a l e d o C h a v e ã o , E . S a n t o , B r a s i l . A m . J . H y g . , 1 8 : 5 5 5 , 1 9 3 3 .

3 9 . T A Y L O R , R . M . & F O N S E C A D A C U N H A , J . — E p i d e m i o l o g i c a l s t u d y o f j u n g l e y e l l o w f e v e r i n e n d e m i c a r e a i n B r a z i l . P a r t I — E p i d e m i o l o g y o f h u ­ m a n i n f e c t i o n s . A m . J . T r o p . M e d . & H y g . S u p p . , 2 6 : 1 , 1 9 4 6 .

4 0 . T O P , F . H . — C o m m u n i c a b l e a n d i n -f e c t i o u s d i s e a s e s . F o u r t h e d i c t i o n e d i c t e d b y T h e C . V . M o s b y C o m p a n y , 1 9 6 0 , S t . L o u i s .

4 1 . W A L T O N , B . C . & W A L L S , K . N . — P r e v a l e n c e o f T o x o p l a s m o s i s o n t y i l d a n i m a i s , f r o m F o r t S t e w a r t G e ó r g i a a s i n d i c a t e d b y s e r o l o g i c a l t e s t s a n d m o u ­ s e i n o c u l a t i o n . A m . J . T r o p . M e d . & H y g . , 1 3 : 5 3 0 , 1 9 6 4 .

4 2 . W E I N S T E I N , L . — T h e P r a c t i c e o f I n -f e c t i o u » D i s e a s e s . C a n d s b e r g e r M e d i c a i B o o k s , I N C . N e w Y o r k , 1 9 5 8 .

4 3 . W E L T Y , R . F . , L U D D E N , F . E . & B E A V E R , P . C . — D i r o f i l a r i a s i s i n m a n . R e p o r t o f a c a s e f r o m t h e s t a t e o f W a s h i n g t o n . A m . J . T r o p . M e d . & H y g . , 1 2 : 8 8 8 , 1 9 6 3 .

Referências

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