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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIÓLOGICAS PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS

CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIÓLOGICAS

PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE PRESENÇA E CONTAMINAÇÃO DE CARAMUJOS (Schistosoma mansoni Sambon, 1907) EM DUAS ÁREAS CENTRAIS DO

MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, RONDÔNIA

PORTO VELHO, RO

2016

(2)

2 PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE PRESENÇA E CONTAMINAÇÃO DE CARAMUJOS (Schistosoma mansoni Sambon, 1907) EM DUAS ÁREAS CENTRAIS DO

MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, RONDÔNIA

Monografia Apresentada a Coordenação do Curso De Graduação em Ciências Biológicas com Ênfase Em Botânica do Centro Universitário São Lucas como parte do requisito obrigatório para obtenção

do Título de bacharelado em Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Me. Flávio Aparecido Terassini

PORTO VELHO-RO

2016

(3)

3 PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA

ANÁLISE DE PRESENÇA E CONTAMINAÇÃO DE CARAMUJOS (Schistosoma mansoni Sambon, 1907) EM DUAS ÁREAS CENTRAIS DO

MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, RONDÔNIA

BANCA EXAMINADORA

Orientador: Prof. Ms. Flávio Aparecido Terassini

Prof.

Prof

a

.

Trabalho defendido e aprovada em .../.../...

PORTO VELHO-RO

2016

(4)

4

Aos meus Pais e Tios por terem me ajudado,

Aconselhado, além dos Puxões de orelha e por toda

Força que me deram durantes esse quatros anos.

(5)

5 AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, que nunca me abandonou em nenhum dos momentos que passei pra chegar aqui e que me ajudou a cumprir uma das missões que me foi destinada nessa terra

A minha Família, meus Pais que me apoiaram desde o momento que decidi me mudar pra outra cidade pra cursar a minha tão sonhada faculdade, a minha Tia Alda que sem dúvida tudo isso devo a ela pelo incentivo de vim pra cá, estudar e ter uma condição de vida melhor no futuro. Não deixando de citar os meus Primos André e Lúcia e meu Tio Valter que de alguma forma também me ajudaram no decorrer desses quatros anos.

Ao meu Orientador, professor Me. Flávio Aparecido Terassini, que me orientou e incentivou, pela paciência e carinho nesse um mês corrido, mas também por todas as aulas de campo e cursos memoráveis.

Aos Meus colegas de classe, por vários momentos que passamos juntos durante esses quatro anos, em especialmente a Sara Barbosa, Ducilene Sampaio, Airton Mendes que sempre estiveram comigo nesse período e que levarei com muito gosto pro resto da minha vida. E principalmente aos meus amigos que me ajudaram de alguma forma nas coletas do material para esse tcc, como também meu amigo Fabrício Miranda e a minha prima, confidente Rafaella Cruz.

Agradeço também a todos os docentes que se esforçaram e deram o seu

melhor para a turma, dando os melhores conselhos sem esquecer dos puxões

de orelhas mas que no final acabam fazendo a diferença e lembrarei de todos

durante a minha vida terrena.

(6)

6 “Faça tudo com amor.

Tudo o que é feito sem amor sai mal feito, e tende à destruição.

Só o amor constrói obras eternas e penetra profundamente o coração da humanidade, porque só o amor é positivo.

Tudo o que não é amor é negativo.

Faça tudo com amor, porque o próprio Deus é amor.

Quando as criaturas fizerem tudo com amor, saberão o que é a saúde e a felicidade.”

(Carlos Torres Pastorino)

(7)

7 RESUMO

PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA. Análise de presença e contaminação de Caramujos (Schistosoma Mansoni SAMBON, 1907) em duas áreas centrais Do Município De Porto Velho, Rondônia

Os caramujos do gênero Biomphalaria, cuja importância para o homem advém de serem eles os hospedeiros intermediários do trematódio Schistosoma mansoni, têm como habitat águas doces paradas e lugares remansosos nos rios e ribeiras de fluxo lento. A esquistossomose mansônica é uma doença infecto-parasitária causada por um trematódeo, que vive na corrente sanguínea do homem, sendo este seu hospedeiro definitivo, cuja evolução clínica pode variar desde formas assintomáticas até as mais graves. Para que o ciclo deste trematódeo se complete é necessário à presença do hospedeiro intermediário, o caramujo da família Planorbidea e gênero Biomphalaria. O objetivo desse estudo foi verificar a presença e contaminação deste molusco nos córregos que atravessa dois bairros da área central do Município de Porto Velho, Rondônia, Brasil. Foram realizadas 4 coletas no período das chuvas, sendo 3 na extensão do córrego do Centro Universitário (bairro Areal) e 1 no Canal da Avenida Jorge Teixeira (bairro Nova Porto Velho), pelo método manual. A análise da presença e contaminação dos caramujos ocorreu no Laboratório de Zoologia. Os moluscos encontrados nas duas áreas não estavam contaminados com os miracídios e cercarias. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a esquistossomose acometa 200 milhões de pessoas em 74 países. No Brasil, acredita-se que são cerca de seis milhões de infectados, encontrados, principalmente, nos estados do Nordeste e em Minas Gerais e por isso é importante monitorar e descobrir se existem caramujos infectados na região. E este estudo embora, realizado em apenas duas áreas não descreve ainda a presença deste patógeno.

Palavras- chaves: Esquitossomose, Biomphalaria, Porto Velho, Rondônia.

(8)

8 ABSTRACT

PRISCILA MEDEIROS DE OLIVEIRA. Analysis of presence and contamination of Caramujos (Schistosoma Mansoni SAMBON, 1907) in two central areas of the County of Porto Velho, Rondonia.

The snails of the genus Biomphalaria, whose importance to man comes from being the intermediary hosts of the Schistosoma mansoni trematode, have as habitat sweet still waters and places remansosos in rivers and streams of slow flow. Schistosomiasis mansoni is an infectious-parasitic disease caused by a trematode, which lives in the human bloodstream, being its definitive host, whose clinical evolution can vary from asymptomatic to the most severe. In order for the trematode cycle to complete, it is necessary to the presence of the intermediate host, the snail of the family Planorbidea and genus Biomplalaria.

The objective of this study was to verify the presence and contamination of this mollusk in the streams that crosses two districts of the central area of the Municipality of Porto Velho, Rondônia, Brazil. Four collections were carried out in the rainy season, three in the extension of the Centro Universitário stream (Areal district) and one in the Jorge Teixeira Avenue channel (Nova Porto Velho neighborhood), by the manual method. The analysis of the presence and contamination of the snails occurred in the Laboratory of Zoology. The mollusks found in both areas were not contaminated with the miracides and cercariae.

However, the World Health Organization (WHO) estimates that schistosomiasis affects 200 million people in 74 countries. In Brazil, it is believed that there are about six million infected, mainly found in the states of the Northeast and Minas Gerais and so it is important to monitor and find out if there are infected snails in the region. And this study though performed in only two areas does not yet describe the presence of this pathogen.

Key words: Schistosomiasis, Biomphalaria, Porto Velho, Rondonia.

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9 LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Caramujo da Família Planorbidea, Biomphalaria...13

Figura 02 – Ciclo da Esquitossomose...16 Figura 03 – Mapa de Rondônia...19 Figura 04 – Mapa da Capital de Porto Velho mostrando os Pontos de

Coleta... 20

(10)

10 LISTA DE TABELA

Tabela 01 Dados das Coletas com os Resultados Analisados dos 60

caramujos dos dois pontos de Porto Velho,

Rondônia...22

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11 SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...12

1 REFERENCIAL TEÓRICO...14

2 OBJETIVOS...17

2.1 Gerais...17

2.2 Específicos...17

3 MATERIAL E MÉTODOS...18

3.1 Área de Estudo...18

3.2 Metodologia...20

4 RESULTADO E DISCUSSÃO...22

CONCLUSÃO...23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...24

(12)

12 INTRODUÇÃO

Os caramujos do gênero Biomphalaria, cuja importância para o homem advém de serem eles os hospedeiros intermediários do trematódio Schistosoma mansoni, descrito em 1907 por Sambon e têm como habitat águas doces paradas e lugares remansosos nos rios e ribeiras de fluxo lento (COUTINHO, 1976).

No Brasil existem dez espécies e uma subespécie descritas no gênero Biomphalaria, sendo que apenas três são hospedeiras naturais do trematódeo S. mansoni. Duas são hospedeiras potenciais, uma vez que se infectam quando expostas experimentalmente ao parasito. Além da identificação baseada nos caracteres conquiliológicos e anatômicos, existem estudos genéticos (de cruzamentos entre indivíduos, com utilização do albinismo como marcador) e moleculares capazes de fornecer diagnóstico preciso (Ministério da saúde, 2008). As espécies variam de acordo com a região do país. Eles possuem uma concha com até 40 mm de diâmetro e 11 mm de largura; seis a sete giros arredondados, crescendo lentamente em diâmetro, sendo o central mais à esquerda; lado direito mais escavado que o esquerdo; periferia arredondada, tendendo para a direita (Figura 01). É o maior molusco da família Planorbidae. Como já foi salientado, as características típicas da concha de uma espécie podem não se apresentar em alguns espécimes e populações.

Portanto, podemos encontrar indivíduos de B. glabrata mais largos e com carena (angulação longitudinal na lateral da concha), que pela morfologia da concha são susceptíveis de ser confundidos com a Biomphalaria tenagophila.

(PARAENSE, 1961,1972,1975). Encontramos também indivíduos jovens, de ambientes sujeitos a dessecação, que apresentam lamelas no interior da abertura, tornando as conchas bastantes semelhante às de Biomphalaria schrammi (PARAENSE, 1961, 1972, A SAÚDE, 2005).

OLAZARRI (1981) acredita que a presença e o aumento das

populações de Biomphalaria em um ambiente depende de suas características

físicas e químicas, além da influência do clima e da fauna existente.

(13)

13 A participação de moluscos no ciclo biológico de trematódeos no Brasil foi relatada há um século quando o Dr. Augusto Pirajá da Silva observou larvas de trematódeos em uma amostra de Biomphalaria glabrata (SAY, 1818) oriunda de Salvador-BA (39). Anos antes (1908) ele já havia encontrado o Schistosoma mansoni Sambon, 1907 no país. A larva, descrita como Cercaria blanchardi, não foi imediatamente associada ao S. mansoni, tarefa que coube a Adolpho Lutz (29). Desde então, vários estudos relacionados à epidemiologia da esquistossomose foram realizados no país, sendo diversas outras larvas de trematódeos relatadas em diferentes espécies de moluscos. Na presente atualização, são discutidos aspectos relacionados à elucidação de novas interações biológicas entre trematódeos e moluscos no Brasil (PINTO, 2013).

Figura 01: Caramujo da família Planorbidea, Biomphalaria amazônica, espécie típica

encontrada na região norte do Brasil e utilizado como modelo experimental neste

estudo.

(14)

14 1 REFERENCIAL TEÓRICO.

A esquistossomose mansônica é uma doença infecto-parasitária causada por um trematódeo, S. mansoni, que vive na corrente sanguínea do homem, sendo este seu hospedeiro definitivo, cuja evolução clínica pode variar desde formas assintomáticas até as mais graves. Para que o ciclo deste trematódeo se complete é necessário à presença do hospedeiro intermediário, o caramujo da família Planorbidea e gênero Biomplalaria (BRASIL, 2006).

Ela é considerada uma endemia mundial autóctone da África, ocorrendo em 52 países e territórios, principalmente nos países da América do Sul, Caribe, África, e leste do Mediterrâneo, onde atinge as regiões do Delta do Nilo, além dos países como Egito, Sudão, República Centro Africana e Madagascar. Na Ásia, apenas a Arábia Saudita, Iêmen e Oman (REY, 1992;

BRASIL, 2006).

O agente responsável por esta parasitose é um Helminto da classe Trematoda e família Schistomatidae, são de maior interesse médico. Essa família é dividida em duas sub-famílias, sendo que a Schistosomatina, que são caracterizados pelo dimorfismo sexual e por possuir parasitas de homens e animais. Dentro da subfamília Schistomatina temos o gênero Schistossoma, que abrigam 6 espécies: S. haemetobium, S. intercalatum, S, japonicum, S.

mekongi e S. malayensis, mas a que se apresenta como um problema de Saúde Pública brasileira é a S. mansoni, já que é a única presente no território brasileiro, e está distribuída amplamente (COURA; AMARAL, 2004; NEVES, 2006).

O ciclo de vida do S. mansoni envolve duas fases, uma fase sexuada,

as qual apresenta um hospedeiro vertebrado (homem), e uma fase assexuada,

em hospedeiros invertebrados (Biomphalaria), ocorrendo em ambientes

distintos, como o meio interno de seus hospedeiros e a água (SOUZA et al,

1998; CARVALHO; PASSOS; CALDEIRA, 2005; NEVES, 2006).

(15)

15 A prevalência da esquistossomose em áreas tropicais e sub-tropicas, não está apenas associada às condições ambientais favoráveis, mas também devido à precariedade de vida das comunidades, falta de água potável e de saneamento adequado (WHO, 2011). A presença desta parasitose em um país esta relacionada com baixos níveis de seu desenvolvimento econômico e com a pobreza (KATZ; PEIXOTO, 2000).

A introdução da esquistossomose nas Américas ocorreu durante o período colonial no século XVII, com o intenso tráfico de escravos e ingresso de imigrantes orientais provavelmente parasitados. Neste continente o parasita S. mansoni deparou-se com hospedeiros intermediários e condições ambientais, favoráveis e semelhantes aos de origem (NEVES et al., 2005).

As espécies Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila são hospedeiras intermediárias do S. mansoni Sambon, 1907, sendo frequentemente encontradas naturalmente infectadas. Além dessas, B.

amazônica (Fig. 01) e uma população de B. peregrina da Lapa (PR) funcionaram como excelentes hospedeiras experimentais, sendo consideradas, por isso, vetores potenciais da esquistossomose (PARAENSE, 1970) no Brasil.

Para se eliminar o S. mansoni e evitar a esquistossomose, seria necessário que seu ciclo fosse interrompido, o que poderia ser feito através da destruição dos caramujos hospedeiros no ambiente, eliminação do verme no organismo humano, impedindo-se a penetração das larvas nos seres humanos não permitindo que os ovos do verme contaminassem a água. E para eliminá-la do organismo humano, são utilizadas drogas que apresentam os seguintes constituintes químicos: oxamniquine, praziquantel e metrifonato, que são eficazes e largamente usadas nas áreas endêmicas (NEVES, 1984; VIEIRA, 1992). Entretanto, algumas cepas de S. mansoni vêm resistindo à ação destas drogas (fig. 02), o que têm atraído a atenção de pesquisadores de todos os continentes (DIAS & GONÇALVES, 1992).

O estudo foi baseado no trabalho de Andrade (2010), que realizou a

investigação da presença e contaminação de moluscos do gênero

Biomphalaria no Córrego Santo Estevão da região central do município de

Iapu, Minas Gerais.

(16)

16

Figura 02: Ciclo da Esquitossomose. Fonte:www.sobiologia.com.br

(17)

17 2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Realizar um levantamento quantitativo de caramujo do gênero Biomphalaria em dois locais diferentes: córrego do centro universitário São Lucas e no Canal da Avenida Jorge Teixeira, áreas centrais no Município de Porto Velho, Rondônia.

2.2 ESPECÍFICO

 Verificar a presença de moluscos Biumphalaria em três pontos diferentes do córrego do Centro Universitário UnSL de Porto Velho, RO;

 Investigar a presença no Canal da Avenida Jorge Teixeira de Porto Velho, RO;

 Analisar os moluscos em laboratório e identificar a presença do verme miracídio;

 Comparar a porcentagem de espécimes contaminadas.

(18)

18 3 MATERIAL E MÉTODO.

3.1 Área de Estudo – Rondônia.

Porto Velho é um município brasileiro e capital do estado de Rondônia (fig. 03). Situada na margem à leste do Rio Madeira, na Região Norte do Brasil. Foi fundada pela empresa americana Madeira Mamoré Railway Company em 4 de julho de 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, comandada pelo magnata norte-americano Percival Farquhar. Porto Velho possui atualmente uma população de 511.219 habitantes (Estimativa IBGE 2016).

Em termos econômicos, a cidade detém o quarto maior PIB da Região Norte, depois de Manaus, Belém e Parauapebas, além de ser atualmente a capital estadual que mais cresce economicamente no país, com crescimento do PIB em 30,2% no ano de 2009. Em 2010, o PIB de Porto Velho foi estimado em R$7,5 bilhões, segundo o IBGE, respondendo por cerca de 1/3 do PIB de Rondônia naquele anos. A capital rondoniense se localiza na parte oeste da Região Norte do Brasil, na área abrangida pela Amazônia Ocidental no Planalto Sul-Amazônico, uma das parcelas do Planalto Central Brasileiro (GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA, 2016).

Porto Velho possui um tropical super-úmido, de transição entre

clima semiúmido da Região Centro-Oeste e o equatorial predominante na

Região Norte. O índice pluviométrico anual é superior a 2 000 mm/ano,

concentrados entre os meses de verão, sendo janeiro o mês de maior

precipitação (321 mm). O período da estação seca dura cinco meses

aproximadamente, e ocorre de maio a outubro (INMET, 2015). As precipitações

ocorrem principalmente sob a forma de chuva, e em raras ocasiões de granizo

(INMET,2015), podendo vir acompanhadas de raios e trovoadas (PINHEIRO,

2015) e ainda ser de forte intensidade. (DE OLHO NO TEMPO, 2015). Com

quase 2 000 horas de sol por ano, (INMET,2015), a umidade do ar é

relativamente elevada durante o ano, com médias mensais acima dos 80%, e a

média anual de 86%. (INMET, 2014).

(19)

19 A amplitude térmica é baixa, com temperatura média anual de 25°C.

Entre maio e setembro, massas de ar polares que chegam ao sul da Amazônia atingem Porto Velho e derrubam as temperaturas, muitas vezes para baixo de 18°C, causando o fenômeno da friagem. (INMET, 2015). Contudo, dentro dessa mesma época, nos meses de agosto e setembro também são registrados as maiores temperaturas do ano, chegando próximo ou ultrapassando a marca de 35°C, e a umidade do ar também pode ficar abaixo dos 30% ou até mesmo dos 20%. (CLIMA TEMPO, 2015), bem baixo do ideal estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, que é de 60%.

Segundos dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período entre 1961 a 2008, a menor temperatura registrada em Porto Velho foi de 7,4°C em julho de 1975, (INMET, 2015) e a maior atingiu 40,9°C em 16 de agosto de 1969. (INMET, 2015). O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 157,6 mm em 15 de outubro de 1979. (INMET, 2015). O menor índice de umidade relativa do ar foi de 19%, em 3 de julho de 1979. (INMET, 2015).

E neste estado, foi selecionado dois bairros; Areal e Abunã, distintos do município para amostragem neste estudo (fig. 04).

Figura 03: Mapa do Estado de Rondônia, em destaque Porto Velho. Fonte: Guiageo –

Guia Geográfico 2016.

(20)

20

Figura 04:

Mapa da capital Porto Velho, Rondônia. Ponto A de amostragem Centro Universitário UnSL e Ponto B córrego da Av. Jorge Teixeira. Fonte: Google Earth 2016.

3.2 Metodologia

O Estudo foi realizado na área central de Porto Velho (Fig. 04), onde foram coletados os caramujos por meio manual com auxílio de pinças e potes. Foram selecionados 3 pontos de coleta no trecho do córrego que atravessa o Centro universitário UnSL, onde foram realizadas 3 coletas uma em cada ponto, durante dois dias na semana, o que foi levado em consideração o número maior de presença dos caramujos, como também relatos antigos de que ali havia a presença deles; e no Canal da Avenida Jorge Teixeira, foi feita uma única coleta no trecho da Avenida com a Abunã, com o objetivo de verificar a possível presença de caramujos contaminados com o Protozoário miracídio ou cercaria.

A técnica foi feita com o auxílio de luva e pequenos recipientes de plásticos para condicionar os moluscos (caramujos), para serem transportados ao Laboratório de zoologia do Centro Universitário São Lucas, onde foram processados.

A

B

(21)

21 Após a coleta dos moluscos foram levados ao laboratório onde foi separado uma placa de petri e foi adicionado um pouco de água fervida, na qual a parte do ânus dos caramujos eram submersos um por um com a ajuda da pinça. Logo após foi retirado sua casca para remover o seu corpo, em seguida eram posto em cima da lâmina na qual se adicionava uma gota de água e era coberto por uma lamínula, desta forma foram preparadas várias lâminas.

Depois desse processo de preparação, as lâminas foram levadas para

serem observadas por meio de um microscópio para ver se possuíam a

presença do protozoário miracídio ou a cercaria no seu interior. (MARCOS,

2014).

(22)

22 4 RESULTADO E DISCUSSÃO

Dentro da extensão do córrego do Centro Universitário São Lucas e do Canal da Avenida Jorge Teixeira, onde o presente trabalho foi realizado, dos 3 pontos de coletas foram coletados ao total 45 caramujos; no trecho do canal da Jorge Teixeira foram coletados 15 caramujos respectivamente.

Tabela 01: Dados das Coletas com os Resultados Analisados dos 60 caramujos dos quatro pontos de Porto Velho, Rondônia.

Local da Coleta

Quant. De Caramujos Coletados e

analisados

Quant. De Caramujo Infectados

Quant. De Caramujos Infectados por área Margem do Córrego

Unsl

20 0 0

Início do Córrego Unsl

20 0 0

Centro do Córrego Unsl

5 0 0

Margem do Canal Jorge Teixeira

15 0 0

.

Através da análise da tabela pode-se verificar uma grande variação nas quantidades de caramujos coletados nos dois bairros, o que pode estar associado com a falta da vegetação das margens dos córregos.

As menores quantidades de moluscos coletados foram no centro do córrego da Unsl e na margem do canal da Jorge Teixeira. Isto se dá pela existência de poluição, já que a água encontrava-se escura e densa devido ao acúmulo de lixo.

A margem e início do córrego do Unsl foi o que apresentaram a maior

presença dos moluscos, esta alta concentração pode estar relacionada com a

presença da matéria orgânica e presença da vegetação, o que contribui para a

alimentação e fixação destes moluscos, como relatado por Junior e Santos

(1986). Em comparação ao trabalho de Andrade (2010) tendo um único local

de análise de estudo, onde os moluscos foram coletados também mostrou que

(23)

23 os moluscos não estavam contaminados com o schistossoma mansoni já que não houve a liberação de cercarias durante as análises.

O estudo dos caramujos do gênero Biomphalaria nos remete o quanto é importante para o planejamento do controle da presença destes moluscos como também o controle para a esquistossomose.

Entre os caramujos coletados nas duas áreas no Estado de Rondônia foram notificados 0 casos de caramujos infectados, como ficou demonstrado na análise dos resultados das duas áreas estudadas, portanto nenhum dos 60 caramujos estavam infectados com o verme miracídio ou cercária. A não contaminação do gênero Biomphalaria acontece por apresentarem uma resistência que eles possuem a infecção por miracídios.

4.1 Conclusão

A presença de moluscos do gênero Biomphalaria é muito importante porque isso é um bioindicador do foco de contaminação da esquistossomose, já que há descrição de casos desta e de outras doenças no município de Porto Velho, a ocorrência do gênero Biomphalaria é muito perigosa para o municípip de Porto Velho, já que o Biomphalaria glabrata tem a maior probabilidade da transmissão da esquistossomose.

Com essa presença de caramujos do gênero Biomphalaria mostra os

possíveis pontos que no futuro pode haver os focos de contaminação e que o

município de Porto Velho deveria fazer a investigação destes locais como

outros para apresentarem medidas preventivas para manter o controle destes

moluscos, mesmo com que os caramujos coletados nos dois córregos não se

encontravam contaminados.

(24)

24 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências

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