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Avaliação do equilíbrio e do medo de quedas em idosos antes e após a cirurgia de catarata senil

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Academic year: 2017

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu

em

Gerontologia

AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DO MEDO DE

QUEDAS EM IDOSOS ANTES E APÓS A CIRURGIA

DE CATARATA SENIL

Autora: Sarah Brandão Pinheiro

Orientadora: Dr

a

. Carmen Jansen Cárdenas

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AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DO MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS ANTES E APÓS A CIRURGIA DE CATARATA SENIL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção de Título de Mestre em Gerontologia.

Orientadora: Drª. Carmen Jansen Cárdenas

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Dissertação de autoria de Sarah Brandão Pinheiro, intitulada “AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO E DO MEDO DE QUEDAS EM IDOSOS ANTES E APÓS A CIRURGIA DE CATARATA SENIL”, apresentada como pré-requisito para obtenção do grau de Mestre em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, em 11 de agosto de 2014, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

Prof.ª Drª. Carmen Jansen Cárdenas Orientadora

Pós-graduação em Gerontologia – UCB

Prof. Dr. Vicente Paulo Alves Pós-graduação em Gerontologia – UCB

Prof. Dr. Wagner Rodrigues Martins UnB Ceilândia

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Dedico este trabalho ao meu esposo Vinícius, pelo incansável incentivo; e aos meus pais, Prof. Reitor Dr. PhDD Átila Brandão e Dra Mailde Brandão,

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Ao Mestre dos mestres, Jesus Cristo, por ter me ensinado, desde minha tenra idade, seus preceitos de sabedoria, amor ao próximo e dignidade humana.

Ao meu esposo e filhos, por ter me acolhido amorosamente mesmo em momentos sacrificantes de distanciamento para desenvolver e finalizar este trabalho.

Aos meus pais e irmãos, pelos incentivos e estímulos ante aos momentos de intempéries.

À minha sogra, Fátima, pelo forte encorajamento nos momentos finais do curso.

À minha orientadora, Profa. Carmen Jansen Cárdenas, pela disponibilidade,

carinho e respeito humano.

Ao diretor, Prof. Vicente Paulo Alves e, ao secretário, Alisson Alan Alves, que me deram todo o suporte necessário para a concretização e realização desse momento.

Ao Dr. Leonardo Akaishi, por ter acreditado nesse estudo e disponibilizado, em confiança, seus pacientes para a realização da pesquisa.

Às professoras Karla Helena Vilaça, Gislane Melo e Rute Losada pelo cuidado nas correções e prestatividade na qualificação desse estudo.

Às minhas supervisoras do Estágio Supervisionado de Fisioterapia Geriátrica e Gerontológica (UNIP) e estudantes: Karla Ferrari, Marina Dutra e Camila Alves, pela cooperação e ajuda durante a coleta de dados.

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“Esforço-me para que aqueles sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em amor e alcancem toda a riqueza do pleno entendimento, a fim de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele, estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.”

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idosos antes e após a cirurgia de catarata senil. 2014. 78 fls. Dissertação de Mestrado em Gerontologia – Universidade Católica de Brasília, Brasília/DF, 2014.

Introdução: A prevalência de desequilíbrios e de quedas em idosos tem persistido nas últimas décadas devido a fatores do envelhecimento populacional. O estudo da capacidade visual é de grande relevância, sobretudo nas manifestações das cataratas senis, e suas implicações sobre os desequilíbrios corporais que podem comprometer o controle estático e dinâmico desses idosos. Objetivos: Avaliar a influência das condições visuais em pacientes que apresentam catarata senil em relação aos seus desequilíbrios corporais, e compará-los com gênero, idade, escolaridade, prática de atividade física, quedas e medo de cair. Método: Foi realizado um estudo descritivo e analítico por meio de uma pesquisa quantitativa de coorte longitudinal. O programa de análise estatística empregado foi o teste qui-quadrado ou exato de Fisher, o teste de Student e o teste de Mann-Whitney. Foram considerados significantes valores de p<0,05. Participaram do estudo 30 idosos, 15 homens e 15 mulheres os quais foram avaliados antes da cirurgia de catarata senil, 30 e 60 dias após a cirurgia. Utilizou-se para coleta de dados, o Mini Exame do Estado mental (MEEM), a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), o Short Physical Performance Battery (SPPB), a Escala Internacional de Eficácia de Quedas adaptada ao Brasil (FES-I-BRASIL) e questionário da anamnese. Resultados e Discussão: Das 15 idosas, pelo SPPB, após 60 dias de pós-operatório, observou-se que 13 idosas (87%) conseguiram obter um desempenho moderado e 2 (13%) mantiveram um baixo desempenho de MMII. Avaliando o teste FES-I-BRASIL, observou-se que em 60 dias de pós-cirúrgico, 3 (20%) idosas mantiveram leve preocupação com as quedas. Dos 15 idosos avaliados pela EEB, antes e após 30 e 60 dias de cirurgia, observou-se que 1 (7%), conseguiu manter algum equilíbrio, mas precisa de assistência; e 14 (93%) idosos mantiveram um bom equilíbrio ou são independentes para AVD. Avaliando o teste SPPB, observou-se que após 60 dias de cirurgia, 5 idosos (33%) tiveram um desempenho moderado e 9 (67%) um bom resultado do SPPB. Conclusão: A cirurgia de catarata senil oferece melhora no desempenho funcional de MMII, no equilíbrio e no medo de quedas em idosos funcionando como uma ferramenta importante para a prevenção de desequilíbrios e redução do risco de quedas, comuns no processo fisiológico do envelhecimento.

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Introduction: The prevalence of imbalance and falls in the elderly has persisted in recent decades due to factors in the aging population. The study of visual ability is of great importance, especially in the manifestations of senile cataracts, and their implications on body imbalances that can compromise the static and dynamic control of the elderly. Objectives: To evaluate the influence of visual conditions in patients with senile cataract with increasing imbalances in the body, and compare them with gender, age, education, physical activity, falls and fear of falling. Methodology: A descriptive and analytical study using a quantitative longitudinal cohort study was conducted. The statistical analysis program used was the chi-square or Fisher's exact test, the Student test and the Mann-Whitney test. Values of p <0.05 were considered. The study included 30 individuals, 15 men and 15 women, were evaluated before surgery for senile cataract, 30 and 60 days after surgery. Were used for data collection, the Mini Mental State Examination (MMSE), the Berg Balance Scale (BBS), the Short Physical Performance Battery (SPPB), International Falls Efficacy Scale adapted to Brazil (FES-I-BRAZIL) and medical history questionnaire. Results and Discussion: Of the 15 elderly women, by SPPB, after 60 days postoperatively, it was noted that 13 women (87%) have achieved a moderate performance and 2 (13%) remained poor performance of lower limbs. Assessing the FES-I-BRAZIL test, it was observed that after 60 days post-surgery, 3 (20%) elderly remained mild concern with falls. Of the 15 elderly men subjects evaluated by BBS test, before and after 30 and 60 days after surgery, it was observed that 1 (7%), manages to maintain some balance but needed assistance; and 14 (93%) seniors have maintained a good balance or are independent for Daily Life Activity (DLA). Evaluating the SPPB test, it was observed that 60 days after surgery, the elderly 5 (33%) had moderate performance and 9 (67%), good results SPPB. Conclusion: The senile cataract surgery can offer positive prevented effects on the performace of inferior members, balance and fear of falling in elderly functioning as an important tool for preventing unbalance and reducing the risk of falls, common in the physiological process of aging.

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Figura 1. Anatomia Óptica ... 20

Figura 2. Escala de Snellen ... 21

Figura 3. Fluxograma do Estudo ... 29

Quadro 1 – Características no basal dos participantes do estudo ... 34

Gráfico 1. Análise do efeito antes e após a cirurgia ocular sobre os parâmetros de equilíbrio estático e dinâmico (teste EBB) por grupo de idosos...37

Gráfico 2. Análise do efeito antes e após a cirurgia ocular sobre os parâmetros de desempenho dos MMII (teste SPPB) por grupo de idosos...38

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AVD Atividades da Vida Diária

AIVD Atividades Instrumentais de Vida Diária CBO Conselho Brasileiro de Oftalmologia

CIF Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde CNS Conselho Nacional de Saúde

EEB Escala de Equilíbrio de Berg ICB Instituto de Catarata de Brasília FES-I Falls Efficacy Scale-International MEEM Mini Exame do Estado Mental MMII Membros Inferiores

OMS Organização Mundial da Saúde SNC Sistema Nervoso Central

SPPB Short Physical Performance Battery

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1 INTRODUÇÃO ... 15

2 OBJETIVOS ... 18

2.1 Objetivos Gerais ... 18

2.1 Objetivos Específicos... 18

3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19

3.1 Envelhecimento e Acuidade Visual ... 19

3.2 Catarata Senil ... 22

3.3 Envelhecimento e Alteração do Equilíbrio ... 23

3.4 Aspectos Relacionais entre Acuidade Visual e Equilíbrio ... 24

3.5 Causas e Complicações de Quedas em Idosos ... 25

4 MATERIAIS E MÉTODOS ... 27

4.1 Tipos de Estudo ... 27

4.2 Aspectos Éticos...27

4.3 Local do Estudo ... 27

4.4 Pacientes e Casuística ... 28

4.5 Procedimentos de Avaliação ... 30

4.6 Análise Estatística ... 32

4.7 Descrição dos Riscos e Benefícios ... 33

5 RESULTADOS ... 34

6 DISCUSSÃO ... 40

7 CONCLUSÃO ... 44

REFERÊNCIAS ... 45

APÊNDICES ... 50

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre Esclarecido ... 50

APÊNDICE B – Ficha Clínica ... 51

APÊNDICE C – Artigo Científico...52

ANEXOS ... 65

ANEXO A – Mini Exame do Estado Mental (MEEM) ... 65

ANEXO B – Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) ... 66

ANEXO C –Short Physical Performance Battery (SPPB) ... 71

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1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo biológico e universal. Na maior parte dos seres vivos, e em particular nos seres humanos, este processo não permite definições fáceis, não se resumindo a uma simples passagem do tempo, sendo um processo dinâmico, progressivo e irreversível, caracterizado por manifestações variadas nos campos biológicos, psíquicos e sociais, que ocorrem ao longo de um período de vida dos indivíduos (FREITAS et al., 2002; MOTTA, 2002; REBELATTO JR et al., 2010).

Nesse contexto, sabe-se que a longevidade é uma realidade que muitas vezes vem acompanhada de perdas que vão ocorrendo ao longo da vida. Um dos primeiros sistemas a sofrer o impacto do envelhecimento fisiológico é o sistema sensorial e, particularmente, o visual. Idosos com baixa acuidade visual tendem a apresentar déficit de controle postural, comprometimento funcional e maior risco de quedas (MENEZES; BACHION, 2012).

O funcionamento do sistema visual tem a função de informar ao Sistema Nervoso Central (SNC) dados sobre a posição e o movimento de partes do corpo em relação aos objetos circundantes do ambiente físico, incluindo objetos ou pessoas que estão em movimento. O sistema visual, portanto, passa informações sobre um ambiente tridimensional dinâmico, envolvendo a percepção do autodeslocamento. Com o envelhecimento, o sistema visual sofre uma série de mudanças, como a diminuição da acuidade e do campo visual, diminuição da sensibilidade ao contraste, redução da adaptação ao escuro, alterações na absorção da luz e na percepção da profundidade (PERRACINI; FLÓ, 2011).

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respectivas imagens sobre a retina (BICAS, 2002). É o valor ideal que, sozinho, caracteriza perda visual, sendo utilizado como critério para definir o comprometimento visual pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2010).

Dentre as causas da perda da acuidade visual têm-se a catarata, o maior fator etiológico de cegueira e de diminuição da acuidade visual no mundo, responsável por aproximadamente 50% dos casos existentes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento (TEMPORINI et al., 2002), levando a uma diminuição da acuidade visual, na sensibilidade ao contraste e na percepção de cor (TIDEIKSAAR, 2003).

Por outro lado, a catarata é uma condição que pode ser facilmente tratada de forma segura. A cirurgia por modulação de ultrassom, rendeu ultimamente grandes benefícios à prática oftalmológica, e também aos pacientes. A remoção da catarata é executada perfeitamente com incisões precisas no cristalino gerando ao cirurgião alto nível de confiança e reprodutibilidade (ALIÓ; RODRÍGUEZ-PRATS, 2007).

Vários estudos apontam para uma relação estreita entre déficits visuais, desequilíbrios, quedas e fraturas de quadril em idosos (LORD; SMITH; MENANT, 2010). Esta patologia – a catarata - leva à diminuição de percepção, de superfícies, de profundidade, de localização, de distância, de posições do corpo e de contraste, afetando assim a mobilidade e a habilidade de manter o controle postural dos idosos. A habilidade em manter o equilíbrio e o controle postural é importante para um desempenho funcional adequado nas atividades de vida diária (AVD) de qualquer indivíduo. Os idosos com déficit de equilíbrio têm maior probabilidade de sofrer quedas e suas consequências (MACEDO et al., 2012).

Estima-se que a prevalência de queixas de desequilíbrio na população acima de 65 anos chegue a 85%, estando associada a várias etiologias, tais como: degeneração do sistema vestibular; diminuição da acuidade visual; da capacidade de acomodar a visão e da perseguição uniforme, isto é, do movimento de rastreamento dos olhos à medida que seguem objetos em movimento; alterações proprioceptivas; déficits musculoesqueléticos, entre eles a sarcopenia; hipotensão postural; atrofia cerebelar; diminuição do mecanismo de atenção e tempo de reação. Essas condições contribuem para as alterações do equilíbrio em indivíduos idosos e, consequentemente, favorecem as quedas. (FIGUEIREDO; LIMA; GUERRA, 2007).

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assim como as histórias prévias de quedas têm sido apontadas como fatores de risco para idosos que vivem na comunidade (TINETTI et al., 1993).

Atualmente, as fraturas decorrentes de quedas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes acidentais em pessoas acima de 75 anos (FULLER, 2000). A identificação precisa da causa do desequilíbrio deve envolver uma avaliação clínica direcionada à queixa do paciente, doenças associadas, bem como uma avaliação integral dos sistemas envolvidos no equilíbrio e suas eventuais limitações (SIMOCELI et al., 2003).

Nesse sentido, tendo em vista que a catarata pode alterar o equilíbrio e levar a quedas, e sabendo-se que a cirurgia ocular pode ser uma alternativa eficiente para os indivíduos idosos, melhorando significativamente os seus parâmetros físicos e funcionais, é importante a realização de estudos voltados para avaliar a performance dos MMII, equilíbrio postural e o medo de quedas antes e após a cirurgia de correção de catarata senil.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

 Avaliar o equilíbrio e o medo de quedas em homens e mulheres idosos com catarata senil antes e após a realização da cirurgia ocular.

2.2 Objetivos Específicos

 Comparar o equilíbrio estático e dinâmico dos idosos e das idosas com catarata senil, por meio da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB), antes e após à cirurgia óptica;

 Comparar a performance funcional através do desempenho muscular dos membros inferiores (MMII) dos idosos e das idosas com catarata senil por meio do instrumento Short Physical Performance Battery (SPPB), antes e após à cirurgia ocular;

 Comparar o medo de quedas dos idosos e das idosas com catarata senil pela Escala Internacional de Eficácia de Quedas no Brasil ou Falls Efficacy

Scale-International - Brazil (FES-I-BRASIL), antes e após à cirurgia ocular;

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

A longevidade é uma realidade que muitas vezes vem acompanhada de perdas que vão ocorrendo ao longo da vida. Um dos primeiros sistemas a sofrer o impacto do envelhecimento fisiológico é o sistema sensorial e, particularmente, o visual.

3.1 Envelhecimento e Acuidade Visual

O processo de envelhecimento é de natureza multifatorial e, dependendo das alterações genéticas, celulares e moleculares, esse processo pode ser acelerado ou desacelerado. Como é um fenômeno biológico normal na vida de todos os seres vivos, esse processo não deve ser considerado doença. Apesar de as doenças crônico-degenerativas acometerem os indivíduos ao longo de suas vidas, elas não seguem a mesma linha de inexorabilidade (FREITAS et al., 2002).

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Figura 1 - Anatomia Óptica

Fonte: Brant e Uechi (2013)

À medida que a pessoa envelhece o sistema visual também envelhece, o cristalino, por exemplo, aumenta e se espessa, tornando-se menos elástico, em parte devido à desnaturação progressiva das proteínas do cristalino. Portanto, a capacidade do cristalino de mudar de forma gradativamente diminui com a idade. O poder de acomodação diminui cerca de 14 dioptrias - capacidade de um meio transparente de modificar o trajeto da luz. Daí por diante, o cristalino é totalmente incapaz de se acomodar, situação conhecida como presbiopsia ou também chamada popularmente de “vista cansada”. Ainda, os reflexos que ajudam a aumentar e diminuir a quantidade de luz que entra no olho pela pupila se tornam deficientes e prejudica a refração ocular (GUYTON; HALL, 2011).

As células ópticas, cones e bastonetes, responsáveis pela visão diurna e noturna, tornam-se menos eficazes e funcionalmente mais lentas, prejudicando a qualidade cromática e tridimensional. Mesmo assim, a relação neurológica de passagem de informação, através dos nervos ópticos, para o SNC torna-se menos vigorosa e propícia à disfunção (IBID, 2011).

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(optótipos). Ela se exprime pelo inverso do ângulo mínimo sob o qual ainda se reconhecem dois elementos distintos de um teste-mínimo separável. A acuidade igual a 1 (ou 20/20) é aquela que permite distinguir dois elementos cuja separação subentende um ângulo de 1 minuto de arco.

Há várias escalas para avaliar a acuidade da visão à distância, entre elas existe a Escala de Monoyer e a Escala de Snellen (Figura 2). Essas escalas contém letras, números ou figuras de tamanhos correspondente à distância para que foram construídas. Se a uma distância de 5 metros puder ser lida, a acuidade visual é igual a 1; mas se nessa distância, o indivíduo só lê a prevista para 5m, sua acuidade é 5/20 ou 0,10. Para a acuidade de curta distância, há escalas (como a de Parinaud) compostas de parágrafos de texto impresso, de tamanho decrescente. A acuidade visual também pode ser avaliada em relação à luminosidade e às cores (REY, 2012).

Figura 2 - Escala de Snellen

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3.2 Catarata Senil

A catarata é uma anormalidade ocular comum, que ocorre, sobretudo, em pessoas mais idosas. A catarata é constituída por uma área ou áreas nubladas e opacas do cristalino. No estágio inicial da formação da catarata, as proteínas em algumas das fibras do cristalino tornam-se desnaturadas. Mais tarde, estas proteínas coagulam, por lesão do cristalino, e formam áreas opacas no lugar das fibras de proteína transparentes normais (GUYTON; HALL, 2011).

A catarata prejudica a transmissão da luz de forma intensa prejudicando seriamente a visão. Tal situação pode ser corrigida pela remoção cirúrgica do cristalino. Quando isto é feito, o olho perde grande parte do seu poder de refração, que tem que ser substituído por uma poderosa lente convexa ou um cristalino artificial. Nesta patologia, por exemplo, a percepção de profundidade do indivíduo fica acometia, ou seja, três características importantes da visão entram em disfunção: a percepção de distância através do tamanho da imagem de objetos conhecidos sobre a retina; a paralaxe de movimento (distâncias relativas de diferentes objetos); e o fenômeno de esteropsia (capacidade dos dois olhos julgarem as distâncias relativas de um objeto) (IBID, 2011).

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) existem vários tipos de anomalias do cristalino como a catarata infantil, catarata zonular, catarata polar, catarata total, catarata membranosa, catarata senil, entre outras. Na catarata senil, o cristalino aumenta em volume e tamanho ao longo da vida desde o nascimento, além de mudar sua coloração naturalmente para amarelado e próximo do marrom com o envelhecimento. Suas fibras se tornam também mais duras e compactas, levando a alterações como esclerose nuclear e presbiopia. Estas alterações são consideradas normais no processo de envelhecimento (CBO, 2008).

A prevalência de catarata se modifica conforme a idade e região estudada, aumentando com o envelhecimento. Por exemplo, na Índia e outros países tropicais o aparecimento da catarata é mais precoce, ao passo que em países de clima temperado, como a Noruega e Suécia, o seu desenvolvimento é mais frequente na população mais idosa (IBID, 2008).

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ultravioleta, o álcool exagerado, e o mecanismo de oxidação advindo do envelhecimento (DELCOURT et al., 2000).

A catarata representa cerca de 40% dos casos de deficiência visual no mundo, e o único tratamento é cirúrgico. A cegueira por catarata incapacita o indivíduo, aumenta sua dependência, reduz sua condição social, a autoridade na família e comunidade, bem como o aposenta precocemente (ALVES; KARA, 1996).

Estudo recente, realizado na Turquia, sugere que a restauração da visão pela cirurgia de catarata produz benefícios econômicos e sociais para a família, para o indivíduo e sociedade (DURMUS et al., 2011). Estudo realizado também na Índia mostrou que indivíduos operados de catarata aumentaram sua produtividade anual em cerca de 1500% em detrimento do valor do custo da cirurgia (CBO, 2008).

Outros estudos que abordam o uso da cirurgia óptica em casos como glaucoma (BLACK; WOOD, 2005) e maculopatia (WOOD et al., 2009) comprovam a eficiência da cirurgia em relação à estabilidade postural e à marcha.

3.3 Envelhecimento e Alteração do Equilíbrio

As alterações do equilíbrio corporal, clinicamente caracterizadas como tontura, vertigem, desequilíbrio e queda, estão entre as queixas mais comuns da população idosa e constituem um problema de saúde de grande relevância (CBO, 2008).

O comprometimento do equilíbrio nos indivíduos idosos é decorrente de alterações associadas a várias doenças crônico-degenerativas, frequentes em faixas etárias mais avançadas, assim como as alterações relacionadas à idade sobre os sistemas sensório-motor, envolvidos no controle postural (PERRACINI; FLÓ, 2011).

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Desse modo, como afirma os autores supracitados nesse último parágrafo, a identificação precisa da causa do desequilíbrio deve envolver uma avaliação clínica direcionada à queixa do paciente, doenças associadas, bem como uma avaliação integral dos sistemas envolvidos no equilíbrio corporal e suas eventuais limitações.

3.4 Aspectos Relacionais entre Acuidade Visual e Equilíbrio

Equilíbrio, segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF, 2004), descreve a função visual e a função vestibular, que envolve as funções sensoriais do ouvido interno relacionadas à posição, ao equilíbrio e ao movimento, e inclui as funções de posição de sentido, função de equilíbrio do corpo e do movimento. Está igualmente relacionada à função proprioceptiva, incluindo estatestesia e cinestesia, ou seja, a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo em situação estática ou dinâmica, e as sensações dos músculos e funções de movimento. Essas funções permitirão a execução de tarefas que incluem: mudar a posição básica do corpo, manter a posição do corpo, transferir a própria posição, andar e mover-se. Vários outros termos são usados para descrever o equilíbrio: estabilidade, instabilidade, desequilíbrio, oscilação corporal, entre outros.

A perda ou redução da visão pode interferir no equilíbrio do idoso, desde seus efeitos no sistema labirinto-vestibular até sua resposta no sistema visual. A habilidade de manter a oscilação e controle postural é importante para um desempenho funcional adequado nas AVD. A diminuição do equilíbrio com a idade é mencionada de suma importância na literatura, pois pacientes idosos com déficit de equilíbrio tem maior probabilidade a quedas e suas consequências (MACEDO et al., 2012).

Um estudo realizado com 306 idosas demonstrou que a baixa acuidade visual aumenta o risco de quedas anualmente. Os autores comprovaram que mesmo a cirurgia de catarata senil de apenas um olho melhoraram efetivamente o equilíbrio e o número de quedas da amostra, reduzindo o risco de fraturas e aprimorando a função visual e a saúde global das pacientes (HARWOOD et al., 2004).

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independência funcional, reduzindo sua interação social, qualidade de vida e aumentando a prevalência de depressão, desequilíbrios e quedas. Os autores alertaram a comunidade científica que muitos problemas relacionados à baixa visão em idosos são passíveis de correção, através do uso de órteses e da extração da catarata (MACEDO et al., 2008).

Além disso, conforme afirma Borges (2010), idosos com baixa visão de ambos os sexos apresentam maior dificuldade para realizar as Atividades de Vida Diária (AVD) e as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), tais como procurar um telefone na lista telefônica, fazer uma comida em pé por muito tempo, ajudar nos deveres de casa dos netos, entre outras. Admitiu-se que a visão tem um importante papel para independência funcional por gerar um grande impacto, também, sobre o equilíbrio; resultando em declínio na habilidade de desempenhar tarefas rotineiras essenciais para os indivíduos viverem diariamente.

3.5 Causas e Complicações de Quedas em Idosos

Conforme afirma Guimarães (2004), as quedas entre pessoas idosas constituem um dos principais problemas clínicos e de Saúde Pública devido a sua alta incidência, às consequentes complicações para a saúde do indivíduo e aos custos assistenciais envolvidos.

Nesse contexto, os fatores determinantes de quedas na população geriátrica podem ser de natureza intrínseca (relacionados com a própria pessoa) ou de natureza extrínseca (relacionados com o ambiente e com práticas de risco) (PEREIRA; FERNANDES; MIGUEL, 2010).

Os fatores intrínsecos incluem alterações fisiológicas relacionadas com o envelhecimento, doenças e efeitos causados pelo uso de fármacos, onde pode-se destacar: diminuição da visão e da audição, marcha senil, diminuição da capacidade funcional, aumento da incidência de condições patológicas. Já os fatores extrínsecos incluem: iluminação inadequada, superfícies escorregadias, tapetes soltos ou com dobras, degraus altos ou estreitos, obstáculos no caminho, calçado inadequado, entre outros. (SARAIVA et al., 2008 apud ALMEIDA, 2012).

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e social que muito afetam o bem estar e a qualidade de vida, principalmente de indivíduos idosos.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Tipo de Estudo

Foi realizado um estudo descritivo e analítico por meio de uma pesquisa com abordagem quantitativa de coorte longitudinal.

4.2 Aspectos Éticos

A pesquisa foi submetida à apreciação do Comitê de Ética da Universidade Católica de Brasília (UCB), de acordo com a determinação do parecer nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS), projeto de pesquisa tipo P, em situação aprovada (CAAE 108221513.9.0000.0029). Os voluntários receberam informações detalhadas a respeito dos objetivos e procedimentos do trabalho e participaram do estudo após assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (APÊNDICE A).

4.3 Local do Estudo

O campo de pesquisa para a realização do estudo foi o Instituto de Catarata de Brasília (ICB), localizado no SEP/S – EQ 715/915 Sul, Conjunto A, Bloco C, Asa Sul, Brasília, Distrito Federal.

O ICB é uma instituição particular, que possui um centro de referência de atendimento de pacientes com cataratas, especialmente em idosos. Possui uma estrutura composta de oito consultórios e um centro cirúrgico, salas de exames com aparelhos modernos e médicos especializados no tratamento de glaucoma, doenças da córnea, transplantes e cirurgias de catarata, com uma média de atendimento de 200 pacientes por mês.

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4.4 Pacientes e Casuística

A seleção da amostra foi feita por inquérito transversal, observacional e individualizado, levando-se em consideração a disponibilidade do indivíduo em participar do estudo. Foi realizado um convite para que os idosos enquadrados nos critérios de inclusão, e que procuravam o ICB para tratamento da catarata, participassem do estudo.

A amostra foi selecionada por conveniência e constituída por 30 idosos, portadores de catarata senil bilateral pura e mista, diagnosticada clinicamente por um médico oftalmologista do ICB e sem tratamento cirúrgico prévio. Houve um cálculo estatístico para definir o tamanho da amostra com base em estudos previamente realizados (MACEDO et al., 2012).

Foi realizado um estudo piloto com 4 idosos e 6 idosas, que objetivou calibrar o protocolo e ajustar os instrumentos.

Utilizou-se como critério de inclusão, no estudo, indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com catarata senil, que apresentassem condições físicas que permitiam a realização das avaliações propostas - paciente capaz de realizar suas atividades de vida diária sem assistência.

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Figura 3 - Fluxograma do Estudo

1 MEEN: Mini Exame do Estado Mental 2 EEB: Escala de Equilíbrio de Berg 3 SPPB: Short Physical Performace Battery 4 FES-I-BRASIL: Falls Efficacy Scale-International 5 Anamnese

30 pacientes idosos com catarata bilateral mista e pura

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: *Pacientes com diagnóstico de

catarata senil bilateral; *Idade ≥ 60 anos;

*Pacientes de ambos os gêneros; *Pacientes com mobilidade funcional

e cognitivo preservados; *Assinar a declaração de consentimento para a participação na

pesquisa e demonstrar.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

PRÉ-CIRÚRGICA: *Entrevista; *Ficha Clínica (Apêndice B); *Aplicação dos testes MEEN1,, EEB2,

SPPB3, FES-I-BRASIL4.

PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO

PÓS-CIRURUGICA: *Aplicação de testes após 30 e 60 dias pós-operatório: testes EEB2,

SPPB3, FES-I-BRASIL4,

Anamnese5.

*Análise dos resultados.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: *Pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular nos

últimos 3 meses; *Incapacidade de caminhar;

*Instabilidade cardiorespiratória; *Mobilidade limitada;

*Cognitivo alterado; *Apresentar doenças

crônico-degenerativas;

*Uso de fármacos que podem provocar desequilíbrios.

*Apareceram: 33

*Excluídos: 3 Recrutamento

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4.5 Procedimentos de Avaliação

Os voluntários foram agendados após passarem por consulta médica e orientados a retornar ao local de estudo para serem reavaliados em mais dois encontros.

No primeiro encontro, foi realizado a primeira avaliação entre 7 dias e 1 dia antes da cirurgia ocular, sendo executado, inicialmente, o Mini Exame do Estado Mental – MEEM (ANEXO A) para avaliar a função cognitiva dos idosos e verificar se estariam aptos a participar do estudo. Logo após a primeira avaliação, os idosos foram avaliados pela Escala de Equilíbrio de Berg – EEB (ANEXO B), desenvolvida por Berg et al. (1992); objetivando avaliar o equilíbrio funcional de indivíduos que apresentam déficit de equilíbrio estático e dinâmico. Traduzida por Miyamoto et al. (2004), é muito utilizada principalmente para determinar os fatores de risco para perda da independência e para quedas em idosos. A escala avalia o equilíbrio em 14 itens comuns à vida diária. Cada item possui uma escala ordinal de cinco alternativas que variam de 0 a 4 pontos, sendo a pontuação máxima, portanto, 56. Os pontos são baseados no tempo em que uma posição pode ser mantida, na distância que o membro superior é capaz de alcançar à frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. Quanto menor a pontuação atingida pelo indivíduo, maior será o seu risco de queda. Porém, a pontuação com o resultado não constituem uma relação linear, pois uma pequena variação nos pontos pode indicar uma grande diferença no risco de quedas. Assim, a escala de Berg encontra-se devidamente adaptada culturalmente para o Brasil (MIYAMOTO et al, 2004).

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zero, quando incapaz; 1, se > 6,52"; 2 se o tempo variou entre 4,66" e 6,52"; 3 entre 3,62" e 4,65" e 4, se tempo < 3,62". Também verificou-se a força muscular dos MMII por meio do tempo que o idoso levou para levantar-se de uma cadeira (de 45 cm e com apoio de braços) com os membros superiores cruzados sobre o peito, repetindo o teste cinco vezes consecutivas. Os escores variaram de acordo com tempo gasto: zero quando incapaz; 1, se > 16,7"; 2 entre 13,7" e 16,69"; 3, tempo entre 11,2" e 13,69" e 4 se tempo < 11,19".

O escore total do SPPB, obtido pela soma das pontuações de cada teste, permite valores entre zero e 12 pontos e representa o desempenho dos MMII dos idosos por meio da seguinte graduação: zero a 3 pontos, quando é incapaz ou mostra desempenho muito ruim; 4 a 6 pontos representa baixo desempenho; 7 a 9 pontos, em caso de moderado desempenho e 10 a 12 pontos, ao apresentar bom desempenho (SPOSITO et al., 2010). Entre cada teste realizado, os voluntários tinham um tempo de 5 minutos de descanso para evitar fadiga muscular.

Finalmente, os idosos foram avaliados pelo Teste FES-I-BRASIL (ANEXO D). A escolha do FES-I-BRASIL como instrumento para medir medo de cair em idosos brasileiros da comunidade fundamentou-se em suas excelentes propriedades de medida, como consistência interna (a-Cronbach = 0,96) e confiabilidade teste-reteste (ICC = 0,96). A FES-I-BRASIL apresenta questões sobre a preocupação com a possibilidade de cair e realizar 16 atividades, com respectivos escores de um a quatro. O escore total pode variar de 16 (ausência de preocupação) a 64 (preocupação extrema), sendo até 16 pontos: ausência de preocupação; até 32: leve preocupação; até 48: preocupação moderada; e, até 64: preocupação extrema (TINETTI; RICHMAN; POWELL, 1995). Todos os testes foram realizados pela pesquisadora responsável e por duas estudantes de pós-graduação lato sensu. As estudantes foram treinadas acompanhando as avaliações da pesquisadora durante uma semana. Os testes eram realizados às segundas, quintas e sextas-feiras pela manhã. O horário das avaliações foi escolhido levando-se em conta a disponibilidade do paciente e da pesquisadora. Mesmo assim, observou-se que no período matutino os pacientes apresentavam-se bem em relação a fatores que influenciam a visão como: luminosidade, sono e aspecto nutricional.

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e após uma média de 7 a 15 dias, realizava a do outro olho), tendo duração aproximada de 30 minutos.

4.6 Análise Estatística

Características no basal, ou os aspectos antes da cirurgia de catarata senil, entre os dois grupos – homens e mulheres idosos - foram comparadas usando-se o teste de qui-quadrado ou exato de Fisher no caso em que as frequências esperadas foram menores que 5, para variáveis qualitativas. E empregou-se o teste de Student para aquelas variáveis quantitativas com distribuição gaussiana ou o teste de Mann-Whitney para aquelas sem distribuição gaussiana. O teste de qui-quadrado ou exato de Fisher foi usado para se avaliar a associação entre ocorrência de medo de queda com atividade física.

Mudanças longitudinais foram testadas, independentemente para cada grupo (idosas e idosos), com o uso de modelos de regressão linear de efeitos mistos com intercepto aleatório, com ajustamento para os valores do basal e idade, para cada uma das variáveis de desfecho (EEB, SPPB e FES-I-BRASIL). Deve-se levar em consideração que o modelo de regressão linear não é um modelo linear comum, mas de efeitos mistos onde se avalia a mudança intra-indivíduo (ao longo do tempo) e entre-indivíduos (para cada gênero). Como a idade é uma variável de confundimento, pois influencia nos efeitos, precisa ser controlada no modelo estatístico mesmo que interfira posteriormente nos resultados. A mudança para cada variável dependente desfecho foi definida como: valores aos 30 dias menos os valores no basal e valores aos 60 dias menos os valores no basal. Considerou-se como variáveis independentes no modelo o efeito do tempo (30 e 60 dias), a idade e como covariável a medida do desfecho no basal. O foco principal da análise consistiu em verificar, para cada desfecho, se os valores médios aos 30 e 60 dias diferem significativamente dos valores médios no basal. Quando o p-valor geral do efeito linear ao longo do tempo foi menor que 0,05, comparações aos 30 e 60 dias em relação ao basal foram testadas. As análises foram realizadas com o emprego do SAS 9.3

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4.7 Descrição dos Riscos e Benefícios

Esta pesquisa apresentou risco de queda ou desequilíbrio durante a execução dos testes. Para evitar tal evento, esta pesquisadora esteve presente ao lado do idoso durante todo o tempo da execução do teste, oferecendo segurança ao mesmo na realização do exame. Para evitar um eventual cansaço do idoso, foi estabelecido um período de descanso de cinco minutos entre cada teste, sendo o idoso encaminhado para o próximo exame somente após o seu pleno restabelecimento.

Felizmente, não foi verificada nenhuma emergência mais grave, como taquicardias, hiperventilação, aumento da pressão arterial, entre outras. Do contrário, a equipe médica do ICB, local em que ocorreu a coleta de dados, poderia ser acionada pela pesquisadora responsável, para que se pudesse prestar a assistência necessária, preservando a integridade física e emocional do idoso.

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5 RESULTADOS

A amostra avaliada foi composta por 30 idosos, sendo 15 mulheres (50%) e 15 homens (50%). No quadro 1, abaixo, observa-se características da amostra antes da cirurgia de catarata senil, ou seja, particularidades no basal dos participantes da pesquisa, dividido em grupo de idosa e grupo de idoso (com seus respectivos valores numéricos e percentuais) e o p-valor (resultado significativo ou não do cálculo estatístico).

Quadro 1 – Características no basal dos participantes do estudo

GRUPO

Variável* Idosa Idoso p-valor

ESCOLARIDADE 0,0176

Fundamental 3 (20,0) 0 (0,0)

Médio 9 (60,0) 5 (33,3)

Superior 3 (20,0) 10 (66,7)

SOFREU QUEDAS? 0,4642

Não 6 (40,0) 8 (53,3)

Sim 9 (60,0) 7 (46,7)

MEDO DE QUEDAS? 0,2557

Não 8 (53,3) 11 (73,3)

Sim 7 (46,7) 4 (26,7)

SOBREPESO/OBESO 0,4561

Não 7 (46,7) 5 (33,3)

Sim 8 (53,3) 10 (66,7)

Idade 65,6 ± 6,6 71,1 ± 6,2 0,0092

EEB 54,7 ± 1,49 52,3 ± 7,8 0,3969

SPPB 6,8 ± 1,5 8,6 ± 1,8 0,0110

FES-I-BRASIL 26,5 ± 9,3 21,3 ± 4,9 0,0354

* Valores expressos em n (%) ou média ± desvio padrão

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desempenho. Avaliando o teste FES-I-BRASIL, observou-se que antes da cirurgia de catarata senil, 4 idosas (27%) obtiveram pontuação entre 32 a 48 pontos, que indica leve preocupação em cair e 11 (73%), obtiveram score entre 16 e 32 pontos, indicando ausência de preocupação com as quedas. Após 30 dias de cirurgia, observou-se que os valores mantiveram-se, ou seja, das 15 idosas, 4 (27%) tiveram leve preocupação em cair e 11 (73%) não tiveram preocupação. Após 60 dias de pós-cirúrgico, observou-se que 3 (20%) idosas mantiveram leve preocupação com as quedas e 12 (80%) não tiveram preocupação alguma. Por fim, sobre a questão de a idosa se sentir completamente feliz com a sua vida, 12 falaram que sim (80%) e 3 que não (20%). Quando questionadas se ouvem música quase que diariamente, 13 idosas responderam sim (86%) e 2 não (14%).

Por conseguinte, observando a diferença entre os gêneros (Tabela 1), dos 15 idosos avaliados através da EEB, antes e após 30 e 60 dias de cirurgia, 1 idoso manteve pontuação entre 21 a 40 pontos (7%), ou seja, esse paciente consegue manter algum equilíbrio, mas precisa de assistência; e 14 (93%), mantiveram pontuação de 41 a 56, que caracterizam indivíduos com bom equilíbrio ou independentes para AVD. Avaliando o teste SPPB, observou-se que antes da cirurgia, 1 idoso (7%) obteve pontuação entre 4 a 6, ou baixo desempenho dos MMII; 10 idosos (67%) obtiveram score entre 7 a 9, que indica desempenho moderado, e 4 idosos (26%) pontuação de 10 a 12, que indica um bom desempenho de MMII. Após 30 dias de cirurgia observou-se que 1 idoso (7%) manteve baixo desempenho de MMII, 9 idosos (60%) tiveram um desempenho moderado e 5 (33%), um bom resultado. Após 60 dias de cirurgia, observou-se que 5 idosos (33%) tiveram um desempenho moderado e 9 (67%), um bom resultado do SPPB. Em relação ao teste FES-I-BRASIL, não houve variação dos resultados antes e após 30 e 60 dias de cirurgia. Dos 15 idosos, 1 (7%) obteve leve preocupação em cair e 14 (93%) sem preocupação alguma. Quanto aos questionamentos dicotômicos, 13 idosos (87%) responderam que estão completamente felizes com a vida e 2 (13%), responderam que não; igualmente, na última questão, 13 (87%) falaram que ouvem música quase diariamente e 2 (13%) que não ouvem música.

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FES-BRASIL). A mudança para cada variável dependente do desfecho foi definida como: valores aos 30 dias menos os valores no basal, e valores aos 60 dias menos os valores no basal. Considerou-se como variáveis independentes no modelo o efeito do tempo (30 e 60 dias), a idade e como covariável a medida do desfecho no basal.

Tabela 1 – Análise do efeito aos 30 e 60 dias após a cirurgia ocular sobre os parâmetros de equilíbrio estático e dinâmico, desempenho de MMII e medo de quedas por grupo de idosos

Tempo (dias) p-valor#

Variável* Basal aos 30 dias Mudança aos 60 dias Mudança Linear Efeito 30 x Basal 60 x Basal Grupo Idosa (n = 15)

EEB 54,73 ± 0,38 0,87 ± 0,16 1,07 ± 0,16 0,1746 - -

SPPB 6,80 ± 0,39 0,53 ± 0,22 1,20 ± 0,22 0,0160 0,0304 < 0,0001

FES-I-BRASIL 26.53 ± 2,40 -1,20 ± 0,94 -3,53 ± 0,94 0,0798 - -

Grupo Idoso (n = 15)

EEB 52,27 ± 2,01 0,33 ± 0,38 1,33 ± 0,38 0,0326 0,3979 0,0036

SPPB 8,60 ± 0,46 0,27 ± 0,19 0,53 ± 0,19 0,0933 - -

FES-I-BRASIL 21,27 ± 1,26 -0,07 ± 0,79 -0,53 ± 0,79 0,6646 - -

* Valores expressos em média ± erro padrão

# p-valores foram calculados com uso de modelo regressão linear de efeitos mistos com intercepto aleatório

De acordo com os resultados obtidos pode-se inferir que com relação a variável EEB, no grupo de idosas, a tendência linear ao longo do tempo não difere significativamente de zero (p = 0,1746), caracterizando que os valores médios de EEB aos 30 e 60 dias não diferem do valor médio de EEB no basal. Por outro lado, no grupo dos idosos essa tendência linear foi significativamente diferente de zero (p = 0,0326). Verificou-se, também, que o valor médio de EEB aos 30 dias não difere significativamente do basal (p = 0,3979) e aos 60 dias houve um acréscimo de 1,33 pontos no EEB, que foi significativamente maior quando comparado ao basal (p = 0,0036).

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que o valor médio de SPPB aos 30 dias apresentou um aumento significativo em relação ao basal de 0,53 pontos (p = 0,0304) e aos 60 dias houve um acréscimo de 1,20 pontos no SPPB, que foi significativamente maior quando comparado à primeira avaliação (p < 0,0001).

Com relação ao FES-I-BRASIL, pôde-se observar que em ambos os grupos de idosos e de idosas a tendência linear ao longo do tempo não difere significativamente de zero (p = 0,0798 e p = 0,6646, respectivamente), caracterizando que os valores médios de FES-I-BRASIL aos 30 e 60 dias não diferem do valor médio de FES-I-BRASIL inicial (basal).

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Gráfico 2. Análise do efeito antes e após a cirurgia ocular sobre os parâmetros de desempenho de MMII (teste SPPB) por grupo de idosos.

Gráfico 3. Análise do efeito antes e após a cirurgia ocular sobre os parâmetros do medo de quedas (teste FES-I-BRASIL) por grupo de idosos.

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6 DISCUSSÃO

De acordo com os resultados encontrados no presente estudo, com relação a variável EEB observou-se que para o grupo de idosas a tendência ao longo do tempo não difere significativamente, ou seja, a cirurgia de catarata não melhorou – nem piorou – o equilíbrio estático e dinâmico delas. Em 100% das idosas, o teste EEB comprovou que neste curto período de tempo (após 60 dias de cirurgia) a cirurgia de catarata não contribuiu em nada no balance das pacientes, resultados não concordantes com outros estudos (OVERSTALL et al., 1977; BARNETT et al., 2003).

Por outro lado, no grupo dos idosos, aos 60 dias, houve um acréscimo de 1,33 pontos no EEB que foi significativamente maior quando comparado ao basal (p = 0,0036). Este resultado foi esperado, pois observou-se que os idosos tiveram idades mais avançadas que as idosas. Dentre as 15 idosas, as idades variavam de 60 a 71 anos; dentre os homens, as idades variavam de 67 a 87 anos. Fato comprovado por idosos procurarem os serviços médicos mais tardiamente que as idosas (CALDAS et al., 2013). Assim, sabe-se que quanto mais velho o indivíduo maior dificuldade de equilíbrio ele vai ter, por conseguinte, como os idosos tem idades mais avançadas era de se esperar que tivessem resultados inferiores relacionados ao equilíbrio estático e dinâmico em relação às idosas. Esses resultados são compatíveis com os estudos de Overstall et al. (1977) e Barnett et al. (2003).

O idoso com disfunção visual em consequência de catarata desenvolve outros mecanismos compensatórios a fim de realizar sua AVD. No entanto, alguns tópicos propostos pelo EEB, tais como item 8: alcance à frente, 13: em pé com um pé na frente e 14: em pé com um pé só – foram comprovados como mais apropriados para detectar alterações funcionais no equilíbrio. Berg et al. (1992) mencionaram que esses três itens são mais difíceis para o idoso executar.

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sendo aplicado outros testes: Performance Oriented Mobility Assessment (POMA) e o Teste de Equilíbrio de Tinetti (HUANG et al., 2006; OWSLEY e McGWIN, 2004).

Com relação aos resultados encontrados na variável SPPB, tem-se que para o grupo de idosos a tendência linear ao longo do tempo não difere significativamente, caracterizando que os valores médios de SPPB aos 30 e 60 dias não diferem do valor médio de SPPB no basal. Ou seja, para o grupo dos homens, verificou-se que, pelo teste SPPB, não houve benefício estatisticamente eficiente da cirurgia de catarata em relação ao equilíbrio e força de MMII. Por outro lado, no grupo das idosas essa tendência linear foi significativa, isto é, verificou-se que o valor médio de SPPB aos 30 dias apresentou um aumento significativo em relação ao basal e aos 60 dias houve um acréscimo que foi significativamente maior quando comparado ao basal (p < 0,0001). Isso comprova que a cirurgia de catarata melhorou o equilíbrio nas idosas após 30 e 60 dias de cirurgia.

Ainda, observou-se que as idosas mantinham uma rotina de atividade física com maior frequência que os idosos, o que demonstra uma provável melhora da força de MMII comprovada pelo SPPB. Ou seja, de 15 idosas, 9 praticavam atividade física entre 3 a 7 dias por semana; dos 15 idosos, 9 também praticavam atividade física entre 2 a 5 dias por semana; isto é, com uma frequência menor que as idosas. Estudos realizados indicam que a prática de atividade física regular pode aprimorar o equilíbrio de idosos, conforme observado naquele teste (CÔRTES; SILVA, 2005 e REBELATTO JR; CALVO; OREJUELA JR, 2005). A atividade física reduz o risco de quedas, uma vez que melhora as atividades cognitivas e promove um trabalho de reforço do sistema locomotor (BARNETT; SMITH; LORD, 2003 e BRUIN; MURER, 2007).

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Com relação aos resultados obtidos nesse trabalho à variável FES-I-BRASIL, e apoiando-se nos estudos mencionados acima, tem-se que em ambos os grupos de idosos e idosas os resultados ao longo do tempo não diferem significativamente ao nível estatístico, caracterizando que os valores médios do FES-I-BRASIL aos 30 e 60 dias mantiveram-se linear em relação aos valores basais. Esses resultados mostram que, no presente estudo, a cirurgia de catarata não beneficiou significativamente o medo de quedas dos indivíduos. Os resultados obtidos foram divergentes de alguns estudos, pois neste trabalho a maioria dos idosos (mulheres e homens) não apresentaram medo de cair.

Scheffer et al. (2008) relataram que mesmo os idosos que não sofreram quedas podem apresentar medo de cair. Estudos como os de Zijlstra et al. (2007) e de Fletcher e Hiredes (2004) revelam que a prevalência do medo de cair na população idosa, independente do gênero, varia de 20% a 85%. Nesse sentido, o medo pode ser protetor quando o idoso toma mais cuidado para não se expor ao risco, mas também pode ser um risco quando causa limitação e insegurança (CAMARGO, 2007; MARTIN et al., 2005).

Neste estudo, observou-se também que, dentre as 15 idosas, 9 sofreram mais de uma queda e dessas, 5 tinham medo de cair novamente. Entre os 15 idosos, 7 já caíram pelo menos uma vez e desses, 3 têm medo de recidivas. Arfken et al. (1994) demonstraram a relação que existe entre o medo de cair e o número de quedas sofridas pelo indivíduo, o que apoia o resultado obtido.

Por conseguinte, foi verificado que não houve relação estatisticamente significativa entre os idosos que sofreram quedas e tiveram medo de cair com a escolaridade, sobrepeso/obesidade, sua visão de felicidade e o gosto de ouvir músicas. Para tanto, pesquisou-se temas de artigos, em sítios científicos nacionais e internacionais (Lilacs, Scielo, Bireme, PubMed, etc.), com os descritores “música e quedas” e “sobrepeso/obesidade e quedas” e não se achou nenhum trabalho que comprove que a rotina em ouvir música causará algum benefício na prevenção de quedas ou que idosos acima de sua massa corpórea ideal possuam tendência a cair.

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e as quedas, ou seja, quanto maior a escolaridade deles, menor o risco de cair, pois idosos com um nível educacional superior tendem a buscar informações sobre, por exemplo, como ter uma boa qualidade de vida na velhice ou uma longevidade saudável, o que com certeza ocorre prevenindo-se de quedas.

Além disso, uma pesquisa de Prata et al. (2011) entrevistou 78 idosos, com idade média de 72 anos. O percentual de pessoas com possível quadro de depressão foi de 21,8%. Eles concluíram que a tendência a estados depressivos encontrada na amostra, ou estados em que o indivíduo não se sente feliz consigo e com o meio em que vive, foi considerada alta, acima da média nacional observada em 1999, demonstrando que a associação entre o quadro de depressão e um maior número de quedas sofridas pelos participantes pode indicar a necessidade de maior atenção das políticas públicas ao problema. A ausência de medidas preventivas estaria ligada ao pior padrão de qualidade de vida relacionada à saúde.

Em suma, o presente estudo destacou-se por ser de fácil reprodutibilidade e de baixo custo, sendo embora limitado à população idosa com mobilidade preservada e independente de dispositivos que auxiliem na marcha. No entanto, é provável que a baixa significância estatística observada em alguns resultados, seja devido ao curto período de avaliação proposta.

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7 CONCLUSÃO

A visão apresenta um importante papel no controle postural e, consequentemente, na manutenção do equilíbrio em idosos.

Este estudo demonstrou que a cirurgia de catarata senil melhorou o equilíbrio estático e dinâmico principalmente entre os idosos (EEB), aprimorou significativamente o desempenho de MMII, especialmente entre as idosas (SPPB) e não teve nenhum efeito em relação ao medo de quedas entre os voluntários, provavelmente pelo curto período de tempo em que se realizou as avaliações.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

O (a) senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto: “Avaliação do

equilíbrio e do medo de quedas em idosos antes e após a cirurgia de catarata senil”

sob responsabilidade da aluna de Mestrado em Gerontologia, Sarah Brandão Pinheiro, sob orientação da Professora Carmen Jansen Cárdenas.

O objetivo desta pesquisa é avaliar o equilíbrio e o medo de quedas em indivíduos com catarata antes e após a realização da cirurgia ocular, esta pesquisa justifica-se, pois a catarata pode alterar o equilíbrio e levar a quedas. O (a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá, sendo mantido o mais rigoroso sigilo por meio da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão ou realizar qualquer teste que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a).

A sua participação será da seguinte forma, o (a) senhor(a) será avaliado antes da cirurgia de catarata, após 30 e 60 dias de cirurgia. Os instrumentos utilizados para avaliar o equilíbrio serão testes simples que o voluntário fará parado em pé e em movimento. Será utilizado também um questionário para avaliar o medo de cair do paciente. O tempo estimado para realização de toda avaliação é de 30 minutos.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade Católica de Brasília (UCB) podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora.

Este projeto possui o benefício de trazer informações sobre o equilíbrio corporal de idosos antes e depois de realizar a cirurgia de catarata. Esta pesquisa apresenta os seguintes riscos: possível queda ou desequilíbrio durante a execução dos testes. Eventualmente poderá ocorrer cansaço que serão minimizados com a presença constante da pesquisadora ao lado dos voluntários durante os testes e será dado um tempo de descanso de 5 minutos entre cada teste.

Se o (a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para Sarah Brandão no número 8463-5151, em horário comercial.

Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCB, número do protocolo CAAE 108221513.9.0000.0029. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também pelo telefone: (61) 3356-9784.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o voluntário da pesquisa.

______________________________________________ Nome / assinatura

____________________________________________ Pesquisador Responsável

Nome e assinatura

Imagem

Figura 1 - Anatomia Óptica
Figura 2 - Escala de Snellen
Figura 3 - Fluxograma do Estudo
Tabela  1  –   Análise do  efeito aos 30 e  60 dias  após a  cirurgia  ocular  sobre  os  parâmetros de equilíbrio estático e dinâmico, desempenho de MMII e medo de  quedas por grupo de idosos
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Referências

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