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ENTREVISTA COM JOSÉ GREGORI

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Academic year: 2021

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ENTREVISTA COM JOSÉ GREGORI

Formado em Direito pela USP em 1950.

Presidente da Comissão de Justiça e Paz de 1972 a 1982 Arquidiocese de São Paulo

Fundador, em 1983, e um dos membros da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos.

Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC e Unicamp (1977–1993).

Diretor-secretário do Instituto de Integração Latino Americana e Diretor Jurídico da Fundação Pró-Sangue – Hemocentro-SP (1990-1995).

Chefe de gabinete do ministério de Reforma Agrária (1987).

Ministro de Estado da Justiça (2000-2002) e Embaixador do Brasil em Portugal (2002-2003).

Secretário Nacional dos Direitos Humanos (1997-2000)

Ouvidor da República, coordenador e co-autor da Lei n. 9140/95 (desaparecidos políticos).

Coordenador-geral do Programa Nacional de Direitos Humanos lançado pelo Governo Federal em 13 de Maio de 1996.

Representou o Brasil em diversos Países do mundo, principalmente na área de direitos humanos.

Desde 2009 é Secretário Municipal de Direitos Humanos de São Paulo. Recebeu o Prêmio das Nações Unidas para sua área de atuação na comemoração dos 50 anos da Declaração universal dos Direitos Humanos (1998).

AFIRMAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

- Sabe, no fundo eu sou um sentimental...

Eu quando soube que o curso de vocês tinha algo a ver com a criança, com essa problemática, eu não quis saber se tinham outros compromissos na minha agenda ou não, eu disse vou atender, porque a criança estando envolvida, tem o meu apoio.

* Entrevista concedida aos alunos

Décio Fabiano de Oliveira,

Glauciane Mont Serrate, João Marcos Costa de Paiva, Paulo Rogério de Souza, Rosângela Alves de Sales Montoia, da Disciplina Ética e Direitos Humanos, do curso

de Mestrado Profissional

Adolescente em Conflito com a Lei da Universidade Anhanguera de São Paulo (UNIAN) sob a supervisão da Profa. Dra. Neusa Francisca de Jesus.

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ENVOLVIMENTO COM A CAUSA

Na advocacia eu passei por uma geração que era muito ativa, muito participativa, tinha muito compromisso com livros, com estudos, com problemas do Brasil, como tornar o Brasil realmente numa potência, e isso fez com que eu ficasse perto da... não propriamente da política, mas da participação mais cívica e, de repente, nós que achávamos que o Brasil ia ser o resto da vida uma democracia, vieram os acontecimentos de 64 e nós caímos num regime militar que negava os direitos humanos, negava a democracia na sua instrumentação de garantia da cidadania. Então, o jeito de continuar naqueles sonhos, que a minha geração tinha, foi a pouco e pouco, ir para os direitos humanos, porque, provavelmente, nunca achei legítima a opção pela violência; mesmo a violência com a finalidade de fazer o bem, o certo, eu tenho muita resistência em relação a isso, e achei que a melhor maneira da gente lutar pela volta da democracia, sem violência, era ir para os direitos humanos.

E, tinha um grupo em São Paulo, de advogados, professores, que foi reunido por um Bispo, muito culto, um homem de fé que realmente acreditava na religião católica, Dom Paulo Evaristo Arns!

Então em volta de Dom Paulo, se criou um grupo, para defender a democracia e, sobretudo, para tomar conhecimento dos abusos cometidos pelo regime militar.

A pouco e pouco, eu fui me dedicando cada vez mais à bandeira dos direitos humanos e vi que realmente os direitos humanos funcionam, como instrumento, quer dizer, eles são uma ideia, eles são uma filosofia, eles são uma teoria, mas também são uma prática, quer dizer, eu vi que, através dos direitos humanos, sem violência, a gente foi reconquistando o espaço democrático no Brasil.

Então eu, hoje, acredito nos direitos humanos, não só como uma filosofia, do que o homem de melhor, ao longo da história, concebeu, mas também como um instrumento de ação, quer dizer, eu acho que hoje essa democracia que nós estamos construindo no Brasil é produto,

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em grande parte, da bandeira dos direitos humanos, quer dizer eu acho que tem outras bandeiras que as pessoas podem empunhar, mas acho que a bandeira dos direitos humanos, provadamente, no mundo e no Brasil, é uma bandeira que orienta bem a conduta individual, a opção por uma vida reta que a pessoa possa fazer e ao mesmo tempo fornece a possibilidade dela se juntar com outros e, esses grupos, por menores que sejam, conseguem mudar as coisas e é por isso que a gente chegou no século XXI, sem escravidão, com a mulher assumindo cada vez mais uma posição equivalente a do homem, os trabalhadores tiveram reconhecidos seus direitos, que a democracia exige alternância de poder, quer dizer, isso tudo tem o dedo, em seu início, dos direitos humanos.

Eu acho que o mais consistente que eu tenha feito, foi uma participação numa comissão de defesa dos direitos humanos, chamada ‘Comissão Justiça e Paz’!

Eram mais ou menos uns onze membros, nós nos reuníamos uma vez por semana, e tomávamos conhecimento de problemas de pessoas que tinham sofrido atentados aos direitos humanos, e procurávamos defender ou corrigir a situação, porque, naquele tempo, a atividade política não tinha a garantia constitucional, quer dizer, dependia da boa vontade das autoridades, porque os Tribunais não poderiam conhecer processos que dissessem respeito à atividade política, porque o ato institucional que regulou o regime militar suspendia a garantia do remédio clássico para a garantia de atividade individual, inclusive na política, que é o habeas corpus; não tinha habeas corpus de natureza política.

Então era preciso que a gente tivesse um pouco de disposição, um pouco de coragem, pra quando a gente tomava conhecimento de alguma ofensa aos direitos humanos, à pessoa que não sabia se estava presa, se estava presa se estava viva, se estava viva onde estava naquele momento, era uma atividade que a gente precisava exercer com jeito, com uma certa dose de equilíbrio também e com isso eu acho que essa Comissão, ela atuou de uma forma muito positiva, quer dizer, muita

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gente deve a sua integridade física, ou mesmo a sua vida, ao fato das autoridades responsáveis pela segurança do regime naquela época, saberem que a Comissão Justiça e Paz já sabia que tal pessoa tinha sido recolhida ou que tal pessoa tinha sido presa; e eu acho que essa terá sido a atividade de direitos humanos mais positiva que eu tenha participado no tempo da Ditadura.

Agora, ajudei muitos companheiros de geração que tiveram que mudar do Brasil, porque não tinham garantias de vida pra continuar no Brasil, a gente tinha movimentos de solidariedade, pra mandar um certo apoio pro exterior, participei de muitos congressos pela Anistia, porque tinha convencido que o Brasil precisava realmente reencontrar o seu caminho democrático, que o jeito seria através da Anistia, ou seja, pondo uma pedra em cima pra recomeçar tudo sem olhar pro que tinha passado. De maneira que essa foi minha atividade, que não foi exclusiva porque eu me casei, eu tinha filhas, eu precisava também viver, então eu tive que combinar essa minha atividade com a minha profissão de advogado; foi um tempo difícil, mas quando a gente chega na idade em que eu estou, você olhar o passado e ver que você não cometeu muita bobagem é muito reconfortante.

MARCOS HISTÓRICOS

Os direitos humanos nascem inicialmente do inconformismo com uma injustiça, com a desigualdade, com alguma coisa que fira aquilo que todos nós temos e somos pelo simples fato de sermos criaturas humanas, que é uma dignidade intrínseca. A pessoa, seja homem, seja mulher, seja brasileiro, seja chinês, pelo fato de ser uma criatura humana, precisa ser respeitada. Assim como o ar que respiramos, como a necessidade de oxigênio, as pessoas têm necessidade de ver reconhecida a sua dignidade.

E, por um desses mistérios que ninguém decifra, embora a gente estude bastante, a verdade é que a humanidade não nasceu perfeita e acabada,

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quer dizer, é um resultante de séculos e séculos de luta, de avanços, de paradas, de recuos, avanços de novo, e, nesse sentido, os direitos humanos colaboram muito, porque o direito humano é que traz esse sentimento da pessoa não se conformar, quer dizer, poxa, há séculos e séculos uma pessoa porque não é branca tem que ser escrava da outra, tem que trabalhar sem nenhuma recompensa, sem nenhum reconhecimento a direito; quer dizer, esse tipo de indignação, de inconformidade, é que em última análise se chama Direitos Humanos. E foi assim que a humanidade, o meu ver, evoluiu!

Nós estamos hoje, ainda, precisando de muitos avanços, sem dúvida nenhuma, mas, a gente não pode esquecer que lá atrás, lá atrás, a humanidade já habitou cavernas, e não tinha diálogo a não ser a borduna, ou a violência.

E hoje a gente tem leis, a gente tem tribunais, a gente tem escolas, isso tudo é fruto de uma evolução que se fez muito em volta dos direitos humanos.

Então eu acho que essa indignação, essa inconformidade com a injustiça e com a desigualdade, é o motor dos direitos humanos.

Agora... nós tivemos alguns momentos em que esse motor se traduziu ou em um documento, ou na Constituição, num consenso, e nesse sentido eu acho que os grandes momentos a serem destacados, a Declaração de Independência dos Estados Unidos, os Estados Unidos se separou da Inglaterra, eles fizeram um documento e nesse documento disseram que toda criatura é feita por Deus, igual no concernente aos direitos e deveres; acho que um segundo momento que a humanidade traduziu essa coisa que eu chamo de indignação original foi a Declaração dos Direitos Humanos, os direitos do homem e do cidadão na Revolução Francesa, e acho que finalmente, o terceiro pé desse tripé, é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita logo depois que terminou a Segunda Guerra Mundial em 1948, pela ONU.

Acho que são os três momentos assim em que esse sentimento que é inato, de você querer defender a dignidade humana, se corporificaram em documentos imperecíveis.

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TESTEMUNHA DE DIVERSOS “BRASIS” DE DIVERSAS ÉPOCAS.

O Brasil, do ponto de vista documental, por exemplo, do ponto de vista de Leis, da Constituição, da concordância e adesão a Tratados internacionais, o Brasil praticamente está no mesmo nível das outras Nações que são consideradas mais evoluídas, no tocante aos direitos humanos.

Não basta você ter a Lei, é muito importante você ter a Lei, mas uma vez tendo a Lei na mão, você precisa fazer com que o dia a dia materialize o que está na Lei, aquilo que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que eu não tenho o direito a apelar para a violência para defender os meus direitos, etc., que eu tenho que procurar a justiça, tudo isso tem que funcionar no cotidiano, no dia a dia.

Então, aí realmente o Brasil ainda se ressente de muitas falhas, de muita deficiência, quer dizer, nós temos, a parte digamos, teórica, de que nós estamos praticamente no mesmo nível de todas as outras Nações, mesmo as consideradas adiantadas, mas na nossa prática ainda há muita injustiça, muita desigualdade, há muito não reconhecimento de direitos. Agora, também, a gente está colocando que é preciso estudo dos direitos humanos, quer dizer, e os regimes políticos têm que seguir uma constituição democrática, têm que respeitar as decisões dos Tribunais, mesmo que essas decisões não agradem os partidos políticos que estejam governando, elas têm que ser respeitadas.

De maneira que, esse compromisso do Brasil, de coerência com os instrumentos legais é uma tarefa que ainda está no meio do caminho, sem dúvida, que a gente avançou, se a gente considerar os últimos vinte anos, avançamos demais, mas ainda estamos no meio do caminho, nós temos que avançar muito mais porque ainda existe nesse País muita desigualdade, muito desrespeito a Lei, muito preconceito, muita falta de democracia, e não tem outra saída a não ser o problema de você ir conscientizando, de você ir passando como se fosse um micróbio, você

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ir passando adiante, porque é um bom micróbio, é uma senhora e nobre epidemia, quando um País todo fica indignado perante uma injustiça e cobra dos governos uma decisão no sentido de corrigir essa injustiça. Isso é não só uma tarefa dos governos, mas não basta os governos; é preciso que cada um também faça a sua parte; pra fazer a sua parte, é preciso que essa pessoa tenha consciência, saiba que direitos humanos não é isso que muitas vezes a gente ouve na televisão, que é uma coisa pejorativa, de que os direitos humanos é para favorecer os bandidos e dificultar os trabalhos das polícias, quer dizer, essa é uma visão absurda; os direitos humanos tem a ver com a dignidade humana, com direito à vida, com direito à paz, com direito ao entendimento através do diálogo, que quando ele não for possível, através das decisões nos tribunais, por isso os tribunais têm de ser independentes, têm de ser tribunais formados de pessoas cultas, que saibam analisar todos os ângulos. É assim que a gente progride, é assim que alguns países que se dizem desenvolver muito em matéria de direitos humanos fizeram, então, não é que a gente tenha que imitar, mas a gente tem um modelo pra se inspirar.

De maneira que, eu acho que o Brasil, sem dúvida nenhuma, hoje, é um País que tem essa preocupação, o curso de vocês é uma prova disso, quer dizer, mas não é uma prova isolada, quer dizer, a cada semana eu fico sabendo que tem cursos de direitos humanos na faculdade X, na faculdade Y, eu fico sabendo que tem preocupação de direitos humanos na Guarda Municipal, eu fico sabendo que preocupação de direitos humanos na Polícia Militar, quer dizer, é uma coisa que está se espalhando, ainda não contagiou como a novela das nove, todos os brasileiros, mas um dia a gente chega lá, um dia a gente chega lá!!

ÍCONES

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Ele está velhinho, ele se retirou, ele mora numa chácara, felizmente bem assistido, está ainda no gozo das suas faculdades, lê, toma conhecimento das coisas, mas não tem, porque já está com mais de noventa anos, o mesmo vigor biológico que ele teve no tempo que ele desempenhou um grande papel no Brasil. Ele foi um fator de reconciliação, de reencontro do Brasil democrático com o Brasil não democrático; toda pregação dele foi no sentido dos direitos humanos, sem querer aniquilar aquele que se considera como adversário, mas iluminar esse adversário e mostrar que o caminho que ele está seguindo não é o caminho correto. Dom Paulo Evaristo defendeu sempre a democracia e nunca partidarizou essa luta, tanto assim que no Brasil não se teria constituído o PSDB, partido da oposição, nem o PT, se não fosse a influência de Dom Paulo Evaristo, quer dizer, os fundadores de um partido e de outro, quando escreverem suas memórias, têm obrigação de dizer o quanto os conselhos, as animações de Dom Paulo, no sentido deles terem uma luta política e partidária, foi importante para eles constituírem os partidos políticos.

Um segundo nome que eu apontaria, é de um Promotor Público que foi procurador do Estado, fez política também, mas foi um homem muito corajoso, sempre muito coerente com as suas ideias, a gente pode não se identificar com certas posições políticas que ele terá tomado, mas, sem dúvida, que é um nome que está na história dos direitos humanos no Brasil que é o Hélio Bicudo! Ele foi o responsável mais direto para existir essa Comissão Municipal dos Direitos Humanos, que é a comissão que eu tenho dirigido nesses anos todos, ele fez a Lei e eu estou tentando tirar do papel e tornar uma realidade o que a Lei determinava, e acho que ele merece nos seus noventa anos ser reconhecido como uma das figuras importantes dos direitos humanos no Brasil.

E a terceira, eu acho que a gente deve não esquecer de uma pessoa como o Marechal “Cândido” Rondon. Ele fez a aproximação do chamado Brasil civilizado com o chamado Brasil selvagem, num tempo em que o índio, pelo fato de ser de uma cultura diferente, de falar uma língua

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diferente, de ter talvez hábitos alimentares completamente diferentes, etc., era considerado como um ser a ser tratado de uma forma que tinha muito pouco de civilizada, eu acho que ele fez essa aproximação desses dois brasis, e foi importante não só nessa aproximação com o mundo dos indígenas, mas o que simboliza um homem que é militar, portanto fez academia militar, prestava continência, sabia os regulamentos militares, etc., e, no entretanto, foi um grande humanista que aproximou os índios, e considerou que era importante essa convivência.

Então, eu diria assim, sem maior detalhamento, que essas três figuras, pra todo aquele que estuda direitos humanos, deve estar na lista dos que mais colaboraram com os direitos humanos no Brasil.

MENSAGEM

Eu acho que em primeiro lugar uma palavra de muito respeito, porque é sem dúvida nenhuma uma opção difícil que a pessoa faz quando ela resolve se dedicar a uma área que não é uma área fácil, não é uma área em que você veja os resultados do seu esforço automaticamente verificados; você tem que acreditar na criatura humana, você tem que acreditar na história, no reconhecimento da história, ou se for religioso, na gratidão divina, no conhecimento divino, mas não é uma atividade mecânica, você ter que pôr a sua alma, você ter que pôr o melhor que o gênero humano produz, a serviço dessa causa de corrigir um desses mistérios da humanidade, porque que toda criança não é dotada dos melhores sentimentos, no sentido de ser, no futuro um cidadão prestante, um pai de família exemplar, tentar diminuir esse problema é uma das tarefas mais nobres, mas das mais difíceis que existe. Então eu, pra toda pessoa que se dedica ao problema da infância eu reservo sempre um olhar de muito respeito e muita admiração, porque eu sei que é uma das coisas mais difíceis que existe; e ao mesmo tempo mais desafiadoras, do ponto de vista que a pessoa, a rigor, tem que corrigir a sociedade, e as vezes tem que corrigir a própria vida, porque as vezes o

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problema da criança não está nem no desajustamento da sociedade, está no funcionamento do seu organismo, no funcionamento das suas glândulas, quer dizer, no produto natural que faz com que a pessoa se incline para um outro lado que não o lado positivo,. De maneira que é um enorme desafio, acho que é um dos pontos que merece hoje em dia, no Brasil, a melhor atenção, nós estamos saindo de uma campanha eleitoral no Brasil, para Prefeito, acho que se discutiu muito pouco esse problemas em termos nacionais, os programas contemplam temas favoráveis a criança, creches, etc., a educação, mas a gente, pela importância do problema, teria que discutir ainda mais; o problema da criança no Brasil precisa ser maior prioridade do que já é, sem dúvida com relação ao passado, como eu disse, a gente tem avançado, mas diante do tamanho do problema a gente deveria priorizar mais essa questão.

Então, eu digo, que tem muito respeito, aqui eu procurei sempre combinar a minha atividade dos direitos humanos, desde o primeiro dia que eu tomei posse, também com a questão da criança, nós levamos esses oito anos, um projeto que é um projeto dificílimo, que é proteger a criança que está ameaçada de morte por ser testemunha de crimes, o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAM), que é uma coisa que deu muito trabalho, agora vai passar pro campo estadual e, portanto, o municipal vai perder a possibilidade de continuar atuando, mas enquanto nós atuamos foi das coisas que deu mais satisfação, foi saber que nós modestissimamente estávamos também atuando num campo dificílimo, mas num campo que precisa, realmente, merecer o melhor dos governos e da sociedade.

Referências

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