2015/2 – FÍS. MEC. – LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 – UNISUAM Página 1 de 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA – UNISUAM
SEMESTRE LETIVO: 2015/2
DISCIPLINA: FÍSICA MECÂNICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL TURMA: ARQ03021N
Prof. Vinicius Coutinho
***************** LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 *****************
Quaisquer dúvidas com relação a esta lista podem ser encaminhadas a mim, pessoalmente ou por e-mail: vcoutinho@unisuamdoc.com.br ou prof.vcoutinho@gmail.com
*******************************************************************
Funções trigonométricas úteis
Ângulo Seno Cosseno
0°
0
1
30°
1/2
3
/
2
45°
2
/
2
2
/
2
60°
3
/
2
1/2
90°
1
0
2
/
2
0,71
2
/
3
0,87
Ângulo Seno Cosseno
25°
0,43
0,91
28°
0,47
0,88
38°
0,62
0,79
47°
0,73
0,68
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Constantes
Aceleração da gravidade:
g
= 9,8 m/s
2OBS.: caso você prefira adotar o arredondamento g = 10 m/s2, será aceito; entretanto, é
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AULA 05
1. Quando um avião está em voo nivelado, seu peso é equilibrado por uma sustentação vertical, que é a força exercida pelo ar. Com que intensidade esta força atua sobre o avião nessa condição, se sua massa é 1,2 103 kg?
[GABARITO]
Essencial saber que equilíbrio é a condição atingida quando a resultante das forças é zero. Um avião com massa 1,2 103 kg possui peso P = m g = (1,2 103 kg) (9,8 m/s2). Para anular a atração gravitacional que a Terra exerce sobre o avião, é necessária uma força de sustentação, apontando para cima, com módulo igual ao peso. Chamando esta força de E, E
= 11,8 103 N ou 1,18 104 N.
2. Um foguete experimental pode partir do repouso e alcançar a velocidade de 1.600 km/h em 1,8 s com aceleração constante. Qual a intensidade da força média necessária, se a massa do veículo é 500 kg?
[GABARITO]
Recordando que aceleração é a variação da velocidade. Pode ser expressa pela equação
inicial final inicial final t t v v t v a
*Em caso de dúvidas com relação a esta fórmula/conceito, consulte a lista 01-03.
É necessário converter a velocidade para a unidade de medida m/s.
s m 4 , 444 3600 1.600.000 s 3600 h km m 1000 h km 600 1
*Em caso de dúvidas com relação a esta operação, consulte a lista 01-01.
Teremos, portanto,
2
inicial final
inicial
final 247m/s
0 s 1,8 0 km/h 444,4 t t v v Δt Δv a
Para sabermos a força necessária para levantar o foguete, aplicamos a 2ª lei de Newton.
F = m a = (500 kg) (247 m/s2) = 123.500 N.
Para calcular a força resultante, é necessário considerar a influência da gravidade, para baixo.
Fres = F – Fg Fres = 123.500 - [(500 kg) (9,8 m/s2)] 119 kN.
(no sentido de baixo para cima)
3. Um avião a jato, parado numa pista, inicia a decolagem acelerando a 2,3 m/s2. Ele tem
duas turbinas, que exercem uma força (de empuxo) de 1,4 105 N, cada uma, sobre o
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[GABARITO]
Precisamos determinar a massa do avião, para depois determinar o peso. Com os dados fornecidos no problema, podemos deduzir a massa pela 2ª lei de Newton:
F = m a m = F/a m = [(1,4 + 1,4) 105 N)]/(2,3 m/s2) = 1,22 105 kg.
O peso será
P = m g = (1,22 105 kg) (9,8 m/s2) = 11,96 105 N 1,2 106N
4. O iate solar Sunjamming é um veículo espacial com uma grande vela, que é impulsionado pela luz do Sol. Embora esta propulsão seja muito pequena nas atuais circunstâncias, é suficientemente grande para afastar o veículo espacial do Sol a custo zero. Suponha que essa espaçonave tenha 900 kg de massa e receba uma força de 20 N. Qual o módulo da aceleração resultante?
[GABARITO]
Aplicando diretamente a 2ª lei de Newton
F = m a a = F/m a = (20 N)/(900 kg) 0,02 m/s2.
5. Calcule a aceleração inicial de subida de um foguete com 1,3 104 kg de massa, se a
força inicial de subida, produzida pelos seus motores (o empuxo) é 2,6 105 N.
[GABARITO]
Para sabermos a aceleração de subida do foguete, aplicamos a 2ª lei de Newton.
F = m a a = F/m a = (2,6 105 N)/(1,3 104 kg) = 20 m/s2.
Para calcular a aceleração resultante, é necessário considerar a influência da gravidade, para baixo.
ares = a – g = (20 m/s2) - (9,8 m/s2) = 10,2 m/s2.
(no sentido de baixo para cima)
6. Um trabalhador arrasta um caixote pelo chão de uma fábrica, puxando-o por uma corda (Figura 1). Ele exerce sobre a corda, que faz um ângulo de 38° com a horizontal, uma força de 450 N, e o chão exerce uma força horizontal de 125 N que se opõe ao movimento. Calcule a aceleração do caixote:
a. se sua massa for 310 kg; b. se seu peso for 310 N.
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[GABARITO]
(a)
A componente da força exercida pelo trabalhador no eixo x é: Fx = F cos = 450 N 0,79 355 N. O atrito do chão se contrapõe ao movimento, portanto a força resultante será
Fres = F – Fat Fres = 355 N – 125 N = 230 N.
A aceleração do caixote para uma força resultante de 230 N pode ser deduzida pela 2ª lei de Newton.
F = m a a = F/m a = (230 N)/(310 kg) 0,74 m/s2.
(b)
Aqui é interessante lembrar alguns conceitos. O primeiro deles é que o peso possui apenas componente vertical. O segundo é que componentes verticais da força não influenciam nas componentes horizontais da força, isto é, são independentes. Assim, a utilidade do peso, neste caso, será determinar o valor da massa do caixote (não deve entrar nos cálculos da aceleração horizontal do caixote).
P = m g m = P/g m = (310 N)/(9,8 m/s2) 31,6 kg.
Para este caixote, a aceleração será:
F = m a a = F/m a = (230 N)/(31,6 kg) 7,3 m/s2.
(no sentido da esquerda para a direita)
7. Um bloco de 5,0 kg é puxado sobre uma superfície horizontal, sem atrito, por uma corda que exerce uma força F = 12 N, fazendo um ângulo = 25° com a horizontal. Qual a aceleração do bloco?
A componente da força aplicada ao bloco no eixo x é: Fx = F cos = 12 N 0,91 10,92 N. O atrito do chão é desprezado, portanto a aceleração do bloco pode ser deduzida pela 2ª lei de Newton.
F = m a a = F/m a = (10,92 N)/(5 kg) 2,18 N.
8. Um objeto está pendurado numa balança de mola presa ao teto de um elevador. A balança marca 65 N, quando o elevador ainda está parado.
a. Qual a indicação na balança, quando o elevador está subindo com uma velocidade constante de 7,6 m/s?
b. Qual a indicação na balança, quando o elevador, subindo com uma velocidade constante de 7,6 m/s, é desacelerado à razão de 2,4 m/s2?
[GABARITO]
(a)
Um elevador se movendo com velocidade constante está em equilíbrio, isto é, a aceleração é nula (resultante de forças nula). O elevador parado é um caso especial de equilíbrio, pois v é constante e igual a zero. Portanto, em ambos os casos o peso indicado deve ser o mesmo, ou seja, 65 N.
(b)
Na situação anterior, a força resultante era apenas o peso, ou seja, P = m g = 65 N. Agora, a
força resultante é o peso menos a força que desacelera, ou seja, Fres = m ares .
2015/2 – FÍS. MEC. – LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 – UNISUAM Página 5 de 9 em ambos os casos, não precisamos considerá-la nos cálculos. Montando uma regra de três simples:
N
49
0,75
N
65
F
9,8m/s
m/s
7,4
N
65
F
9,8m/s
m/s
2,4
-m/s
9,8
N
65
F
g
a
P
F
res 2 2 res 2 2 2 res res res
A força indicada na balança será 49 N. Pense na situação em que você está subindo um prédio pelo elevador e quando o elevador está parando, você tem uma sensação de leveza. Se a desaceleração for muito grande, dá a impressão de que flutuaremos. Então, faz sentido o resultado encontrado? Pense também na lei da inércia. O elevador para, mas você tende a continuar no movimento de subida.
9. Um homem de 85 kg desce de uma altura de 10 m preso a uma corda que passa por uma polia, sem atrito, e tem na outra extremidade um saco de areia de 65 kg (Figura 2).
Figura 2
a. Partindo do repouso, com que velocidade o homem chega ao solo?
b. Ele poderia fazer alguma coisa para reduzir a velocidade com que chega ao solo? Justifique sua resposta.
[GABARITO]
(a)
O homem está sujeito à aceleração da gravidade, logo sobre ele é exercida uma força Fg Fg(homem) = m g = (85 kg) (9,8 m/s2) = 833 N.
Entretanto, o saco de areia, também sujeito à influência da gravidade, se opõe ao movimento do homem. Esta força será:
Fg(saco de areia) = m g = (65 kg) (9,8 m/s2) = 637 N.
A resultante das forças será a diferença entre essas forças: Fres = 833 N – 637 N = 196 N. (no sentido de cima para baixo sobre o homem)
Tendo em mãos a força resultante, calculamos a aceleração do sistema para baixo. Recorde que o sistema é composto por homem + saco de areia.
2015/2 – FÍS. MEC. – LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 – UNISUAM Página 6 de 9 A velocidade pode ser determinada pela equação de Torricelli. Não foi tratada nas aulas, mas fica aqui como forma de agregar conhecimento a vocês (quem tiver interesse em saber mais, recomendo pesquisar na literatura de Física ou em sites especializados).
v2 = v
02 + (2 a x), onde x é o deslocamento. Neste caso, x é dado e é igual a 10 m. Como parte do repouso, a velocidade inicial é zero e o resultado será:
v2 = v02 + (2 a x) = (2 1,3 m/s2 10 m) v2 = 26 v 5,1 m/s.
(b)
Sim. Se o homem tomar um impulso para trás, por exemplo, a corda não vai estar mais perfeitamente na vertical; desta forma, a força gravitacional aplicada sobre o homem terá sido decomposta em duas componentes (horizontal e vertical), sendo a nova componente vertical menor do que quando não havia componente horizontal presente (lembre-se do estudo de decomposição de vetores). Quando Fg(homem) diminui, a força resultante diminui. Quando a força resultante diminui, a aceleração diminui. Quando a aceleração diminui, a velocidade final também diminui (vide resolução do item anterior).
10.Três blocos são conectados como na Figura 2 sobre uma mesa horizontal, sem atrito, e puxados para a direita com uma força T3 = 65 N. Se m1 = 12 kg, m2 = 24 kg e m3 = 31 kg,
calcule:
a. a aceleração do sistema; b. as tensões T1 e T2.
Figura 3
[GABARITO]
(a)
A aceleração do sistema é dada pela força que o puxa (T3) dividida pela massa total do sistema. Logo, a = 65 N / (12 kg + 24 kg + 31 kg) = 0,97 m/s2
(b)
A tensão T1 transmite a força que movimenta m1. Como o sistema inteiro está submetido à mesma aceleração, T1 = m a = 12 kg 0,97 m/s2 = 11,64 N.
A tensão T2 transmite a força que movimenta m1 e m2. Como o sistema inteiro está submetido à mesma aceleração, T2 = m a = (12 kg + 24 kg) 0,97 m/s2 = 34,92 N.
2015/2 – FÍS. MEC. – LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 – UNISUAM Página 7 de 9 Figura 4
[GABARITO]
É interessante desenharmos o diagrama de corpo livre para facilitar a identificação de todas as forças que atuam sobre o sistema.
Primeiramente, é importante observar que o sistema está em equilíbrio; portanto, a resultante das forças é zero. Isto significa que se decompusermos as forças e as somarmos através de suas componentes horizontal e vertical, cada uma destas operações de soma deverá ser zero. Outra observação é que a tração sobre a corda que está diretamente conectada ao bloco (Tc) está transmitindo ao sistema o peso do bloco.
Tc = m g = 15 kg 9,8 m/s2 = 147 N.
Pelo diagrama de corpo livre, é possível observar que a tração TC possui apenas componente vertical.
Assim, a componente horizontal da força resultante é:
Fres,x = (- TA cos 28°) + (TBcos 47°) = 0 (- TA 0,88) + (TB 0,68) = 0
0,88 TA = 0,68 TB TB = (0,88/0,68) TA TB = 1,29 TA (11-1)
A componente vertical da força resultante é:
Fres,y = (TA sen 28°) + (TBsen 47°) – (Tc) = 0 (TA 0,47) + (TB 0,73) – 147 N = 0
(TA 0,47) + (TB 0,73) = 147 N (11-2)
2015/2 – FÍS. MEC. – LISTA DE EXERCÍCIOS 1-4 – UNISUAM Página 8 de 9 (TA 0,47) + (1,29 TA 0,73) = 147 NTA = 104,1 N.
Consequentemente, determinamos TB : TB = 1,29 TA = 134,3 N.
12.Uma corrente formada por cinco elos, com massa de 0,100 kg cada um, é levantada verticalmente com uma aceleração constante de 2,5 m/s2, como mostrado na Figura 5.
Determine:
a. as forças que atuam entre elos adjacentes;
b. a força F exercida sobre o elo superior pela pessoa que levanta a corrente. c. A força resultante que acelera cada elo.
Figura 5
[GABARITO]
(a)
Chamemos os elos, de baixo para cima, de 1, 2, 3, 4 e 5. O peso de cada elo, individualmente, é dado por P = m g = 0,100 kg 9,8 m/s2 = 0,98 N. A força responsável pela aceleração de cada elo, individualmente, é dada por Felo = m a = 0,100 kg 2,5 m/s2 = 0,25 N.
O elo 2 equilibra e acelera o elo 1. Nesta união de elos, atua uma força apontada para cima com módulo P + Felo = 1,23 N.
O elo 3 equilibra e acelera dois elos, os elos 1 e 2. Nesta união entre os elos 2 e 3, atua uma força apontada para cima com módulo (P + Felo) 2 = 2,46 N.
O elo 4 equilibra e acelera três elos, os elos 1, 2 e 3. Nesta união entre os elos 3 e 4, atua uma força apontada para cima com módulo (P + Felo) 3 = 3,69 N.
O elo 5 equilibra e acelera quatro elos, os elos 1, 2, 3 e 4. Nesta união entre os elos 4 e 5, atua uma força apontada para cima com módulo (P + Felo) 4 = 4,92 N.
(b)
A força F exercida sobre o elo superior é responsável por acelerar o sistema de 2,5 m/s2. Também é responsável por cancelar a força gravitacional (equilibrar o sistema, evitando que os elos sofram queda livre). A massa total do sistema é 0,100 kg 5 = 0,500 kg.
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