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VINTE TODO DIA GABARITO COMENTADO 12

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VINTE

TODO DIA

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GABARITO COMENTADO

GABARITO COMENTADO

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Pontos abrangidos:

4. Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar. Modificação de competência. Conflitos de Competência. As alterações introduzidas pela Emenda Constitucional nº 45/2004.

5. Partes e procuradores. Capacidade. Representação e Assistência. Capacidade postulatória. Jus

postulandi. Sucessão. Substituição processual. Litisconsórcio. Assistência judiciária e justiça gratuita. Honorários advocatícios. Mandato tácito. Litigância de má-fé. Assédio processual. Intervenção de terceiros. Espécies. Intervenção anômala. Amicus curiae. Intervenção iussu iudicis. Aplicabilidade no Direito Processual do Trabalho. A Fazenda Pública perante a Justiça do Trabalho.

QUESTÃO GABARITO 1 B 2 B 3 C 4 A 5 A 6 E 7 C 8 A 9 A 10 A 11 ERRADO 12 CERTO 13 CERTO 14 ERRADO

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15 CERTO 16 D 17 B 18 D 19 A 20 C

QUESTÕES CONCURSOS JÁ REALIZADOS

QUESTÃO 1.

Fonte: Ano: 2017. Prova: FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto

Sobre a competência da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho e as Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho estabelecem:

a) A competência territorial das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro, desde que seja o autor da ação.

ERRADO.

Segundo a CLT, a competência, em regra, será do local da prestação dos serviços, seja o empregado reclamante ou reclamado, não havendo distinção em relação ao polo ativo e passivo da ação.

Art. 651, CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara do domicílio do empregado ou a da localidade mais próxima.

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É o que diz o §1º do art. 651 da CLT. No caso de agente ou viajante comercial, há uma ordem de preferência. Em primeiro lugar, a competência será da Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado. Contudo, não havendo, a competência será da Vara da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Art. 651, § 1º, CLT. Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

c) Se o empregado for brasileiro, a Justiça do Trabalho brasileira têm competência para processar e julgar os dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, ainda que haja convenção internacional dispondo em contrário.

ERRADO.

Se houver convenção internacional dispondo em contrário, não prevalecerá a competência da Justiça do Trabalho brasileira no caso de dissídio ocorrido em agência ou filial no estrangeiro. É o que diz o §2º do art. 651 da CLT.

Art. 651, §2º, CLT. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

d) A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições previdenciárias, em relação às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integram o salário de contribuição, inclusive, no caso de reconhecimento de vínculo empregatício, quanto aos salários pagos durante a contratualidade.

ERRADO.

A Justiça do Trabalho não tem competência para determinar o recolhimento de contribuições previdenciárias no caso de sentença declaratória de vínculo de emprego em relação aos salários que foram pagos durante a contratualidade. Tal competência é da Justiça Federal.

Há previsão nesse sentido na CLT (redação dada pela Lei 13..467/2017 – Reforma Trabalhista), em súmula vinculante do STF e súmula do TST.

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das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição.

SÚMULA VINCULANTE 53, STF. A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da

Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

Art. 876, CLT. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito

suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo.

Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas

na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que homologar. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

e) A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparados, ainda que propostas pelos dependentes, desde que habilitados no Instituto Nacional do Seguro Social ou sucessores do trabalhador falecido.

ERRADO.

Não é necessário que os dependentes estejam habilitados no INSS para que possam ajuizar reclamação trabalhista pleiteando indenização por danos materiais e morais.

A súmula 392 do TST trata do assunto:

SÚMULA 392 DO TST. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do

Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

Ademais, destaca-se a previsão do art. 1º da Lei 6.858/80:

Art. 1º, Lei 6.858/80. Os valores devidos pelos empregadores aos empregados e os montantes das contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e do Fundo de Participação PIS-PASEP, não recebidos em vida pelos respectivos titulares, serão pagos, em quotas iguais, aos dependentes habilitados

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perante a Previdência Social ou na forma da legislação específica dos servidores civis e militares, e, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.

GABARITO: Letra B QUESTÃO 2.

Fonte: Ano: 2017. Prova: FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto

Em relação à competência da Justiça do Trabalho, em conformidade com a Emenda Constitucional n° 45 de 2004, considere:

I. Compete-lhe a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho.

CERTO.

É o entendimento do TST, constante na súmula 454.

Súmula nº 454 do TST. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente

ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).

II. Não lhe compete apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, ainda que se trate de pedido que deriva do contrato de trabalho.

ERRADO.

A Justiça do Trabalho é competente para julgar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, devido ao fato de que tal pleito deriva do contrato de trabalho. Há tal previsão na OJ 26 da SDI-1/TST.

OJ 26 SDI-1/TST. A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho.

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com repercussão geral, decidiu que cabe à Justiça Comum o processamento de ação ajuizada contra entidade de previdência privada e com a finalidade de obter complementação de aposentadoria.

III. Compete-lhe processar e julgar ação de interdito proibitório proposta por instituição financeira privada contra o Sindicato dos Trabalhadores da respectiva categoria, por meio da qual se busca garantir o livre acesso de empregados e de clientes à sua agência bancária em decorrência de movimento grevista.

CERTO.

De acordo com a CF, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações que envolvam o exercício do direito de greve. Diante de tal previsão constitucional, o STF passou a entender que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada (súmula vinculante 23 do STF).

Como o caso em tela trata de uma instituição financeira privada que irá ajuizar interdito proibitório (espécie de ação possessória que visa impedir agressão à posse de alguém) em face do sindicato devido a um movimento grevista, a competência é da Justiça do Trabalho.

Art. 114, CF/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

Súmula Vinculante 23 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

IV. Não lhe compete processar e julgar ação ajuizada contra o ex-empregador, pela esposa de empregado que faleceu em decorrência de acidente do trabalho, postulando dano moral ocasionado pela morte do trabalhador.

ERRADO.

Com a EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a ser competente para processar e julgar as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. Com isso, os TST passou a entender que tal competência abrange as ações propostas em face de ex-empregador pela esposa de empregado que faleceu em decorrência de acidente de trabalho, a fim de postular indenizações por danos morais e materiais.

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Art. 114, CF/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as

ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional no 45/04.

Súmula 392 do TST. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do

Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda

que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

#PARAIRALÉM: PRAZO PRESCRICIONAL DA AÇÃO AJUIZADA EM FACE DE EX-EMPREGADOR

PELA ESPOSA DE EMPREGADO QUE FALECEU EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE TRABALHO.

A SDI-1/TST decidiu, em junho de 2018, que o prazo prescricional aplicável é o de 03 anos presente no Código Civil.

INFORMATIVO 180 DO TST. Indenização por dano moral e material. Morte do trabalhador em razão de suposta moléstia profissional. Ação ajuizada pelos sucessores em nome próprio. Direito personalíssimo e autônomo. Natureza cível. Prescrição do Código Civil. A ação em que viúva e filhos de empregado falecido pleiteiam, em nome próprio, o pagamento de indenização por danos morais e materiais decorrentes da morte de seu ente familiar por suposta doença ocupacional adquirida no curso do contrato de emprego se submete à prescrição prevista no art. 206, § 3º, do Código Civil. Ainda que a competência para o julgamento da ação seja da Justiça do Trabalho, nos termos do art. 114, VI, da CF e da Súmula nº 392 do TST, trata-se de direito personalíssimo e autônomo dos familiares da vítima, de natureza eminentemente civil, e que se distingue do dano sofrido pelo próprio trabalhador. Sob esse entendimento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos embargos da reclamada, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, negou-lhes provimento para manter a decisão turmária que conhecera do recurso de revista por violação do art. 206, § 3º, do Código Civil para dar-lhe provimento e afastar a prescrição declarada pelo TRT. TST-E-RR-10248-50.2016.5.03.0165, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, 7.6.2018

GABARITO: Letra B. I e III. QUESTÃO 3.

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O Ministério Público do Trabalho instaurou inquérito civil no Município de Jundiaí-SP (15ª Região) para apurar lesões coletivas trabalhistas. No curso desse inquérito, verificou-se que a lesão ocorria também na cidade vizinha de Cajamar-SP (2ª Região), localidade onde inclusive se estabelecia a sede da empresa. Segundo a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, assinale a alternativa CORRETA:

a) A ação deverá ser ajuizada em Jundiaí, exclusivamente, pois houve a fixação da competência com a instauração do inquérito civil.

b) A ação deverá ser ajuizada em Cajamar, exclusivamente, pois a lesão emana da sede da empresa, por ser o centro de decisão de onde são emitidas as orientações para a filial, caracterizando-se como local da lesão.

c) A ação deverá ser ajuizada em Jundiaí ou Cajamar, estando prevento o Juízo para o qual a ação for primeiro distribuída.

d) Como o dano alcança mais de um Tribunal Regional do Trabalho, a ação deverá ser proposta em uma das Varas do Trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho da 15ª Região, da 2ª Região ou do Distrito Federal, estando prevento o Juízo para o qual a ação for primeiro distribuída. e) Não respondida.

Pessoal, para resolver a presente questão, é necessário o conhecimento sobre as regras de competência para ajuizamento de Ação Civil Pública no âmbito da Justiça do Trabalho. Para tanto, indispensável a leitura do art. 2º da Lei 7.347/85 e da OJ 130 da SDI-II do TST.

Art. 2º da Lei 7.347/85. As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.

OJ 130 da SBDI II do TST. I – A competência para a Ação Civil Pública fixa-se pela extensão do dano. II – Em caso de dano de abrangência regional, que atinja cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, a competência será de qualquer das varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos. III – Em caso de dano de abrangência suprarregional ou nacional, há competência concorrente para a Ação Civil Pública das varas do trabalho das sedes dos Tribunais Regionais do Trabalho. IV – Estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.

O caso em tela descreve uma situação em que o dano é de abrangência regional, pois atinge cidades sujeitas à jurisdição de mais de uma Vara do Trabalho, quais sejam, Jundiaí e Cajamar, não caracterizando um dano de abrangência suprarregional ou nacional.

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Assim, é competente qualquer das varas das localidades atingidas, ou seja, Jundiaí ou Cajamar. Conforme item IV da OJ 130 da SDI-II do TST, estará prevento o juízo a que a primeira ação houver sido distribuída.

Portanto, a alternativa correta é a constante na Letra C.

GABARITO: Letra C. QUESTÃO 4.

Fonte: Ano: 2018. Prova: FCC - 2018 - TRT - 15ª Região (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária

A arguição de incompetência territorial no processo do trabalho se dará por meio da apresentação de exceção de incompetência, que tem regras definidas em lei, entre as quais:

a) apresentada a exceção, os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de 5 dias.

CERTO.

Com a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), foram alteradas as regras sobre apresentação de exceção de incompetência territorial. Atualmente, com a apresentação da exceção no prazo de cinco dias a contar da notificação, os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

#PARANÃOESQUECER: Um princípios que rege o direito processual do trabalho é o da celeridade,

razão pela qual o legislador, ao elaborar a lei, deve ser informado por tal norma. A manifestação no prazo comum de 5 dias prestigia referido princípio.

Art. 800, § 2º, CLT. Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.

b) entendendo necessária produção de prova oral, o juízo ouvirá as testemunhas do excipiente na própria audiência, julgando a exceção em seguida.

ERRADO.

Segundo o §3º da CLT, se existir a necessidade de produção de prova oral, o juiz designará audiência para tanto. Vale mencionar que o diploma celetista trouxa a possibilidade de que o excipiente e suas

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testemunhas sejam ouvidos por carta precatória, no juízo que tiver sido indicado como o competente. Vale destacar que não existiria a possibilidade de o juiz ouvir na própria audiência, como diz a alternativa, pois a exceção é apresentada antes da audiência, conforma “caput” do art. 800 da CLT.

Art. 800, CLT. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

§ 3º. Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente.

c) sua apresentação será feita no prazo de 10 dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção.

ERRADO.

A apresentação é feita no prazo de 05 dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção.

Art. 800, CLT. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

d) sua apresentação deve ocorrer juntamente com a contestação, em peça apartada, devendo ser analisada e decidida pelo juiz de plano, em audiência.

ERRADO.

A apresentação não é mais realizada juntamente com a contestação. Com o novo procedimento, a exceção deve ser apresentada no prazo de 5 dias a contar da notificação, antes da audiência. A contestação, por sua vez, é apresentada, em regra, na audiência.

Art. 800, CLT. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.

Art. 847, CLT. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.

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Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

e) protocolada a petição, o processo será interrompido e não se realizará a audiência até que se decida a exceção.

ERRADO.

O processo não será interrompido, mas sim SUSPENSO a partir do protocolo da petição.

Art. 800, § 1º, CLT. Protocolada a petição, será SUSPENSO o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.

GABARITO: Letra A. QUESTÃO 5

Fonte: Ano: 2018. Prova: FCC - 2018 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária No tocante à competência da Justiça do Trabalho, considere:

I. É competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar ações possessórias, incluindo o interdito proibitório, ainda que essas ações sejam decorrentes do exercício de greve dos trabalhadores da iniciativa privada.

CERTO.

Conforme art. 114 da CF, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações que envolvam o exercício do direito de greve.

Nesse sentido, o STF editou a súmula vinculante 23, com entendimento no sentido de que A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

Art. 114, CF/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;

Súmula Vinculante 23 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

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ATENÇÃO: No caso de ações envolvendo greve de servidores públicos estatutários ou celetistas da

Administração Pública direta, autárquica ou fundacional, a competência será da Justiça Comum Estadual ou Federal.

INFORMATIVO 871 STF: A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. STF. Plenário. RE 846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão geral) (Info 871).

#PARAIRALÉM. Outras ações possessórias vinculadas à relação de emprego (não só que envolvam

exercício de direito de greve) são de competência da Justiça do Trabalho.

De acordo com Felipe Bernardes (2018, p. 164), “suponha-se a hipótese em que um empregado receba a posse direta de imóvel como salário in natura, utilizando-o para fins de moradia. Caso o contrato de trabalho se extinga, e o empregado se recuse a desocupar o imóvel, o empregador pode valer-se de ação de reintegração de posse, que será de competência da Justiça do Trabalho, pois a posse, nessa hipótese, decorre da relação de trabalho”.

II. A Justiça do Trabalho é competente para julgar mandando de segurança e habeas corpus quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição, o que não ocorre com o habeas data envolvendo a mesma matéria, cuja competência é da Justiça comum.

ERRADO.

Há previsão expressa no art. 114, IV da CF, no sentido de que a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

Art. 114, CF/88. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

De acordo com Elisson Miessa (2018, p. 228), “no processo do trabalho, o habeas data é de difícil utilização, podendo citar, como exemplo, o ajuizado pelo empregador em face do órgão de fiscalização do trabalho que nega informações sobre o processo administrativo em que o empregador está sofrendo penalidade administrativa”.

#PARAIRALÉM. Em relação à utilização do habeas corpus na Justiça do Trabalho, destacam-se os

seguintes julgados:

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GABARITO COMENTADO

A SBDI-II, por maioria, conheceu de agravo regimental e, no mérito, negou-lhe provimento, mantendo, portanto, decisão monocrática que, em sede de habeas corpus, concedeu pedido liminar para autorizar jogador de futebol a exercer livremente sua profissão, participando de jogos e treinamentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, conforme sua livre escolha. Na espécie, ressaltou-se que não há falar em não cabimento do habeas corpus, pois, na Justiça do Trabalho, a referida ação constitucional não se restringe à proteção do direito à locomoção, mas abrange a defesa da autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de poder perpetrado tanto pela autoridade judiciária quanto pelas partes da relação de trabalho. Ademais, no caso em tela restou demonstrada a presença da fumaça do bom direito e do perigo da demora, pois o paciente encontra-se impedido de exercer a função de jogador de futebol no clube que lhe interessa, e a manutenção do vínculo com o empregador atual, por tempo indeterminado, ofende o direito de livre exercício da profissão. De outra sorte, o debate travado nos autos reclama medida urgente, pois envolve atleta que, em razão da idade, encontra-se em fim de carreira. Vencidos os Ministros Douglas Alencar Rodrigues e Renato de Lacerda Paiva. TST-AgR-HC-5451-88.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Delaíde Miranda Arantes, 8.8.201

INFORMATIVO 187 DO TST. Habeas corpus. Não cabimento. Atleta profissional de futebol. Liberação para exercício de atividade esportiva em agremiação diversa. Ausência de restrição ao direito primário de liberdade de locomoção. Conforme vem se posicionando o STF e o STJ, o habeas corpus tem cabimento restrito à defesa da liberdade de locomoção primária (direito de ir, de vir ou de permanecer), ou seja, é meio de proteção a direitos que tenham como condição necessária para o seu exercício a liberdade física. Assim, é incabível habeas corpus para discutir cláusula contratual envolvendo atleta profissional de futebol, com pedido de transferência imediata para outra agremiação desportiva e de rescisão indireta do contrato de trabalho. No caso, a liberdade de locomoção é afetada apenas de forma secundária, como reflexo da liberdade de exercício de profissão ou de trabalho, tutelada por outro meio admitido em Direito. Sob esses fundamentos, a SBDI-II, em sua composição plena, por maioria, não admitiu o habeas corpus, extinguindo o processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, IV, do CPC de 2015. Vencidos os Ministros Alexandre de Souza Agra Belmonte, Delaíde Miranda Arantes e Maria Helena Mallmann, que admitiam o habeas corpus ao fundamento de que é a medida adequada para combater a restrição à liberdade de locomoção advinda da impossibilidade de o atleta transferir-se para outra agremiação, não obstante haja mora contumaz do clube empregador a autorizar o rompimento do contrato (art. 31 da Lei Pelé), e em razão de o valor da cláusula compensatória de transferência ser exorbitante. TST-HC-1000678-46.2018.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Alexandre Luiz Ramos, 13.11.2018

III. Segundo entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, é competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas,

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ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

CERTO.

É o que diz a súmula 392 do TST:

Súmula 392 TST. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho

é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.

GABARITO: Letra A. I e III. QUESTÃO 6

Fonte: Ano: 2017. Prova: FCC - 2017 - TST - Juiz do Trabalho Substituto

Fulano de Tal, advogado regularmente inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados da Brasil, teve poderes outorgados pela empresa ABC Ltda., mediante o devido instrumento de mandato, datado de 02/07/2016, para defendê-la em reclamação trabalhista. A procuração foi anexada ao Processo Judicial Eletrônico quando da habilitação nos autos. Contudo, por um lapso do advogado, não foi anexado aos autos o contrato social da empresa. A defesa da reclamada foi protocolada com documentos, tendo o advogado Fulano participado diligente e pessoalmente de todas as audiências realizadas. Encerrada a instrução, a ação foi julgada parcialmente procedente. Diante da sentença e do interesse na interposição de recurso pela empresa, Dr. Fulano de Tal solicitou que o recurso ordinário fosse elaborado e protocolado no Processo Judicial Eletrônico pelo seu advogado assistente, Dr. Ciclano de Tal. Para tanto, substabeleceu os poderes recebidos do cliente a este advogado. O recurso ordinário foi devidamente elaborado, assinado eletronicamente e protocolado por Dr. Ciclano de Tal, juntamente com o substabelecimento outorgado pelo Dr. Fulano de Tal. Ocorre que, ao realizar o juízo de admissibilidade, o Juiz da Vara do Trabalho percebeu que a outorga do substabelecimento passado ao Dr. Ciclano de Tal era datada de 08/04/2015. Assim, alegando que o substabelecimento do advogado signatário do recurso era anterior à outorga de poderes pela recorrente ao Dr. Fulano de Tal, o Juiz da Vara do Trabalho não recebeu o recurso ordinário, sob o fundamento de irregularidade de representação processual da parte. Nessa situação hipotética, de acordo com o entendimento dominante e as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do Tribunal Superior do Trabalho sobre a regularidade de

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GABARITO COMENTADO

representação da parte:

a) se o Dr. Fulano de Tal estivesse investido de mandato tácito, seria regular o substabelecimento ao Dr. Ciclano de Tal.

ERRADO.

O advogado investido de mandato tácito não tem poderes para substabelecer, conforme entendimento do TST.

OJ 200 SDI-I/TST. É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.

b) considerando que a data da outorga de poderes é condição de validade do mandato judicial, caso não fosse datado o substabelecimento ao Dr. Ciclano de Tal, restaria caracterizada hipótese de irregularidade de representação.

ERRADO.

A data da outorga de poderes não é condição de validade do mandato judicial, razão pela qual a sua ausência não caracteriza irregularidade de representação. A data é condição de validade tão somente no mandato civil. Na ausência de data, quanto ao mandato judicial, o TST tem entendimento no sentido de que a data a ser considerada é aquela em que o instrumento foi juntado aos autos.

OJ 371 SDI-I/TST. Não caracteriza a irregularidade de representação a ausência da data da outorga de poderes, pois, no mandato judicial, ao contrário do mandato civil, não é condição de validade do negócio jurídico. Assim, a data a ser considerada é aquela em que o instrumento for juntado aos autos, conforme preceitua o art. 409, IV, do CPC de 2015 (art. 370, IV, do CPC de 1973). Inaplicável o art. 654, § 1º, do Código Civil

c) verificada a irregularidade de representação em razão de o substabelecimento possuir data anterior à outorga passada ao substabelecente, o recurso deverá ser tido por inexistente, na medida em que é inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de instrumento de mandato, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente.

ERRADO.

Se o substabelecimento possuir data anterior à outorga passada ao substabelecente, o recursos não é considerado inexistente. Trata-se de vício sanável. Em observância à primazia da decisão de mérito, o TST tem entendimento no sentido de que, no caso em tela, deverá ser concedido prazo razoável para

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GABARITO COMENTADO

que a parte possa sanar referido vício (súmula 395, V, TST).

Súmula 395 do TST. I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II– Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV - Configura-se a irregularidade de representação se o

substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

d) seriam inválidos os atos praticados pelo substabelecido, caso o instrumento de mandato não disciplinasse poderes expressos para substabelecer, ainda que o juiz suspendesse o processo e designasse prazo para que fosse sanado o vício.

ERRADO.

Pessoal, quando o instrumento de mandato não prevê nem veda, expressamente, a possibilidade de substabelecimento, é possível a sua realização. Só não será possível o substabelecimento quando houver vedação expressa nesse sentido. É o que diz o item III da súmula 395 do TST: São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002).

Súmula 395 do TST. I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II– Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os

atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV - Configura-se a irregularidade de

representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

e) caso o recurso ordinário tivesse sido firmado e protocolado no Processo Judicial Eletrônico diretamente pelo Dr. Fulano de Tal, ainda que não exibido aos autos o contrato social da empresa, tal situação, em não havendo impugnação da parte contrária, não caracterizaria invalidade do

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mandato outorgado ao advogado.

CERTO.

O CPC não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao procurador. Apenas no caso de haver alguma impugnação da parte contrário em relação à ausência de juntada do estatuto é que haverá a necessidade de fazê-lo. É o entendimento do TST na OJ 255 da SDI-I/TST.

OJ 255 da SDI-I/TST. O art. 75, inciso VIII, do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973) não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte contrária.

GABARITO: Letra E. QUESTÃO 7.

Fonte: Ano: 2017. Prova: MPT - 2017 - MPT - Procurador do Trabalho

Assinale a alternativa INCORRETA:

a) O Tribunal Superior do Trabalho, em jurisprudência sumulada, restringiu o jus postulandi às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando, por exemplo, a ação rescisória e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

CERTO.

Em regra, é cabível, na Justiça do Trabalho, o “jus postulandi”, que significa a capacidade postulatória das partes para o ajuizamento de ação, não necessitando da representação por advogado. Está previsto no art. 791 da CLT.

Art. 791, CLT. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

NÃO SE ESQUEÇA: O “jus postulandi” é possível em dissídios coletivos.

Contudo, há exceções em que não se permite o “jus postulandi” das partes. Segundo o TST, na súmula 425, o “jus postulandi” limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

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Súmula nº 425 TST. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

Vale ressaltar que, com a Reforma Trabalhista, passou a haver outra hipótese em que há obrigação da presença do advogado: processo de homologação de acordo extrajudicial.

Art. 855-B, CLT. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.

Finalmente, destaca-se que, de acordo com Elisson Miessa (2018, p. 321), “a doutrina entende inaplicável, o “jus postulandi” nos embargos de terceiros, recursos de peritos e depositários. Do mesmo modo, o TST já decidiu que na reclamação, descrita no art. 988 do CPC/15, não se aplica o jus postulandi (Informativo nº 150 do TST)”.

INFORMATIVO 150 DO TST. Reclamação. Não cabimento. Ausência de capacidade postulatória. Incidência da Súmula nº 425 do TST. Não se conhece de reclamação (art. 988 do CPC de 2015) na hipótese em que o reclamante postula em causa própria e não comprova sua condição de advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB, pois a dispensa da capacidade postulatória mediante a competente habilitação técnica legal somente pode ocorrer nos casos expressamente autorizados por lei, conforme entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal. Ademais, ao caso concreto não se aplica o jus postulandi de que trata o art. 791 da CLT, pois este dispõe acerca das lides decorrentes da relação de emprego, ao passo que, na espécie, a reclamação envolve matéria sindical, de competência da Justiça do Trabalho em virtude do art. 114, III, da CF. Incide, portanto, a ratio decidendi da Súmula nº 425 do TST, cuja redação não faz referência à reclamação porque editada em momento anterior à existência do referido instrumento jurídico no âmbito da Justiça do Trabalho. Sob esse entendimento, e ausentes quaisquer das situações que autorizam o cabimento da reclamação, o Órgão Especial, por unanimidade, extinguiu o processo, sem resolução de mérito, na forma do art. 485, I e IV, do CPC de 2015. TST-Rcl-20103-47.2016.5.00.0000, Órgão Especial, rel. Min. José Roberto Freire Pimenta, 6.12.2016

b) A procuração apud acta significa a possibilidade de se constituir procurador com poderes para o foro em geral por intermédio de registro em ata de audiência, por requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.

CERTO.

Segundo Renato Saraiva, “o mandato tácito é formado em função do comparecimento do causídico à audiência, representando qualquer das partes e praticando atos processuais, constando seu nome na

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ata de audiência. A procuração apud acta é conferida pelo juiz em audiência, mediante ato formal, solene, devidamente registrado na ata de audiência”.

Contudo, a jurisprudência do TST não tem feito distinção entre mandato tácito e procuração apud acta.

O §3º do art. 791 trata sobre a procuração apud acta:

§ 3º. A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.

c) A intervenção iussu iudicis significa o chamamento, pela jurisdição, dos litisconsortes necessários para integrarem a lide. Tal modalidade de intervenção ainda não foi apreciada pela jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

ERRADO.

A intervenção iussu iudicis é a intervenção de terceiros que ocorre por determinação do juiz. Conceitualmente, não é limitada às hipóteses de litisconsórcio necessário.

Segundo Felipe Bernardes (2018, p. 291), “a intervenção iussu iudicis era prevista no CPC de 1939 (art. 91), como autorização para que o magistrado, por mera conveniência, trouxesse ao processo qualquer pessoa que pudesse ser prejudicada pela decisão judicial, mesmo que não fosse caso de litisconsórcio necessário. O CPC de 1973, assim como o de 2015, não reproduziu a regra”.

Atualmente, há na doutrina quem afirme que o art. 115, parágrafo único, do CPC contempla hipótese de intervenção iussu iudicis.

Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será:

I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.

Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor

que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.

Finalmente, tal modalidade de intervenção já foi apreciada pela jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho na súmula 406 do TST, pois nesse caso é necessário que o juiz intime o autor para emendar a inicial.

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Súmula nº 406 do TST. I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao pólo passivo da demanda, porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao pólo ativo, o litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência e não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos demais para retomar a lide. II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.

d) O Tribunal Superior do Trabalho, em jurisprudência sumulada, já deixou assentado que a União, Estados, Municípios e Distrito Federal, Autarquias e Fundações Públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. É essencial que o signatário ao menos se declare exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

CERTO.

Trata-se do entendimento do TST constante na súmula 436.

Súmula nº 436 TST. I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

GABARITO: Letra C. QUESTÃO 8.

Fonte: Ano: 2016. Prova: TRT 2R (SP) - 2016 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho Substituto

Nos processos perante a Justiça do Trabalho, em relação à representação das partes, nos termos das Súmulas da Jurisprudência Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho:

I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contenha cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda.

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GABARITO COMENTADO

CERTO.

É o que diz o item I da súmula 395 do TST.

Súmula 395 do TST. I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém

cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art.

105 do CPC de 2015). II– Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

II- São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer.

CERTO.

Se não há vedação no mandato para substabelecimento, é possível a sua realização, conforme item III da súmula 395 do TST.

Súmula 395 do TST. I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II– Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os

atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV - Configura-se a irregularidade de

representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

III- A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, e as empresas públicas e as sociedades de economia mista, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato.

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GABARITO COMENTADO

A súmula 436 do TST cita apenas União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas. Não há tal previsão em relação às empresas públicas e sociedades de economia mistas, que, sendo pessoas jurídicas de direito privada, regem-se pelas mesmas regras das demais entidades privadas.

Súmula nº 436 TST. I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.

IV- É válido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica, ainda que este não contenha o nome do outorgante e do signatário da procuração.

ERRADO.

A súmula 456 do TST preceitua que é inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam.

Súmula 456 TST. É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados constituem elementos que os individualizam.

V- Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente.

CERTO.

No caso em tela, haverá irregularidade de representação. Contudo, trata-se de vício sanável, razão pela qual o juiz concederá prazo razoável para que a parte regularize.

Súmula 395 do TST. I- Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). II– Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV - Configura-se a irregularidade de representação se o

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GABARITO COMENTADO

substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015).

GABARITO: Letra A. Somente as proposições l, II e V estão corretas. QUESTÃO 9.

Fonte: Ano: 2018. Prova: VUNESP - 2018 - Prefeitura de São Bernardo do Campo - SP – Procurador

Sobre a Responsabilidade por dano processual incluída recentemente na CLT, assinale a alternativa correta:

a) A multa de litigância de má-fé poderá ser aplicada de ofício ou a requerimento.

CERTO.

Com a Reforma Trabalhista, passou a haver previsão expressa na CLT acerca da multa por litigância de má-fé. O dispositivo celetista prevê que a multa pode ser aplicada de ofício ou mediante requerimento.

Art. 793-C, CLT. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 3º O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

b) Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou subsidiariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

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GABARITO COMENTADO

ERRADO.

O §1º do art. 793-C da CLT preceitua que o juízo condenará cada um dos litigantes de má-fé na proporção de seu respectivo interesse na causa ou SOLIDARIAMENTE aqueles que se coligarem para lesar a parte contrária. Assim, não há que se falar na responsabilidade subsidiária dos que se coligarem, mas sim solidária.

Art. 793-C, CLT. § 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

c) A execução da multa de litigância de má-fé dar-se-á em autos apartados.

ERRADO.

A execução da multa ocorrerá nos próprios autos do processo em que foi praticado o ato que a originou.

Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos.

d) Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até duas vezes o último salário contratual do ofendido.

ERRADO.

A base de cálculo da multa nesse caso não será o último salário contratual do ofendido, mas sim o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Art. 793-C, CLT. § 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

e) Não se aplica a multa de litigância de má-fé à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa, pois não é parte na ação.

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GABARITO COMENTADO

ERRADO.

A multa por litigância de má-fé também é aplicada às testemunhas, havendo previsão expressa nesse sentido.

Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

GABARITO: Letra A. QUESTÃO 10

Fonte: Ano: 2018. Prova: FCC - 2018 - PGE-AP - Procurador do Estado

A empresa “R” Móveis foi notificada para comparecer a audiência em reclamação trabalhista movida por seu ex-empregado Thor. Em relação ao preposto que irá representar a reclamada:

a) não precisa ser empregado, por força de dispositivo legal.

b) não precisa ser empregado, quando se tratar de empregador doméstico.

c) não precisa ser empregado, mas nesse caso, as suas declarações não obrigarão o proponente. d) deve ser empregado ou gerente que tenha conhecimento dos fatos.

e) deve ser empregado quando se tratar de micro ou pequeno empresário.

Com o advento da Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), foi alterado o antigo entendimento no sentido de que o preposto do empregador deveria ser seu empregado (redação da súmula 377 do TST), salvo o empregador doméstico e a pequena e microempresa. Atualmente, por previsão expressa no §3º do art. 843 da CLT, o preposto não precisa mais ser empregado da parte reclamada.

Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.

§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto

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GABARITO COMENTADO

§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.

§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte

reclamada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

ATENÇÃO: Apesar de o preposto não precisar mais ser empregado, é indispensável que ele tenha

conhecimento do fatos (não significa ter presenciado os fatos), sob pena de confissão ficta.

Vale mencionar, ainda, que o preposto substitui o empregador na audiência. Sua atividade é exaurida na própria audiência, não podendo, posteriormente, praticar outros atos processuais.

#PARAIRALÉM. O Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e OAB, no art. 3º, preceitua que

“é defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto de empregador ou cliente”.

GABARITO: Letra A.

05 QUESTÕES INÉDITAS CERTO E ERRADO

QUESTÃO 11.

A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais ou pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.

ERRADO.

Os absolutamente incapazes devem ser representados, enquanto os relativamente incapazes devem ser assistidos em juízo.

Segundo Elisson Miessa (2018, p. 312), “difere-se representação de assistência, porque na representação os atos são exercidos exclusivamente pelo representante (ex., pais). Já na assistência, o assistente verificará (assistirá) os atos praticados pelo assistido, ratificando-os”.

A CLT, no art. 793, trata sobre a representação do menor de 18 anos nas ações trabalhistas, estabelecendo uma ordem de forma sucessiva:

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GABARITO COMENTADO

Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo.

Em primeiro lugar, o menor de 18 anos será representado por seus representantes legais e, tão somente na ausência destes, será feita pela Procuradoria da Justiça do Trabalho (Ministério Público do Trabalho), pelo sindicato, pelo MP estadual ou curador nomeado em juízo.

Como a alternativa fala em “representantes legais ou pela Procuradoria (...)”, a afirmação está incorreta.

#PRANÃOESQUECER

REPRESENTANTES LEGAIS

PROCURADORIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (MPT) SINDICATO DA CATEGORIA

MP ESTADUAL

CURADOR NOMEADO EM JUÍZO

Finalmente destacam-se os comentários de Homero Batista (2018, p. 571): “Há quem afirme que a presença do Ministério Público do Trabalho é obrigatória em 100% dos casos, dada a locução do art. 127 da CF (defesa dos interesses sociais), reforçada pelo art. 5, III, e, da LC 75/93 (defesa dos interesses da criança e do adolescente). No entanto, a regra adotada pela CLT foi priorizar a representação parental e, somente na falta desses, pelos demais órgãos legitimados. Deve- atentar para o fato de que a falta dos pais ou responsáveis não é apenas a falta física, como em caso de óbito o desaparecimento, mas a falta de diligência, a desatenção ou mesmo a possibilidade de interesses conflitantes”.

QUESTÃO 12

É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.

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20 TODO DIA

GABARITO COMENTADO

É o que diz o item I da súmula 383 do TST:

Súmula nº 383 do TST. I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).

Em 2016, o TST alterou o seu entendimento, passando a permitir que o advogado, em caráter excepcional, exiba a procuração no prazo de 5 dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz.

LEMBRE-SE: Antes, o TST tinha entendimento no sentido de que era inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente.

Desse modo, atualmente, é possível que o advogado junte posteriormente a procuração, na hipótese do item I da súmula 383. A não apresentação no prazo, torna o recurso ineficaz.

De acordo com Elisson Miessa (2018, p. 2018), “o C. TST interpretou sistematicamente o art. 104 c/c o art. 932, parágrafo único, ambos no Novo CPC, reduzindo o prazo para 5 dias no caso de fase recursal”.

Art. 104, CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.

§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.

§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.

Art. 932, CPC. Incumbe ao relator:

Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.

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GABARITO COMENTADO

QUESTÃO 13

Reconhece-se a legitimidade do sindicato profissional para pleitear, na qualidade de substituto processual, equiparação salarial em benefício de um único empregado, ainda que se trate de direito individual heterogêneo do substituído.

CERTO.

Nos termos do art. 8º, III, CF/88, o sindicato possui ampla legitimidade para a defesa dos interesses individuais e coletivos dos integrantes da categoria.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

Diante da previsão constitucional, o STF e o TST tem interpretado a CF no sentido de que a legitimidade do ente sindical não se limite à defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, abrangendo, também, os individuais heterogêneos, inclusive quando ocorre em benefício de um único empregado.

Nesse sentido, é o informativo 102 do TST:

INFORMATIVO 102 DO TST. Sindicato. Legitimidade para atuar como substituto processual. Direito individual heterogêneo. Pedido de equiparação salarial em benefício de um único empregado. Possibilidade. Art. 8º, III, da CF. O art. 8º, III, da CF autoriza expressamente a atuação ampla dos entes sindicais na

defesa dos direitos e interesses individuais e coletivos dos integrantes da categoria respectiva, de maneira irrestrita. Assim sendo, reconhece-se a legitimidade do sindicato profissional para pleitear, na qualidade de substituto processual, equiparação salarial em benefício de um único empregado, ainda que se trate de direito individual heterogêneo do substituído. Com esse entendimento, a

SBDI-I, por unanimidade, conheceu do recurso de embargos da reclamada, por divergência jurisprudencial e, no mérito, por maioria, negou-lhe provimento. Vencido o Ministro Márcio Eurico Vitral Amaro. TSTE-RR-990-38.2010.5.03.0064, SBDI-I, rel. Min. Lelio Bentes Corrêa, 19.3.2015

Além disso, destacam-se os seguintes informativos:

INFORMATIVO 75 DO TST. Sindicato. Substituição processual de um único empregado. Legitimidade ativa. Direitos individuais homogêneos. Na hipótese em que o objeto da ação diz respeito a direitos individuais homogêneos da categoria (intervalo intrajornada, horas in itinere e diferenças salariais), há de se reconhecer, nos termos do art. 8º, III, da CF, a ampla legitimidade do sindicato para atuar na condição de

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