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MANUAL_TEÓRICO_E_PRÁTICO_DE_RADIESTESIA_-_DR._E._SAEVARIUS

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DR. E. SAEVARIUS

(Ex-Membro da Sociedade de Radiestesia de Paris)

MANUAL TEÓRICO E PRÁTICO DE RADIESTESIA

EDITORA PENSAMENTO São Paulo

SUMÁRIO

PREFÁCIO 7

1ª. parte. Cap. I. INSTRUMENTOS 13 Cap. II. POLARIDADE 25

Cap. III. USO DA FORQUlLHA 29 2ª. parte. Cap. IV. DOS RAIOS 53

Cap. V. ESPIRAS 67

Cap. VI. IMPREGNAÇÃO - DESIMPREGNAÇÃO - REMANÊNCIA 73

3ª. parte. Cap. VII. ESTUDO SOBRE AS ÁGUAS 79

4ª. parte. Cap. VIII. OUTROS MÉTODOS PARA SE ACHAR A PROFUNDIDADE 89

Cap. IX. BUSCA DE UMA CORRENTE D'ÁGUA - MÉTODO DE FR. PADEY 97

Cap. X. CÁLCULO DE PRODUÇÃO LÍQUIDA

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SUBTERRÂNEA (Método de Fr. Padey) 107 Cap. XI. ANÁLISE DAS ÁGUAS 115

5ª. parte. Cap XII. CAVIDADES SECAS 119 6ª. parte. Cap. XIII. DIAMANTE 127

Cap. XIV. ESTUDO DE ALGUNS MINERAIS - ARGILAS - TERRAS - ROCHAS - MODO PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS 139

Cap. XV. IDENTIFICAÇÃO DE REMÉDIOS HOMEOPÁTICOS 141

Cap. XVI. ANÁLISE DOS CORPOS 143

7ª. parte. Cap. XVII. MÉTODO DE EMPREGO DAS FICHAS - COMO FOI DESCOBERTO ESSE NOVO MÉTODO 151

8ª. parte. Cap. XVIII. PROSPECÇOES AGRÍCOLAS - ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA

DAS TERRAS 157

9ª. parte. Cap. XIX. ONDAS CALCÁRIAS 173

10ª. parte. Cap. XX. PROSPECÇÃO DO HOMEM - RADIAÇÕES DOS SERES VIVOS - DIAGNÓSTICO

PENDULAR - SUA ORIGEM 179 Cap. XXI. SÉRIES HUMANAS 189

11ª. parte. Cap. XXII. COMPRIMENTO DA ONDA HUMANA 203 12ª. parte. Cap. XXIII. RADIAÇÕES NOCIVAS - CAUSAS DO

CÂNCER 211

13ª. parte. Cap. XXIV. HIGIENE NA ALIMENTAÇÃO 223 14ª. parte. Cap. XXV. TELERRADIESTESIA 229 Cap. XXVI. TRABALHO À DISTÂNCIA 235 Cap. XXVII . TELEDIAGNÓSTICO 239

15ª. parte. Cap. XXVIII. SEXO DE UMA CRIANÇA QUE ESTÁ PARA NASCER - IMPORTÂNCIA DO

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CONHECIMENTO DA POLARIDADE HUMANA - OS SEXOS ANTE OS

DETECTORES RADIESTÉSICOS 241 16ª. parte. Cap. XXIX. NOSSO MÉTODO DO EMPREGO DAS

FICHAS CONCORRENTES COM O USO DA RÉGUA-ESCALA DE TURENNE 249 17ª. parte. Cap. XXX. ESTUDOS SOBRE OS MOVIMENTOS

DO PÊNDULO - GIRAÇÕES POSITIVAS E NEGATIVAS - CAUSAS 255

PREFÁCIO

O nosso principal intento é, antes de tudo, ajudar, com nossa modesta contribuição, na vulgarização dessa ciência nova chamada RADIESTESIA, com o fim de dar a ela um alcance sempre maior.

Tivemos oportunidade, com a publicação do livrinho "A Radiestesia no Lar", de ensinar e educar curiosos e estudiosos na manipulação do pêndulo com um fim humanitário, para que os iniciados desfrutem das grandes vantagens que poderão conseguir para a saúde, valendo-se do pêndulo, instrumento da maior simplicidade e de manejo muito fácil que permite selecionar rapidamente e com toda a exatidão os remédios adequados à enfermidade que se deseje curar.

Acreditamos ter conseguido tal propósito em razão do êxito inegável com a venda, maciça e rápida, daquela obrinha, cuja presença se impôs em todas as casas e em todas as mãos, e também pelo escoamento rapidíssimo de uma 2ª. edição da mesma obra, cuja tiragem foi três vezes maior.

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Tratou-se, nela, exclusivamente dos preciosos serviços que presta o pêndulo no selecionar e pesquisar remédios, tendo em vista unicamente a escolha apropriada à doença que se quer curar.

Para demonstrar a real importância que cabe à Radiestesia em tal matéria, mencionaremos algumas das possibilidades a que se chega com o pêndulo, em numerosos estudos relativos a diversas ciências em que a radiestesia vai prestando seu prestigioso concurso.

Dentre os muitos leitores, alguns estranharam a ausência de detalhes suficientes para se ilustrarem mais extensa e profundamente nos arcanos dessa ciência.

É necessário, pois, observar que "A Radiestesia no Lar" não é um manual destinado ao estudo dessa ciência. Esta obra trata exclusivamente de sua aplicação ao ramo especial da prospecção, escolha, seleção e pesquisa de remédios para a cura de doenças, e, nela, acha-se tudo quanto seja preciso e suficiente para a concretização dessas buscas com o uso do pêndulo.

A publicação dessa obrinha não teve outro intuito. Por esse motivo, o autor não cogitou de estender-se nas demais considerações relativas a várias outras possibilidades, limitando-se apenas a ensinar o essencial para que qualquer pessoa pudesse tirar os proveitos anunciados e explicados no método.

Não é necessário, ademais, que qualquer estudioso ou curioso possua maiores conhecimentos dessa ciência, seja quanto ao emprego do pêndulo ou da forquilha, seja quanto às inúmeras possibilidades que estes pequenos instrumentos possam oferecer. E essas possibilidades, apenas entrevistas, fomentam no espírito o desejo de conhecer mais a fundo, e em pormenores, senão os segredos (que não existem), mas principalmente as regras que regem seus diversos movimentos e que precisam e explicam a sua significação.

Os estudos a que dão lugar são muito complexos e exigiriam literatura abundante para instruir os que atualmente se interessam pela

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radiestesia que, como ficou dito acima, penetrou a maior parte de todos os ramos cientificos.

Pensou-se aqui num estudo elementar que propiciasse os principais conhecimentos que o estudante radiestesista deve conhecer, conhecimentos estes apoiados teoricamente em dados admitidos, provados e reconhecidos experimentalmente, contudo suficientes para se iniciarem nessa nova ciência todos os que se sentem por ela atraidos, ou os que tenham propensão para o seu estudo e, sobretudo, os que estejam animados do imperioso desejo de, antes de tudo, ensaiar a manipulação dos instrumentos, a fim de comprovar de per si a sua real eficácia.

Apresentamos, então, a nossa nova obra intitulada "Manual' de Radiestesia Teórico e Prático", posta ao alcance dos estudantes e estudiosos para familiarizá-Ios com a manipulação do pêndulo e da forquilha, permitindo-Ihes buscas, prospecções e descobertas de que estão revestidas todas as possibilidades de real mérito utilitário.

Este novo "Manual de Radiestesia", que agora lançamos à curiosidade do público leitor, virá acrescer muito despretensiosamente a jánumerosa literatura radiestésica e colocar-se humildemente à sombra de outras obras, mais completas e detalhadas, talvez muito cientificas e complicadas como iniciação nessa ciência a quem apenas a conhece de nome.

Não se edifica uma casa começando-a pelo teto. Assim, em todas as demais ciências começa-se pelas noções mais elementares.

Tal foi o nosso escopo, que pensamos e acreditamos realizar com este Manual, aliando a teoria à prática, a fim de que todos os seus leitores nele pudessem achar o máximo de prática e de teoria, que cativasse o seu espírito e o impelisse mais fortemente ao estudo da nova ciência; com o propósito, logo de início, de compreenderem os grandes proveitos que poderão lograr com tais conhecimentos.

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Temos a convicção de que o nosso trabalho - e isso sem a mais leve pretensão - não deixará de corresponder ao seu título, e que este "Manual de Radiestesia Teórico e Prático" fornecerá aos seus leitores e estudantes a matéria fundamental que a principio os iniciará, e, a seguir, lhes dará, através dos resumos que apresentamos e que constituem a parte essencial dessa nova ciência, os meios de desenvolverem os conhecimentos até então adquiridos.

As matérias expostas e tratadas em nosso manual encerram tudo quanto é necessário e suficiente para conhecer, para formar teoricamente um bom radiestesista, desde que treine sem esmorecimento; executando todos os exercícios indicados e exercitando-se nas diversas buscas mencionadas no manual, conformando a execução dos seus trabalhos com as prescrições indicadas para obter bons êxitos e resultados seguros.

Estas recomendações não dispensam as operações e experiências de iniciativa do estudante. Ao contrário, será com estes exercicios que o principiante adquirirá maior prática.

Dispensamos, neste Manual, toda a parte histórica relativa à utilização da forquilha nos tempos remotos. A verdade é que, desde o século XVII, o seu uso acentuou-se de modo progressivo. Mas, na realidade, somente de 1860 até nossos dias é que forquilha e pêndulo ganharam, na busca das águas, um desenvolvimento real assombroso, que se estendeu a diversos ramos, tocando quase todas as ciências e, a muitas delas, trouxeram sua cooperação para maior proveito das ciências e da humanidade.

A radiestesia é uma ciência experimental, e, em todas as buscas a que empresta o seu concurso, confirma, pelo seu êxito e exatidão das suas descobertas e dos seus dados, na maior parte dos casos, a sua superioridade sobre os antigos processos, e, mais ainda, as possibilidades que tem, em certas circunstâncias, como nos diagnósticos médicos, de prever, de antecipar, com grande

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antecedência, doenças ainda latentes, e os estados pré-tuberculosos, pré-cancerosos, por exemplo, nas pessoas predispostas e inexoravelmente marcadas como vitimas futuras dessas cruentas e dolorosas enfermidades.

Deixamos, contudo, de assinalar algumas possibilidades maravilhosas e diversas experiências que fizemos com muito êxito, tais como análises de produtos humanos e tomada da tensão arterial. Provas foram feitas sobre nós mesmos e sobre pessoas da família, provas essas interessantíssimas para doutores em medicina, tanto pela sua simplicidade como pela sua exatidão, sempre e facilmente verificável. Mencionamo-Io aqui apenas para constar, posto que não quisemos publicá-lo.

Temos relatado vários métodos de diversos autores, doutores em medicina empregados diariamente para descobrir os vestígios dos estados patológicos das pessoas em estado mórbido. Estendemo-nos em diversos capítulos no que concerne aos vários processos aplicados tanto no diagnóstico quanto na cura das doenças.

Concluímos com a parte mais recente em que se lançaram os radiestesistas na aplicação de sua ciência, e conforme a teoria das radiações a da prospecção à distância, isto é, à Telerradiestesia, tal como se faz o Telediagnóstico.

Esse ramo novo impeliu os radiestesistas a prospecções diversas, além dos seus limites naturais. Atualmente esses limites desapareceram. O campo é livre. Prospeta-se do próprio escritório, do próprio laboratório qualquer parte do Globo, tanto pesquisando sua superfície quanto o seu seio mais profundo; prospeta-se o homem, quer esteja presente, quer não; a sua foto é suficiente, sua escrita, assinatura, alguma coisa íntima dele, seja qual for, basta para trazer à luz o que há de mais escondido no íntimo do ser. Isto é, por um lado, o seu estado fisiológico-químico, e, por outro, algo de sua consciência, do seu estado fisiológico-psíquico.

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Não nos estenderemos mais no estudo da telerradiestesia senão no que abrange a prospecção à distância, expondo-a sumariamente.

Finalmente, para completar nosso trabalho, e por estar ligado à telerradiestesia, não podemos deixar de mencionar, dada a sua importância, o "Telediagnóstico", palavra que para sua melhor compreensão traduziremos por "Diagnóstico à Distância". Tal como na telerradiestesia, ou prospecção à distância, em que o trabalho se executa sobre mapas, desenhos e plantas, o diagnóstico à distância verifica-se sobre foto, retrato da pessoa doente, sobre carta de sua escrita, sobre sua assinatura ou objetos seus, desenho anatômico da mão do doente, roupa do corpo, ou sobre escarros, sangue, urina, cabelos etc.

É com o estudo desses objetos e das matérias orgânicas do corpo do enfermo que os R.R.P.P. dos terciários Franciscanos das Missões de Mato Grosso diagnosticam as doenças dos moradores da sua vastíssima diocese de São Luís de Cáceres, e da Prelazia de Guarujá-Mirim. Graças ao pêndulo, receitam-Ihes, com acerto, "os remédios da terra" que sempre os curam.

Naqueles sertões, o pêndulo é o instrumento mágico que a Providência pôs na mão dos Padres, para que, tal um talismã miraculoso, ajude e contribua para aliviar as dores e curar os infelizes índios dessas regiões longínquas e desérticas.

Reservamos um capítulo à deteção do sexos, com o fito de prestar aos leitores interessados nessa prospecção uns dados úteis, sob o ponto de vista econômico. Tal é o objetivo deste pequeno estudo, sobretudo no que se refere à pesquisa do sexo dos ovos.

A aplicação desse processo permite, a um criador curioso e cuidadoso, realizar uma rica seleção entre seus galináceos. Complementamos esse estudo, a título de curiosidade, com um método para se reconhecer o sexo de uma criança que está para nascer. E ainda, devido às diferenças de polaridade que existem entre

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as pessoas, diferenças que fazem variar o sentido das girações do pêndulo de uma a outra, fomos levados a completar o que já foi dito, no começo deste pequeno Manual, sobre polaridade.

Resumindo a teoria do outro autor, teoria essa que parece apoiar-se em base mais científica, dissemos que o radiestesista não deve ignorar a questão da polaridade, fenômeno que aparece assaz freqüentemente, e que pode causar estranheza e dúvidas no espírito dos estudantes e principiantes não prevenidos. Ao mesmo tempo, achamos conveniente expor algo das causas às quais, teoricamente, se atribui essa anormalidade que afeta numerosas pessoas.

Concluímos esse último capítulo com algumas considerações nossas a esse respeito, deixando aos leitores o cuidado de deduzir do exposto os comentários que julgarem adequados à questão, conforme suas apreciações e conhecimentos.

Estendemo-nos na aplicação de diversos métodos radiestésicos no que se refere à saúde e à higiene do homem. Não podíamos, pois, silenciar a respeito dos ramos que tocam tão de perto a higiene em geral e que abrangem as questões agronômicas e agrícolas, a agropecuária, o estudo das terras, a sua análise, a adubação, ramos afins que se ligam estreitamente ao bem-estar do pessoal do campo, assim como à saúde e à higiene em geral.

Demonstramos como, pela aplicação dos métodos radiestésicos, o agricultor ou o lavrador podem adquirir os meios que lhes permitirão melhorar suas terras, aumentar suas colheitas e fomentar uma vigorosa arremetida progressista no desenvolvimento econômico de sua própria situação, criando ao redor de suas atividades um ambiente novo, capaz de acabar com as rotinas e os erros do passado.

Reservamos um capítulo especial destinado à descrição de uma descoberta nossa que trata de um novo método de prospecção, no qual fizemos entrar o jogo de "fichas", em substituição ao das amostras-testemunhas; mesmo em questões terapêuticas, chegamos

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a substituir por fichas de nomes os remédios, as doenças e até os pacientes. Com esse novo método, conseguem-se resultados surpreendentes que causam admiração.

Terminamos nosso trabalho com um estudo teórico sobre as girações do pêndulo, conforme encaramos - segundo o nosso juízo - as causas que intervêm nos seus movimentos e que determinam, independentemente do operador, o sentido das girações.

1ª. PARTE

CAPÍTULO I

INSTRUMENTOS

Os instrumentos de que se valem os radiestesistas nos seus trabalhos são: a Forquilha ou Varinha e o Pêndulo.

O emprego de um ou de outro desses instrumentos não é de todo indiferente. Para uns, ou em certas pesquisas, a forquilha é preferida, ao passo que noutras o pêndulo tem a prioridade. Mas pode-se adiantar que, conforme a prática e a escolha do operador, o emprego de um ou outro desses instrumentos não altera o resultado das pesquisas; ao contrário, em muitos casos o emprego alternado de ambos os instrumentos permite melhor "controle".

A Forquilha ou Varinha

A forquilha consiste numa haste flexível, tendo a forma indicada pelo seu nome. A qualidade da madeira é indiferente, com exceção das essências resinosas e os sambucus. Pode também ser confeccionada com duas varinhas ligadas por uma de suas extremidades, por meio de um fio de linho, cânhamo, seda ou algodão (Fig. 1), não sendo este último muito recomendado devido às suas qualidades negativas.

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Os braços ou hastes devem possuir de 30 a 35 centímetros aproximadamente; as forquilhas tiradas de galhos naturais, para maior duração, devem ser de um galho tríplice, suprimindo-se o central (Fig.2).

As forquilhas podem ser também de metal, aço ou cobre. Existem forquilhas de arame de aço ou de cobre, enrolado em aspiral, ou, ainda, de madeira ou qualquer outro material, tendo nos seus braços um enrolamento de arame (Fig. 3). O enrolamento do solenóide tem por fim aumentar a sensibilidade do instrumento. Na forquilha dos radiestesistas americanos, de arame em aspiral, as extremidades são fixadas num pedaço de madeira ou de cortiça (Fig. 4).

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Cada operador deverá ter forquilha própria e especial para manuseio. Muitos são os radiestesistas que utilizam forquilhas de sua invenção. Aproveitamos esta oportunidade para lembrar as forquilhas de afamados radiestesistas, tais como: Turene, Henry de France, Dr. J. Regnault, Henri Mager e outros. Todas elas são confeccionadas com barbatanas de baleia, que, juntamente com as forquilhas de madeira, são as mais usadas (galho de pau natural trifurcado, suprimindo-se o central e as duas varinhas de vime, ou de qualquer outra madeira flexível, com dois braços unidos por um fio de linho ou de cânhamo). Há ainda forquilhas de "ebonite", com ou sem ligadura, e as de cores, especiais para determinados trabalhos.

Como se deve segurar a Forquilha

Segura-se pelas duas extremidades livres, com a palma da mão voltada para cima, mantendo as extremidades entre o polegar e a

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falangeta do indicador, com os demais dedos sustentando os braços das hastes (Fig. 5).

Os que praticam o uso da forquilha preferem segurá-Ia com a extremidade dos dedos (Fig. 6), vendo nesse processo melhores resultados, pois assim a forquilha apresenta a vantagem de reduzir a "crispação" inicial.

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Os braços do operador devem permanecer ligeiramente afastados do corpo, e os antebraços estendidos para diante com os cotovelos tendendo a aproximar-se um pouco; a ponta da forquilha, dirigida numa posição apenas acima da horizontal. Outra posição consiste em ter os braços levantados, mantendo a ponta da forquiIha à altura dos olhos, as duas extremidades das hastes acima das partes das mãos que ligam os polegares aos indicadores e as mãos voltadas e abertas. Para alguns, esta posição torna o instrumento mais sensível, mas é cansativa em demasia.

Há operadores que substituem a forquilha por uma simples varinha de madeira de 70 a 80 centímetros de comprimento aproximadamente, mantida em equilíbrio, descansando apenas sobre os indicadores de cada mão aberta (Fig. 7).

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Ao caminhar nessa posição, dará um movimento de vaivém às mãos, aproximando-as e afastando-as com vivacidade. Ao passar por ciina de uma corrente de água ou de uma corrente elétrica, a varinha girará sobre si mesma e tomará uma posição perpendicular à corrente. Confessamos não ter experimentado esse processo.

Observação importante:

Recomenda-se, tanto ao rabdomante quanto ao radiestesista, que em seus trabalhos não transportem quaisquer metais: anéis, correntes, relógios, moedas etc. que possam constituir "testemunhas ou filtros". É também conveniente para o vedor que haja algo cingindo-lhe os braços ou as pernas, ou ainda qualquer outra parte do corpo, mormente se estiver em contato com a pele.

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Causas que impedem os movimentos da Forquilha

Às vezes, essas causas, geralmente momentâneas, podem ser atribuídas ao ambiente; mas, se permanente, a causa provém do instrumento cuja construção é defeituosa. Essas condições perturbadoras serão facilmente evitadas. Não se apresentam, se for usado um instrumento próprio, comprovado e isento de qualquer defeito, acompanhado das devidas precauções.

As luvas de pele ou de couro não são obstáculo, porém diminuem a sensibilidade. Por mais que se admita a possibilidade de uma prospecção com sola de borracha no calçado, pode-se dar um leve atraso ao apercebimento das sensações. Portanto, será sempre melhor suprimi-Ias.

Um inconveniente importante surge quando o fio que liga os dois braços de uma forquilha acaba com um nó cujas extremidades pendem (Fig. 8). Nesse caso, a corrente das ondas que entra pelos pés dos radiestesistas vai escapando-se, no todo ou em parte, pelos fios pendentes. É como se, a um fio condutor, se fizesse uma derivação num ponto qualquer do seu percurso.

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Deve-se também evitar qualquer nó de barbante, ou também fixar um fio metálico num dos braços da forquilha com o fito de o diferenciar do outro (Fig. 9). Dissemos fio metálico, porém um fio qualquer, pendente, poderá produzir obstrução, por derivação de ondas.

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Pêndulo

Outro instrumento é o pêndulo, que se compõe de uma bola ou cilindro de madeira, de vidro de cristal, de goma (caoutchou) de quartzo de marfim ou de metal, cujo peso pode variar de 5 a 60 ou mesmo até 100 gramas, em certas prospecções ao ar livre. Essa massa é suspensa por um fio de linho, cânhamo ou seda, cujo comprimento pode ter 40 a 50 centímetros, e ainda mais em alguns casos.

O comprimento do fio varia conforme a sensibilidade do operador, o peso da massa e o tipo e local da experiência. O comprimento do fio para um peso de massa de 10 a 40 gramas não deverá passar de uns 20 a 25 centímetros.

Fr. Padey aconselha, conforme o operador, dar ao fio o comprimento do antebraço. Para nós, trabalhando no escritório, suspendemos o

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pêndulo a uma altura correspondente a 9 centímetros mais ou menos, medidos da base da massa até o ponto do fio seguro pelos dedos, medida que ainda não é fixa, podendo variar segundo os casos, mesmo nas experiências em casa.

Ao ar livre, sem vento, com um peso de 12 a 15 gramas, o fio pode variar de 10 a 15 centímetros.

Com o fito de se conseguir o comprimento mais exato do fio, e que seja o conveniente para cada operador obter, do pêndulo, o máximo de precisão, recomenda-se experimentar com o instrumento suspenso acima da mão esquerda, encurtando-se ou alongando-se o fio até que o pêndulo faça seus movimentos com nitidez e máxima facilidade. Com efeito, obtida a regulagem e tão logo esteja ele suspenso, o pêndulo vai movimentando-se.

O sr. Henry de France, afamado radiestesista, preconiza enrolar-se o fio num pauzinho que se deixa desenrolar até que alcance o comprimento adequado ao experimentador e, com um pequeno corte na madeira do pauzinho, segura-se o fio, segundo o comprimento antes obtido (Fig. 10).

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Maneira de segurar o Pêndulo

Suspende-se o pêndulo segurando-o pela mão direita (salvo se o principiante for canhoto), apertando o fio com o polegar e o indicador, tendo o dorso da mão virado para cima e os outros dedos mais ou menos dobrados ou alongados.

A sobra do fio de suspensão que não for utilizada será guardada no côncavo da mão, evitando-se qualquer contato com a parte que sustenta a massa do pêndulo, ou com a testemunha, quando, numa pesquisa, se fizer uso de uma.

Para os principiantes recomenda-se de preferência o pêndulo de madeira, esférico ou cilíndrico (madeira branca), conservando sua cor natural, ou então pintado de preto (tinta nanquim). Esses pêndulos

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servem perfeitamente para os treinamentos e ainda para numerosos trabalhos, experiências e buscas. É o bastante que o peso da bola de madeira ou cilindro, de 21/2 a 3 1/2 cm de diâmetro, tenha de 12 a 15 gramas.

No fio dos pêndulos que usamos marcamos com um nó as diversas distâncias de suspensão que permitem reconhecer com o tato o comprimento desejável do fio, conforme as experiências a executar (Fig. 11).

Para resumir o que se refere ao pêndulo, diremos que serve qualquer massa de matéria, na forma apropriada, contanto que o peso não seja demasiado leve nem demasiado pesado, mas segundo os dados acima indicados.

Vê-se, pois, que é muito fácil para qualquer pessoa, principiante, curioso ou estudioso, fazer um pêndulo de uso pessoal (ver na Fig. 12

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as diversas formas que pode ter o pêndulo, independentemente da matéria que o constitui).

Mais adiante falaremos dos pêndulos específicos e ocos para determinadas pesquisas; permitindo os últimos receber no seu interior matéria testemunha.

Acrescentamos que cada praticante deve possuir sempre os seus instrumentos "regulados".

* * *

No uso do pêndulo, os principiantes devem, antes de mais nada, regular o comprimento do fio, fixando-se o ponto certo em que

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deverão segurá-Io - fato que é condição importantíssima. Para obter esse resultado inicia-se com um fio bem curto, tendo o pêndulo suspenso por cima do dorso da mão esquerda, como já foi dito (inversamente se o experimentador for canhoto); vagarosamente, deixa-se escorregar o fio até que o pêndulo se movimente.

Primeiramente, notar-se-ão algumas oscilações, balanços, que breve se transformarão em rotações que adquirirão o máximo de nitidez quando o fio de suspensão atinge o comprimento normal, que é sempre em função do peso da massa e do grau de sensibilidade do operador. Obtido esse ponto, considera-se o pêndulo como regulado. Recomendamos marcar esse ponto com um nó, para evitar qualquer hesitação ao usá-Io novamente.

No uso do pêndulo, quando tratarmos das buscas e prospecções, será preciso interpretar os dois movimentos indicados acima, o que, mais adiante, explicaremos em pormenores. Mas, desde já, diremos que logo que o pêndulo é percorrido por ondas, vibrações ou radiações, manifesta a captação, como foi dito, por oscilações ou por girações. Quando as ditas girações se dirigem no sentido dos ponteiros de relógio, são chamadas "positivas" e, quando em sentido contrário, são ditas "negativas".

O pêndulo parte sempre de um estado de repouso. Nenhuma tensão se exerce nele. São movimentos "inconscientes" e nervosos dos reflexos do operador que o influenciam, após o corpo do operador ter sido penetrado por eflúvios, ondas, vibrações, emanações ou radiações das matérias ou dos corpos que se procura estudar ou pesquisar. Diremos, pois, generalizando, que os instrumentos dos rabdomantes e radiestesistas não são mais que amplificadores, comparados aos alto-falantes da T.S.F. que, visivelmente para o operador, manifestam as sensações provadas pelo seu corpo.

Aplicamos acima cinco palavras para designar a causa que indiretamente age sobre o pêndulo e provoca seus movimentos. Uma

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sóteria sido suficiente, mas, infelizmente, por mais que as cinco expressem bem o que se quer dizer, os radietesistas não chegaram a um acordo sobre o emprego exclusivo de uma delas. Mais adiante, utilizaremos, indiferentemente, um ou outro para não sobrecarregar nossa redação com termos sinônimos.

Como a Forquilha se mostra influenciada

A forquilha, nas mãos do rabdomante, demonstra que o corpo do operador recebe a corrente das ondas ou vibrações dos corpos usados, acrescida devido à sensibilidade nervosa do operador, por meio de movimentos bruscos, forçando-a a inclinar-se para o chão, ou a elevar-se para o ar; e até mesmo a executar, às vezes, voltas violentas e por vezes completas. Num ou noutro sentido chega mesmo a saltar das mãos do operador.

Segundo Fr. Padey, a matéria de que é feita a forquilha determina o sentido em que reage de acordo com determinado observador ou determinada matéria. Assim, para alguns, a forquilha de aveleira pode. ser impelida enquanto que a de amendoeira pode ser atraída pela água; a de aço reage, para alguns, como a de aveleira; ao passo que as de cobre, de ouro e de prata movimentam-se como as de amendoeira. Não firmamos o sentido, porque este depende de polarização da pessoa. Adiante, trataremos da polaridade. À forquilha de madeira ou de metal pode-se juntar, no ponto de reunião dos dois braços, uma parte enrolada em solenóide, tornando-se assim mais sensível; o mesmo acontece com uma forquilha de madeira verde, que fica mais sensível se se lhe conservam as respectivas folhas (Fig. 13).

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A forquilha e o pêndulo movimentam-se, sem dúvida alguma, mas não faltará quem acuse o operador, ou queira saber o porquê desses movimentos.

Nosso globo é percorrido por correntes elétricas que chamamos "correntes telúricas". Essas correntes condensam-se em matérias ou corpos bons condutores, e também em outras matérias e outros corpos cuja condutibilidade é menor, carregando-os em quantidades menores. Essa diferença produz queda de potencial no percurso das linhas das correntes e manifesta-se de modo sensível na distribuição do "campo elétrico". Disso resulta que o operador registra e constata as deformações do campo elétrico, deformações que produzem modificações muito sensíveis em nosso sistema nervoso, por efeitos de indução e das ondas eletromagnéticas. Forquilha ou pêndulo, operando como amplificadores de reflexos, tornam mais sensíveis esses efeitos e permitem-nos interpretá-Ios.

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No último capítulo deste manual, damos uma teoria nossa quanto às girações do pêndulo e as oscilações da forquilha.

Não há, pois, tanto nos movimentos do pêndulo quanto nos da forquilha nada de mágico nem de extraordinário. É o corpo humano que desempenha, por meio do sistema nervoso, o papel de aparelho de T.S.F. Desse modo, explicam-se cientificamente os movimentos da forquilha e do pêndulo.

CAPÍTULO II

POLARIDADE

Antes de prosseguir, convém dar, desde já, algumas explicações sobre a polaridade humana.

Todas as pessoas não são igualmente polarizadas. Isso é um fato. Há autores, como Frei Benoit Padey, que atribuem essa diferença a um estado físico das pessoas, nas quais existe, de modo aparente ou não, uma diferença anômala no esqueleto, como, por exemplo, o fato de uma das espáduas ser algo mais alta. O mesmo pode-se dar com os quadris. Essas anomalias têm influência sobre a polaridade das pessoas, e Fr. Padey insiste que, contrariamente à opinião geral, a polaridade depende menos de um estado nervoso que de um estado anatômico.

É sabido que para estar alguém apto a perceber as radiações deverá ser dotado de certa sensibilidade nervosa. Mas o grau necessário encontra-se hoje, muito comumente, na maioria das pessoas. No entanto, a verdadeira condição é a existência de uma simetria perfeita na armação óssea, em relação à espinha dorsal. Se, ao contrário, houver assimetria, ela poderá interessar a parte alta ou baixa do corpo, traduzindo-se pelo fato acima exposto, segundo Fr. Padey.

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Dessa anomalia resulta que a pessoa por ela afetada tem polaridade diferente das demais, embora se admita que o homem pode ser polarizado positiva ou negativamente, isto é, que as relações percebidas com um mesmo instrumento, por dois observadores de polaridade diferente, são semelhantes, porém de sinais contrários.

Segundo o Prof. Bosset, a teoria da polaridade humana apóia-se em considerações muito diferentes, cuja exposição não cabe fazer neste pequeno Manual. Mas, como é sempre da maior importância para o radiestesista conhecer o que o afeta pessoalmente, vamos expor o método mais rápido de evidenciá-Io, segundo o Sr. René Lacroix, valendo-nos para esse fim de um pêndulo preto ou neutro.

MULHER - Polaridade normal. Girações no dorso da mão direita e palma da esquerda; oscilações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

HOMEM !. Polaridade normal. Oscilações no dorso da mão direita e na palma da mão esquerda; girações no dorso da mão esquerda e palma da mão direita.

Como se vê, a polaridade feminina é o inverso da masculina.

Uma foto, uma assinatura, uma escrita, dão normalmente oscilações por polaridade masculina; girações por polaridade feminina.

Não exporemos as conseqüências dessas diferenças de polaridade na união dos sexos, diferenças que parecem ter, segundo observações feitas, uma grande importância. Mas, apenas para estabelecer aqui as razões pelas quais existem, diremos: às vezes, nas experiências radiestésicas, aparecem diferenças de sinais nos resultados obtidos, os quais vêm comprovar por que, para uns, o pêndulo gira positivamente e para outros negativamente sobre um mesmo corpo. Quando se constatam tais diferenças entre dois observadores, numa

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mesma experiência, é porque um deles é polarizado positivamente e o outro negativamente.

Aí está a importância de cada radiestesista conhecer bem seu estado de polaridade, a fim de poder interpretar exatamente as reações que, nas suas mãos, o pêndulo executa. Essa ignorância deu lugar e ainda pode dar, para quem não está prevenido, a numerosos enganos.

Não é indiferente que o principiante tenha ou não idéia do que seja a polaridade humana. Pelo antecedente, conclui-se que esse conhecimento permitirá explicar e interpretar diversas anomalias ou fenômenos que de início parecem incompreensíveis e inexplicáveis. Aí está a explicação principal que vem em apoio dos casos em que se nota diferença nos sinais anunciados por diversos radiestesistas que dão a certos corpos sinal positivo, quando outros radiestesistas lhes dão sinais negativos.

É provável também que as cifras de série, por essa mesma causa, possam ser alteradas, e às vezes diferenciar-se muito das comumente determinadas por operadores normalmente polarizados. O mesmo pode acontecer com os raios fundamentais. Como exemplo, citaremos alguns casos.

Essas diferenças não poderiam ser explicadas, se não existisse polaridade diferente, a não ser no caso de grande diferença na sensibilidade nervosa dos autores, ou em condições diversas, quer no método adotado quanto à contagem quer no ambiente, devido às influências eletromagnéticas na ocasião das experiências, que intervêm e exercem no local uma espécie de pressão ou ação contrária.

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CAPÍTULO III

USO DA FORQUILHA

Nas páginas precedentes descrevemos a forquilha e o pêndulo e indicamos a maneira fácil de confeccioná-Ios; o modo de regular o pêndulo quanto ao comprimento do fio de suspensão e a maneira de segurar esses dois instrumentos.

Vamos prosseguir agora ensinando o seu emprego.

Uso da Forquilha

Empunha-se a forquilha como já foi explicado e, com ela, anda-se devagar na posição representada na (Fig. 14). Logo que o operador entrar "num campo de influência", de radioatividade ou eletromagnético, a forquilha será atraída para o chão ou sofrerá uma repulsão. Esses movimentos, que se traduzem por saltos, são os prenúncios de que existe uma corrente de água subterrânea ou um minério que, desprendendo radiações, vão (penetrando o corpo do operador) manifestar-se logo no "amplificador", isto é, na forquilha, e anunciam que naquele instante captou-se uma linha de força.

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Tais exercícios seriam muito proveitosos se fossem executados no campo; porém, isto nem sempre é possível. Não obstante, num pequeno quintal por onde passe uma canalização de água, pode-se fazer com êxito essa mesma experiência.

Igualmente, o principiante poderá exercitar-se experimentando atravessar da mesma maneira uma corrente elétrica: a forquilha manifestará os mesmos movimentos. Esses exercícios têm por finalidade desenvolver e exercitar a sensibilidade do principiante.

A água atrai a forquilha. A sua ponta abaixa-se ao cortar a linha vertical da corrente de canalização. Nessa experiência, o principiante poderá dar-se conta dos fenômenos que movimentam o seu instrumento.

Os mesmos exercícios devem ser executados também com o pêndulo. São estes os exercícios preparatórios que terão de ser repetidos para

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as buscas de água e de minério ou para qualquer outra prospecção no terreno.

Há autores que recomendam exercitar-se inicialmente com o pêndulo por ser este instrumento de manejo mais fácil. Participamos dessa opinião; porém, deixamos a escolha à vontade do estudante.

Com a forquilha, as primeiras dificuldades que podem surgir aos principiantes são rapidamente superadas. O essencial é saber empunhá-Ia bem. Os maus resultados que de início se produzem são devidos a essa causa, quando não provêm do próprio instrumento, cuja confecção não preencheu as condições exigidas para o seu bom funcionamento.

Ao cortar uma canalização de água, a ponta da forquilha, como ficou dito acima, deve abaixar-se como se fosse atraída. O mesmo fenômeno dar-se-á quando alguém passar por cima de uma corrente elétrica. Deve-se andar devagar, numa direção perpendicular à corrente. Quando se chegar na vertical e o instrumento der um salto brusco, o fluido radioativo terá penetrado e atravessado o instrumento. Pode suceder que o salto alcance 25 a 50 em, ou muito mais, após atravessar a canalização. a um caso que amiúde se dá com os principiantes. Mas, com treino, essa irregularidade desaparece. Pior se o salto se desse antes de alcançar a vertical - um sinal certo de que a auto-sugestão imperava no operador.

Se essas primeiras experiências não derem resultados positivos, o principiante não deverá desanimar. Repeti-las-á até obter êxito. A pessoa triunfa graças ao treinamento, à tenacidade e a muita força de vontade. O principiante poderá também exercitar-se fazendo a seguinte experiência: colocar no chão uma massa metálica ou um mineral qualquer, bem alumiado por um raio de sol; apresentar a ponta da forquilha adiante, como se fosse para atravessar esse raio; ao se chegar a ele, produzir-se-á um salto da forquilha. Caso seja necessário, pode-se fazer essa experiência, tendo na mão esquerda e

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aplicado ao braço o instrumento, um pedacinho da mesma massa metálica, ou do mineral exposto ao sol. (Ver a mesma experiência feita com o pêndulo e o raio solar).

As experiências de treinamento devem ter duração relativamente curta, 25 a 30 minutos no máximo em cada dia, para não cansar. Se de início se obtiverem maus resultados, não se deve desanimar. Há casos em que principiantes levaram mais de dois meses para se adaptar e desenvolver a sensibilidade do manejo da forquilha, até obter resultados sérios em suas experiências.

Uso do Pêndulo

Considera-se o instrumento já regulado, e em correspondência, conforme o peso da massa e o comprimento do fio de suspensão, com o grau de sensibilidade da pessoa que dele vai fazer uso. Essas condições são indispensáveis, ou melhor, são as primeiras que o principiante deve preencher.

Suspenso o pêndulo acima de uma lâmpada acesa, o instrumento logo se virará. Sendo retirado aos poucos, a giração continuará se o operador levar seu braço esquerdo, com a mão aberta, para a direção da lâmpada; porém, elas cessam logo, desde que se abaixe a mão. Essa experiência vem demonstrar que o braço estendido para a lâmpada serve de "antena".

Para praticar o treinamento em casa, o principiante deverá possuir um ímã reto e outro de ferradura, uma pilha de lâmpada de bolso e uma bússola.

Exercícios com os dois ímãs - A agulha da bússola e

com o Yn-Yang

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O ímã de ferradura. Tendo este à sua frente, com as pontas voltadas para a direita, aproxime-o vagarosamente da massa do pêndulo e a prumo da extremidade esquerda da perna mais próxima, distante um centímetro do ímã; dirija-o lentamente para a extremidade da mesma perna, sempre a um centímetro do imã, até sair 5 a 6 cm. além da vertical do pólo magnetizado. Essa operação poderá ser recomeçada várias vezes. A um dado momento, o operador terá a impressão de que a massa do pêndulo - não a magnética - experimenta uma resistência, e que, não se achando mais a prumo, sentir-se-á, levada fortemente pelo próprio peso, a tomar a posição normal. Nesse movimento brusco, ela vai além, mas no sentido inverso. E nesse equilíbrio instável, voltará a fazer o movimento precedente, iniciando-se assim o movimento oscilatório do instrumento que não mais iniciando-se interrompe. Todavia, essas oscilações não se produzem senão no pólo Norte e a sua tendência é de ampliar-se.

Prospetando-se o pólo Sul da maneira acima indicada para o pólo Norte, o pêndulo achará um ponto situado a um terço do comprimento dessa mesma perna (pólo Sul) que dará a impressão de maior leveza, e lhe fará tomar um movimento vibratório de balanceamento rápido e nítido, porém perpendicular à perna. Essas oscilações tomarão logo grande amplitude e terão as mesmas características notadas na perna do pólo Norte.

Obtém-se outro movimento no campo do meio círculo do ímã. Nessa parte, o pêndulo dá girações negativas, isto é, inversas ao do movimento dos ponteiros de um relógio.

Continuando a experiência com os ímãs, quer o de ferradura quer o reto, observa-se o seguinte: a prumo do pólo positivo de um ímã, o pêndulo dá girações positivas e no pólo negativo, girações negativas. Acima de um ponto da perna positiva, a partir do primeiro terço do comprimento desta perna, o pêndulo dá oscilações longitudinais; e na perna negativa, um ponto que regula o terço do comprimento da

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perna, medido desde sua extremidade, o pêndulo dá também oscilações, porém transversais, isto é, perpendiculares à perna.

Nas experiências com a bússola, observamos girações positIvas na ponta Norte da agulha, e negativas na ponta Sul.

O ímã, posto horizontalmente num vaso e coberto de terra, e prospetado com o pêndulo a uma distância de 5 a 10 cm acima, dá girações positivas, isto é, no sentido da marcha dos ponteiros do relógio.

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Essas experiências para o treinamento dos principiantes foram indicadas e recomendadas pelo Sr. René Lacroix a l'Henri, em seu Manual.

As experiências feitas com os ímãs ou com a bússola devem ser feitas com o pêndulo não-magnético. Escolhe-se de preferência pêndulos de madeira, de cor natural ou pintados de preto. Os de ebonite, de quartzo de vidro (cristal) e de marfim são também recomendados.

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Numa pilha de bolso, elemento de lâmpada comum, o sinal positivo está sempre na lâmina mais curta e o sinal negativo na mais comprida.

O treinamento far-se-á como para o ímã, aproximando-se lentamente o pêndulo de cada lâmina; os movimentos do pêndulo serão em oscilações perpendiculares à lâmina maior e paralelas à mais curta. Entre os dois pólos, isto é, entre as duas lâminas, o pêndulo girará negativamente.

Para o bom êxito dessas experiências, convém executá-Ias de pé ou sentado, porém observando que os pés descansem completamente no chão, evitando o cruzamento das pernas. Nem assoalho nem tapete constituem empecilhos.

O ímã reto dá-nos as mesmas reações que as da agulha da bússola, pois, no seu prolongamento da ponta Norte, e a 2, 3 e 4 centímetros de sua extremidade, o pêndulo dá oscilações como as do ímã.

Apesar de essas constatações não proporcionarem nada que seja realmente proveitoso, os resultados não deixam contudo de excitar a curiosidade, proporcionando aos principiantes meios de exercitar a sensibilidade e desenvolver o treinamento.

Essas experiências levaram-nos a observar que, na falta de bússola e de ímã, esses objetos podiam ser substituídos por uma representação em papelão (IV).

Neste caso, o pólo negativo do ímã e o pólo sul da agulha devem ser pintados de preto, ficando em branco o pólo oposto. Ver as figuras 15, 16, 17 e 18.

Explorando com o pêndulo neutro e preto os quatro o"bjetos assim representados, obtemos as indicações marcadas nas figuras, e que foram deixadas pelas reações do pêndulo.

Dessas comprovações tiramos as conclusões seguintes: "o pêndulo ressente e capta as mesmas radiações que as emitidas pelos próprios

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objetos; isto é, as da agulha da bússola e as dos ímãs reto e de ferradura.

Aconselhamos aos estudantes que não dispõem nem de bússula nem de imã substituírem esses pequenos aparelhos por outros similares em papelão, pintando de preto a ponta Sul da agulha e o pólo negativo dos ímãs.

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Representamos os elementos de uma pilha elétrica de bolso, de uma lâmpada comum. O pêndulo neutro, branco ou preto, oscila acima das lâminas: perpendicularmente à mais comprida, que é o pólo negativo, e paralelamente à mais curta, e que constitui o pólo positivo. Entre as duas lâminas, o pêndulo gira negativamente.

O esquema da figura 19 é o mesmo conseguido com os verdadeiros elementos da pilha e fornece, ainda, mais uma prova de que o grafismo de um objeto produz as mesmas reações que ele próprio.

O Sr. René Lacroix apresenta no seu Manual uma espécie de brinquedo chinês que por nossa vez reproduzimos na fig. 18, chamado YN-YANG. Consiste na representação gráfica de dois bichos imaginários, pegados um ao outro, em posição oposta. Um deles é pintado de preto, deixando em branco o que simula o olho; o outro permanece branco, com o olho indicado por um pequeno círculo oval. Esse desenho; assaz curioso, reproduz, conforme as reações do pêndulo, o campo magnético de uma bússola.

A que serão devidas essas radiações?

O YN-YANG representa, no Celeste Império, os princípios justapostos do calor e do frio. Merece contudo nossa atenção devido às reações que provoca no pêndulo, quando este fica suspenso acima do olho do bicho preto.

Nessa posição, constatamos oscilações muito nítidas e acima do olho do bicho branco, rotações negativas.

Se colocarmos o YN-YANG de modo que os bichos fiquem situados numa posição horizontal, entre a agulha e o ímã reto, observaremos que nas Figuras 15, 16, 17 e 18 o campo magnético será o mesmo para os quatro. Para essas experiências, o YN-YANG pode substituir a bússola.

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Levando mais adiante nossas experiências, notamos que a força das radiações emitidas pelo preto e pelo branco são as únicas forças que agem no pêndulo e que afetam os reflexos do operador, sendo que os objetos representados em nada cooperam com as reações do instrumento.

São as cores branca e preta que, pelas suas ondas, determinam os movimentos do pêndulo: oscilações ou rotações e o sentido em que se manifestam, independentemente. da forma e da matéria com que possam ser feitos os objetos da experiência.

Conclui-se, portanto, que as cores preta e branca ocasionam: a primeira, girações negativas e a segunda, girações positivas, sejam quais forem a forma do corpo, o objeto representado e a sua matéria. As radiações dessas duas cores são muito poderosas, posto que são empregadas nas neutralizações em que foi notado o poder absorvente e destruidor das demais radiações que emanam com sua proximidade.

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Mas o que surpreende e força a admiração é que sobre os próprios objetos: agulha, bússola, ímã reto e recurvado, as reações do pêndulo são as mesmas, e no mesmo sentido que os obtidos com os substitutos de papelão.

Reação do Pêndulo sobre o emblema coreano

O YN-YANG chinês, colorido de vermelho e azul, é a insígnia central, ou melhor, a parte principal da bandeira coreana. Ignoramos a significação desse emblema (Fig. 20).

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Constatamos somente que o pêndulo reage acima dele de modo diverso ao do YN-YANG chinês. Atribuímos essa diferença às cores. O YN-YANG é branco e preto - duas cores neutralizantes - enquanto que o emblema coreano é azul e vermelho. Lembramos aqui que os efeitos neutralizadores das cores são bastante fracos se comparados aos do branco e sobretudo do preto. Mas essas cores não desempenham na bandeira coreana uma tal finalidade.

Para o pêndulo, neste caso, a forma do desenho não tem influência nenhuma. O instrumento reage devido à ação das cores. O vermelho dá girações positivas e o azul negativas. Disto tiramos prova com os dois pequenos retângulos ao lado, um azul e outro vermelho, os dois dando girações positivas (Fig. 21).

No YN-YANG, são as reações do branco e do preto que agem sobre o pêndulo. Mas o que o YN-YANG apresenta de curioso é que o pêndulo gira: negativamente acima do preto e positivamente acima do branco e que somente a parte que representa o olho dos dois bichos abraçados, ambos brancos, provoca radiações diferentes, radiações que o pêndulo traduz por oscilações acima do olho do preto e por girações negativas acima do olho do branco.

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Com o YN-YANG, o olho do bicho preto dá oscilações em qualquer posição. No emblema coreano, o olho de cada bicho dá girações diferentes: no olho do vermelho as girações são positivas e no do azul elas são negativas.

Lei dos Semelhantes

Essa lei expressa-se, em geral, dizendo que as radiações emitidas pelos diferentes corpos são tais que "as semelhantes se repelem" (Fr. Padey) .

Vê-se, desse modo, que as radiações que emanam dos corpos se comportam como na Eletricidade, isto é, que as cargas elétricas de idêntico sinal se repelem e que as de sinal contrário se atraem.

Se um pedaço de aço estiver no chão, uma forquilha de aço colocada acima dele será repeIida. O mesmo se daria se a experiência se fizesse com um pequeno lingote de prata ou de ouro, aplicando-lhes uma forquilha de prata ou de ouro.

O mesmo se daria, também, se substituimos as forquilhas de aço, de prata e de ouro por forquilhas de aveleiro ou de qualquer outra madeira.

Como se comprova e se dá na prática, há alguns corpos diferentes cujas radiações se avizinham, e que facilmente podem-se confundir. A lei dos semelhantes fornece os meios de reconhecer, sem erro possivel, qual, é o corpo em estudo.

Mas, tratando-se aqui do uso da forquilha, convém lembrar que, conforme a polaridade das pessoas, as atrações e as repulsões não podem ser as mesmas para todos os operadores; aliás dá-se o mesmo com o pêndulo.

Impõe-se uma observação da mais alta importância.

"Trabalhando, quer com a forquilha, quer com o pêndulo, para ter maior certeza, ou para comprovar certas operações, faz-se uso de

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"testemunhas" de que mais adiante falaremos. Tratando-se, por exemplo, da prospecção de um metal, não há dúvida de que, se um pedaço desse mesmo metal for empregado como testemunha, verifica-se que as ondas radioativas lançadas pelo metal buscado vêm juntar-se às ondas "semelhantes" emitidas pelo metal "testemunha", guardado na mão ou incluído no interior de um pêndulo oco, e que, por se reforçarem mutuamente, essas ondas agem mais intensamente sobre o pêndulo cujos movimentos se afirmam mais nitidamente e com maior energia, comprovando-se uma atração entre as ondas emitidas pelos dois focos diferentes: o do metal "testemunha", guardado na mão, e o do outro, ainda oculto debaixo das camadas geológicas que se procura descobrir.

Esse é o caso que se repete constantemente, e sempre em condições idênticas, sem que, numa busca ou prospecção, se faça uso de "testemunha", o que viria aparentemente contradizer o que acima foi enunciado quanto à lei dos semelhantes.

A explicação que se pode dar dessa aparente contradição, observada por um principiante estudioso, é a seguinte: as ondas captadas e denunciadas pelo pêndulo são emanações radioativas que atravessam o "aparelho em T.S.F. humano" do operador, levadas por ondas eletromagnéticas (ondas portadoras) que possuem as duas eletricidades; e que, no momento da aproximação das ondas, emanadas da parcela de metal que constitui a "testemunha", as eletricidades de uma parte se unem com as de outra; o fluido positivo de uma combina-se com o fluido negativo da outra, pela própria atração que resulta da presença de dois fluidos de sinais diferentes, e essa atração das radiações da matéria buscada e da "testemunha" de que se valeu para a prospecção é ininterrupta.

Assim fica explicada e comprovada a existência real da lei dos semelhantes, tal qual foi enunciada no princípio deste capítulo.

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Para completar, acrescentamos o seguinte: na referida lei, admite-se que os corpos semelhantes se repelem como acontece, na Eletricidade, com os pólos de mesmo nome ou sinal. Também no magnetismo terrestre, os pólos de mesmo nome se repelem e os de nome contrário atraem-se.

Entretanto, quando em radiestesia se faz uso de uma "testemunha" numa prospecção, parece que é o inverso que se manifesta, como já fizemos observar: dois corpos de composição similar têm tendência para atrair-se, tal como parece acontecer quando, com um pedaço de prata ou uma moeda de prata na mão, alguém prospecta um minério de prata e a "testemunha" atrai as radiações do minério procurado. Fenômeno que daria para acreditar que são os semelhantes que se atraem.

E, como temos observado, o Abbade de Vellemont, na sua "Física Oculta", expressa-se dizendo que "juntamente com a forquilha na mão, se o operador tiver um pedaço do metal que se busca, somente em relação a esse metal é que a forquilha se movimenta, abaixando-se sobre ele".

Pode-se estabelecer como regra geral que a forquilha e pêndulo, acompanhados na mão do operador que tem sobre si um pequeno pedaço do minério em prospecção, só manifestam reações sobre as jazidas desse minério, de modo mais ou menos intenso, mas única e exclusivamente sobre ele.

Fr. Padey explica o caso referindo-se aos corpos negativos ou positivos que atraem ou repelem a forquilha, sendo esta positiva ou negativa, e diz que o fenômeno de atração ou de repulsão é igual ao que se passa com a eletricidade, sendo que os corpos eletrizados negativamente atraem os eletrizados positivamente, e vice-versa.

Admitindo a divisão dos corpos e matérias em positivos e negativos, e portanto a mesma divisão para forquilhas e pêndulos, encaramos a similitude dos corpos e suas respectivas atrações e repulsões entre si,

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segundo outro ponto de vista, cujo resultado final, entretanto, em nada modifica o que ficou reconhecido a principio, embora, teoricamente, tivesse sido apresentado sob outro ponto de vista, como já foi dito.

Tem-se como fato incontestável que tudo quanto existe na Natureza é animado de movimento vibratório, e espalha ao seu redor, no espaço, radiações captadas graças ao pêndulo e à forquilha, e que se tornam sensíveis para as radiestesistas. Mas, sabe-se também que todos os corpos que existem na Natureza, e que são classificados em 8 grandes famílias, são campostas de átomos, cujo núcleo está radeado por satélites que giram ao seu redor com grande velocidade, originada da poderosa força centrífuga de que são animadas. Esses satélites são os elétrons.

Os corpos, segundo a classificação de Mendeleef, estão assim constituídos: os da 1ª. família têm um só elétron por satélite; os da 2ª. família têm dois; os da 3ª., três, os da 4ª. quatro, etc., e, finalmente, oito, os da oitava família.

Esses elétrons, devido à força centrífuga que possuem, vão escapando rapidamente e são substituídos por outras continuamente. Essa emissão de elétrons é, pois, ininterrupta, e só acaba com a matéria do corpo que a fornece.

Os corpos semelhantes que o operador conserva na mão, em suas prospecções, também, por sua vez, como é natural, expelem elétrons que têm a mesma fonte que o mineral pesquisado, vista pertencerem ambas à mesma família.

Os elétrons de todos os corpos de qualquer família são eletrizados negativamente. Mas esses corpúsculos de tamanho infinitesimal, quando chegam a certa proximidade dos corpos eletrizados como eles, ou de outros elétrons de mesma origem, desdobram sua eletricidade, sendo que a parte positiva enfrenta a parte negativa de um outro. E assim, quando a distância que os separa não oferece mais resistência, realiza-se a atração dos dois elétrons, produzindo-se

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a pequena centelha que, em seguida, determinará a neutralidade da eletricidade de cada um.

Portanto, numa prospecção, os elétrons, partindo do metal ou do minério prospectado, e lançados no espaço, ao se encontrarem com os que saem da "testemunha", produzem múltiplas e contínuas séries de atrações, com recomposição do fluido neutro; atrações que reagem no sistema nervoso do operador (que as recebe inconscientemente) e, depois, agem sobre seus reflexos, transmitindo à forquilha um movimento de cima para baixo, e imprimindo ao pêndulo um movimento giratório.

O movimento de abaixamento da forquilha, tanto quanto as girações do pêndulo, positivas ou negativas, é devido, sobretudo, à polaridade do operador.

Participam da produção do fenômeno, ao mesmo tempo, a influência positiva ou a negativa da matéria que entra na confecção do instrumento, dependendo ainda da influência positiva ao negativa do corpo pesquisado.

Essa teoria decorre da eletricidade estática e atmosférica que se expande na superfície de todos os corpos uma vez eletrizados. Quando estala a centelha elétrica entre dois corpos (nuvem e terra), árvores ou campanário, produz-se a decomposição dos fluidos elétricos. Os fluidos de nomes contrários, positivos ou negativos (eletricidade vitrosa ou resinosa), separam-se, e os de nome ou sinal contrário, ao se encontrarem, realizam então a centelha (Raio) quando é propícia a distância que os separa, distância que é função da carga elétrica da nuvem - e os dois fluidos recompõem o fluido neutro que antes existia (Fig. 22). Mas, no caso dos elétrons, o fenômeno é constante, não cessando senão quando acaba a matéria que compõe os corpos; e, sem cessar, sem a menor interrupção dos átomos, os elétrons são expelidos do núcleo atômico, e giram ao seu redor, até

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que a força centrífuga de que são animados os afaste cada vez mais do ponto de origem.

Para nós, é assim que julgamos o fenômeno de atração e de repulsão que se produz entre corpos similares, e cuja descoberta proporcionou-nos o grande recurso de proporcionou-nossas prospecções; o emprego das "testemunhas" (Fig. 23).

Quanto aos elétrons, nada se sabe de sua estrutura e dimensões lineares. Na sua obra "Les ondes et les electrons", M. Pierre Bricourt escreve: Por falta de dados experimentais sobre a estrutura do elétron, atribuímos-Ihe uma simetria esférica".

Atribuindo ao elétron a forma de uma esfera com carga elétrica superficial, sua carga elétrica seria, no átomo do hidrogênio, de valor igual ao do núcleo; sua massa seria contudo 1845 vezes mais leve que a da núcleo do hidrogênio; e quanta ao peso, seria ínfimo: um milhão de bilhões de elétrons não pesariam mais que um milésimo de miligrama. De onde saiu essa abservação do professor Millikan: É claro que, do ponto de vista prático, esses algarismos demonstraram que se pode descuidar campletamente das dimensões do elétron, e considerar tais corpúsculos como simples cargas pontuais".

Quanta à radiestesia, se ela considera as radiações como corpúsculos, ou cargas eletromagnéticas que escapam dos corpos, eles, certamente, são quanto às suas dimensões muito mais diminutos que os mesmos elétrons, e, dadas as suas trajetórias, ao escaparem das matérias, como aqueles, sua forma tem de ser também esférica. Assim, eles gozariam de propriedades análogas às dos elétrons. Possuindo como eles uma carga elétrica, cuja natureza está conforme a sua origem, isto é, conforme os corpos que as lançam no espaço (radiações), essa eletricidade será ou vitrosa ou resinosa, e determinará o sentido das girações do pêndulo.

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Ondas entre corpos semelhantes

As ondas semelhantes que existem entre os corpos permitem a sua identificação, quando as cifras de série forem as mesmas ou deixarem uma dúvida.

Diversos meios conhecidos são empregados, como o das cifras de série, o do raio fundamental e o do raio solar ou plano solar.

O minério de estudo deve ser colocado entre o sol e o operador. Para a identificação de dois minérios entre si, serão colocados no plano solar a uns oito ou dez centímetros um do outro. Serão idênticos se o pêndulo girar sobre ambos no mesmo sentido, sobretudo quando se conservar o dedo esquerdo em antena, apontando o primeiro que é conhecido e que nessa experiência serve de "testemunha". Tem-se, assim, uma confirmação séria da identificação dos dois minérios.

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Utilizando o pêndulo oco com "testemunha" ele gira ao sul de um corpo semelhante à testemunha.

Outro processo consiste no emprego da bússola ou do ímã. Coloca-se a amostra frente ao pólo norte, a uns dez ou doze centímetros. Passando entre os dois com o pêndulo oco, regado da "testemunha", carregado e bem regulado, o instrumento girará, no caso de a 'testemunha' e a amostra serem da mesma natureza, ao cruzar a linha que une a ponta norte à amostra.

Dois objetos ou corpos idênticos, do mesmo metal, colocados a 30, 40 ou 50 centímetros de distância um do outro, ao se passar a ponta da forquilha entre ambos, ela dará um salto, quer estejam os objetos colocados na mesma linha horizontal, quer não.

É isto, também, uma confirmação da lei dos semelhantes. Repetindo-se com o pêndulo, este deverá dar giros positivos. Recomenda-Repetindo-se diminuir gradativamente a massa dos objetos; dessa maneira, o principiante aperfeiçoar-se-á vagarosa mas seguramente, desenvolvendo a sua sensibilidade.

Notar-se-á também que, aumentando uma das massas de metal por um acréscimo do mesmo metal, ainda que seja com uma quantidade muito pequena, as girações que se manifestavam em todo o comprimento da linha "determinada pelas duas massas" apagam-se até uma distância do ponto que leva o acréscimo, parecendo, o comprimento dessa distância, proporcional ao peso e talvez ao volume do pedaço acrescido, e somente recomeçam as girações do pêndulo a partir desse ponto, notando-se no lado oposto que de um ponto igualmente distante da extremidade da linha de onde começam a reaparecer as girações o pêndulo marca uma parada completa que constitui uma seção neutra.

Sejam "A" e "B" os dois pontos nos quais se colocou uma massa metálica de peso e de volume iguais. Se em "A" ajunta-se um pedacinho do mesmo metal, as girações que se davam antes, em todo

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o comprimento da linha, apagam-se e só reaparecem em "a", a certa distância de "A"; e deste ponto "a" até "B" notam-se somente oscilações que por sua vez apagam-se antes de alcançar "B", num ponto "b", de tal maneira que a distância "aA" iguala a de "bB". Fora da linha "AB", na mesma linha e no seu prolongamento além de "B", como mais à esquerda de "A", permanecem as girações (V).

Quando nos objetos ou massas metálicas ou minerais qualquer, em "A" e "B" de peso e de volume iguais, se suspende o pêndulo acima da linha assim determinada, tendo em uma das mãos um pedaço de outro metal, ou até do mesmo metal, produz-se a parada completa do pêndulo. Esse fenômeno, que parece natural com metal diferente, é tanto mais estranho quando se sabe que o metal guardado na mão (direita ou esquerda) deveria, antes, fazer às vezes de "testemunha", e acrescer e reforçar as girações do pêndulo, e não causar a completa extinção dos seus movimentos.

O mais curioso é que, fora da linha do lado oposto a "A" e além de "B", o pêndulo, com o pedaço de metal, o mesmo que o usado acima e conservado na mão, gira perfeitamente; o pedacinho de metal, neste caso, desempenha normalmente o seu papel de "testemunha".

Este fenômeno nos permite averiguar a similitude de dois corpos ou de duas matérias; e dele podemos concluir que há similitude entre dois metais de idêntico peso e volume quando duas massas, deles distantes uma da outra de 40 a 50 centímetros ou mais, derem girações com o mesmo sinal que daria cada uma delas considerada isoladamente, e que qualquer alteração em peso e volume de uma delas modificará os movimentos do pêndulo como ficou explicado. Pouco importa que as massas metálicas ou minerais tenham o mesmo volume e igual peso, o que importa é que a sua constituição seja a mesma e forme um só bloco.

A experiência tem por fim constatar a similitude dos dois pedaços que se deseja estudar.

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No primeiro exemplo dado acima foram empregadas duas massas de um mesmo metal e peso, de modo que a forquilha, e o pêndulo aplicado no meio da linha formada pelas duas massas foram igualmente influenciados por radiações idênticas, e cada massa reagiu como que separadamente: um e outro instrumento haviam recebido as radiações do metal girando o pêndulo no mesmo sentido.

A prática repetida dessas experiências constituirá um excelente treinamento para os principiantes.

As massas metálicas podem ser constituídas por moeda, mas os principiantes podem usar quaisquer minerais, e até rochas.

Neste caso não se cuidará de dar aos fragmentos utilizados um peso igual. Será suficiente que a cada extremidade da linha haja um só fragmento.

No caso de duas massas de mesmo metal e peso, apresenta-se um "ponto neutro" que fica exatamente no meio da distância que separa as duas massas. Se uma delas está sobrecarregada com um pedaço do mesmo metal, o ponto neutro desloca-se do lado onde está a massa que foi acrescida.

A identificação dos corpos semelhantes obedece à lei seguinte: Quando dois fragmentos de uma mesma substância acham-se frente a frente, colocados a certa distância um do outro, 20, 30, 40, 50 ou 60 centímetros ou mais, se se suspende o pêndulo neutro, os de madeira, preta de preferência, no meio da distância que os separa, as girações que dará serão positivas. Se as duas substâncias postas em presença são de composição diferente, não sendo por conseguinte idênticas, as girações serão negativas. Basta que um dos dois fragmentos possua algo, por mínimo que seja, de outra matéria, para que as girações sejam negativas.

a) O volume ou a massa dos fragmentos dos corpos submetidos à experiência não tem nenhuma influência quanto ao resultado, que é

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sempre o mesmo. Assim, um deles pode pesar 1 quilo e o outro apenas alguns centigramas.

b) Só a composição da substância influi sobre o pêndulo que gira negativamente se; os dois fragmentos forem de composição idêntica. Assim, dois fragmentos de aço, provenientes da mesma massa" provocarão girações positivas; porém, se sobre um deles deposita-se um pedacinho de folha de ouro (ouro de dourar) de um milímetro quadrado que seja, as girações tomar-se-ão negativa's. Assinalamos aqui uma experiência que fizemos repetidas vezes a respeito da análise de urina, empregando ao mesmo tempo fichas.

Colocando a uma distância de 50cm de nossa régua de experiência um frasquinho de urina que a análise química afirmou isenta de albumina, e, na outra extremidade, uma ficha com o nome albumina escrito a mão, o pêndulo suspenso no meio da régua imediatamente deu giros negativos, o que era lógico. Pegando então um grãozinho de albumina de clara de ovo dessecada, do tamanho da cabeça de um alfinete, colocamo-Io acima da rolha do vidrinho que continha a urina; logo, o pêndulo modificou suas girações que, de negativas, tornaram-se positivas, como para provar que entre a urina e a ficha albumina havia similitude na sua composição quanto à presença de albumina em ambos os lados.

2ª. PARTE

CAPÍTULO IV

DOS RAIOS

Admite-se que as ondas que se desprendem da matéria e de todos os corpos que se acham na Natureza são como "Raios" que vêm ferir o ser humano, transpassá-Io, atingindo-o na parte mais delicada e mais

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sensível do seu corpo, isto é, no seu cérebro, onde se concentram e se focalizam todas as suas sensações.

As que se formam e se elaboram fisiologicamente na massa cerebral, com a cooperação de todas as outras anexas ao sistema nervoso, e também as que são recebidas do exterior, e que, às vezes, imperam no ser humano com tanta força e poder, chegam a modificar as que lhes são próprias e inatas.

O corpo humano é permanentemente penetrado e transpassado por um número infinito de radiações, malgrado não as percebermos, nem termos consciência do que nele se passa. Está mesmo em completa ignorância que tal fenômeno possa produzir-se, pois não chega a sentir nenhuma influência, nenhuma sensação proveniente dessas ondas que constantemente o transpassam sem parecer alterar nele uma só de suas funções biológicas ou tampouco as fisiológicas. Muitas vezes, porém, o seu psiquismo sofre algumas modificações.

Dessas ondas, emanações dos corpos ou radiações, também denominadas "raios", os radiestesistas puderam, com os seus instrumentos, conseguir a captação; ou antes assegurar e patentear a sua passagem através do corpo humano, e o seu escoamento pelas reações que manifestam nas mãos, na forquilha ou no pêndulo.

Admite-se, igualmente, que as radiações da matéria e dos corpos irradiam em todas as direções e que, para essas ondas, não existem obstáculos que se oponham à sua penetração.

Portanto, olhando para um corpo qualquer, as suas radiações, as quais, como é sabido, se expandem em todas as direções, atingirão a parte mais sensível de nosso corpo, isto é, a cabeça, onde os raios atingem a massa cerebral e, por conseguinte, afetam o nosso sistema nervoso.

Cada vez que o olhar fixa um objeto qualquer, alguns dos seus raios vêm-nos bater à cabeça, e, se se suspende um pêndulo na linha que vai do objeto à frente do observador, os raios que o penetram irão em

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