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Quando bem regulado, o pêndulo gira até que uma pequena sacudida da mão o faça parar, ou apenas contribua para mudar em oscilações as girações primitivas.

Após certo número de oscilações, o pêndulo dá uma série de girações geralmente no sentido contrário ao que se observou a princípio, para retomar, em seguida, as girações que são as que merecem interpretação.

Para empregar a expressão dada pelo General Lemoine, autor de um método que lhe é próprio, diz-se que o corpo estudado desenvolve a sua "fórmula".

Chama-se série de um corpo, ou "cifra de série", o total das girações de sentido inverso que o caracteriza. Para nós, a maioria dos corpos dá girações positivas (e são essas girações que, de início, contamos, para determinar qual a cifra de série desse corpo). Pode-se abreviar a

"fórmula" dando uma sacudida no momento da aparição de cada movimento de sentido contrário ou inverso. Neste caso, como ficou dito acima, o pêndulo retoma as girações que correspondem ao corpo estudado e que são as que lhe pertencem.

A "série" e a "fórmula" terminam quando o pêndulo muda de girações. Segundo o Sr. Vde. H. de France, a série, ou "cifra de série" do magnetismo e da eletricidade, é 10.

As cifras de série podem ser observadas nas girações positivas ou negativas. Nós as contamos sempre nas positivas, salvo para os corpos que giram negativamente. Parece-nos conveniente estudar as séries de pêndulos neutros. Pêndulos neutros são os de madeira branca natural ou preta, ou então pintados desta cor.

Acreditamos que o sentido das girações varia conforme as pessoas que operam, e há números de série que podem ser comuns a muitos radiestesistas. Contudo, essas cifras podem variar de um a outro para muitos deles, segundo nos foi dado verificar. É conveniente pois que cada operador estude as suas próprias reações e estabeleça para si as cifras de série dos corpos que correspondem à sua sensibilidade. As cifras de série foram utilizadas há muito tempo pelos vedores, mas com cifras diferentes para cada um e segundo os operadores, como observamos acima.

Com a forquilha podem ser obtidos movimentos similares, isto é, movimentos que correspondem exatamente aos do ângulo. Com a forquilha, as "séries" são conseguidas avançando-a e recuando-a sucessivamente em relação ao corpo estudado.

Obtém-se, então, uma série de cada corpo.

Consultando diversos autores, as cifras de série mudam às vezes de um a outro, como foi dito acima, e muda também o processo de contagem.

O Abade Mermet expressa-se assim: "Cada corpo possui uma cifra e um sentido de giração que lhe é próprio". E acrescenta: "A

determinação dos corpos pelo conhecimento de uma cifra invariável para cada um, independentemente do operador que pega e suspende corretamente o seu pêndulo, é uma das características do meu método".

Para orientar os principiantes, damos a seguir uma tabela dos raios fundamentais e das cifras de série pessoais de alguns afamados radiestesistas.

Para tornar mais fácil a compreensão do seu método, o Abade Mermet demonstra graficamente os movimentos do pêndulo (Fig. 28).

Toma como exemplo o estanho, cuja cifra de série é 7. O pêndulo indica: 3 oscilações, 3 girações, 3 oscilações, 3 girações, 1 oscilação e 1 giração: Total: 7 girações e 7 oscilações. Às vezes, as 7 oscilações são seguidas, como também o podem sê-Io as 7 girações; porém, é preciso observar que, na passagem de um movimento a outro, o pêndulo descreve um ou dois movimentos elipsóides que entram na contagem das girações.

É com muita prática e treino que são obtidos os melhores resultados, e achamos, por tê-Io praticado, que o método do Abade Mermet é um dos mais práticos, desde que haja um pouco de exercício.

CAPÍTULO V

ESPlRAS

O emprego dessa expressão é do Abade Mermet. As espiras vêm a ser as girações que parecem desenvolver-se de forma espiral e algo ovalada.

Além do raio Fundamental, o pêndulo descreve um certo número de "espiras" ou girações, separadas ou não por um patamar (palier), isto é, por oscilações; os orbes ou círculos do pêndulo parecem subir ou descer, como que acompanhando o enrolamento de um solenóide composto de fragmentos de 3 espiras, por exemplo. Entende-se por patamar as oscilações cujo número é igual ao das girações, e que separam entre si os grupos destas últimas.

Assim, para a prata: 3 espiras, 3 oscilações, 3 espiras, 3 oscilações. Total: 6 espiras ou 6 girações e 6 oscilações. Para o cobre e bronze, contando somente as espiras, temos: 3 - 3 -1. Total: 7. Para o ouro: 3 - 3 - 3 - 2. Total: 11 espiras ou girações. As cifras de série desses três metais são respectivamente: 6, 7 e 11. Na realidade, as espiras não são mais que girações, de forma mais ou menos elipsóide. O patamar ou oscilações que separam as girações se repete em número igual ao das espiras ou girações. Mas, às vezes, o pêndulo dá, em oscilações e em girações ou espiras, o número total da série, sem fracioná-Ias em girações e oscilações, isto é, cobre: 7 girações, 7 oscilações; ouro: 11 girações, 11 oscilações; estanho: 7 oscilações, 7 girações.

O pêndulo pode começar pelas girações ou pelas oscilações indiferentemente e pode continuar desenvolvendo sua "fórmula", até que o detemos com uma sacudida, pare por si mesmo ou mude de sentido.