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Método Christophe (modificado)

Para a aplicação desse método usa-se um goniômetro especial (goniômetro radiestésico) do inventor do método.

E uma variante dos métodos que empregam os ângulos dos 45° e dos 5°, se admitirmos com o Fr. Padey que a última linha de força antes de atingir a beira d'água faz um ângulo de 5° com a vertical d,a margem considerada. Esse processo, preconizado pelo engenheiro Christophe, requer o uso de duas balizas, uma que se finca na vertical do curso d'água, e outra que recebe o goniômetro com luneta. Utiliza-se o raio Capital.

O goniômetro compõe-se de um meio (1/2) círculo graduado, com a parte convexa voltada para baixo. No centro acha-se uma flecha que a mão faz girar na graduação do círculo, tendo em seu eixo um fio espichado no centro de uma fresta; o círculo é graduado em 180°.

O operador coloca em "A" a baliza a prumo da corrente, e em "B", perpendicularmente ao sentido da corrente, o goniômetro radiestésico. Em seguida, recorda-se mentalmente da água (busca o raio Capital); da mão esquerda dirige-se a ponta da flecha primitivamente a zero (0), devagar para o chão; ao ponto "D", da graduação do goniômetro, o pêndulo começa a mover-se e indica a direção do lugar buscado.

Formou-se um triângulo retângulo no qual o goniômetro dá para o ângulo "BEX" 72 graus.

É preciso lembrar que a soma dos ângulos de um triângulo somam 2 retos, tendo-se no triângulo retângulo, para o ângulo, "E X B" 18º (180º - 90º = 72º + 18°).

De outra parte, tem sido medido no terreno: "B E" = 5 metros, e "A B" = 1 metro e 20 centímetros.

Para conhecer "B X", o cálculo será dos mais fáceis. Mas, para simplificar e evitar cálculos, constrói-se graficamente o triângulo na escala de 1:100 (1 centímetro por metro); e acha-se para "B X", 16 m e 20 cm. "A B" = 1 m. e 20 cm; ter-se-á para "A X", 15 m (16,20 - 1,20 = 15,00) (Fig. 40).

Para comprovar a exatidão da operação, muda-se o goniômetro de lugar, mas sempre perpendicularmente à corrente, e repete-se a operação. O resultado deverá ser igual ao achado na primeira operação.

As distâncias "B E" e "C F" são arbitrárias, mas, em se tratando de buscar a profundidade de uma corrente d'água, devem ser escolhidas para que se apresentem perpendicularmente à corrente.

Se for para determinar a profundidade de um minério, metal ou outro corpo, qualquer direção serve. Nesse caso, é recomendado valer-se da direção Norte.

Nota: O ponto "x" pode ser um objeto qualquer, um minério, um metal, um tesouro, um subterrâneo ou cavidade.

Antes de concluir as referências quanto aos diversos processos usados para medir a profundidade de um corpo ou matéria qualquer soterrada ou de uma corrente d'água subterrânea, citaremos ainda um dos métodos de V. de Henry de France, para a correção dos dados encontrados, quando há uma camada de argila ou de outras terras úmidas entre o operador e a água ou o corpo pelo qual se busca a profundidade (Fig. 41).

Constata-se com a forquilha e com o pêndulo que um corpo qualquer em estudo encontra-se circundado por um campo ou zona de influência, que pode ser circular, ovalada ou elipsóide, segundo a forma do corpo.

Quanto mais a mão do operador se elevar acima do corpo, maior superfície abrangerá a zona. Constitui-se, pois, uma forma geométrica que é a de um elipsóide de revolução. Acima de um corpo deve-se notar uma variável que é a distância da mão do operador ao corpo soterrado, e urna constante que é a zona de influência.

O ângulo formado pela geradora e o eixo do cone é de 45º.

Quando se gira ao redor de um objeto no sentido dos ponteiros de um relógio, não se nota resistência alguma com a forquilha, porém em sentido inverso é muito diferente. O campo de influência parece animado de um movimento giratório, no sentido dos ponteiros de um relógio, e dá a impressão de que uma força vertical desce sobre o objeto e o operador. Mas essa força é conhecida e mesmo medida (Ch. Maurain, "Physique du Globe"). É que a corrente elétrica de condução é vertical e se faz sentir. Pois V. de Henry de France faz com que essa força intervenha corno urna das causas dos movimentos que constatamos.

Supondo agora que entre o objeto e o operador se ache intercalada urna camada composta de substâncias boas condutoras de eletricidade, urna parte da força vertical achar-se-á absorvida e o raio da zona de influência será reduzido. Por conseguinte, o ângulo formado pela geradora e o eixo do cone ficará igualmente reduzido. Esse ângulo poderá então se tornar inferior a 45º.

Quando se estuda uma corrente d'água, o plano bom condutor não é outro senão urna camada de argila, ou outro terreno úmido. Por aí vê- se que é muito fácil explicar os erros de profundidade.

Todavia, há meios de retificar e corrigir esses erros.

Se, por exemplo, foi encontrada, por alguns dos processos de costume, uma profundidade de 40 metros, servindo-se do "metro duplo", descendo e tornando a subir o pêndulo, nota-se que isso indica uma zona molhada ou urna fraca corrente d'água, antes da corrente precedentemente registrada. Sejam 30 centímetros, em seguida à

primeira descida, correspondentes a 40 metros; depois, 60 centímetros, em segunda descida após nova subida do pêndulo; valendo-se dos processos de multiplicação, sopro ou ponta (souffle ou pointe) pode-se anotar: x/40 60/30, de onde x 80 metros, profundidade real.

Na busca das águas é conveniente verificar a existência dessas particularidades e levá-Ias em conta, particularmente porque com muita freqüência podem ser encontradas no subsolo camadas de argila, de marna ou de outras terras carregadas de umidade, que separam a corrente d'água do operador e são percebidas com o pêndulo quando se opera devagar e com muita precisão e atenção. Ademais, seria muito conveniente prospectá-las previamente e com a ajuda de testemunhas.

Reconhecida a sua presença, pode-se calcular a sua profundidade e a espessura da camada. Esses conhecimentos podem permitir as correções e, sobretudo, prevê-Ias. Ou então, valendo-nos do processo do Abade Mermet, que consiste em usar diversas amostras das supostas camadas, que se guardam na mão esquerda, como testemunhas (Ver o capítulo VII, "Cálculos da profundidade").