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Essa lei expressa-se, em geral, dizendo que as radiações emitidas pelos diferentes corpos são tais que "as semelhantes se repelem" (Fr. Padey) .

Vê-se, desse modo, que as radiações que emanam dos corpos se comportam como na Eletricidade, isto é, que as cargas elétricas de idêntico sinal se repelem e que as de sinal contrário se atraem.

Se um pedaço de aço estiver no chão, uma forquilha de aço colocada acima dele será repeIida. O mesmo se daria se a experiência se fizesse com um pequeno lingote de prata ou de ouro, aplicando-lhes uma forquilha de prata ou de ouro.

O mesmo se daria, também, se substituimos as forquilhas de aço, de prata e de ouro por forquilhas de aveleiro ou de qualquer outra madeira.

Como se comprova e se dá na prática, há alguns corpos diferentes cujas radiações se avizinham, e que facilmente podem-se confundir. A lei dos semelhantes fornece os meios de reconhecer, sem erro possivel, qual, é o corpo em estudo.

Mas, tratando-se aqui do uso da forquilha, convém lembrar que, conforme a polaridade das pessoas, as atrações e as repulsões não podem ser as mesmas para todos os operadores; aliás dá-se o mesmo com o pêndulo.

Impõe-se uma observação da mais alta importância.

"Trabalhando, quer com a forquilha, quer com o pêndulo, para ter maior certeza, ou para comprovar certas operações, faz-se uso de

"testemunhas" de que mais adiante falaremos. Tratando-se, por exemplo, da prospecção de um metal, não há dúvida de que, se um pedaço desse mesmo metal for empregado como testemunha, verifica-se que as ondas radioativas lançadas pelo metal buscado vêm juntar-se às ondas "semelhantes" emitidas pelo metal "testemunha", guardado na mão ou incluído no interior de um pêndulo oco, e que, por se reforçarem mutuamente, essas ondas agem mais intensamente sobre o pêndulo cujos movimentos se afirmam mais nitidamente e com maior energia, comprovando-se uma atração entre as ondas emitidas pelos dois focos diferentes: o do metal "testemunha", guardado na mão, e o do outro, ainda oculto debaixo das camadas geológicas que se procura descobrir.

Esse é o caso que se repete constantemente, e sempre em condições idênticas, sem que, numa busca ou prospecção, se faça uso de "testemunha", o que viria aparentemente contradizer o que acima foi enunciado quanto à lei dos semelhantes.

A explicação que se pode dar dessa aparente contradição, observada por um principiante estudioso, é a seguinte: as ondas captadas e denunciadas pelo pêndulo são emanações radioativas que atravessam o "aparelho em T.S.F. humano" do operador, levadas por ondas eletromagnéticas (ondas portadoras) que possuem as duas eletricidades; e que, no momento da aproximação das ondas, emanadas da parcela de metal que constitui a "testemunha", as eletricidades de uma parte se unem com as de outra; o fluido positivo de uma combina-se com o fluido negativo da outra, pela própria atração que resulta da presença de dois fluidos de sinais diferentes, e essa atração das radiações da matéria buscada e da "testemunha" de que se valeu para a prospecção é ininterrupta.

Assim fica explicada e comprovada a existência real da lei dos semelhantes, tal qual foi enunciada no princípio deste capítulo.

Para completar, acrescentamos o seguinte: na referida lei, admite-se que os corpos semelhantes se repelem como acontece, na Eletricidade, com os pólos de mesmo nome ou sinal. Também no magnetismo terrestre, os pólos de mesmo nome se repelem e os de nome contrário atraem-se.

Entretanto, quando em radiestesia se faz uso de uma "testemunha" numa prospecção, parece que é o inverso que se manifesta, como já fizemos observar: dois corpos de composição similar têm tendência para atrair-se, tal como parece acontecer quando, com um pedaço de prata ou uma moeda de prata na mão, alguém prospecta um minério de prata e a "testemunha" atrai as radiações do minério procurado. Fenômeno que daria para acreditar que são os semelhantes que se atraem.

E, como temos observado, o Abbade de Vellemont, na sua "Física Oculta", expressa-se dizendo que "juntamente com a forquilha na mão, se o operador tiver um pedaço do metal que se busca, somente em relação a esse metal é que a forquilha se movimenta, abaixando- se sobre ele".

Pode-se estabelecer como regra geral que a forquilha e pêndulo, acompanhados na mão do operador que tem sobre si um pequeno pedaço do minério em prospecção, só manifestam reações sobre as jazidas desse minério, de modo mais ou menos intenso, mas única e exclusivamente sobre ele.

Fr. Padey explica o caso referindo-se aos corpos negativos ou positivos que atraem ou repelem a forquilha, sendo esta positiva ou negativa, e diz que o fenômeno de atração ou de repulsão é igual ao que se passa com a eletricidade, sendo que os corpos eletrizados negativamente atraem os eletrizados positivamente, e vice-versa.

Admitindo a divisão dos corpos e matérias em positivos e negativos, e portanto a mesma divisão para forquilhas e pêndulos, encaramos a similitude dos corpos e suas respectivas atrações e repulsões entre si,

segundo outro ponto de vista, cujo resultado final, entretanto, em nada modifica o que ficou reconhecido a principio, embora, teoricamente, tivesse sido apresentado sob outro ponto de vista, como já foi dito.

Tem-se como fato incontestável que tudo quanto existe na Natureza é animado de movimento vibratório, e espalha ao seu redor, no espaço, radiações captadas graças ao pêndulo e à forquilha, e que se tornam sensíveis para as radiestesistas. Mas, sabe-se também que todos os corpos que existem na Natureza, e que são classificados em 8 grandes famílias, são campostas de átomos, cujo núcleo está radeado por satélites que giram ao seu redor com grande velocidade, originada da poderosa força centrífuga de que são animadas. Esses satélites são os elétrons.

Os corpos, segundo a classificação de Mendeleef, estão assim constituídos: os da 1ª. família têm um só elétron por satélite; os da 2ª. família têm dois; os da 3ª., três, os da 4ª. quatro, etc., e, finalmente, oito, os da oitava família.

Esses elétrons, devido à força centrífuga que possuem, vão escapando rapidamente e são substituídos por outras continuamente. Essa emissão de elétrons é, pois, ininterrupta, e só acaba com a matéria do corpo que a fornece.

Os corpos semelhantes que o operador conserva na mão, em suas prospecções, também, por sua vez, como é natural, expelem elétrons que têm a mesma fonte que o mineral pesquisado, vista pertencerem ambas à mesma família.

Os elétrons de todos os corpos de qualquer família são eletrizados negativamente. Mas esses corpúsculos de tamanho infinitesimal, quando chegam a certa proximidade dos corpos eletrizados como eles, ou de outros elétrons de mesma origem, desdobram sua eletricidade, sendo que a parte positiva enfrenta a parte negativa de um outro. E assim, quando a distância que os separa não oferece mais resistência, realiza-se a atração dos dois elétrons, produzindo-se

a pequena centelha que, em seguida, determinará a neutralidade da eletricidade de cada um.

Portanto, numa prospecção, os elétrons, partindo do metal ou do minério prospectado, e lançados no espaço, ao se encontrarem com os que saem da "testemunha", produzem múltiplas e contínuas séries de atrações, com recomposição do fluido neutro; atrações que reagem no sistema nervoso do operador (que as recebe inconscientemente) e, depois, agem sobre seus reflexos, transmitindo à forquilha um movimento de cima para baixo, e imprimindo ao pêndulo um movimento giratório.

O movimento de abaixamento da forquilha, tanto quanto as girações do pêndulo, positivas ou negativas, é devido, sobretudo, à polaridade do operador.

Participam da produção do fenômeno, ao mesmo tempo, a influência positiva ou a negativa da matéria que entra na confecção do instrumento, dependendo ainda da influência positiva ao negativa do corpo pesquisado.

Essa teoria decorre da eletricidade estática e atmosférica que se expande na superfície de todos os corpos uma vez eletrizados. Quando estala a centelha elétrica entre dois corpos (nuvem e terra), árvores ou campanário, produz-se a decomposição dos fluidos elétricos. Os fluidos de nomes contrários, positivos ou negativos (eletricidade vitrosa ou resinosa), separam-se, e os de nome ou sinal contrário, ao se encontrarem, realizam então a centelha (Raio) quando é propícia a distância que os separa, distância que é função da carga elétrica da nuvem - e os dois fluidos recompõem o fluido neutro que antes existia (Fig. 22). Mas, no caso dos elétrons, o fenômeno é constante, não cessando senão quando acaba a matéria que compõe os corpos; e, sem cessar, sem a menor interrupção dos átomos, os elétrons são expelidos do núcleo atômico, e giram ao seu redor, até

que a força centrífuga de que são animados os afaste cada vez mais do ponto de origem.

Para nós, é assim que julgamos o fenômeno de atração e de repulsão que se produz entre corpos similares, e cuja descoberta proporcionou- nos o grande recurso de nossas prospecções; o emprego das "testemunhas" (Fig. 23).

Quanto aos elétrons, nada se sabe de sua estrutura e dimensões lineares. Na sua obra "Les ondes et les electrons", M. Pierre Bricourt escreve: Por falta de dados experimentais sobre a estrutura do elétron, atribuímos-Ihe uma simetria esférica".

Atribuindo ao elétron a forma de uma esfera com carga elétrica superficial, sua carga elétrica seria, no átomo do hidrogênio, de valor igual ao do núcleo; sua massa seria contudo 1845 vezes mais leve que a da núcleo do hidrogênio; e quanta ao peso, seria ínfimo: um milhão de bilhões de elétrons não pesariam mais que um milésimo de miligrama. De onde saiu essa abservação do professor Millikan: É claro que, do ponto de vista prático, esses algarismos demonstraram que se pode descuidar campletamente das dimensões do elétron, e considerar tais corpúsculos como simples cargas pontuais".

Quanta à radiestesia, se ela considera as radiações como corpúsculos, ou cargas eletromagnéticas que escapam dos corpos, eles, certamente, são quanto às suas dimensões muito mais diminutos que os mesmos elétrons, e, dadas as suas trajetórias, ao escaparem das matérias, como aqueles, sua forma tem de ser também esférica. Assim, eles gozariam de propriedades análogas às dos elétrons. Possuindo como eles uma carga elétrica, cuja natureza está conforme a sua origem, isto é, conforme os corpos que as lançam no espaço (radiações), essa eletricidade será ou vitrosa ou resinosa, e determinará o sentido das girações do pêndulo.