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Os seguros em Portugal

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Academic year: 2021

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(1)

Os

seguros

em

Portugal

COs

desafios das insurtechs

e

do digital

C

Dados pessoais:

matéria-prima

dos seguros

C

Criação do

fundo

sísmico

está na agenda

Gabriel Bernardino

EIOPA

quer

mais supervisão

comportamental

José Almaça

(2)

OS

SEGUROS EM

PORTUGAL

Inovação

tem

impacto

nos

modelos

de

negócio

José

Almaça,

presidente

da

ASF, a

supervisão

e

a

regulação

devem

evitar

que

a

regulamentação

seja um

obstáculo

indevido

à

inovação

financeira.

FILIPE S. FERNANDES

A

intensa

activida-••

/^k

de normativa,

/

—^k

quetemcaracte-*Á~ _^L~ rizado ostempos mais recentes, nãoseperspectiva que irá abrandar no futuro próximo", afir-mou José Almaça, presidente da

ASF

-

Autoridade Nacional de Su-pervisão dos Seguros eFundos de Pensão no encerramento da confe-rência Os Seguros emPortugal que

serealizou a25demaio emLisboa. Referiu queseespera a

publica-çãoda revisão do Regime Jurídico da

Mediação de Seguros ou de

Resse-guros, transposição daDirectiva re-lativa àDistribuição de Seguros, e

que são esperadas novidades quan-toàprimeira revisão anível europeu ao regime Solvência 11. Observou que esta

tem

ligação "à União dos Mercados de Capitais, a trave-mes-tra do plano da Comissão para apro-fundar amobilidade de capitais no

espaço Europeu, promover acriação de emprego eo crescimento econó-mico, alargando asfontes de finan-ciamento da economia".

JoséAlmaça salientou aentrada em vigor em 2012da

IFRS

I7,anova norma derelato financeiro aplicável

àcontabilização doscontratos de se-guro, e

IFRS

9,anova norma aplicá-velaosinstrumentos financeiros, ten-doaASFprocedido aumarevisão do Plano de Contas para as Empresas de Seguros

(PCES).

Defendeu, ainda, que aentrada emvigor do regime Solvência

II

a1

dejaneiro de2016,que está emfase

de consolidação, veio "robustecer a

posição financeira das empresas ea

sua resiliência faceachoques

exter-nos". Adiantou que"oregime vemfo-mentar acriação deuma cultura de

gestão de risco transversal atodos os

níveis decada organização, contri-buindo para melhorar apercepção dos riscos a que asempresas se

en-contram expostas e,desta forma,

to-mar

decisões mais eficientes para a

sua mitigação e para agestão doseu

capital". Osector está mais resilien-teepreparado paraasmudanças

pro-vocadas por factores macroeconó-micos, ambientais, regulatórios ede inovação tecnológica.

0

digital

é

uma

resposta

à

nova

geração

de

consumidores,

sempre online.

Defender

a inovação

Ofenómeno da transformação digi-talcorresponde auma "nova vaga de riscos associados à inovação

tecno-lógica, como o risco de ataques ciber-néticos".

É

uma "resposta ànova

ge-ração de consumidores, ligados em permanência, que esperam eexigem um contacto imediato eàdistância de um clique". Acrescentou que o

"impacto das novas tecnologias obri-ga à revisão profunda dos modelos de negócio dasseguradoras, afectan-do toafectan-dos osníveis da cadeia de valor". JoséAlmaça defende que "a re-gulação e a supervisão devem acom-panhar astendências emtermos de inovação eter capacidade para ava-liar oseuimpacto eantecipar os

ris-cos,mantendo um quadro regulató- rioequilibradoeumasupervisãopre-ventiva que proteja os consumido-res". O objectivo é "evitar que a

regu-lamentação sejaumobstáculo inde-vido àinovação financeira", e "con-seguir oequilíbrio entre oprincípio fundamental da protecção do consu-midor eaoferta deserviços

inovado-resque, no fundo, têmcomo objecti-vo facilitar avida desses mesmos consumidores".

¦

(3)

José Almaça, presidente daASF,e Pedro Martinez que liderou a Comissão deGestão do Fundo deSolidariedade das seguradoras.

éé

A

supervisão

é

fundamental

na

protecção

dos

consumidores.

GABRIEL BERNARDINO Presidente da EIOPA

Em

seis

meses

foram atribuídos

3,4

milhões

de

euros

às

vítimas.

PEDRO ROMANO MARTINEZ Líder do Fundo Solidário

(4)

Os

nomes da

conferência

Gabriel Bernardino, presidente da EIOPA, abriu a conferência Os Se-guros em Portugal, que se reali-zou a25 de maio em Lisboa orga-nizada pelo Jornal de Negócios com a

Liberty

Seguros, Generali Seguros, i2SePLMJ.

Opainel, "O Sector Segurador eos Desafios da Actualidade", contou com José Galamba de

Oliveira,

presidente

da APS

-

Associação Portuguesa de Seguradores, Nuno Luís Sapateiro, associado

coorde-nador da PLMJ,e Rogério Dias, di-rector-geral da Generali Seguros. No segundo painel, "O Futuro em Curso no Sector Segurador", par-ticiparam Filipe Duarte Santos,

ca-tedrático

da Faculdade de Ciên-cias da

Universidade

de Lisboa, Gastão Taveira, CEO da i2S, Tere-saCarvalho, directora do Gabine-te Jurídico & Compliance da Li-berty Seguros e José Figueiredo, administrador daAFIP

-

Associa-ção Fintech eInsurtech Portugal. No encerramento esteveJosé Al-maça, presidente daASF

-

Autori-dade Nacional de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensão. An-dré Veríssimo, director do Jornal de Negócios, moderou.

A

gestão

de um processo

solidário

Em julho

de 2017, as segurado-ras aoperar em Portugal e aAPS (Associação Portuguesa de Segu-radores) criaram

um

Fundo Es-pecial deSolidariedade, destina-do aapoiar osferidos graves e os

familiares das pessoas falecidas na sequência dos graves incên-dios deJunho cOutubro de2017 no centro

Norte

do país.

"Não eraumproblema de res-ponsabilidade civil, não estava no âmbito da segurança social, era uma acção de solidariedade", ex-plicou Pedro Romano Martinez, professor catedrático da Faculda-de Faculda-deDireito de Lisboa, que lide-rou aComissão de Gestão do

Rin-do deSolidariedade.

Mas eram necessárias

direc-trizes para resolver estas situações sociais, decidir quem seria bene-ficiado ecom quevalores, eque

fossem solucionadas deuma for-macélere.

A

Comissão realizou 10 reuniões detrabalho paraanalisar edecidir ascompensações, tendo sido analisados 109processos de vítimas falecidas e25processos de feridos graves.

Equipas

experientes

O professor deDireito referiu que

oEstado costuma

fixar

valores unitários, o que "tem ovalor da simplificação". Mas defendeu queocritério daponderação

per-mitiu

responder "asituações di-ferenciadas em termos

geográfi-cos, sociais, rendimentos eetários

(5)

Em

seis meses avaliaram-se

os90 familiares das65 vítimas de Pedrogão Grande, e os67 familia-resdas

44

vítimas mortais dos

in-cêndios em outubro, além de 27 feridos graves. Estes processos fo-raminstruídos porequipas expe-rientes indicadas por algumas das

associadas da APS eque, no

ter-reno, contactaram directamente todos ospotenciais beneficiários do Fundo. Como resumiu Pedro Ro-mano

Martinez,

estas equipas "co-nheciam ossinistros, assituações sociais etinham capacidade de ava-liar assituações noterreno".

"Em

menos deseis meses,

fez-se a análise, determinou-se

avalo-ração",

referiu

Pedro Romano

Martinez.

Esclareceu que

foram

usados oscritérios com flexibilida-deesempre que necessário ao cri-tério daequidade. E

atribuiu

com-pensações no valor de

3,409

mi-lhões de euros a157familiares de vítimas falecidas ea25feridos gra-ves.

¦

FSF

Seguros

europeus

de

viagem

avaliados

pela

EIOPA

em

2018

"E

tempo

de

levar

a

sério

a

supervisão

comportamental

como

garante

de

boas

práticas

do mercado",

acentuou

Gabriel

Bernardino,

presidente

da

EIOPA.

Em

2018aspráticas de mercado dos seguros de viagem europeus vão ser avaliadas, anunciou Ga-briel Bernardino, presidente da

EIOPA,

regulador europeu dos

seguros edos fundos de pensões, na abertura da conferência "Os Seguros emPortugal".

A

EIOPA, incluiu, no seuplano de acção, "um conjunto deiniciativas para

incrementar

aavaliação pelas autoridades desupervisão dos riscos" naárea comportamental.

tempo

de levar asério a supervisão

comportamental

como garante deboas práticas do mercado", acentuou Gabriel Bernardino. Para

EIOPA

a su-pervisão prudencial e a

compor-tamental

são fundamentais na protecção dos consumidores eu-ropeus. "Com oprocesso de

Sol-vência

II

pôs-se em marcha um processo degrande qualidade e

exigência de supervisão pruden-cial à escala daUnião Europeia.

E

agora tempo depercorrer um

caminho semelhante

relativa-mente àcomportamental". Asreformas regulatórias pós crise

foram

projectadas para construir

um

mercado financei-romais estável, justo, transpa-rente, com instituições financei-ras mais fortes ecom melhor go-vernação.

"Em

termos regula-mentares, na minha opinião,

te-mos regras suficientes, necessi-tamos agora deasimplementar

eassupervisionar de

umaforma

séria abem de todos nós", acen-tuou Gabriel Bernardino.

Plano de acção

Em Abril

de 2018foipublicado o

plano deacção paraa convergên-ciadasupervisão 2018-2019 que detalham astrês áreas de actua-ção.

Em

primeiro lugar o desen-volvimento de novos instrumen-tos comuns de supervisão, onde

seinclui,

por

exemplo, os

ben-chmarks para omodelo interno utilizado pelas empresas de

se-guros àescala europeia

Em

segundo lugar, a super-visão de serviços transfronteiras,

A

digitalização

nos

seguros

está a acontecer.

É

o

presente.

GABRIEL BERNARDINO Presidente da EIOPA

com especial atenção na

detec-çãodemodelos de negócio

insus-tentáveis. Como referiu Gabriel Bernardino, "empresas que

ti-ram partido do passaporte euro-peu paranegócios que distorcem

omercado, devem serretiradas domercado".

Em

terceiro lugar, a

supervi-sãodos riscos emergentes

englo-bando práticas de supervisão des-tinadas aavaliar aresiliência dos sistemas de informação das

(6)

em-presas, avulnerabilidade aos

ris-cos cibernéticos ea utilização da informação, o chamado Big Data, por parte das empresas de

segu-ros, mas também os riscos asso-ciados ao

Brexit

A revolução

digital

Adigitalização nos seguros colo-caem causa asobrevivência de modelos de negócio eempresas. "Aabordagem tem de ser no pre-sente, não vai acontecer no futu-ro, está a acontecer", diz Gabriel Bernardino.

Paraopresidente

daEIOPA

aonda digital vai mudar a

inter-acção com ocliente. "O sector

se-gurador vaiser

um

dos sectores onde vaiser mais visível, porque

osconsumidores têm uma aver-são a

tomar

decisões com base em papéis.

A

digitalização

per-mite

que a interacção com o

cliente seja

feita

de

uma forma

maisapelativa".

Atransformação digital per-mite aoptimização dos custos. Gabriel Bernardino deu o

exem-plo de

um

conglomerado finan-ceiro europeu demédia

dimen-são, que tem desenvolvido a di-gitalização nabanca, eestá a co-meçar na área seguradora. "O CEOdisse-me que

fizeram um

projecto-piloto,

na área não vida,

utilizando

a

Inteligência

Artificial

para agestão de

sinis-tros. Oobjectivo era,

num

ano, cortar

40

a

60%

dos custos. Ao

fim

de nove meses está em90%.

Tem

consumidores mais satis-feitos, porque a interacção é

mais fácil epagou menos no to-tal dos sinistros".

¦

fsf

Do

PEPP aos riscos

cibernéticos

"Gostava de comprar um Pan-European Personal Pension Pro-duct (PEPP), eem Portugal, antes de sair da presidência da

EIO-PA em 2021", confessou Gabriel Bernardino. O projecto está em discussão no Conselho Europeu. Segundo o presidente da EIO-PA,"no Parlamento Europeu hámuitos deputados europeus con-vencidos da importância do produto de poupança europeu. Po-liticamente estão construídas as bases para haver uma decisão. Nofinal de 2018 deve haver uma decisão edepois, em 2019, se-gue-se aregulamentação".

"Quando lançamos o stress test a nível europeu

para

2018, que sedestina a

42

grandes grupos, foi incluído, pela

primeira

vez, um questionário sobre os riscos cibernéticos",

afirmou

Gabriel Bernardino. "A cobertura deriscos cibernéticos vai ser uma

ques-tão fundamental

no sector segurador euma grande

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