• Nenhum resultado encontrado

As transformações que o poder do Reino de Deus pode operar na vida da Igreja local De acordo com o Evangelho de Mateus

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "As transformações que o poder do Reino de Deus pode operar na vida da Igreja local De acordo com o Evangelho de Mateus"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

1

As transformações que o poder do Reino de Deus pode operar

na vida da Igreja local – De acordo com o Evangelho de Mateus

Palestra proferida pelo Pr Luciano R. Peterlevitz, na Primeira Igreja Batista de Americana, em 31 de janeiro de 2016.

Introdução

Vamos refletir sobre as transformações que o poder do Reino de Deus pode operar na vida da Igreja local. Nossa temática será desenvolvida a partir do Evangelho de Mateus. Isso porque o tema do Reino de Deus está fortemente presente neste Evangelho.

O propósito do Evangelho de Mateus é mostrar que Jesus é o Messias prometido no Antigo Testamento. Ele é o descendente de Abraão e de Davi (1.1).

Mateus apresenta vários discursos de Jesus que têm como tema central o Reino de Deus (também designado como “reino dos céus”): a ética do Reino (Mt 5 – 7); as parábolas do Reino (Mt 13; 21 – 25).

Antes, porém, é recomendável entendermos a natureza do Reino de Deus. Uma boa definição a respeito do Reino foi dada por Gerg E. Ladd:

O Reino de Deus...não é somente o poder dinâmico de Deus revelando-se na história; é também uma nova esfera de bênçãos, prevista pelos profetas...Quando nós perguntamos pelo conteúdo desde no novo âmbito de benção, descobrimos que basileia [reino] significa o reinar dinâmico de Deus a esfera da salvação...O Reino de Deus é um termo abrangente para tudo que se pode incluir na salvação messiânica.1

Tendo definido o que é o Reino de Deus, agora vamos analisar algumas afirmações que Jesus faz acerca do Reino de Deus no Evangelho de Mateus, e observaremos algumas das transformações que o poder do Reino de Deus pode operar na vida da Igreja local. É claro que não analisaremos todas as passagens que se referem ao Reino, pois isso fugiria ao escopo da presente palestra. Só algumas delas serão analisadas.

1. A primeira transformação tem a ver com a conversão

Essas são as palavras da primeira pregação de Jesus no Evangelho de Mateus: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mateus 4.17; cf. 3.1). De acordo com o evangelista Marcos, Jesus conclamava seus ouvintes ao arrependimento e fé, já que o reino de Deus havia chegado: “O tempo está

1

Júlio Paulo T. Zabatiero, verbete “Rei/Reino”, em Lothar Coenen; Colin Brown, Dicionário

(2)

2 cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Marcos 1.15).

De acordo com Mateus 18.2-3, a conversão é uma exigência para a entrada no Reino: 2 Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, 3 e disse: Em verdade

vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.

A conversão é uma experiência pessoal. Lembremo-nos de Nicodemos: um homem religioso, um dos principais dos judeus; reconhecia Jesus como Mestre e afirmava que ele vinha de Deus (Jo 3.1). Mas Jesus diz para ele: “Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.” (João 3.7).

A conversão não é a mudança de uma religião para outra. É uma mudança que nos leva para um relacionamento pessoal com Deus.

Fazer parte de uma igreja local é muito importante, mas isso é resultado de nossa experiência de conversão. Estar incorporado a uma igreja local não significa necessariamente que somos filhos de Deus. Filho de crente não é ‘crentinho’. É preciso uma experiência pessoal de conversão.

Essa é uma triste realidade: há muitas pessoas que nasceram na igreja, mas nunca nasceram de novo para Deus. Dizem-se cristãs, mas nunca tiveram um encontro pessoal com Deus.

“Eis que estou à porta e bato”, disse Jesus (Ap 3.20). Martyn Lloyd-Jones dizia que a “porta” não transmite a imagem de uma porta como vemos nos quadros ou imagens. A “porta” é uma catraca: só entra um por vez. Duas pessoas não podem passar juntas. Um dia, você se encontrará pessoalmente com Deus. Será um encontro pessoal: só você e Deus. Por isso, a principal questão é: você conhece a Deus e a Seu Filho?

Essa é a primeira transformação que o poder de Deus realiza numa igreja local: conversão. A chegada do Reino conclama as pessoas ao arrependimento e à fé em Cristo.

2. A segunda transformação tem a ver a humildade

Mateus 5.3: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”

As pessoas que pertencem ao Reino são humildes /pobres de espírito.

No item anterior, observamos que a conversão pessoal é a primeira transformação que o poder de Deus realiza numa igreja local. E a conversão está intimamente relacionada com a humildade de espírito. Isso porque os convertidos são aqueles que se humilharam diante de Deus e se tornaram como uma criança (Mateus 18.3-4).

(3)

3 Russel Shedd acertadamente diz que o pecado da soberba é tão grave quanto os pecados morais (adultério; prostituição; mentira; etc.).2 Pois Deus se opõe aos soberbos (1Pedro 5.5). A soberba é a origem de toda rebelião contra Deus. Lúcifer, o anjo de luz, foi expulso da presença de Deus porque quis ser como Deus. Adão e Eva foram expulso do paraíso porque quiserem ser como Deus. Essa tem sido a mesma atitude da humanidade desde então: querer ser o que não pode ser. Bem diferente da atitude de Cristo, que, sendo Deus, esvaziou-se a si mesmo e tornou-se homem. Cristo é Deus, mas não agiu como Deus. O homem não é Deus, mas age como Deus.

A pobreza de espírito significa lançar fora toda arrogância. Trata-se de uma reação humilde diante do Deus Santo.

Pobreza de espírito significa coração quebrantado e contrito. “...eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que treme da minha palavra. (Isaías 66.2). Como dizia Spurgeon: “Para subirmos no reino é preciso rebaixarmo-nos em nós mesmos.”

Há muitas pessoas que arrogantemente exigem e reivindicam bênçãos de Deus. Mas quando estamos na presença do Deus Santo, nossa reação é só uma: “ai de mim”.

Como falta quebrantamento em nosso meio! Há tão poucas palavras de arrependimento. Lembremo-nos de 2Crônicas 7.14: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” Precisamos clamar para que o Senhor cure a nossa nação. Mas precisamos confessar os nossos pecados e os pecados do nosso país, como fizeram Neemias e Daniel (Neemias 1; Daniel 9).

Essa é a segunda transformação que o Reino de Deus pode operar em nossas vidas. O Reino transforma a igreja em uma comunidade de pessoas humildes e que têm coração quebrantado.

3. A terceira transformação tem a ver com nossas prioridades

Mateus 6.33: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

O Reino precisa ser priorizado antes de qualquer coisa.

Já ouvi muitas pessoas dizendo: “primeiro preciso acertar algumas coisas em minha vida, depois seguirei Jesus”. Outras dizem: “Tenho muitos compromissos, e não posso assumir agora um compromisso com o reino”. O problema é que nunca assumem um compromisso com o Reino.

2

Russel P. Shedd, A felicidade segundo Jesus: Reflexões sobre as bem-aventuranças (São Paulo: Vida Nova, 1998), p. 20.

(4)

4 Precisamos definir claramente quais são as prioridades da nossa vida. Não podemos primeiro organizar nossa vida, para depois assumir a prioridade do Reino. Antes, precisamos primeiramente ter o Reino como prioridade, para planejarmos nossas vidas a partir dessa prioridade. E nossa prioridade sempre dever ser o Reino de Deus e sua justiça.

As palavras de Jesus em Mateus 6.33 nos ensinam que, se buscarmos primeiramente o reino de Deus e sua justiça, todas as nossas necessidades básicas (alimento, vestuário e a própria vida) serão acrescentadas por Deus. É importante observar que as pessoas que priorizam o Reino de Deus são aquelas que venceram a ansiedade. A atitude que Jesus requer dos seus discípulos em Mateus 6.33 é um contraponto ao que ele disse nos v.25-32 (veja a preposição “pois”, no início do v.33). E o que Jesus disse nos v.25-32 (confiança em Deus para as necessidades básicas) é um desenvolvimento do que ele disse no v.24 (os dois senhores: o dinheiro e Deus). O termo “riquezas” (v.24) é a tradução do grego mammonas, em referência a Mamôn, o deus da riqueza.

Dessa forma, a ansiedade basicamente é uma preocupação quanto ao futuro, e, embora precisemos fazer um planejamento financeiro para nosso futuro, contudo, nosso futuro depende totalmente do Senhor e não do nosso dinheiro ou dos nossos bens.

Também é importante notarmos que a humildade, de que falamos no tópico anterior, está intimamente relacionada com a confiança em Deus:

1 Pedro 5:6,7: Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.

No dia de hoje, o Senhor nos diz, através de Sua Palavra: “Humilhe-se debaixo de minha poderosa mão! Não queira controlar todas as situações por suas próprias habilidades ou por sua própria força. Não queira carregar tudo sobre suas costas. Você não vai suportar. Simplesmente confie em mim. Lance suas preocupações sobre mim, porque Eu posso cuidar daquilo que aflige sua alma. Eu Sou Poderoso o suficiente para carregar todas as suas ansiedades. Não se esqueça: Eu já tenho cuidado de você!”.

Essa é a terceira transformação que o Reino de Deus opera numa igreja local: o reino transforma os servos de Mamom em servos do Rei Jesus. Pessoas que vivem freneticamente para ganhar dinheiro são transformadas em pessoas que priorizam a vontade de Deus. Pessoas que confiam em seus bens para o suprimento das necessidades futuras são transformadas em pessoas que confiam seu futuro nas mãos de Deus.

(5)

5 Mateus 18.23-35:

23 Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus

servos; 24 e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; 25 mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. 26 Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. 27 O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. 28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. 29 Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. 30 Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. 31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. 32 Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; 33 não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? 34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia.

35 Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu

irmão.

Nos v.21 e 22, Pedro pergunta para Jesus acerca de quantas vezes se deve perdoar o irmão. Sete vezes? Jesus responde: não sete vezes, mas setenta vezes sete. E, na sequência, o Senhor mostra para Pedro o perdão na perspectiva do “reino dos céus” (v.23), contando a parábola do credor incompassivo (v.23-35).

 A dívida do servo: 10 mil talentos.

 900 talentos: era a quantia de impostos que Herodes, o Grande, recebia de todo o reino. Ou seja, 10 mil talentos era impagável.  A dívida do conservo do servo: 100 denários.

 01 talento = 6.000 denários. 1 denário era pagamento por um dia de trabalho.

 Assim 10 mil talentos são 60 milhões de denários.

 A dívida do servo ao rei equivale a 165 mil anos de trabalho. Já a dívida do conservo era insignificante: cem denários, equivalente a cem dias de trabalho.

 Na moeda brasileira, a dívida do servo corresponde a aproximadamente 6 bilhões de reais. Ganhando cem reais por dia, a pessoa precisaria trabalhar 165 mil anos de trabalho, ininterruptamente.

Nossa dívida contra Deus é incomparavelmente maior do que qualquer ofensa que recebemos de alguém. Assim, se Deus perdoa nossa incalculável dívida, como nós não perdoaremos as pequenas dívidas dos outros? “Não devias tu,

(6)

6 igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti?” (v.33).

Deus nos perdoa completamente. Ele se esquece das nossas iniquidades. Não se trata de aminésia divina. Antes, isso significa que, quando imploramos por Seu perdão, o Senhor consciente e ativamente decidi não mais considerar aquela ofensa praticada contra Ele. Do mesmo modo, quando perdoamos, enterramos o passado, e nunca mais trazemos de volta a ofensa praticada contra a gente.

Deus nos perdoa de todos os nossos pecados. Por isso podemos perdoar qualquer ofensa, mesmo as mais graves.

Colossenses 3.13: Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.

É importante notar que Deus não somente nos perdoa, como também nos reconcilia consigo mesmo. O verdadeiro perdão resulta no reestabelecimento da relação. Deus não somente anulou as nossas ofensas e dívidas, como também nos traz para perto de Si, e estabelece conosco uma relação através de Cristo Jesus. Perdão sem reestabelecimento da relação não é perdão.

Quando perdoamos, necessariamente vamos reestabelecer o relacionamento com o ofensor. Deus “nos confiou o ministério da reconciliação” (2Coríntios 5.18).

Deus nos perdoa, isso significa que precisamos liberar perdão ao ofensor, para que libertemos nossa própria alma. Quando somos ofendidos, temos duas opções: ou guardamos a ofensa para nós mesmos, ou liberamos o perdão. Perdoar é despedir a ofensa e mandá-la embora. E a falta de misericórdia é o veneno que bebemos achando que estamos matando os outros.

Essa é a quarta transformação que o Reino de Deus opera numa igreja local. Uma igreja impactada pelo Reino de Deus é uma igreja impactada pelo perdão de Deus. O Reino de Deus nos faz entender que somos pecadores perdoados, e pecadores perdoados perdoam.

5. A quinta transformação tem a ver com o discipulado Mateus 28.19-20:

18 E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no

céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

(7)

7 O Filho recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra. O Filho é o Rei que exerce a autoridade. Sua autoridade foi autenticada por sua ressurreição dentre os mortos. A ressurreição de Cristo cumpriu uma etapa fundamental no estabelecimento do Reino de Deus. A vinda de Cristo dentre os mortos traz o poderosamente o Reino de Deus entre os homens. No dizer de Mateus 16.28, o Filho, em sua ressurreição, veio no seu reino (uma referencia a ressurreição de Cristo; veja Mateus 10.23).

E “é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés” (1Coríntios 15.25), mas um dia ele retornará, e entregará o reino ao Pai: “Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder.” (1Coríntios 15.24). Portanto, Cristo reina. E é importante observar que a ordem de fazer discípulos, estabelecida por Jesus em Mateus 28.19, está fundamentada em sua autoridade mencionada no v.18: veja a preposição “portanto”, no início do v.19. A meu ver, a preposição “portanto” no início do v.19 conecta esse verso com o v.18, e isso nos leva à seguinte afirmação: o discipulado está fundamentado no reinado de Cristo, e ao mesmo, o discipulado ensina o discípulo a ser totalmente submisso à autoridade do Cristo ressurreto.

O que significa fazer discípulos? Fazer discípulos significa reproduzir nas pessoas o caráter de Cristo; é ensinar as pessoas a obedecer todos os ensinos de Cristo (v.20). A expressão “todas as coisas que vos tenho ordenado” (v.20) faz referência a tudo o que Jesus ensinou no Evangelho de Mateus. São todos os princípios do Reino. E o discípulo é aquele que é totalmente submisso à autoridade de Cristo, o Rei. É aquele que coloca sobre si o jugo suave de Cristo (Mateus 11.29). É aquele que faz a vontade do Pai celeste (Mateus 12.46-50). Portanto, debaixo da autoridade do Rei dos reis, ensinamos outras pessoas a serem submissas ao Rei dos reis.

E é isso o que mais importa: fazer discípulos. Essa é a missão da igreja. Aprendemos aqui uma lição importante. Há igrejas que freneticamente buscam métodos para um crescimento numérico. Os métodos são importantes e têm o seu valor. O problema é a busca frenética por métodos com o mero objetivo de levar a igreja a um crescimento explosivo. Mas a ordem do Rei, na grande comissão, não é para buscarmos multidões, mas sim, para fazermos discípulos pela autoridade que Ele exerce nos céus e na terra. O problema não são as multidões. Na verdade, é muito bom vermos multidões sendo alcançadas para Cristo. O problema é a multidão sem discípulos. E o que vemos no cenário evangélico é um aglomerado de pessoas que não são submissas aos ensinos de Jesus. Que haja multidão em nosso meio, mas que seja uma multidão de discípulos.

Essa é a quinta transformação que o Reino de Deus opera numa igreja local. O Reino transforma crentes em discípulos capacitados pelo Cristo ressurreto a

(8)

8 fazerem outros discípulos. O Reino nos faz entender que discípulo é aquele que tem o caráter de Cristo, e se dispõe a ser usado por Deus para que o caráter de Cristo seja reproduzido na vida de outras pessoas.

Conclusão

Refletimos sobre algumas das transformações que o poder do Reino de Deus pode operar na vida da Igreja local, de acordo com o Evangelho de Mateus: A transformação que tem a ver com a conversão. A chegada do Reino conclama as pessoas à conversão pessoal.

A transformação que tem a ver a humildade. O Reino de Deus pertence aos pobres de espírito. O Reino transforma a igreja em uma comunidade de pessoas humildes e que têm coração quebrantado.

A transformação que tem a ver com nossas prioridades. O Reino requer prioridade. E só podem priorizar o Reino aqueles que entregam todas suas ansiedades ao Senhor, e confiam que Deus suprirá todas as necessidades. A transformação que tem a ver com o perdão. Uma igreja impactada pelo Reino de Deus é uma igreja impactada pelo perdão de Deus. Somos pecadores perdoados, e pecadores perdoados perdoam.

A transformação que tem a ver com o discipulado. O Reino transforma crentes em discípulos capacitados pelo Cristo ressurreto a fazerem outros discípulos. Portanto, o Reino de Deus não é somente o poder dinâmico de Deus revelando-se na história, mas também é o poder de Deus revelando-revelando-se nas nossas vidas. Você já foi impactado pelo poder do Reino de Deus? As transformações do poder do Reino de Deus já ocorreram em sua vida?

Referências

Documentos relacionados

Na versão V1.0 básica toda a estrutura de desenvolvimento do sistema OBS foi mon- tada, na qual além dos ingredientes básicos contidos na versão V0.0 inicial (diga-se um pacote de

De qualquer modo, espero que os fu- turos responsáveis governativos perce- bam, de uma vez por todas, que todas as soluções para os problemas da Justi- ça passam por auscultar com

Seja o operador linear tal que. Considere o operador identidade tal que. Pela definição de multiplicação por escalar em transformações lineares,. Pela definição de adição

Caso a resposta seja SIM, complete a demonstrações afetivas observadas de acordo com a intensidade, utilizando os seguintes códigos A=abraços, PA=palavras amáveis, EP= expressões

Deve-se acessar no CAPG, Coordenadorias > Processo de Inscrição > “Selecionar Área/Linha para Inscrição” e indicar as áreas de concentração e linhas de pesquisa nas

6 Consideraremos que a narrativa de Lewis Carroll oscila ficcionalmente entre o maravilhoso e o fantástico, chegando mesmo a sugerir-se com aspectos do estranho,

7.1 Convertendo o setup interno para externo no posto alfandegado de Uruguaiana Shingo (1996) cita que o aumento no tamanho dos lotes de produção serve para reduzir os

11-12: “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens realizados, mediante o maior e o mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos humanas, não desta criação, não