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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO KIMBERLY BURATTO A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA DE INTERIORES

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

KIMBERLY BURATTO

A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA DE INTERIORES

CASCAVEL 2014

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

KIMBERLY BURATTO

A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA DE INTERIORES

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Teórico- conceitual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso:

Defesa.

Orientador: Camila Pezzini

CASCAVEL 2014

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

KIMBERLY BURATTO

A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA DE INTERIORES

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto(a) professor(a) Camila Pezzini.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz Profº Me Arqº: Camila Pezzini

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz Profº Arqº Esp.: Renata Esser Souza

Cascavel, 03 de dezembro de 2014

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KIMBERLY BURATTO

A IMPORTÂNCIA DA ARQUITETURA DE INTERIORES

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em outubro de 2014 a revisão linguístico textual, ortográfica e gramatical da monografia e artigo científico de Trabalho de Curso denominado: A Importância da Arquitetura de Interiores de autoria de Kimberly Buratto, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado.

Cascavel, 22 de outubro de 2014.

Kélyça de Souza Rodrigues Javorski

Licenciada em Letras Português/Inglês e respectivas literaturas pela UNIOESTE Pós-graduada em Docência no Ensino Superior pela FAG

RG: 9.224.036-3, CPF: 073.956.829-98

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RESUMO

Este trabalho aborda o contexto histórico da arquitetura de interiores, juntamente com seus distintos aspectos, e a influência que o ambiente implica com o bem-estar e o desempenho do homem, quando um espaço é bem projetado e sabe-se usufruir com discernimento dos materiais dispostos no mercado de hoje. Uma edificação se torna perceptível ao homem pela maneira da distribuição espacial dos setores funcionais, compreendida sobre diferentes pontos de vista que levam em conta posições socioeconômicas, comportamento ético, faixas etárias e preferências políticas e religiosas. Através disto, a arquitetura de interiores pretende mostrar a importância da transformação de ambientes não somente em lares, mas verdadeiros meios de referência para o homem.

Palavras chave: Arquitetura. Projeto. Materiais. Interiores.

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ABSTRACT

This essay brings the idea of the history context of the interior design, along with its different aspects, relating the influence that the environment causes in the well-being and performance of humans, when the space is well projected and well judgement by the materials available in the market today. A building becomes noticeable by man for its ways of space distribution of sectors functions, comprehended on different points of view which takes in count social economics positions, ethical behavors, age group, religious and politic preferences. Through it, the interior design intend to show the importance of changing environments not only in homes, but truly ways of reference to the humans.

Keywords: Architecture. Project. Materials. Interior.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Piso de tijolo ... 13

Figura 2: Ambiente com carpete ... 14

Figura 3: Piso de concreto ... 15

Figura 4: Piso de mármore ... 16

Figura 5: Porcelanato com aspecto de madeira desgastada ... 16

Figura 6: Pastilha ... 17

Figura 7: Piso de madeira... 18

Figura 8: Piso laminado ... 19

Figura 9: Piso de borracha ... 19

Figura 10: Parede de alvenaria ... 21

Figura 11: Parede de concreto ... 21

Figura 12: Parede de gesso ... 22

Figura 13: Parede de pedras ... 23

Figura 14: Parede de vidro ... 24

Figura 15: Divisória de ambientes ... 25

Figura 16: Divisória de ambientes ... 25

Figura 17: Loja de bolsas com móveis feitos de papelão reciclável... 26

Figura 18: Loja de bolsas com móveis feitos de papelão reciclável... 26

Figura 19: Lustres criados com peças velhas de bicicleta ... 27

Figura 20: Estantes de canos, cabos e conexões ... 27

Figura 21: Casa Rex FGMF Arquitetos ... 28

Figura 22: Casa Rex FGMT Arquitetos ... 29

Figura 23: Casa Rex FGMT Arquitetos ... 29

Figura 24: Casa Rex FGMT Arquitetos ... 30

Figura 25: Home Office – Antes ... 31

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Figura 26: Home Office – Antes ... 32

Figura 27: Home Office – Depois ... 32

Figura 28: Home Office – Depois ... 33

Figura 29: Home Office – Depois ... 33

Figura 30: Sala de estar – Antes ... 34

Figura 31: Sala de estar – Depois ... 35

Figura 32: Lavabo – Antes e depois ... 35

Figura 33: Escritório – Antes ... 36

Figura 34: Escritório – Depois... 37

Figura 35: Quarto – Antes ... 37

Figura 36: Quarto – Depois ... 38

Figura 37: Ambientes de Philipe Starck ... 39

Figura 38: Ambientes de Philipe Starck ... 40

Figura 39: Livraria da Vila ... 40

Figura 40: Ambientes de Isay Weinfeld ... 41

Figura 41: The W Holtel Retreat & Spa, Patricia Urquiola ... 42

Figura 42: Ambientes por Patricia Urquiola ... 42

Figura 43: Ambientes de Karim Rashid... 43

Figura 44: Morar só, ambientes criados por seus moradores ... 44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 REVISO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE ... 2

2.1ORIGEM DO DESIGN DE INTERIORES –INFLUÊNCIA DO PASSADO ... 2

2.2HISTÓRIA MODERNA DO DESIGN NO BRASIL ... 3

2.3SUSTENTABILIDADE E ECOLOGIA - ECODESIGN... 4

2.4FORMA E ESPAÇO NA ARQUITETURA DE INTERIORES... 4

2.5CONFORTO AMBIENTAL E TEMPERATURA NA ARQUITETURA DE INTERIORES ... 6

2.6PRINCÍPIOS DO DESIGN - EQUILÍBRIO ... 7

2.6.1 Ritmo e Harmonia ... 8

2.6.2 Linha formal de composição da arquitetura de interiores ... 8

2.6.3 Texturas ... 9

2.6.4 Os acabamentos ... 9

2.7A PSICOLOGIA DO AMBIENTE ARQUITETÔNICO ... 10

2.7.1 Escolha de materiais ... 11

2.7.2 Especificação de materiais e acabamentos ... 12

2.7.3 Materiais mais utilizados ... 13

2.7.4 Uso de Materiais Recicláveis ... 26

3 REFORMAS DE INTERIORES ... 30

4 ARQUITETOS DESIGNERS COM DESTAQUE NO CENÁRIO MUNDIAL ... 38

4.1PHILIPPE STARCK ... 38

4.2ISAY WEINFELD ... 40

4.3PATRÍCIA URQUIOLA... 41

4.4KARIM RASHID ... 42

5 ARQUITETURA DE INTERIORES E A IDENTIDADE DO LOCAL ... 43

6 CONSIDERAÇÕES ... 47

7 REFERÊNCIAS ... 49

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1 INTRODUÇÃO

Normalmente, na hora de projetar, as preocupações dos arquitetos giram em torno da estrutura, da forma ou da funcionalidade. No entanto, é importante lembrar que a arquitetura é utilizada pelo homem e, por isso, o conforto do usuário deve ser levado sempre em consideração, e deve ser tratado com o mesmo nível de importância que os aspectos citados acima. (CARTANA, BRONAUT, CURY, 2006)

Sendo assim, a arquitetura de interiores pode servir de partido para o projeto arquitetônico. Segundo Mario Biselli:

“Denomina-se Partido Arquitetônico a idéia preliminar do edifício projetado.

Idealizar um projeto requer, pelo menos, dois procedimentos: um em que o projetista toma a resolução de escolha dentre inúmeras alternativas, de uma idéia que deverá servir de base ao projeto do edifício do tema proposto; e outro em que a idéia escolhida é desenvolvida para resultar no projeto. É do primeiro procedimento, o da escolha da idéia, que resulta o partido, a concepção inicial do projeto do edifício, a feitura do seu esboço”

A arquitetura de interiores é o aproveitamento máximo dos espaços internos, se preocupando juntamente com a harmonia e a beleza entre os elementos, gerando para os usuários um maior conforto e funcionalidade. Essa questão torna-se evidente em nossas vidas quando lembramos que passamos a maior parte do nosso tempo em ambientes internos, sendo um dos fatores determinantes da forma como nos relacionamos com nosso ambiente e o que ele nos transmite.

A análise do ambiente construído sob o aspecto do conforto se desdobra, portanto, numa série de quesitos, tais como: ergonomia, iluminação, acústica, contexto térmico, entre outros. Esses quesitos, por sua vez, não existem autonomamente. Dependem da relação que o homem desenvolve com o ambiente em que habita. (ZALESKI, 2006)

O uso dos materiais, cores e objetos em geral tem forte influência na relação com o ambiente. Devido a isso, a especificação dos materiais aplicados no espaço interno da edificação deve ser analisada com rigor, pois estes são elementos decisivos para o conforto do indivíduo. É preciso ter discernimento das características físicas dos materiais e completa clareza das imposições solicitadas pelo usuário. Questões físicas e psicológicas são o que definem a escolha por

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determinados acabamentos tornando-se um elemento indispensável para que o edifício construído consiga alcançar a sua real finalidade.

O objetivo geral deste trabalho é mostrar como a arquitetura de interiores influencia no contexto ambiental e social quando o espaço é elaborado coerentemente, aliado às normas técnicas e às exigências determinadas.

Os objetivos específicos baseados em pesquisas: buscar a valorização da arquitetura de interiores; melhoria da qualidade de vida através do tema; justificar a importância da escolha dos materiais; a relação entre o material e o conforto no ambiente.

Pretende-se também compreender a assimilação das pessoas em saber distinguir o que torna um ambiente agradável. Serão citados autores e seus artigos, tendo como método o desenvolvimento de uma revisão bibliográfica, que tem por objetivo rever conceitos e trazer novas ideias.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE

2.1 Origem do design de interiores – Influência do passado

Segundo GURGEL (2007), a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, é o grande marco na história da evolução do design e do mobiliário. Essa revolução, tão importante por diferentes aspectos socioeconômicos e culturais, foi importantíssima para a arquitetura de interiores. Com a possibilidade de tecidos, cerâmicas e produtos industrializados, ocorreu a substituição natural dos até então produtos artesanais, e com ela a necessidade de criar e desenvolver novos produtos. No final do século XIX, e início do século XX, a produção em massa causa uma mudança no consumidor que agora com mais dinheiro, a classe média em crescimento, passa a consumir mais e ter como investir nessa área. O que se conhecia até então eram estilos mais clássicos e tradicionais utilizados por uma pequena parcela da população.

Surge o Art Nouveau, estilo rebuscado e representado por desenhos orgânicos com referências às curvas assimétricas de plantas de flores. Cores como rosa, verde folha, azul e malva eram constantes no estilo, papel de parede com motivos exóticos e luminárias em ferro e vitral também eram suas características. No Brasil também teve seus seguidores. (GURGEL, 2007)

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O Art Déco reinou no período entre guerras. Sob a influência da era da máquina, esse estilo substituía a curva pela retilineidade e angularidade das linhas e formas. Era o começo de um design funcional, limpo e despojado. Móveis e objetos desse estilo têm uma aparência mais geométrica e juntamente aerodinâmica com linhas retas terminando em curvas suaves. Materiais caros, madeiras nobres e exóticas e superfícies lisas prevalecem. Cores vibrantes também fazem parte desse movimento em contraste ao Art Nouveau. (GURGEL, 2007)

Em 1919, foi criada a escola Bauhaus, em Berlim na Alemanha, com o intuito de treinar interessados em belas artes e em todos os ramos que envolvessem o design. O “aprender” estava ligado ao “fazer”. Cromado, ferro, plástico e vidro foram alguns dos principais materiais utilizados.

Somente em 1928 Le Corbusier se interessa pelo design de interiores e, para ele, a decoração moderna não deveria ser baseada em elementos decorativos, mas sim num design simples, na busca por uma estética “purista”.

Os anos 1950 foram marcados por uma busca obcecada pela modernidade, e peças em plástico, vindas da Itália, Estados Unidos e Escandinávia tornaram-se famosas e houve a introdução das formas abstratas. O Minimalismo é o estilo que segue o pensamento de Mies Van der Rohe, em que “menos é mais”. Explora a forma simples de móveis com total falta de adornos ou objetos supérfluos. Muitas vezes é elegante e predominam cores suaves, é um visual simples e limpo. Chega o High-tech, famoso nos anos 1980, em que explorava materiais utilizados nas indústrias. Evita-se a madeira. (GURGEL, 2007)

2.2 História moderna do design no Brasil

“A semana de 22”, ocorrida na década de 1920, foi um marco na história das artes do Brasil. Um de seus participantes, o designer suíço John Graz (1891-1980), de linguagem Art Decó, foi um dos únicos expoentes do design de móveis nas décadas de 1920 e 1930 no Brasil, com uma produção na área de design de interiores. Adepto do conceito integral de projeto, criava para seus espaços uma gama enorme de elem entos como caixilhos, vitrais, luminárias, móveis, pisos, etc”. (GURGEL, 2007, pg. 104)

John Graz introduziu inovações no design de interiores, e entre elas estão a utilização de iluminação indireta nos ambientes e o uso de materiais diferenciados,

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como chapas de aço e superfícies cromadas. O design de mobiliário começa a se desenvolver em 1950, com o arquiteto carioca Sergio Rodrigues. Mesmo não existindo um público consumidor representativo, sempre procurou criar móveis com uma verdadeira identidade brasileira. Foi o primeiro designer a colocar nosso mobiliário em destaque nacional. (GURGEL, 2007)

2.3 Sustentabilidade e ecologia - ecodesign

O conceito de sustentabilidade foi introduzido no final dos anos 1980, por Lester Brown, trazendo a preocupação com o meio ambiente de modo que uma comunidade sustentável deve se manter e se abastecer sem prejudicar as gerações futuras. Devido à poluição atual e os diversos problemas que ela causa, juntamente com a escassez dos recursos naturais tradicionais, a sociedade é obrigada a buscar novas soluções alternativas para essa problemática em questões de energia, materiais, recursos, e mesmo no modo de pensar de um projeto.

Hoje se deve pensar no design como um “ecodesign”, ou seja, um design que respeite a natureza e os recursos naturais, evitando todas as formas de poluição possíveis. (GURGEL, 2002)

2.4 Forma e espaço na arquitetura de interiores

GURGEL (2002) define que a arquitetura de interiores deve criar ambientes onde a forma e a função, ou seja, a estética e a funcionalidade, convivam em perfeita harmonia e cujo o projeto final seja o reflexo das aspirações de cada indivíduo.

O design, como se entende hoje, é um processo consciente e deliberado que busca organizar matérias (com suas linhas, texturas e cores) e diferentes formas, a fim de alcançar determinado objetivo, seja funcional ou estético.

A importância dele torna-se evidente quando percebemos que o design, aplicado a qualquer elemento, afeta não somente os objetos que interagem com ele e as pessoas que o utilizam, mas, mais abrangentemente ainda, afeta nosso meio ambiente.

Os designers organizam elementos tais como espaço, forma, linha, textura, luz e cor para se expressar. Esses elementos devem ser considerados como ferramentas pelas quais o design se materializa. Um bom projeto de arquitetura de

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interiores é aquele que apresenta um bom design, ou seja que atinge um resultado harmônico e criativo.

Espaço: O espaço que estamos considerando é o habitável, os ambientes em questão os que existem entre as paredes, o teto e o piso. Esse elemento é o ponto de partida para a criação, sem ele não existe projeto. São vários os modos de articular o espaço: físico, visual e até mesmo sonoramente. Se soubermos escolher corretamente os elementos compositivos de acordo com o que queremos, poderemos estimular diversas sensações, como a de aberto/fechado, livre/enclausurado, seguro/vulnerável, entre tantas outras.

Forma: Está diretamente relacionada ao espaço, apesar das diferentes formas existentes no mundo podemos simplificar e considerá-las basicamente como retilíneas, angulares ou curvas.

As maiores inovações na arquitetura de interiores estão relacionadas a soluções que exploram diferentes angulações, movimentos curvos e planos inesperados. A arquitetura de interiores atual pode e deve ser expressa livremente, uma vez que segue um conceito espacial novo e livre. (GURGEL, 2002)

Retilíneas: As formas mais populares criam sensação de monotonia. Podem e devem ser usadas de maneira criativa, explorando a pureza do ângulo reto.

Angular: Evidencia a ideia de movimento. Muito usada em tetos inclinados, cria ambientes amplos e arejados.

Curva: Traz em si a ideia de continuidade, de constante movimento. Deve ser usada com cautela, pois sua repetição excessiva leva monotonia ao movimento.

Pode ser usada em plantas circulares, escadas, móveis, janelas e paredes.(GURGEL, 2002)

Para Ching (1999), forma é um termo abrangente que tem vários significados. Pode se referir a uma aparência externa passível de ser reconhecida, pode também aludir a uma condição particular na qual algo atua ou se manifesta.

Em arte e projeto, frequentemente utilizamos o termo para denotar a estrutura formal de um trabalho, a maneira de dispor e coordenar os elementos e partes de uma composição de formas a produzir uma imagem coerente. A forma sugere referencia tanto à estrutura interna e ao perfil exterior quanto ao principio que confere unidade ao todo. Enquanto a forma inclui um sentido de massa ou volume tridimensional, o formato se refere ao aspecto essencial da forma que define sua aparência, a

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configuração ou disposição relativa das linhas ou contornos que delimitam uma figura ou forma.

2.5 Conforto Ambiental e Temperatura na Arquitetura de Interiores

É fundamental a utilização de soluções eficientes para manter as edificações de acordo com os padrões de conforto. Desde o inicio da existência humana, o homem procura abrigo contra as adversidades do tempo. Pode-se dizer que a sensação de bem-estar está ligada à sensação de segurança, e que o conforto pode ser definido como um “estado de espírito”.

É importante lembrar que há tecnologia disponível para alterar quase qualquer característica de um ambiente. Entretanto, é bom lembrar que as condições climáticas que afetam uma edificação alteram-se no decorrer de um dia, além de variarem bastante dependendo do país, do estado e da cidade.

Mais e mais países buscam, por meio de legislação específica, garantir que as edificações assegurem aos usuários maior conforto térmico e sonoro no inverno ou no verão. A arquitetura de interiores pode contribuir bastante com o projeto de arquitetura de uma residência, quer na escolha correta de materiais de revestimento interno dos ambientes, quer nos elementos de vedação interna do sol, como cortinas ou persianas, etc. (GURGEL, 2002).

Temperatura: O período de maior insolação nas edificações ocorre das 10 horas da manhã às 2 da tarde.

Muitas vezes, a solução para conseguir um bom desempenho térmico não é única. No inverno, deve-se evitar que o ar quente saia dos ambientes, enquanto no verão, não se pode deixar o calor externo entrar nos ambientes.

Para alterar a temperatura ambiente, pode-se , entre outros, utilizar ar- -condicionado, lareira ou exaustor, além de soluções acopladas diretamente à

construção da edificação, como janelas posicionadas corretamente, mantas térmicas, tijolos maciços, etc.

O avanço tecnológico permite inovações consideráveis. Deve-se buscar soluções econômicas do ponto de vista financeiro e principalmente energético. O projeto final deve ser um exemplar único e particular. Criatividade e pesquisa são ingredientes

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fundamentais e indispensáveis para chegar a soluções singulares. (GURGEL, 2002)

2.6 Princípios do design - equilíbrio

O equilíbrio é alcançado quando a capacidade dos elementos em chamar a nossa atenção e seus respectivos pesos visuais (elementos arquitetônicos ou mobiliário) neutralizam-se. Chamava-se de peso visual o impacto psicológico causado por um elemento. A luz natural é inconstante e interfere no modo como sentimos e vemos as coisas, podendo alterar a forma, a cor e o peso visual de um elemento no decorrer do dia. Portanto, a luz pode ser considerada como fator importante numa composição.

Tipos de equilíbrio

Equilíbrio simétrico: é uma forma passiva e formal de equilíbrio. Ocorre quando um lado de um elemento é exatamente igual o outro. É simples, fácil e rápido de reconhecer, pois, a se ver um lado igual ao outro, lê-se imediatamente essa solução como sendo correta e equilibrada.

É usada em ambientes mais clássicos e formais. Essa forma de equilíbrio coloca toda atenção no elemento central da composição, ao mesmo tempo em que reduz visualmente sua dimensão. Portanto, deve ser usada quando se tem o objetivo de atrair a atenção para um elemento especifico. Uma fachada em que a porta de entrada é centralizada entre duas janelas idênticas é um clássico exemplo desse tipo de solução. Se o intuito for tirar a atenção do centro da composição, deve-se agregar, de modo criativo, os elementos compositivos, abusando de suas formas e cores. No caso anterior da fachada, cores mais vivas nas janelas tirariam a atenção da porta de entrada.

Equilíbrio assimétrico: mais informal, dinâmico e espontâneo. Nessa forma de equilíbrio, um lado é equivalente ao outro no peso, mas não na forma. Não existe fórmula para alcançá-lo, pois ele é totalmente livre e flexível. Deve ser usado quando se deseja amplitude e informalidade. Muito utilizado em paisagismo e no design contemporâneo. Sugere movimento, por ser menos óbvio do que o equilíbrio formal.

Numa fachada principal, pode-se ter a porta centralizada entre uma grande janela,

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de um lado, e, de outro, duas janelas menores, porém com a mesma força visual da janela grande.

Equilíbrio radial: a característica principal é o movimento circular que se direciona para ou se expande de um foco central. Pode ser estático (por exemplo, uma escada em caracol). Menos importante do que os anteriores, o equilíbrio radial acrescenta um componente diverso na composição, sendo um contrapeso à retangularidade. O desequilíbrio proporciona uma sensação de instabilidade. Não é repousante e causa intranquilidade. (GURGEL, 2002)

2.6.1 Ritmo e Harmonia

A repetição de uma forma, de um elemento, ajuda a garantir coerência ao projeto. O ritmo pode ser definido como um movimento organizado, contínuo.

- Cria-se ritmo por meio da repetição das cores ou das formas que dão caráter ao projeto.

- Repetir, de modo planejado, cria movimento e evita que muita repetição torne o ambiente monótono. É óbvio que o pouco uso desse recurso não dá, necessariamente, unidade ao projeto.

Bom senso e vontade de dar ao projeto um caráter particular conduzem ao uso equilibrado do ritmo. É importante repetir para surpreender, dar movimento, unir espaços.

Num projeto é importante manter a harmonia entre seus vários centros de interesse. O projeto não deve parecer uma junção de elementos unidos ao acaso, que competem entre si. Deve ser um todo, um conjunto de formas, cores, texturas, etc., que se relacionam e interagem. (GURGEL, 2002)

2.6.2 Linha formal de composição da arquitetura de interiores

Segundo GURGEL (2002), a linha pode ser reta ou curva, fina ou grossa. É um recurso para enfatizar ou suavizar a forma dos objetos ou dos ambientes.

Reta: Quando predominante, normalmente dá um caráter mais masculino ao ambiente.

A linha vertical tem tendência a aumentar a altura e a dar mais dignidade e formalidade ao espaço, já a horizontal é relaxante e mais informal, principalmente

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quando longa. A diagonal sugere movimento, sendo ideal para ambientes dinâmicos.

Curva: linha feminina, dá mais suavidade e movimento ao ambiente. Quando suave, proporciona relaxamento.

2.6.3 Texturas

Elementos que merecem destaque na arquitetura de interiores, podendo criar pontos de interesse, diversidade e estimulo sensorial. O efeito psicológico, causado por determinada textura ou vai depender de sua forma, cor e dimensão, e também de seu consequente efeito visual e impacto.

Propriedades da textura: superfícies lisas, como aço, inox, metal polido, vidro, etc., refletem mais a luz, atraindo a atenção e fazendo com que sua cor pareça mais forte e viva. Em superfícies um pouco mais rústicas, a luz tende a ser mais absorvida; consequentemente, ameniza as cores, utilizadas sobre elas. Em superfícies bem rústicas, uma iluminação direcionada em ângulo dramatiza a textura, criando sombras; um wall-washing minimiza a textura; já uma iluminação difusa suaviza a aspereza da superfície. (GURGEL, 2002)

2.6.4 Os acabamentos

Qualquer material tem suas características expressas pela sua cor e textura, mas são os acabamentos das superfícies que dão forma e impressão ao espaço.

Essas propriedades podem influenciar não somente a imagem do ambiente, mas também a função e conservação que se pretende dar ao espaço (MARTIN, 2004).

A tecnologia tem avançado e muito no sentido de possibilitar novos efeitos e novas texturas para acabamentos até então consagrados como o vidro, a pedra e a madeira. Segundo Martin (2004), a influência da tecnologia digital resultou na concepção de novos acabamentos além de produzir muitas imitações de materiais naturais. Hoje ha muitas opções disponíveis no mercado, mas o conhecimento dos efeitos proporcionados por esses materiais pode ajudar muito na definição e escolha, o apelo visual e tátil.

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2.7 A psicologia do ambiente arquitetônico

A ciência que estuda as relações do homem com o ambiente que o cerca é denominada de psicologia ambiental, e é por meio dela que se qualifica e contextualiza o homem na sociedade.

Já foi comprovada a função que o ambiente exerce em relação ao desempenho humano. Outra questão é a criação de espaços satisfatórios ao conjunto de pessoas que habitam um local, devido ao fato de possuírem níveis distintos de sensibilidade psicológica e física.

A personalização da aparência externa e interna das edificações está relacionadas aos elementos arquitetônicos e com a identidade. Podem ser exemplificados por meio do uso de cores, texturas, revestimentos, adornos, entre outras características diversas que as definem.

Kowaltowski, et. al (2005) constata elementos arquitetônicos como mobiliário, nichos, rebaixo de gesso entre outros que delimitam e personalizam os espaços habitados, evidenciando sua apropriação pelo usuário. Rapoport (1990) trata do conceito de identidade, exemplificando o homem e o animal. A partir do momento em que esses começaram a ocupar espaços abertos, aprenderam também a demarcar seu território, de modo a criar lugares que identificam aqueles que o habitam.

Segundo Proshansky (1970) são quatro aspectos que dão razão a existência da psicologia ambiental:

 ela estuda o ambiente ordenado e definido pelo individuo.

 seus problemas cientificos estão relacionados com problemas sociais emergentes.

 é de natureza multidisciplinar

 estuda o individuo como parte integrada de toda a situação problemática.

De acordo com Hall (1981) o espaço construído e urbano são expressões de um processo de filtragem e seleção dos dados sensoriais humanos. Esses filtros humanos são culturalmente padronizados, e quatro zonas de distância e envolvimento entre os indivíduos e as atividades, relações e emoções associadas a cada uma delas foram reconhecidas pelo autor. Distância mínima, distância pessoal,

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distância social e a distância pública.

A introdução de conhecimento de fatores comportamentais no processo criativo tem sido o grande desafio da Arquitetura e mais especificadamente em Design de interior. É nesse universo que age a psicologia ambiental, definida como interação entre indivíduos e suas condições físicas. (GIFFORD, 1977)

2.7.1 Escolha de materiais

Segundo GURGEL (2002), a escolha correta depende principalmente do conhecimento quanto ao universo de materiais que existem no mercado e se adaptam ao meio em questão. Na maioria das vezes, por total desconhecimento da tecnologia dos materiais disponíveis, utilizamos soluções antigas e ultrapassadas, caindo em resultados poucos criativos e repetitivos. É importantíssimo que, ao escolher um material para determinada superfície, se efetue uma minuciosa pesquisa entre todas as soluções possíveis. Analisar as características de cada material é indispensável para uma escolha correta e que atenda às necessidades básicas e gerais do ambiente.

Segundo Bauer (2000), a busca de materiais com melhor aparência, durabilidade e resistência ocorreu de forma demorada na mesma extensão que aumentaram as necessidades humanas. Então, deu início a um ciclo: “Melhores materiais possibilitavam melhores resultados e melhores técnicas, e estas, por sua vez, demandavam materiais ainda melhores.”

Os materiais hoje são subdivididos em diversas categorias, entre elas simples e compostas; natural ou artificial e a evolução nessa área avança com tanta rapidez que se torna essencial por parte de engenheiros e arquitetos projetistas estar atualizados com as técnicas mais avançadas que utilizam materiais com melhor padrão e menor custo.

Características dos materiais:

• Funcionais: durabilidade, resistência, manutenção, aspectos térmicos, acústicos e antiderrapantes.

• Estéticas: forma, dimensões, cores, texturas, padrões e acabamento.

• Econômicas: custo e relação custo-benefício.

• Sustentáveis: referente a quanto preservam a natureza, à quantidade

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de poluição gerada para sua fabricação, aos componentes recicláveis, etc..

2.7.2 Especificação de materiais e acabamentos

São os acabamentos das superfícies que dão forma e impressão ao espaço.

As características de qualquer material são expressas pela sua cor, textura, por exemplo, e essas propriedades podem influenciar não somente a imagem do ambiente, mas também a utilidade e durabilidade que se pretende dar ao espaço (MARTIN, 2004).

Especificar os materiais contribui para cada parte do processo do projeto e da obra como um todo. Segundo Chiner (1988), optar pelo material mais apropriado para um produto envolve dois princípios notáveis; primeiro, a seleção dos materiais deve ser uma parte integral do processo do projeto, e, a segunda, a seleção dos materiais deve ser o mais quantitativa possível. Ter conhecimento das propriedades individuais dos materiais é importante para que eles possam ser escolhidos e especificados. A seleção dos materiais não era muito considerada anteriormente no processo do projeto. Selecionavam os materiais por meio de manuais com escolha limitada e na base de dados limitados sobre suas características. Hoje, entretanto, esse seria um procedimento não muito comum. Muitas vezes a opção por determinados materiais pode estar relacionada com experiências passadas.

Materiais, quando são bem especificados, tendem a se repetir em demais empreendimentos.

Há uma grande quantidade de materiais disponíveis para o arquiteto projetista escolher, e estes correspondem a uma larga escala de propriedades. Cada material útil deve possuir uma combinação das suas propriedades. O conjunto desejado das propriedades não será necessariamente a combinação exata requerida, mas sim dependerá da aplicação dada. Para fazer uma seleção prévia dos materiais podem- se estabelecer limites para cada tipo de projeto. O conhecimento e a experiência, nesse caso, são considerados requisitos para rejeitar um material, porque as propriedades dos materiais podem ser variadas. Um material não seria rejeitado necessariamente porque é insatisfatório no que diz respeito a uma única exigência secundária do projeto, ou mesmo preliminar.

Em épocas atuais o desenvolvimento do computador permitiu o uso de uma

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teoria mais sofisticada no processo do projeto. Isto trouxe ao projetista mais confiança e, consequentemente, o transformou num profissional mais preparado para introduzir ideias novas ou para trabalhar mais perto da margem da falha. Não é uma tarefa fácil a especificação dos materiais de uma forma puramente racional. O problema normalmente se dá pela falta de dados sobre as propriedades dos materiais.

Piso

Pode-se dizer que o piso é uma das maiores superfícies num ambiente.

Portanto, será de considerável influência no resultado final do projeto, desde sua manutenção até o caráter escolhido. Ele influi na acústica, na reflexão da luz e na manutenção dos ambientes. São inúmeros os materiais existentes no mercado, dependendo do clima, da atmosfera desejada, das características particulares do ambiente ou das funções ali realizadas. É importante lembrar que quanto menor o projeto, melhor é uniformizar o piso pela tonalidade, independente das texturas ou materiais escolhidos, isso causa maior integração dos ambientes e efeito visual de amplitude. (Gurgel, pg.91)

2.7.3 Materiais mais utilizados Tijolos

Material resistente e de forte característica estética. Podem ser assentados de diversas maneiras, formando diferentes padrões. (Gurgel, pg. 95)

Tijolos aparentes transmitem a sensação de rústico ao ambiente e são elementos considerados "frios". O piso de tijolo a vista normalmente é utilizado em lugares externos.

Figura 1: Piso de tijolo

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Fonte: http://estoriasdesign.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html

Carpete

Encontrado em placas, rolos ou sem emendas é uma das melhores opções em termos de acústica. A grande variedade de texturas, padrões, cores e materiais utilizados na sua fabricação permite uma gama enorme de opções para inúmeras funções em diversos níveis de orçamento. (Gurgel, pg. 95)

Os carpetes reduzem a freqüência e gravidade de acidentes como quedas e escorregões, que são decorrentes de pavimentos frios, polidos e encerados. Com a versatilidade de texturas, cores e desenhos que os carpetes proporcionam, temos a sensação de luxo, conforto e aconchego que desejamos.

Figura 2: Ambiente com carpete

Fonte: http://www.minhacasaminhacara.com.br/vantagens-e-desvantagens-de-ter-

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carpete-em-casa/

Concreto

Esse piso deve ser executado por pessoas especializadas, a fim de evitar trincas e acabamentos malfeitos. Trata-se de um piso uniforme, frio e duro, porém muito prático, podendo ser utilizado na maioria dos projetos. Sua baixa absorção do som deve ser corrigida associando-o a materiais mais macios, como tapetes e cortinas. (Gurgel, pg. 95)

O piso de concreto é utilizado normalmente em espaços amplos. Além disso, ele se integra em qualquer tipo de ambiente, seja ele moderno, rústico ou contemporâneo. O uso do concreto expõe uma estrutura crua, mas também transmite despojamento ao ambiente.

Figura 3: Piso de concreto

Fonte: http://www.portobello.com.br/blog/decoracao/concreto-sim-industrial

Mármore e granito

Sofisticados e de fácil manutenção, podem chegar a valores exorbitantes, dependendo da procedência do material. Quando polidos, podem ser muito escorregadios, não apresentando nenhuma característica acústica favorável ao controle dos ruídos internos. (Gurgel, pg. 96)

O piso de mármore ou granito possui uma estética marcante e imponente, transmitindo certa sensação de peso na decoração. É muito usado também para emitir sobriedade e solidez em ambientes de trabalho.

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Figura 4: Piso de mármore

Fonte: http://seuestilodemorar.com.br/tag/ambientes-arejados/

Cerâmica, porcelanato, pastilhas e mosaicos de vidro

Estão entre os materiais mais utilizados. Lembre-se de que, quanto mais brilhante o piso, maior a reflexão da luz e do som, além de mais escorregadio. São infindáveis as opções encontradas no mercado, podendo ser assentadas a fim de criar linhas que ajudem a enfatizar o projeto ou mesmo alterar a sensação espacial, caso necessário. (Gurgel, pg. 96)

Normalmente utilizados em áreas molhadas e áreas de serviço, mas não quer dizer que também não pode ser usado nos demais cômodos. Esses materiais tem uma grande variedade de formas, cores e texturas, podendo causar diversas sensações de acordo com o gosto e a estimativa do cliente.

Figura 5: Porcelanato com aspecto de madeira desgastada

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Fonte:http://casa.abril.com.br/materia/ceramicas-e-porcelanatos-novidades-da- revestir-2013

Figura 6: Pastilha

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/apartamento-tem-todo-o-piso-revestido-com- pastilhas-azuis

Madeira

Pode-se encontrar uma variedade enorme de pisos de madeira (parquê, tábua larga, taco, carpete de madeira, etc.), bem como diferentes acabamentos, como verniz, clareamento e pátina, entre outros. Material nobre e elegante, em tonalidades escuras, ajuda a criar uma atmosfera de solidez e respeito, assim como

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a dar um caráter mais formal ao ambiente. Pode ajudar a criar também linhas no piso, melhorando as características espaciais dos ambientes, como por exemplo, alargando um corredor estreito, se assentado perpendicularmente às paredes mais próximas. (Gurgel, pg. 97)

Devido ser um material caloroso, cria ambientes acolhedores, que refletem o caráter de lar. Um local onde o uso da madeira predomina normalmente é convidativo a permanência.

Figura 7: Piso de madeira

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/9-projetos-com-piso-de-madeira-assinados- por-profissionais-do-casapro

Laminados

A variedade, a qualidade e os preços dos produtos existentes no mercado são inúmeros, cada um deles com uma utilização apropriada. Esse tipo de piso é de fácil instalação e manutenção, e a qualidade do produto escolhido ditará a perfeição na instalação, no acabamento final e na resistência a riscos, deformações, manchas e umidade. O laminado não apresenta a mesma textura dos pisos maciços, mas se sai bem ao simulá-los. Ele é feito de madeira reconstituída, revestido de papel especial e protegido com verniz de alta resistência.

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Figura 8: Piso laminado

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/41-ambientes-de-casa-cor-goias-2012#1

Marmoleum/Linóleo e Pisos Vinílicos

Os revestimentos linóleos são feitos de resina, cortiça e óleo de linhaça.

Existem várias cores e padrões e possuem diversos fornecedores. Permite a criação de desenhos, a setorização na área do piso ou ainda um piso totalmente homogêneo, integrando o projeto como um todo. Devem ser aplicados em contrapiso perfeitamente regularizado, são comuns em consultórios e laboratórios clínicos.

Os vinílicos são encontrados em diferentes texturas, espessuras e padrões.

Vendidos em placas ou mantas, são fáceis de aplicar e de manter. Podem riscar devido à movimentação de móveis pesados, mas, se bem cuidados, duram até quinze anos. Não são indicados para áreas molhadas. (Gurgel, pg. 97)

Pisos de Borracha

Econômicos, fáceis de limpar (não acumulam poeira) e de instalar (com cola resistente ao contato da água), podem ser encontrados em diversas cores e padrões, em rolos ou placas. Em diferentes texturas antiderrapantes, espessuras e capacidades de absorção, costumam ser utilizados em academias, clínicas, em academias, clínicas, hospitais, escritórios, etc. (Gurgel, pg. 98)

Figura 9: Piso de borracha

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Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/pisos-emborrachados-e-vinilicos-invista-neles

Aço

As chapas de aço são usadas em ambientes high-tech, com atmosfera contemporânea ou mesmo futurista.

Paredes

São elementos construtivos que, dependendo de sua função, podem ser erguidos em diferentes alturas e com diversos tipos de materiais. Utilizando-se de formas variadas, contribuem para criar ambientes interessantes e surpreendentes.

É importante lembrar-se de que as paredes circulares podem ajudar a direcionar a circulação.

- podem bloquear totalmente a visão, o som, a claridade e a ventilação, se nelas forem utilizados elementos maciços opacos e com altura total igual à do pé-direito;

- podem bloquear a parte da visão e parte da circulação de ar, se erguidas com elementos maciços opacos ou translúcidos vazados;

- deixam passar a luz e permitem, parcialmente, a visão através delas, se erguidas com materiais translúcidos;

- podem bloquear totalmente o som, mas com ampla visão e claridade, se feitas de vidro duplo;

- paredes com altura de 1,60 m podem bloquear a visão e, ao mesmo tempo, permitir claridade e ventilação. (Gurgel, pg. 99)

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Materiais mais utilizados:

Alvenaria

Construída em diferentes espessuras, dependendo do tipo de tijolo, a parede tem melhores ou piores características térmicas e acústicas. Pode ser explorada como elemento do projeto não somente pelo tipo e pela forma, mas também pela textura. A cor do rejunte ajuda a criar uma textura homogênea ou retalhada. Pode ainda receber diferentes texturas aplicadas sobre sua superfície. (Gurgel, pg. 100)

Figura 10: Parede de alvenaria

Fonte:http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_1 2.html

Concreto

Muito utilizado pelos modernistas, o concreto aparente pode ser um diferenciador no projeto. É importante, entretanto, evitar pintar a parede de concreto da cor do concreto, para eliminar possíveis manchas ou marcas que podem aparecer na sua construção. Na maioria das vezes são essas marcas que dão charme a superfície. Na mesma questão do piso anteriormente citado, a parede de concreto aparente trás uma mistura de simplicidade e elegância.

Figura 11: Parede de concreto

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Fonte: http://delas.ig.com.br/casa/decoracao/2013-08-19/aposte-na-cor-cinza-para- decorar-a-casa.html

Gesso

De construção rápida, essas paredes podem ser feitas em blocos de gesso (opção mais demorada) ou em placas e gesso e estrutura metálica. Podem ter as propriedades acústicas e térmicas alteradas conforme o isolante interno utilizado.

Figura 12: Parede de gesso

Fonte: http://casa.abril.com.br/materia/para-corrigir-imperfeicoes-gesso

Pedra

Na maioria das versões, ajuda a criar uma atmosfera rústica e aconchegante.

Paredes de pedra filetadas são muito utilizadas em projetos contemporâneos. O uso de pedras quando bem executados, em ambientes internos ou externos trazem requinte ao ambiente. Pedras transmitem uma sensação de robustez e solides.

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Figura 13: Parede de pedras

Fonte: http://construro.com/parede-pedra-portuguesa-2/

Cerâmica

São inúmeras as opções, com diferentes texturas, dimensões, cores, padrões, acabamentos e efeitos visuais. Quanto mais polida, maior a chance de se tornar escorregadia e de refletir mais os ruídos internos, porém é mais fácil de limpar.(Gurgel, 101)

Vidro

As paredes de vidro podem ser leves e erguidas a partir de diferentes produtos. Exploradas em inúmeras formas, proporcionam soluções inusitadas e bem criativas. O vidro é encontrado de diferentes tamanhos, formas, cores e texturas.

Uma parede totalmente revestida desse material pode criar um efeito de profundidade bem interessante. Paredes de vidro causam sensação de amplitude e sofisticação, além de trazer luz natural ao ambiente.

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Figura 14: Parede de vidro

Fonte: http://maisarquitetura.com.br/claraboias-e-paredes-de-vidros-em-projeto- residencial-por-osterwold-schmidt

Espuma

Pode ser encontrada em placas de diferentes espessuras e relevos. É utilizada em ambientes como estúdio de som, de rádio, em teatros ou onde a acústica do ambiente deva ser tratada cuidadosamente, neutralizando o som criado no ambiente. (Gurgel, pg. 102)

Fórmica

É encontrada em réguas, chapas ou placas, em diversas cores. Por ser de textura suave e opaca, tende a reduzir a sensação espacial dentro do ambiente revestido. Muito utilizada nos anos 1980, ainda é uma opção adotada por várias empresas, já que sua manutenção é relativamente simples. (Gurgel, pg. 103)

Divisórias

Sistemas fáceis de montar, são flexíveis e podem ser encontrados em diferentes dimensões, padrões, materiais e cores. Ajudam a integrar ou dividir ambientes, e podem servir como ótimas peças de decoração além de favorecer a

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circulação de ar. Ao escolher uma divisória deve-se ficar atento ao estilo dos cômodos a serem separados, para que haja sempre harmonia entre os elementos.

Divisórias de vidro fazem com que o ambiente mantenha a sensação de amplitude.

Figura 15: Divisória de ambientes

Fonte: http://assimeugosto.com/2012/05/02/painel-vazado/

Figura 16: Divisória de ambientes

Fonte: http://assimeugosto.com/2012/05/02/painel-vazado/

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2.7.4 Uso de Materiais Recicláveis

Figura 17: Loja de bolsas com móveis feitos de papelão reciclável

Fonte: http://www.projetoamazonia.com.br/2010/10/loja -decorada-com-moveis-de- papelao/

Este é um projeto de loja de bolsas que se situa na Itália, da design de interiores e de produto Francesca Signori, onde todos os móveis são feitos de papelão reciclável. Nichos quadrados, tubos de papelão feitos para expor os produtos, luminárias também desse mesmo material, provando que é possível deixar o ambiente arrojado, sofisticado e ecologicamente correto.

Figura 18: Loja de bolsas com móveis feitos de papelão reciclável

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Fonte: http://www.projetoamazonia.com.br/2010/10/loja -decorada-com-moveis-de- papelao/

Figura 19: Lustres criados com peças velhas de bicicleta

Fonte:http://www.projetoamazonia.com.br/2012/11/pecas-de-bicicletas-sao- transformadas-em-lustres-incriveis/

A artista Carolina Fontoura Alzaga conseguiu criar estes lustres utilizando peças velhas de bicicletas, rodas e correntes recolhidas em lixões, trazendo um resultado totalmente inusitado. Abaixo materiais descartados de demolições como tubos, canos e conexões ganham uma nova função: estantes. Obra da designer americana Stella Bleu.

Figura 20: Estantes de canos, cabos e conexões

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Fonte:http://www.projetoamazonia.com.br/2012/03/estantes-e-prateleiras-com-tubos- canos-e-conexoes-descartados/

Segundo Dias (2012), socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Essa seria a definição do uso de materiais recicláveis na arquitetura de interiores. A aplicação dos princípios de sustentabilidade na criação artística deve acontecer dando como prioridade o fator ambiental para o desenvolvimento do produto, reduzindo assim o seu impacto na natureza, juntamente com os elementos estéticos, funcionais e de segurança. Devemos escolher materiais de baixo impacto ambiental, eficiência energética, qualidade e durabilidade, modularidade ou de reutilização/reaproveitamento. O setor da construção civil consome 40 à 50% dos recursos naturais. Podemos aplicar a sustentabilidade em projetos de interiores ao estudar o ambiente externo refletindo no planejamento de iluminação e na distribuição dos cômodos, no mobiliário como a extração de matéria prima na questão de distribuição e comercialização, uso de tubulações ecológicas, tinta a base de água ou a escolha de alvenaria aparente tendo também a possibilidade de revestimento de tijolos e outros que dispensem o uso da tinta.

Casa Rex FGMF Arquitetos

Figura 21: Casa Rex FGMF Arquitetos

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-116127/casa-rex-fgmf-arquitetos

Em São Paulo, uma antiga residência no Pacaembu, foi escolhida para se transformar em um importante escritório de design gráfico, a Casa Rex. A edificação já não tinha o seu verdadeiro aspecto original devido a várias reformas mal feitas, realizadas ao longo do tempo. Os clientes dividiram suas exigências em três partes:

A área de reuniões, onde se encontrariam a recepção e um local em que projetos realizados pelo escritório seriam expostos. A área do estúdio, completamente separada da primeira, onde em um espaço aberto todos trabalhariam em conjunto.

E, por fim, a área externa, de fachada, estanque e com acesso controlado.

Figura 22: Casa Rex FGMT Arquitetos

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-116127/casa-rex-fgmf-arquitetos Figura 23: Casa Rex FGMT Arquitetos

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Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-116127/casa-rex-fgmf-arquitetos Figura 24: Casa Rex FGMT Arquitetos

Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-116127/casa-rex-fgmf-arquitetos

Devido ao orçamento restrito foi decidido utilizar alguns recursos pouco usuais na concepção da construção: bastante demolição e o uso de algumas peças de infraestrutura. O espaço se torna muito marcante devido ao uso de materiais da construção pesada de uma maneira totalmente inusitada.

3 REFORMAS DE INTERIORES

Em algum momento nas nossas vidas todos sentimos a vontade de mudança.

A renovação ou transformação se torna necessária, seja no trabalho, na personalidade ou esteticamente. Isso também ocorre com a casa ou estabelecimento comercial. Mas, as vezes não é necessário transformar todo o ambiente. Com apenas algumas mudanças consegue-se renovar os ares. Na arquitetura e decoração esse processo é conhecido como retrofit.

Segundo as arquitetas Roziane Faleiro e Patrícia Guerra:

"O retrofit consiste em renovar e repaginar um espaço ou edificação para o melhor aproveitamento dos equipamentos existentes. A ideia é renovar sem

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que seja necessário modificar tudo. Por exemplo, ao aplicar essa técnica em um quarto, normalmente troca-se o colchão e aparelhos de TV. Já o mobiliário, é aproveitado e substitui-se apenas elementos ultrapassados por materiais mais contemporâneos. A preocupação com a durabilidade e manutenção é constante nesse processo".

Home Office Coletivo

Sócios de uma produtora de vídeo, três irmãos que mexem com arte e comunicação optaram por uma reforma em seu local de trabalho, já que o home office estava muito simples e destoando da sua real função: um lugar para criar e ter ideias. O arquiteto Marcelo Rosenbaum é quem realiza a mudança, propondo manter as paredes brancas do ambiente já que é um local pequeno, e coloca uma cor escura para destaque em apenas uma delas. Uma bancada amarela é colocada para dar vida ao Home, e ele cria uma estante assimétrica com caixotes de frutas e utiliza lâmpadas de geladeira para dar evidência ao que será ali exposto. Em outra parede o arquiteto coloca uma mesa desenhada por ele e utiliza o mesmo material, mas com outra proposta, as caixas de frutas desta vez foram dispostas ordenadamente e para ter cor foram envelopadas com vinil adesivo. O ambiente mudou totalmente, o que antes estava um local sem vida se tornou um espaço alegre e criativo devido ao uso correto dos materiais propostos pelo profissional, em conjunto com as cores e acabamentos.

Antes:

Figura 25: Home Office – Antes

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Fonte: http://gnt.globo.com/assunto/antes-e-depois.html?p=casa#pag=1 Figura 26: Home Office – Antes

Fonte: http://gnt.globo.com/assunto/antes-e-depois.html?p=casa#pag=1

Depois:

Figura 27: Home Office – Depois

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Fonte:http://gnt.globo.com/casa-e-decoracao/fotos/inspire-se-na-decoracao-feita-por- rosenbaum-em-um-home-office-compartilhado.htm#4439=2

Figura 28: Home Office – Depois

Fonte: http://gnt.globo.com/casa-e-decoracao/fotos/inspire-se-na-decoracao-feita- por-rosenbaum-em-um-home-office-compartilhado.htm#4439=2

Figura 29: Home Office – Depois

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Fonte: http://gnt.globo.com/casa-e-decoracao/fotos/inspire-se-na-decoracao-feita- por-rosenbaum-em-um-home-office-compartilhado.htm#4439=2

Reforma sala de estar

Figura 30: Sala de estar – Antes

Nessa reforma os móveis eram de estilo tradicional, perfeitamente funcionais, e o local com muita luz natural, mas o ambiente não se encaixava com o estilo do cliente. Com pequenas mudanças já foi possível dar outra cara a sala de estar, mostrando que, muitas vezes, coisas simples bastam para atingir o resultado desejado.

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Figura 31: Sala de estar – Depois

Fonte: http://www.apartmenttherapy.com/before-amp-after-melissas-lightened-living- room-makeover-210931

Reforma Lavabo

Figura 32: Lavabo – Antes e depois

Fonte: http://www.apartmenttherapy.com/before-after-the-oops-you-got-us-in-trouble- bathroom-makeover-renovation-project-208578

Outra proposta é a deste lavabo. O local estava opaco, sem vida, e mal organizado. Colocando revestimento diferenciado na parede, em harmonia com os

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quadros dispostos ordenadamente foi possível criar outra atmosfera. As cores frias permaneceram, mas o piso escuro foi o que deu o contraste certo para deixar o ambiente mais imponente. Para facilitar a organização das coisas que antes se acumulavam na janela, foi trocada a pia por uma cuba com gaveteiro em madeira escura. Outro ambiente simples sem grandes mudanças, mas que fazem toda a diferença e deixam o ambiente mais sofisticado.

Reforma do Escritório

O foco da reforma deste escritório era mudar a aparência geral do espaço.

Exemplo de como podemos nos mover na direção certa com tinta, criatividade e um bom orçamento. O verde esmeralda foi a cor escolhida para marcar o local juntamente com o preto definido para a parede aonde se situa a mesa. O piano iria ser pintado, mas por fim foi decidido manter a cor de madeira natural criando contraste no ambiente. Podemos perceber que o mobiliário reformado também fez toda a diferença. A escolha do preto ao invés da madeira escura deixou os móveis despojados e modernos.

Figura 33: Escritório – Antes

Fonte: http://www.perfectlyimperfectblog.com/2014/02/lisas-office-redo-before- after.html

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Figura 34: Escritório – Depois

Fonte: http://www.perfectlyimperfectblog.com/2014/02/lisas-office-redo-before- after.html

Reforma do Quarto

Figura 35: Quarto – Antes

Fonte: http://www.perfectlyimperfectblog.com/2014/05/julies-bedroom-reveal- sources.html

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Para este quarto a mudança foi grande. A paleta de cores centrada em torno de Pimenta, Porcelana, e um pouco de Coral. Os objetivos para este quarto eram:

torná-lo leve e brilhante, obtê-lo organizado, e torná-lo fresco e jovem. Ao ver a transformação concluída, foi possível perceber que todos os objetivos para o novo quarto foram alcançados. O ambiente permaneceu com as paredes brancas, optando pela cor escura só na parede atrás da cama, criando uma composição com as prateleiras em madeira branca. A cômoda retrô de madeira envelhecida juntamente com os objetos escolhidos fizeram o diferencial no ambiente.

Figura 36: Quarto – Depois

Fonte: http://www.perfectlyimperfectblog.com/2014/05/julies-bedroom-reveal- sources.html

4 ARQUITETOS DESIGNERS COM DESTAQUE NO CENÁRIO MUNDIAL

4.1 Philippe Starck

O renomado designer francês nasceu em Paris no dia 18 de janeiro de 1949.

Arquiteto autodidata, sua obra vai do design de interiores ao de bens de consumo, como objetos para o lar, cadeiras, e coisas mais simples como mouses para computador e escovas de dente.

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"Subversivo, ético, ecológico, político, divertido. É assim que eu vejo o meu dever como um criador." Philippe Starck.

Apesar de seus milhares de projetos, concluídos ou em formação, a sua fama mundial e sua inventividade prontamente incansável, nunca se esquece do essencial. Philippe Starck tem uma missão e uma visão: criação, qualquer seja a forma que assume, deve tornar a vida melhor para o maior número de pessoas possíveis.

Sua preocupação para as implicações ambientais, a sua profunda compreensão das mutações contemporâneas, seu entusiasmo para imaginar novos estilos de vida e a determinação de mudar o mundo, o amor a ideias, o desejo de defender a inteligência de utilidade e a utilidade da inteligência têm acompanhado uma criação icônica após a outra de produtos de uso diário, tais como móveis e espremedores de limão, até revolucionários mega-iates, micro turbinas eólicas, carros elétricos, e maravilhosos hotéis, lugares intensamente vibrantes. Starck nunca deixa de empurrar os limites e critérios do design contemporâneo. Tornou-se conhecido em 1982, quando decorou o apartamento do ex-presidente francês François Miterrand. Prevendo o fenômeno da convergência e da desmaterialização, Philippe Starck sempre planejou objetos que o máximo do mínimo, exige.

Figura 37: Ambientes de Philipe Starck

Fonte: http://www.starck.com/en/architecture/

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Figura 38: Ambientes de Philipe Starck

Fonte: http://www.starck.com/en/architecture/

4.2 Isay Weinfeld

O arquiteto brasileiro Isay Weinfeld, nasceu em São Paulo em 1952.

Graduou-se na Universidade Presbiteriana Mackenzie onde mais tarde lecionou Teoria da Arquitetura. Seu trabalhou é voltado ao projeto de edificações, interiores, mobiliário, cenográfico e também cinema. Cada trabalho por ele executado é único, feito sob medida para cada cliente, sempre em busca de novos desafios.

Sua lista de premiações é grande, entre elas o grande prêmio Mipim Architectural Review Future Project Award 2009, onde Weinfeld se consagrou no setor. Entre seus projetos se destacam restaurantes, lojas-conceito, hotéis de renome e residências. Luxo é liberdade criativa, frase de sua própria definição. Entre os seus trabalhos, dentre os inúmeros desenvolvidos, os mais conhecidos são os Hotéis do grupo Fasano, a Livraria da Vila e o Square Nine Hotel em Belgrado.

Dispensa qualquer apresentação, seus ambientes falam por si só.

“Eu corro de pertencer a qualquer escola ou qualquer estilo, eu odeio ser rotulado, prefiro não ter um estilo, sou mais livre. Eu escolho os materiais de acordo com o projeto, de acordo com os clientes, o país, o projeto que eu estou projetando e eu amo todos os materiais.” Isay Weinfeld

Figura 39: Livraria da Vila

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Fonte: http://www.anualdesign.com.br/saopaulo/projetos/1183/livraria-da-vila/

Figura 40: Ambientes de Isay Weinfeld

Fonte: http://www.limaonagua.com.br/inspiracoes/

4.3 Patrícia Urquiola

Nascida na Espanha, Patricia Urquiola é uma arquiteta e designer bem conhecida no mundo dos projetos de interiores, tendo criado muitos trabalhos interessantes. Com a intenção de promover as reações mais puristas nas pessoas, Patrícia foi uma das primeiras a inserir bordados, crochê e tricô no universo do design. Em 2001, ela abriu seu estúdio de design de produtos, display e arquitetura.

Ela já trabalhou com os principais fabricantes.

Urquiola recebeu prêmios, incluindo Designer of the Year, Elle Decor International Design Awards, Chicago Athenaeum Good Design Award e o Prêmio Projeto Colônia . Dentre seus trabalhos mais conhecidos está o do W Holtel Retreat

& Spa, em Porto Rico.

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Figura 41: The W Holtel Retreat & Spa, Patricia Urquiola

Fonte: www.dehab.com

Figura 42: Ambientes por Patricia Urquiola

Fonte:http://www.limaonagua.com.br/inspiracoes/

4.4 Karim Rashid

O egípcio criado no Canadá, Karim Rashid conquistou dezenas de prêmios, entre eles, o Best Retail Store, em 2003 e ID Magazine's Annual Design Review 2003. Considerado um dos maiores nomes do design atual.

Ousado, para ele a imaginação não tem limites. Defensor do design democrático, Karim Rashid afirma que faz design para todas as pessoas, não apenas para a classe alta. Segundo ele, o design não é só algo visual ou estético, mas está por toda parte e representa o que realmente é o mundo contemporâneo.

Suas criações procuram discutir, de ampla forma, a convivência e mentalidade do século XXI, tentando sempre facilitar ainda mais o dia-a-dia das pessoas,

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intensificando o convívio humano.

Figura 43: Ambientes de Karim Rashid

Fonte:http://www.limaonagua.com.br/inspiracoes/os-5-melhores-arquitetosdesigners- de-interiores/

5 ARQUITETURA DE INTERIORES E A IDENTIDADE DO LOCAL

Para Trevisan (2004), o usuário, quando se apropria de seu lugar, procura demarcar seu território por meio de objetos, símbolos e signos, dando-lhe identidade própria. Esses seriam os fatores subjetivos do ambiente. As sensações térmicas e acústicas podem ser entendidas como as variáveis objetivas, formando essa combinação de variáveis subjetivas e objetivas que serão determinantes na característica, na funcionalidade e na personalidade exclusiva e particular de cada espaço. (TREVISAN, 2004).

A arquitetura trabalha com o espaço, e diferentemente das outras expressões artísticas, não está ali só para ser apreciada, e sim, utilizada no dia-a-dia. Os estímulos ambientais, sinais enviados ao cérebro que resultam no contexto ambiental do conforto, dependem das superfícies e assim reconhecem o ambiente interno. É a combinação de variáveis subjetivas e objetivas, que determinam as características, a funcionalidade e a personalidade única de cada residência. Porém, a função da arquitetura de Interiores, de criar espaços pensados e planejados para

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seus usuários, torna-se muito importante para que a apropriação do espaço realmente aconteça pelo usuário.

Figura 44: Morar só, ambientes criados por seus moradores

Fonte: http://quartoesala.etc.br/2013/07/02/morar-so-casa-e-jardim/

A revista casa e jardim decidiu traçar o perfil dos solitários moradores da cidade de São Paulo. Não interessando o local onde cada um mora, o objetivo era registrar ambientes de pessoas que moram sozinhas, buscando mostrar novas

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