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Análise da viabilidade econômico-financeira para instalação de uma lavagem de veículos automotores no município de Ajuricaba/RS

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA INSTALAÇÃO DE UMA LAVAGEM DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

NO MUNICÍPIO DE AJURICABA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso

ALESSANDRA CAROLINE BORTOLINI

Ijuí – RS 2016

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ALESSANDRA CAROLINE BORTOLINI

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA INSTALAÇÃO DE UMA LAVAGEM DE VEÍCULOS AUTOMOTORES

NO MUNICÍPIO DE AJURICABA/RS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientadora: Profª Stela Maris Enderli

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter guiado meus passos no decorrer do curso, por me dar força e coragem.

Aos meus pais Neri e Dulce, que fizeram o meu sonho tornar-se realidade. Se eu venci, vocês venceram comigo.

A minha família eu agradeço por ter participado dessa caminhada comigo, valeu pessoal.

Em especial gostaria de agradecer o meu namorado Renê Charles, serei grata por cada palavra dita que me animaram e fizeram-me concluir esse objetivo.

A todos os professores que conheci no decorrer do curso, em especial agradeço a minha orientadora professora Stela Maris Enderli que me acompanhou e me guiou no TCC.

As amigas que conheci ao longo dessa jornada. Muito obrigada!

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RESUMO

O mundo empresarial precisa de empreendedores com decisões vitoriosas, para almejar o sucesso torna-se essencial ao empreendedor planejar o futuro do negócio, se o investimento vai retornar os resultados esperados. Assim, o objetivo desse trabalho foi estudar a viabilidade econômica e financeira para implantação de uma empresa de prestação de serviço no ramo de lavagem automotiva, tornando-se como subsídio para decisão de investir ou não no negócio. A metodologia da pesquisa se classifica como aplicada, descritiva, qualitativa, bibliográfica, levantamento de dados e estudo de caso, os dados foram obtidos por meio da observação e entrevista despadronizada. Através dos dados coletados simulou-se cenários, pessimista, provável e otimista, assim foram realizados os cálculos e como forma de auxílio para interpretação e elaboração da análise, se fez uso de planilhas, gráficos e tabelas. Posteriormente, foram aplicados os indicadores de desempenho, econômico e financeiro os quais resultam na análise de viabilidade. A análise de viabilidade econômica realizou-se através da demonstração do resultado do exercício e dos índices de rentabilidade e lucratividade. A análise de viabilidade financeira fez uso dos métodos de fluxo de caixa, taxa mínima de atratividade, taxa interna de retorno, valor presente líquido e payback simples e descontado. A partir dos resultados levantados e analisados, pode-se observar que o projeto de implantação se torna viável se o empreendedor trabalhar com os cenários provável e otimista.

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LISTA DE SIGLAS

DRE Demonstração do Resultado do Exercício IL Índices de Lucratividade

IR Índices de Rentabilidade TIR Taxa Interna de Retorno TMA Taxa Mínima de Atratividade VPL Valor Presente Líquido

EPI Equipamento de Proteção Individual CFC Conselho Federal de Contabilidade

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Estrutura da demonstração do resultado do exercício ... 26

Quadro 2 – Modelo de fluxo de caixa ... 30

Quadro 3 – Fórmula para cálculo da TIR ... 31

Quadro 4 – Fórmula para cálculo do VPL ... 33

Quadro 5 – Investimentos pré-operacionais ... 44

Quadro 6 – Investimentos fixos ... 45

Quadro 7 – Investimentos em capital de giro ... 46

Quadro 8 – Serviços cenário pessimista ... 47

Quadro 9 – Receitas das prestações de serviço, cenário pessimista ... 48

Quadro 10 – Serviços cenário provável ... 49

Quadro 11 – Receitas das prestações de serviço, cenário provável ... 50

Quadro 12 – Receitas das prestações de serviço, cenário otimista ... 51

Quadro 13 – Cálculo do simples nacional ... 52

Quadro 14 – Material para prestação de serviço ... 53

Quadro 15 – Custos - cenário pessimista ... 54

Quadro 16 – Custos – cenário provável ... 54

Quadro 17 – Custos – cenário otimista ... 55

Quadro 18 – Despesas com pessoal ... 56

Quadro 19 – Despesas com pessoal ... 57

Quadro 20 – Despesas com pró-labore ... 58

Quadro 21 – Despesa com depreciação ... 59

Quadro 22 – Despesas fixas e variáveis – cenário pessimista... 59

Quadro 23 – Despesas fixas e variáveis – cenário provável ... 61

Quadro 24 – Despesas fixas e variáveis – cenário otimista ... 62

Quadro 25 – Demonstração do Resultado do Exercício – cenário pessimista ... 64

Quadro 26 – Demonstração do Resultado do Exercício – cenário provável ... 65

Quadro 27 – Demonstração do Resultado do Exercício – cenário otimista ... 66

Quadro 28 – Índice de rentabilidade – cenário pessimista ... 66

Quadro 29 – Índice de rentabilidade – cenário provável ... 67

Quadro 30 – Índice de rentabilidade – cenário otimista ... 67

Quadro 31 – Índice de lucratividade – cenário pessimista ... 68

Quadro 32 – Índice de lucratividade – cenário provável ... 68

Quadro 33 – Índice de lucratividade – cenário otimista ... 69

Quadro 34 – Fluxo de caixa – cenário pessimista ... 70

Quadro 35 – Fluxo de caixa – cenário provável ... 71

Quadro 36 – Fluxo de caixa – cenário otimista ... 71

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Quadro 38 – Valor Presente Líquido - cenário pessimista ... 73

Quadro 39 – Valor Presente Líquido - cenário provável ... 73

Quadro 40 – Valor Presente Líquido – cenário otimista ... 74

Quadro 41 – Payback – cenário pessimista ... 75

Quadro 42 – Payback – cenário provável ... 75

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Percentual de investimento em capital de giro ... 46

Figura 2 - Percentual das despesas fixas e variáveis, ano 1 – cenário pessimista .... 60

Figura 3 - Percentual das despesas fixas e variáveis, ano 1 – cenário provável ... 62

Figura 4 - Percentual das despesas fixas e variáveis, ano 1 – cenário otimista... 63

Figura 5 - Layout da empresa ... 76

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8 SUMÁRIO RESUMO ... 3 LISTA DE SIGLAS ... 4 LISTA DE QUADROS ... 5 LISTA DE FIGURAS ... 7 1 INTRODUÇÃO ... 10 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.2 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA ... 12

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 13 1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 14 1.5 OBJETIVOS ... 15 1.5.1 Objetivo geral ... 15 1.5.2 Objetivos específicos ... 15 1.6 JUSTIFICATIVA ... 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 18 2.1 RAMO DE ATIVIDADE ... 18 2.2 CONTABILIDADE... 19 2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 20 2.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 21 2.4.1 Investimentos ... 22

2.4.2 Receitas, despesas e custos ... 22

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 24

2.5.1 Análise de viabilidade econômica ... 24

2.5.1.1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ... 25

2.5.1.2 Índices de Rentabilidade (IR) ... 27

2.5.1.3 Índices de Lucratividade (IL) ... 28

2.5.2 Análise de viabilidade financeira ... 29

2.5.2.1 Fluxo de caixa ... 29

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 31

2.5.2.3 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ... 32

2.5.2.4 Valor Presente Líquido (VPL) ... 32

2.5.2.5 Período de Payback ... 34

2.6 IMPACTO AMBIENTAL ... 35

3 METODOLOGIA DO ESTUDO ... 37

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA... 37

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza ... 37

3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos ... 38

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 38

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 39

3.2 COLETA DE DADOS ... 40

3.2.1 Instrumento de coleta de dados... 40

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 42

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 43

4.1 RAMO DE ATIVIDADE ... 43 4.2 INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS ... 44 4.3 RECEITAS E DESPESAS ... 46 4.3.1 Receitas ... 47 4.3.3 Custos ... 53 4.3.2 Despesas ... 55

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4.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE ... 63

4.4.1 Análise de viabilidade econômica ... 63

4.4.1.1 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE ... 63

4.4.1.2 Índice de rentabilidade – IR ... 66

4.4.1.3 Índice de lucratividade – IL ... 68

4.4.2 Análise de viabilidade financeira ... 69

4.4.2.1 Fluxo de caixa ... 69

4.4.2.3 Taxa interna de retorno – TIR ... 72

4.4.2.4 Valor presente líquido – VPL ... 73

4.4.2.5 Período de payback... 74

4.5 IMPACTO AMBIENTAL ... 76

CONCLUSÃO ... 79

REFERÊNCIAS ... 81

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1 INTRODUÇÃO

Quando o assunto é investir em um novo empreendimento ou até mesmo ampliar o existente, a maioria dos empresários teme em não prosperar com o investimento e acabar aumentando os dados estatísticos brasileiros onde comprovam a situação de muitas empresas que não permanecem em funcionamento por nem ao menos dois anos. As dificuldades encontradas no caminho provêm de negócios mal planejados e analisados.

“Não basta que exista a motivação para empreender. É necessário que o empreendedor conheça formas de análise do negócio, do mercado e de si mesmo para perseguir o sucesso com passos firmes e saber colocar a sorte a seu favor” (DOLABELA, 2008, p. 29).

Dessa forma, todo investimento deve passar por um estudo antes de ser colocado em pratica. Avaliar cada número nos seus aspectos econômico-financeiros, para aproveitar os resultados e garantir um negócio rentável.

Neste sentido a contabilidade assume um papel muito importante, a partir de suas técnicas é possível saber se o negócio é viável ou não, antes mesmo de se investir. Um estudo de viabilidade torna-se necessário, e faz tornar o empreendedor alguém preparado a gerenciar cada situação que poderá encontrar no decorrer do caminho.

Neste estudo, desenvolveu-se uma analise de viabilidade econômico-financeira para instalar uma lavagem automotiva no município de Ajuricaba/RS. A garantia financeira em saber como serão aplicados os recursos disponíveis, e qual será o retorno sobre o investimento, transforma a ideia do negócio mais perto da realidade, facilitando a tomada de decisão.

O Trabalho de Conclusão de Curso é composto em quatro partes, sendo que no primeiro capítulo, tem-se a contextualização do estudo, a qual compõe a ideia do que se pretende trabalhar ao longo do estudo, apresenta o tema, problema ou questão de estudo, o objetivo geral e os específicos e a justificativa.

No segundo, apresenta-se o referencial teórico, que é o desenvolvimento de ideias sobre o estudo de viabilidade econômica e financeira de instalação de um empreendimento, sendo composto por referências bibliográficas.

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E, em seguida, o terceiro capítulo é composto pelo estudo dos métodos aplicados, a metodologia, a qual informa a classificação, o tipo e os sujeitos da pesquisa, assim como a coleta e interpretação dos dados.

No quarto e último capítulo, é apresentado a análise de resultados, onde primeiramente foi exposto o ramo da atividade pensado para a empresa, a seguir é abordado todos os investimentos iniciais para a realização do estudo, bem como as projeções das receitas e despesas no período analisado. Por fim é demonstrada a análise de viabilidade econômica e financeira.

Ao final é evidenciada a conclusão do estudo e as referências constando as bibliografias consultadas na elaboração do estudo.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste primeiro capítulo desenvolveu-se a contextualização de estudo que é o item de abertura da pesquisa onde se aborda o assunto central. O trabalho teve como finalidade analisar econômica e financeiramente para a abertura de um empreendimento no ramo de lavagem de veículos automotores.

Dessa forma, neste tópico encontra-se a apresentação do tema, problema ou questão de estudo, os objetivos, geral e específicos, e por fim a justificativa. Servindo como base para a elaboração do estudo na área escolhida pela acadêmica.

1.2 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

Se tornar um empreendedor é o objetivo de várias pessoas que sonham em se realizar profissionalmente, se tornar independente e almejar uma maior renda financeira por meio da implementação de um negócio próprio.

Segundo Chiavenato (2012, p. 10):

Empreender representa basicamente uma ação social e não apenas individual, pois envolve equipes de colaboradores, fornecedores e uma variedade de clientes em uma cadeia de valor que precisa ser adequadamente integrada e consolidada ao longo do tempo.

Dos vários motivos que desencorajam os futuros empreendedores, os principais são a falta de recursos financeiros, a possibilidade da falência, o medo por não se ter uma noção real de quais serão os riscos encontrados no decorrer do negócio. Diante dessa incerteza, a decisão de se investir ou não num projeto é baseada num estudo minucioso sobre os vários aspectos econômico-financeiros que envolvem a atividade. Esses estudos têm como base a contabilidade, a qual segundo Basso (2011, p. 26):

[...] é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira [...].

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A contabilidade entra então, como papel principal para esse estudo, baseada em dados e fatos, traz consigo informações tanto financeiras como gerenciais, as quais de acordo com Crepaldi (2012) são informações de grande valia para a vida da empresa, as financeiras focadas em propósitos externos a organização e as gerenciais fornecem instrumentos aos gestores auxiliando os mesmos em seus processos decisórios.

De acordo com Kassai et al. (2000), antes de qualquer decisão de investir em um negócio, são recorridas as técnicas de análise de viabilidade econômica, as quais utilizam-se de instrumentos e conceitos oriundos da matemática financeira, dispondo desses recursos pode-se analisar a viabilidade de um projeto antes mesmo de sua implementação.

Neste sentido, o presente trabalho busca analisar a viabilidade econômico-financeira para instalar uma lavagem automotiva no município de Ajuricaba/RS.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa proposta para realização deste estudo é uma lavagem de veículos. Um “sonho” de um jovem que pretende colocar em prática os conhecimentos em que sempre apostou, o qual almeja satisfazer-se profissionalmente e aumentar sua renda.

O empreendimento terá sua sede na cidade de Ajuricaba/RS, bairro João Carlini um local de fácil acesso facilitando a passagem de veículos, o terreno é próprio do empreendedor, tendo como ramo de atividades uma prestadora de serviço de lavagem e limpeza de veículos automotores. Considerada uma empresa de natureza jurídica com enquadramento fiscal de Microempresa, é composta por apenas um proprietário. A empresa será optante do regime tributário Simples Nacional.

O quadro de trabalhadores inicialmente será composto por duas pessoas, o sócio proprietário e um colaborador que atuará diretamente e exclusivamente na área de lavagem, o sócio proprietário terá que exercer funções da área administrativa, financeira e quando necessário, prestar auxilio a seu colaborador na prestação do serviço de lavagem. No período analisado, 5 anos, o quadro de funcionários aumenta com mais um colaborador, totalizando em, 2 funcionários e o proprietário.

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A empresa pretende atingir um público em geral de pessoas que possuam veículos, e que não disponibilizam de tempo e espaço para lavar seus automóveis, levando as mesmas a procurarem um empreendimento que disponibilize o serviço. Neste meio, o foco será os jovens que procuram sempre desfrutar de seus veículos em perfeitas condições de limpeza.

1.4 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A contabilidade tem como finalidade coletar, registrar e apresentar os fatos ocorridos dentro de uma entidade, gerar informações sobre o patrimônio e suas variações, e detalhar dados úteis para o planejamento e tomada de decisões (BASSO, 2011).

As técnicas de contabilidade gerencial fazem uso de instrumentos e conceitos, utilizando seus demonstrativos e planilhas para esboçar um possível resultado, visando permitir e analisar um novo projeto antes de sua implantação. De acordo com Iudícibus (1998, p. 21):

A contabilidade gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador.

Segundo Dolabela (2008, p. 61):

O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro.

Empreender não é simplesmente ser dono do seu próprio negócio, são exigidos do empreendedor conhecimentos essenciais do mercado em que vai atuar, do serviço que vou disponibilizar, além dos conhecimentos administrativos, financeiros, de gestão empresarial etc. No meio do caminho as dificuldades se fazem presentes, e neste momento é preciso coragem, determinação, para tomar a decisão mais correta ao seu negócio.

O município de Ajuricaba/RS, onde se pretende implementar o negócio, possui de acordo com os dados do IBGE (2014) 4.718 mil habitantes sendo estes homens e mulheres com uma faixa etária entre 20 a 69 anos. Sua frota de veículos

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esta estimada entre 4.205 veículos distribuídos entre automóveis, caminhonetes, caminhonetas, motonetas e motocicletas os quais se considera veículos familiares utilizados para as obrigações e lazer, e que demonstram uma maior chance em fazer uso de uma lavagem de veículos.

Desta forma, percebe-se que o município tem uma grande frota de veículos, e uma carência em negócios no ramo de lavagem automotiva, pois dispõem apenas de um empreendimento com serviço de lavagem ou, em postos de combustíveis.

Portanto, uma análise de viabilidade nesse campo de estudo, tende auxiliar a tomada de decisão do empreendedor, para que esta seja efetuada de maneira mais segura. Pois a função principal é fornecer dados, informações concretas e necessárias para se posicionar diante de uma possibilidade de investimento, se o mesmo será viável ou não.

Diante das condições expostas, este estudo busca responder a seguinte questão: Como a análise da viabilidade econômica e financeira pode auxiliar na decisão de implantação de um empreendimento de lavagem automotiva na cidade de Ajuricaba/RS?

1.5 OBJETIVOS

Com base no problema apresentado foram definidos os objetivos de estudo, os quais se dividem em objetivo geral e específicos. De acordo com Vergara (2009, p. 18), “se o problema é uma questão a investigar, o objetivo é um resultado a alcançar”. O objetivo é de relevante importância para o desenvolvimento e consigo o entendimento da pesquisa.

1.5.1 Objetivo geral

Analisar a viabilidade econômico-financeira para a definição de implantação de um novo empreendimento de lavagem automotiva na cidade de Ajuricaba/RS.

1.5.2 Objetivos específicos

Para o alcance do objetivo geral, é necessário definir objetivos específicos, entre eles:

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- Fundamentar, através da literatura especializada, os conhecimentos em análise de viabilidade econômica, contábil e financeira;

- Identificar os investimentos, custos, receitas e despesas necessários ao novo negócio;

- Calcular os indicadores utilizados na análise da viabilidade econômica e financeira;

- Analisar os indicadores e demonstrativos;

- Avaliar as alternativas para minimizar o impacto ambiental da lavagem.

1.6 JUSTIFICATIVA

Este trabalho tem o propósito de analisar minuciosamente um projeto de viabilidade econômico-financeira, devido a sua grande importância em realizar antes de investir, implantar, adquirir, modernizar ou expandir qualquer tipo de empreendimento.

Para que se realize um novo empreendimento, é preciso antes de tudo conhecer o público alvo do negócio para atender o mercado onde se pretende investir, portanto verifica-se a necessidade de uma análise criteriosa, para que não ocorram erros, e que os dados apresentados sejam a base para que o empreendedor tome as cabíveis decisões para o seu futuro investimento.

Para o empreendedor é de extrema importância a realização desse estudo, para que o mesmo possa ter clareza diante dos dados, o isentando de se deparar com riscos futuros, podendo ter a certeza de desfrutar uma organização bem-sucedida perante o planejamento.

A falta de tempo, espaço e disponibilidade dos proprietários dos veículos, e o aumento na venda de carros tornam o negócio propício. O trabalho também configura-se como viável por apresentar-se em município com uma população pequena, mas que possuí uma grande frota de veículos, e no ramo possui poucos empreendimentos.

Segundo Dolabela (2008, p. 34), “Somente deve se considerado empreendedor aquele que oferece valor positivo para a coletividade”. Nesta linha de pensamento, para a sociedade um novo empreendimento trará benefícios econômicos, o pequeno empreendedor vai gerar impostos, novas oportunidades de

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empregos, e juntamente com a criatividade do seu serviço um conforto para os donos dos veículos.

Para a universidade e em especial alunos do Curso de Ciências Contábeis, a elaboração deste trabalho auxilia na construção do conhecimento, servindo como base de pesquisa para os demais acadêmicos que queiram se aprofundar na área.

Para a acadêmica, é o momento de aprofundar conhecimentos na área, colocando em prática os conhecimentos construídos durante a formação acadêmica e ainda, contribuir com a implantação de um negócio familiar.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo está baseado na fundamentação teórica do estudo, com a colaboração de livros, artigos e estudos desenvolvidos na mesma área, aborda-se um estudo mais aprofundado sobre o tema análise de viabilidade econômica e financeira.

2.1 RAMO DE ATIVIDADE

Nos dias atuais com uma grande frota de veículos rodando pelas cidades, é muito comum a procura dos serviços de uma empresa de lavagem de carros. Para muitas pessoas a compra do seu próprio veículo, novo ou seminovo, vai muito além do que a solução dos problemas em mobilidade. O que muitos procuram na compra do seu próprio carro é realizar um sonho, ou uma necessidade, mas o importante é que quem desfruta do seu próprio carro não quer andar por aí com ele sujo e mal cuidado, e sim “desfilar” com um carro limpinho e brilhante.

A falta de tempo das pessoas em poder dar os cuidados necessários para embelezar seus veículos, e até mesmo a preferência em entregar a limpeza para profissionais da área, tendo segurança de que será realizado um tratamento especial, tornou-se um procedimento habitual e útil nos dias de hoje, a busca por um serviço de lavagem.

Este mercado de prestação de serviços de lavagem caracteriza-se por apresentar uma grande concorrência voltada ao preço. Para uma empresa sobreviver a esse cenário, precisa focar em outros pontos positivos que a diferencie dos negócios existentes, como: qualidade na realização do seu serviço, um bom atendimento, promoções, cuidado com o meio ambiente, pequenas diferenças que façam o cliente fidelizar o serviço (SEBRAE, 2006).

De acordo com Dolabela (2008, p. 34), “o empreendedor deve apresentar alto comprometimento com o meio ambiente e com a comunidade; ser alguém com forte consciência social”.

Cuidar do meio ambiente nesse ramo de empreendimento é muito importante, pois é uma atividade que apresenta grandes riscos a natureza. O SEBRAE (2016) dispõe de algumas dicas de como o negócio pode ser favorável ao empreendedor e a natureza, tais como: o uso de sistemas de captação de águas

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pluviais, planejamento do reuso da água, uso de produtos biodegradáveis, correto descarte de embalagens vazias, entre outras.

Por essas razões um novo empreendimento em serviços de lavagem de carro se torna muito atrativo, trazendo um serviço de alta qualidade e investindo em um referencial, um novo projeto que abre portas para um negócio bem-sucedido, em que a comunidade pode desfrutar de excelência em serviços no ramo.

2.2 CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência social, do grupo das ciências econômicas e administrativas, que tem por objeto de estudo o patrimônio de entidades, tanto de pessoa jurídica como de pessoa física. Ela estuda, analisa e controla o patrimônio nos seus aspectos quantitativos e qualitativos, se utilizando de técnicas e normas para cumprir com as finalidades para qual foi concebida (BASSO, 2011).

Na mesma linha de pensamento, para Sá (2002, p. 46), a “Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação á eficácia funcional das células sociais”.

Tendo em vista que a contabilidade tem como objeto de estudo o patrimônio, tem-se então: Patrimônio = (Bens + Direitos) – Obrigações.

Para Sá (2002, p. 60), “Patrimônio, essencialmente, é um conjunto impessoal de meios e recursos materiais e imateriais, existente em determinado momento, visando a satisfação das necessidades da atividade de uma célula social”. Assim, tudo o que acontece no patrimônio passa pela contabilidade.

Segundo Basso (2011, p. 28), “a finalidade básica da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento – processo decisório”.

Dessa maneira se torna claro que todas as empresas conseguem se beneficiar com a contabilidade, a mesma trabalha com um conjunto de métodos e técnicas que permite coletar, classificar e registrar dados necessários a serem processados, e por meio de relatórios informam aos diversos usuários uma posição patrimonial.

É por meio desses relatórios que os gestores conseguem analisar os resultados alcançados e seguir com as tomadas de decisões, pois assim se

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consegue uma ampla visão do futuro do empreendimento. A contabilidade se torna então a responsável por relatos econômicos e financeiros, pela escrituração dos fatos e pelas análises patrimoniais, e somente através dela que se conclui uma apuração dos resultados (BASSO, 2011).

A contabilidade fornece informações para o controle interno e para usuários externos das organizações, informações necessárias a quem interessar sobre como a entidade está trabalhando com os recursos, suas informações devem propiciar aos seus usuários uma base segura para tomada de decisões (BASSO, 2011).

Hoje a contabilidade não é mais vista como uma mera prestadora de serviços que atua somente para cumprir com a burocracia governamental. O contador trabalha ajudando o seu cliente, com excelentes relatórios, técnicas de gestão, formas que tornam a contabilidade essencial no mundo empresarial.

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

Os pequenos empreendedores trabalham com algumas dificuldades nos primeiros anos de vida das empresas, alguns sofrem por não ter conhecimento suficiente no setor que atuam, pela carência de clientes e por não conseguir conquistá-los, pela falta de domínio em aspectos financeiros básicos, por não estar preparado para sobreviver a um período de crise, por não fazer uso dos relatórios e demonstrativos contábeis os quais carregam vastas informações que podem contribuir para o gerenciamento da empresa (SEBRAE, 2015). Assim, alguns desses fatores acarretam em uma vida financeira difícil, trazendo o insucesso profissional e consequentemente o fechamento do negócio.

Sendo assim, a contabilidade gerencial é uma ferramenta indispensável para a gestão dos negócios de uma empresa, não importa o seu tamanho, micro, pequena, média ou grande, ela traz consigo muitas informações que vão além de cálculos de impostos e ao cumprimento das normas e legislações.

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada superficialmente, como um enfoque especial conferido as várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório (IUDÍCIBUS, 1998, p. 21).

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Para Padoveze (2012, p. 11), “Caracteriza-se Contabilidade Gerencial o segmento da ciência contábil que congrega o conjunto de informações necessárias a administração que complementam as informações já existentes na Contabilidade Financeira”.

Padoveze (2010, p. 40) relata que:

Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração.

Segundo os autores a contabilidade gerencial parte das informações geradas pela contabilidade, ela esta voltada principalmente para a administração da empresa, seu foco é o processo de tomada de decisão dos usuários internos.

Os gestores das empresas precisam aproveitar as informações geradas pela contabilidade gerencial, pois pode se tornar um fator de diferenciação no mercado de trabalho, sendo favorável a quem a utilizar.

A contabilidade gerencial é composta por modelos de planilhas e relatórios, mas como aplicar na empresa cabe aos gestores formular da melhor maneira que facilite na interpretação dos dados, pois com uma contabilidade adequada se torna uma ferramenta de auxilio para a gestão, que pode facilitar tomadas de decisões.

2.4 ANÁLISE DE VIABILIDADE

No mundo empresarial quando se pretende fazer um investimento para expandir o negócio, ou até mesmo criar um novo empreendimento, a finalidade sempre será gerar lucro, e a pergunta que sempre se faz é: Será que esse investimento vai ser viável?

A prévia avaliação econômica das decisões de investimento é considerada uma tarefa imprescindível no ambiente empresarial. As decisões de investimento são importantes para a empresa porque envolvem valores significativos e geralmente têm um alcance de longo prazo (SANTOS, 2010, p. 128).

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Nesta mesma linha de pensamento Kassai et al. (2000) complementam que antes da decisão de investir deve-se recorrer as técnicas de análise de viabilidade, garantindo no processo de tomada de decisões uma análise mais minuciosa sobre o investimento, trazendo uma aceitação ou rejeição da proposta.

2.4.1 Investimentos

Para iniciar um empreendimento é preciso investir um montante inicial, a projeção dos investimentos abrange as estimativas de gastos com os recursos aplicados, assim dentro de um prazo planejado se espera receber algum retorno sobre o valor investido.

Segundo Padoveze (2010, p. 310), “investimentos são os gastos efetuados em ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados em função de sua vida útil ou benefícios futuros”.

Os valores a serem investidos dependem muito do ramo de atuação do negócio, e da sua finalidade, o mesmo se vale ao retorno do investimento, alguns projetos recuperam os valores investidos logo nos primeiros anos, outros precisam de anos de atuação no mercado para conseguir ter retorno, e mesmo assim o projeto é viável, pois ele foi planejado a essa vida, a empresa se adaptou a esse roteiro de assumir os custos sem gerar receitas (KASSAI et al., 2000).

2.4.2 Receitas, despesas e custos

Receitas em uma organização são os valores monetários que influem na organização de forma significativa na empresa. São os ganhos de uma empresa em um certo período, é o resultado que a empresa pretende gerar. Se a empresa fechar o período gerando receitas vai ser um ponto positivo para os seus resultados e vai contribuir com a situação líquida do patrimônio, aumentando a sua riqueza líquida. As receitas são mensuradas pelo valor justo tanto do valor recebido, como do valor a receber.

Entende-se por receita a variação que provoca a entrada de elemento no ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, provenientes da realização das atividades principais ou secundárias da entidade, e que geralmente correspondem a venda de mercadorias, produtos e bens, ou a prestação de serviços. Uma receita pode, entretanto, também derivar de

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rendas sobre títulos, juros de poupanças e outros ganhos eventuais (BASSO, 2011, p. 85).

De acordo com Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2012, p. 4):

Receita é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período observado no curso das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às contribuições dos proprietários.

As despesas são aqueles gastos necessários para o desenvolvimento de algumas atividades internas. Estas devem ser controladas, pois refletem negativamente na situação líquida. As despesas estão ligadas diretamente as atividades administrativas e comerciais/vendas.

Entende-se por despesa o “custo” do uso dos bens ou serviços que, direta ou indiretamente, deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constitui num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que não se consomem na sua realização (BASSO, 2011, p. 85). A CFC (2009b, p. 11) relata sobre as despesas:

Despesa é uma redução do patrimônio líquido que surge no curso das atividades normais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativo imobilizado.

Os custos são fatos contábeis que alteram a situação líquida da empresa, os custos se tornam necessários no meio empresarial, pois gerando os custos é que a empresa consegue chegar no seu objetivo final, seja ele um produto ou uma prestação de serviço.

Custos são os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados a área industrial da empresa (PADOVEZE, 2010, p. 320).

A contabilidade classifica os custos em dois grandes grupos, custos diretos e custos indiretos. Os custos diretos são todos aqueles que podem ser facilmente identificados, que podem ser alocados diretamente aos produtos finais. Os custos indiretos são todos aqueles que não se consegue identificar facilmente, que não

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podem ser alocados de forma direta e objetiva, e que precisam passar por critério de rateio (PADOVEZE, 2010).

Os custos ainda são divididos como custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos não variam com a quantidade produzida, são considerados constante no total, mas para Padoveze (2010, p. 336), “os custos são fixos dentro de um intervalo relevante de produção ou venda, e podem variar se os aumentos ou diminuições de volumes forem significativos”. Os custos variáveis se tornam proporcional a quantidade produzida. Para Padoveze (2010, p. 337), “um custo é variável se ele realmente acompanha a proporção da atividade com que ele é relacionado”.

Todos os custos podem ser classificados em diretos ou indiretos e em fixos ou variáveis ao mesmo tempo, por exemplo, pode-se ter um custo considerado indireto e variável, indireto porque é dificilmente identificado e variável de acordo com a quantidade produzida. O conhecimento dos custos dentro de um empreendimento é muito importante, pois de acordo com a formulação do preço é preciso saber se o produto é rentável, ou, se não rentável, se é possível reduzir os custos.

2.5 METODOLOGIAS DE ANÁLISE DE VIABILIDADE

As metodologias de análise de viabilidade auxiliam uma organização no momento decisório sobre investir no negócio, ou abrir um novo empreendimento, as técnicas analisam os investimentos, fazendo com que a organização possa prever os resultados que serão alcançados a partir do investimento a ser realizado, considerando que os resultados podem ser positivos e, ou negativos, assim, percebe-se a importância em utilizar as técnicas de análise de viabilidade antes de expandir um negócio ou empreender em um novo.

2.5.1 Análise de viabilidade econômica

A análise de viabilidade econômica é realizada por meio da estruturação da demonstração do resultado do exercício, sendo projetados tais resultados, os mesmos serão calculados pelos indicadores de rentabilidade e de lucratividade.

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As técnicas de análise de viabilidade econômica de projetos utilizam-se de instrumentos e conceitos oriundos da matemática, especificamente de matemática financeira e, graças a esses recursos, pode-se analisar determinado projeto a priori, mesmo antes de sua implementação (KASSAI et al., 2000, p. 34).

Juntamente com o demonstrativo e os indicadores tem-se resultados demonstrando se o projeto realmente trará os resultados esperados.

2.5.1.1 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contábil que fornece uma síntese financeira das atividades de uma empresa, apresenta em um determinado período de tempo o resultado do exercício. O demonstrativo é realizado e apresentado de forma dedutiva inicia-se através das receitas, custos e despesas.

Concebida para demonstrar a formação do resultado final do exercício, ou seja, o lucro ou o prejuízo, a DRE está estruturada de forma a evidenciar as diversas fases do resultado, iniciando com o valor da receita operacional bruta apurada nas operações de vendas e de prestação de serviços da entidade, passando pela dedução dos encargos tributários, devoluções e abatimentos a ela relativos, bem como dos seus respectivos custos, apurando-se o lucro operacional bruto (BASSO, 2011, p. 306).

Seu principal objetivo é detalhar cada passo que compõe o resultado da empresa, gerando informações significativas para a tomada de decisão. De acordo com Brizolla (2008, p. 35):

Esta demonstração mostra o lucro ou o prejuízo obtido pela empresa no período. Expressa o desempenho econômico, por meio das receitas dos custos e despesas de um período, para apurar o resultado. É uma demonstração dos aumentos e reduções causados ao Patrimônio Líquido pelas operações da empresa.

A DRE é uma demonstração contábil obrigatória, no Brasil sua elaboração é feita de acordo com o regime de competência, é considerado um relatório de fácil interpretação.

Segundo a CFC (2009a, p.26), a DRE deve conter no mínimo os seguintes itens relacionados abaixo, obedecidas também as determinações legais:

(a) receitas;

(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; (c) lucro bruto;

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(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;

(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial;

(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras; (g) despesas e receitas financeiras;

(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; (i) despesa com tributos sobre o lucro;

(j) resultado líquido das operações continuadas; (k) valor líquido dos seguintes itens:

(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;

(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada;

(l) resultado líquido do período.

Conforme Basso (2011, p. 192), a DRE pode ser estruturada da seguinte forma:

Quadro 1 - Estrutura da demonstração do resultado do exercício

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DA EMPRESA “X” NO PERÍODO DE .../.../... A .../.../...

ESPECIFICAÇÃO VALOR R$ 1,00

01. RECEITA OPERACIONAL BRUTA 02. (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 03. (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (1-2) 04. (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 05. (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (3-4) 06. (-) DESPESAS OPERACIONAIS

07. (+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 08. (=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO (5-6+/-7) 09. (+/-) RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 10. (=) RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+/-9) 11. (-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CSLL

12. (=) RESULTADO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA (10-11) 13. (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

14. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (12-13)

100.000,00 (5.000,00) 95.000,00 (45.000,00) 50.000,00 (30.000,00) 5.000,00 25.000,00 (7.000,00) 18.000,00 (6.300,00) 11.700,00 (3.200,00) 8.500,00 Fonte: Basso (2011, p. 192).

Claramente a DRE demonstra o confronto entre as receitas e as despesas, salienta-se que o resultado que o demonstrativo expressa no período é por desempenho econômico, observa-se então que o valor líquido encontrado não vai ser o saldo da conta “caixa”, o mesmo cabe se o resultado encontrado fosse prejuízo não quer dizer que o saldo em caixa da empresa vai estar negativo. Na DRE não se considera o dinheiro e sim que as contas afetam o Patrimônio Líquido (BRIZOLLA, 2008). Para uma organização, a DRE é uma demonstração importante, traz consigo dados demonstrando o desempenho da entidade em um determinado período.

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2.5.1.2 Índices de Rentabilidade (IR)

Os índices de rentabilidade (IR) evidenciam qual foi a rentabilidade dos investimentos efetuados pela empresa. Pode-se interpretar a rentabilidade como o grau de remuneração do negócio, por isso preocupam-se com a situação econômica da entidade.

Os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos. São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso) empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre as Receitas líquidas, mas em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as Receitas brutas deduzidas somente das Vendas canceladas e Abatimentos (HOJI, 2010, p. 292).

Dornelas (2012, p. 180) expõe que a Rentabilidade pode ser calculada da seguinte forma:

Lucro anual médio Rentabilidade =

Valor declarado médio do investimento

Na concepção de Padoveze, Benedicto (2014, p. 121):

A rentabilidade relaciona o lucro obtido com o investimento feito ou existente. O objetivo da rentabilidade é determinar o retorno do investimento. [...] A rentabilidade é sempre uma medida percentual e, portanto, relativa.

No caso dos índices de rentabilidade, assim como os demais, dizer que um indicador encontrado é alto ou baixo vai depender muito das características da entidade, pois a sua finalidade é prever se o retorno que houve foi realmente o retorno esperado pelos administradores. Mas para Kassai et al. (2000, p. 79), “É considerado atraente todo investimento que apresente TR maior ou igual a zero”.

O cálculo do índice de rentabilidade pode ser classificado como o indicador mais importante da análise econômico. Verifica-se a importância do cálculo, pois uma empresa rentável não terá problemas com os seus compromissos a pagar.

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2.5.1.3 Índices de Lucratividade (IL)

O índice de lucratividade (IL) demonstra a porcentagem de contribuição que o trabalho gerará para a empresa, ou seja, o lucro que a empresa obtém com o trabalho desenvolvido. A lucratividade pode ser expressa em valor e em percentual. Segundo Padoveze e Benedicto (2014, p. 120), “lucratividade é uma relação do resultado obtido com o valor da venda”.

Para Dornelas (2012, p. 179), “As medidas de lucratividade mostram quanto uma empresa é atrativa do ponto de vista de um investidor, pois esses índices são usados para justificar os investimentos”.

De acordo com Kassai et al. (2000, p. 78) o IL:

É medido por meio da relação entre o valor presente dos fluxos de caixa positivos (entradas) e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando-se como taxa de desconto a taxa de atratividade do projeto (TMA).

De acordo com Kassai et al. (2000, p.78) tem-se a fórmula para o cálculo do IL:

PV (Fluxos de Caixa Positivos) IL =

PV (Fluxos de caixa Negativos)

Na análise do cálculo e dos valores obtidos, “é considerado atraente todo investimento que apresente IL maior ou igual a 1,00” (KASSAI et al., 2000, p. 78).

Na mesma linha de pensamento o SEBRAE (2014) expõe que a fórmula para o cálculo do IL é:

Lucratividade = (Lucro Líquido / Receita Total) x 100

A Lucratividade consiste em comparar os diversos estágios do resultado (lucro bruto, lucro operacional e lucro líquido do exercício) da empresa com o volume monetário da ROL (receita operacional líquida de venda e serviços) do período em análise (BRIZOLLA, 2008, p. 98).

Considera-se então a lucratividade o resultado positivo, após deduzir os custos e despesas.

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2.5.2 Análise de viabilidade financeira

A finalidade da análise financeira consiste em avaliar os resultados gerados a partir dos investimentos a serem realizados, ou seja, se de acordo com as projeções financeiras o investimento se torna viável para a entidade. Esperasse que os resultados sejam positivos para a empresa cumprir com suas obrigações (HOJI, 2010).

Seguindo a mesma linha de pensamento Dornelas (2012, p. 178) destaca que “os índices financeiros indicam como está a situação financeira da empresa, e a capacidade de honrar seus compromissos no prazo”.

Para realização da análise de viabilidade financeira se faz uso das técnicas do Fluxo de Caixa, da Taxa interna de Retorno (TIR), da Taxa Mínima de Atratividade (TMA), do Valor Presente Líquido (VPL) e do Período de Payback o simples e descontado.

2.5.2.1 Fluxo de caixa

Fluxo de caixa é um instrumento que controla toda a movimentação financeira, as entradas e as saídas. Ele facilita a gestão de uma empresa, pois demonstra exatamente suas obrigações no período e o referido saldo.

Para Dornelas (2012, p. 175), “o fluxo de caixa é a principal ferramenta de planejamento financeiro do empreendedor. [...] administrar o fluxo de caixa de uma empresa é compilar os dados de entrada e de saída de caixa projetados no tempo”.

Para Hoji (2010, p. 76), “o fluxo de caixa é um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada (ou vice-versa)”.

Segundo Padoveze (2010, p. 84):

Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

I – atividades operacionais; II – atividades de investimentos; III – atividades de financiamento.

O período de tempo do fluxo de caixa é estabelecido pela administração do negócio, pois muito depende da sua atividade fim, mas hoje o demonstrativo diário

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traz muitos benefícios para o empreendimento ele se faz necessário para manter o controle financeiro.

O responsável pelo fluxo de caixa de uma determinada empresa deve ter uma visão geral sobre todas as funções deste fluxo, como recebimentos, pagamentos, compra de matéria-prima, salários, entre outros, pois é necessário prever o que poderá gastar no futuro, dependendo do que é consumido hoje (ERBANO et al., 2013, p. 2).

A eficiência econômica da empresa é de extrema importância, pois a apresentação de um fluxo de caixa bem elaborado sem divergências é útil para o controle da administração interna e para fazer trabalhos com instituições financeiras. “Trata-se de uma ferramenta estratégica que auxilia o empreendedor no gerenciamento e no planejamento das ações que serão tomadas no dia a dia e no futuro da empresa” (DORNELAS, 2012, p. 176).

Um modelo de fluxo de caixa é apresentado segundo o autor Zdanowicz (2004, p. 165):

Quadro 2 - Modelo de fluxo de caixa

ITENS Mês... Dias 1 2 3 4 5 6 ... 25 26 27 28 29 30 31 1. INGRESSOS Vendas à vista Recebimentos de duplicatas Empréstimos Aluguéis recebidos Receitas financeiras Outros 2. DESEMBOLSOS Compras à vista Pagamentos de duplicatas Pagamentos de serviços terceiros Salários e ordenados Amortizações Impostos e taxas FGTS a recolher INSS a recolher Outros 3. AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DE CAIXA 4. CAIXA ACUMULADO 4. CAIXA ACUMULADO Fonte: Zdanowicz (2004, p. 165).

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Esta demonstração permite ao usuário planejar a vida de seu negócio, considera-se o fluxo de caixa um instrumento de controle e análise financeira, ele resulta em um relatório de grande eficácia que juntamente com os demais demonstrativos contribui para a tomada de decisão.

2.5.2.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros, de desconto que iguala, em determinado momento do tempo, os fluxos de entrada com os de saída previstos de caixa. É considerada uma das melhores formas em se avaliar um método de investimentos, onde o investimento será economicamente atraente se a TIR for maior ou igual do que a taxa mínima de atratividade (KASSAI et al., 2000).

Para Hoji (2010, p. 77):

A TIR é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o caso, para “trazer” ou “levar” cada valor do fluxo de caixa para uma data focal (data base de comparação de calores correntes de diversas datas). Ao aplicar a mesma taxa da TIR sobre os valores correntes, a soma das saídas deve ser igual a soma das entradas, em valor da data focal, para se anularem.

Os autores ressaltam que o cálculo da TIR também pode ser usado na comparação entre projetos de investimentos, o projeto que apresentar o maior valor da TIR será o projeto com maior capacidade de retorno financeiro. A TIR representa uma forma muito importante para cálculos de avaliação de investimentos, porém seu processo é muito complexo e difícil para se fazer manualmente, por isso se faz uso de calculadoras financeiras, planilhas eletrônicas ou programas de computador.

Segundo Kassai et al. (2000, p. 66), a TIR pode ser obtida pela seguinte fórmula:

Quadro 3 – Fórmula para cálculo da TIR

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“O conceito de TIR é utilizado para calcular a taxa i quando existe mais de um pagamento e mais de um recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou recebimento não são uniformes” (HOJI, 2010, p. 78). Portanto, quanto maior for o valor obtido com a TIR o investimento será maior e mais lucrativo.

2.5.2.3 Taxa Mínima de Atratividade (TMA)

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa de juros que representa o retorno do investimento, é o mínimo que o investidor espera ganhar do investimento. “Entende-se por Taxa Mínima de Atratividade (TMA) a taxa mínima a ser alcançada em determinado projeto, caso contrário o mesmo deve ser rejeitado” (KASSAI et al., 2000, p. 58).

“A TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendo ganhos financeiros. É uma taxa associada a um baixo risco e alta liquidez, ou seja, qualquer sobra de caixa pode ser aplicada, na pior das hipóteses, na TMA” (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2010, p. 42).

Na mesma linha de pensamento os autores Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 97) explicam que:

Ao analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação do mesmo capital em outros projetos, A nova proposta para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente a rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA).

Segundo os autores a TMA pode ser considerada uma variável muito importante nas análises de investimentos, ressalta ainda que a TMA deve ser avaliada em cada caso com exclusividade, pois um investimento pode ser favorável a uma empresa e a outra não. Se torna necessário analisar o caso por completo, juntamente com as outras técnicas da análise de viabilidade financeira, fazendo com que o investidor aplique seus recursos nos melhores projetos, que a empresa possua um bom retorno do capital investido e se mantenha atrativa no mercado.

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O Valor Presente Líquido (VPL) é uma técnica utilizada para calcular a atratividade de um investimento, sua função é calcular o valor presente de um pagamento futuro descontando uma taxa de custo a ser estipulada.

De acordo com Kassai et al. (2000, p. 61) o VPL:

[...] é um dos instrumentos sofisticados mais utilizados para se avaliar propostas de investimentos de capital. Reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa, a uma determinada taxa de desconto.

Conforme Kassai et al. (2000, p. 62), o VPL pode ser obtido da seguinte maneira:

Quadro 4 – Fórmula para cálculo do VPL

Fonte: Kassai et al. (2000, p. 62)

O VPL dispõe uma técnica sofisticada de orçamento de capital, nesse método desconta-se o fluxo de caixa a uma taxa de custo de capital da empresa, apresenta então o retorno mínimo que o projeto deve proporcionar para manter inalterado o valor de mercado da empresa (GITMAN, 2010). Utilizando o VPL como critério de decisão em análise de investimento, tem-se alguns aspectos a ser considerados.

Se o VPL for maior que $ 0, a empresa obterá um retorno maior do que o custo de seu capital. Isso aumentaria o valor de mercado da empresa e, portanto, a riqueza de seus proprietários, em um valor correspondente ao VPL (GITMAN, 2010, p. 370).

No entanto, esse método de análise de projetos de investimento é consistente com a maximização do valor da empresa e da riqueza dos acionistas, considerando-se que o processo de tomada de decisão será dado em decorrência do projeto que apresente o maior VPL (SOUZA, 2003, p. 75).

O Valor Presente Líquido é um dos métodos mais eficientes para definir se um investimento vale a pena ou não. Um exemplo da sua função seria que o valor

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em dinheiro que será recebido no futuro não vale a mesma coisa que o dinheiro no tempo presente.

Por isso se o VPL trouxer valores positivos e ou se igualar a zero, o projeto se torna viável, de acordo com Dornelas (2012, p. 181) “pois o valor presente dos futuros fluxos de caixa é maior que o investimento inicial”.

2.5.2.5 Período de Payback

Na concepção de Hoji (2010, p. 173) “o período de payback é o período em que o valor do investimento é recuperado, ou seja, é o prazo em que os valores dos benefícios líquidos de caixa se igualam ao valor do investimento inicial”.

Para Dornelas (2012, p. 180):

A técnica de payback mede o tempo necessário para a recuperação do capital inicialmente investido. Assim, diferentemente da técnica de retorno contábil sobre o investimento, a técnica de payback utiliza o fluxo de caixa, sendo mais precisa. Um projeto de investimento é mais atraente quanto menor for o tempo para recuperar o investimento inicial, ou seja, quanto menos for o seu prazo de payback.

Para Kassai et al. (2000, p. 84) “é o período em que os valores dos investimentos (fluxos negativos) se anulam com os respectivos valores de caixa (fluxos positivos)”.

O período de payback é um indicador que mostra o prazo de retorno do investimento total de recursos financeiros aplicados no empreendimento. Esse método é útil na análise de projetos, para a mensuração do risco. Para as empresas que elaboram os projetos de investimento de capital e decidem por sua implantação (ou não), quando o prazo de retorno dos investimentos for inferior ao padrão preestabelecido pela instituição, o projeto será aprovado. Se esse prazo de retorno for superior ao período máximo definido pela empresa, o projeto será rejeitado (SOUZA, 2003, p. 74).

Segundo os autores o período de payback mostra o prazo de retorno do investimento. Este período pode ser calculado como payback simples, o qual não considera o custo de capital da empresa, e também pode ser calculado como payback descontado, esse método considera o custo de capital, ele considera o valor do dinheiro no tempo.

O payback é o período de recuperação de um investimento e consiste na identificação do prazo em que o montante de dispêndio de capital efetuado seja recuperado por meio dos fluxos líquidos de caixa gerados pelo

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investimento. O payback simples consiste no cálculo desse tempo (em número de períodos, sejam meses ou anos) necessário à recuperação do investimento realizado. Método do Paybak Simples (PBS) Mede o prazo necessário para recuperar o investimento realizado (GARDINAL et al., 2015, p. 4).

Referente ao payback descontado, Kassai et al. (2000, p. 86) relatam que: Devido ás críticas ao método original de payback, de não considerar o valor do dinheiro no tempo, é recomendável que seja determinado por meio de um fluxo de caixa descontado. Para isso, basta descontar os valores pela taxa mínima de atratividade (TMA) e verificar o prazo de recuperação do capital.

Kassai et al. (2000, p. 87) ainda complementam que:

O payback descontado é mais “refinado” e proporciona uma análise mais elaborada, apesar de mantes as outras falhas da versão original, referentes a distribuição dos fluxos de valores, bem como daqueles que ocorrem após o período de recuperação.

Segundo Souza (2003, p. 74), “um longo payback representa que os valores investidos serão comprometidos por muitos anos e que os fluxos de caixa são provavelmente mais arriscados”. Conforme as considerações dos autores o método payback calcula o prazo necessário que a empresa vai precisar para recuperar o valor investido.

2.6 IMPACTO AMBIENTAL

Na prática, muitos empreendimentos de lavagem automotiva não desenvolvem uma estrutura adequada que permita trabalhar em prol do meio ambiente. O que mais se vê é o desperdício e a poluição de água doce. Mas o que poucos empreendedores deste ramo sabem, ou preferem ignorar, é o custo-benefício que a economia e o reaproveitamento da água trazem para vida financeira do seu negócio.

O crescente consumo de água tem feito do reuso planejado uma necessidade primordial. Essa prática deve ser considerada parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional da água, o qual inclui também, o controle de perdas, a redução do consumo de água e a minimização da geração de efluentes (MORELLI, 2005, p. 19).

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Se tratando de uma necessidade de uma evolução consciente, um ramo de negócio que trabalha tendo como principal matéria prima um recurso natural, assume com consequência a causa de impactos ao meio ambiente, necessitando então, desenvolver uma forma de trabalho consciente para se manter firme no mercado.

Ocorre que as dificuldades que muitos empreendedores encontram, é o alto valor do investimento para tornar o empreendimento ecologicamente correto. Alguns investimentos em tecnologias de reaproveitamento de água trazem custos muito elevados, consequentemente geram um retorno financeiro para a organização em longo prazo, provocando a desistência do empreendedor em trabalhar com um desenvolvimento sustentável (GLOWACKI, 2004).

O grande desafio deste tipo de desenvolvimento é a busca do equilíbrio entre a preservação ambiental e a economia de um país. Entretanto, um pequeno empreendedor consegue trabalhar de uma forma sustentável sem prejudicar a vida financeira do seu negócio, visto que não se torna necessário altos investimentos em tecnologia para reduzir os impactos ao meio ambiente. São pequenas atitudes que podem contribuir com o meio ambiente e juntamente se tornam favoráveis aos empreendedores, pela economia nos gastos (PANAROTTO, 2008).

Assim, tornar a lavagem ecologicamente correta e fazer parte do desenvolvimento sustentável gera benefícios ao empreendedor e a população. Salientando que é “uma forma de desenvolvimento econômico que prega que se deve atender às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras” (PANAROTTO, 2008, p. 6).

“A disponibilidade ou a escassez de recursos naturais e a poluição do meio ambiente tornaram-se objeto do debate econômico político e social em todo o mundo, pois os recursos são restritos, mas a demanda é ilimitada” (GLOWACKI, 2004, p. 77). Se tratando de um assunto que afeta toda a população, somente será possível reduzir os impactos ao meio ambiente se cada empreendedor fizer a sua parte.

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO

Esse capítulo apresenta a metodologia de estudo, que é o estudo dos métodos aplicados na realização do trabalho, apresenta a forma como a pesquisa foi desenvolvida, aborda a classificação da pesquisa, universo amostral, bem como o plano de coleta e análise dos dados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Classificar a pesquisa resulta em uma maior organização dos fatos, gerando um maior entendimento dos mesmos. “Cada pesquisa é naturalmente diferente de qualquer outra. Daí a necessidade de previsão e provisão de recursos de acordo com a sua especificidade” de acordo com (GIL, 2010, p. 25).

Segundo Zamberlan et al. (2014), as pesquisas podem ser classificadas de diferentes formas, de acordo com a sua natureza, seus objetivo, quanto a forma de abordagem do problema, procedimentos técnicos, meios e estratégias de pesquisa. Na sequência apresenta-se a classificação da pesquisa em relação ao tema exposto.

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza

A pesquisa é classificada como aplicada, pois de acordo com Zamberlan et al. (2014, p. 26):

Pesquisa aplicada visa a gerar conhecimentos para a aplicação prática voltados a solução de problemas específicos da realidade. [...] refere-se a discussão de problemas, empregando um referencial teórico de determinada área de saber, e á apresentação de soluções alternativas. Uma necessidade da pesquisa aplicada é produzir conhecimento para aplicação de seus resultados, com o objetivo de gerar imediatamente a solução do problema em estudo, sendo assim uma das suas funções é contribuir para fins práticos.

O estudo gerou conhecimentos por meio de sua aplicação prática, tendo em vista que foi voltada para uma análise de viabilidade econômica e financeira específica.

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3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos

Conforme seus objetivos, o presente estudo classifica-se como descritivo. De acordo com Gil (2010, p. 27), “as pesquisas descritivas tem como objetivo a descrição das características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis”.

O processo descritivo possibilita descrever, observar, analisar e registrar as características de um fenômeno nas suas diferentes formas, de acordo com a pesquisa e as técnicas padronizadas de coleta de dados (ZAMBERLAN et al., 2014). A pesquisa descritiva proporciona novas visões sobre uma realidade já conhecida, com esta técnica se obteve material e informações analisadas sobre o assunto pesquisado, pois o método apresenta cada detalhe, cada informação a ser descrita e demonstrou-se importante no estudo para a realização da análise econômica e financeira.

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

De acordo com a forma de abordagem do problema, o presente estudo se descreve por qualitativo pelo fato de que não foram utilizadas técnicas estatísticas para a coleta dos dados, pois conforme Beuren et al. (2004, p. 92), “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”.

Zamberlan et al. (2014) destaca que a forma de pesquisa qualitativa é descritiva e que não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas, é indutiva, e abre espaço para a interpretação conforme se busca percepções e entendimento sobre o objetivo geral de um tema em estudo.

A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados. A principal diferença da pesquisa quantitativa para a qualitativa, é que a qualitativa não toma como base dados estatísticos para a resolução do problema, seu foco é na compreensão e explicação do fenômeno em estudo.

Referências

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