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1º O requerido é trabalhador do requerente.

No documento Processo Civil Declarativo (páginas 109-124)

2.º

Para a execução dos seus deveres laborais o requerido tinha acesso a uma viatura de marca X, com a matrícula X, propriedade da requerente, conforme documento 1 que se junta.

3.º

A viatura referida tem o valor comercial de X.

4.º

A utilização da viatura ocorria apenas durante o período e dentro do horário de trabalho, conforme documento 2 que se junta.

5.º

Sucede que o trabalhador tem faltado ao seu posto de trabalho desde dia X.

6.º

E, além disso, não entregou a viatura ao requerente, tendo sido avistado na sua posse no dia X na rua X.

7.º

Razão pela qual o requerente tem receio que o requerido se aproprie ilegitimamente da referida viatura.

8.º

Lesando, daquela forma, o seu direito de propriedade.

9.º

Pelo que deve o requerido ser judicialmente obrigado a restituir, de imediato e sem audição prévia, a posse da viatura.

10.º

Ademais, o requerente teve conhecimento que o requerido se vai ausentar para o estrangeiro.

11.º

Havendo receio de que se for ouvido entre em fuga com a viatura.

Termos pelos quais e nos demais de direito aplicáveis deve ser julgado procedente, por provados os factos, a presente providencia cautelar, sem audição prévia do requerido, e, consequentemente, ordenada a restituição do veiculo ao requerente.

JUNTA:

- Cópias;

- Procuração forense;

- Documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça; - 2 Documentos. Prova: - Testemunhal: A.,... B,... C,.... A advogada

Eliana Silva Pereira

Nota: No caso do arresto e do esbulho é que o requerente apenas tem que

referir sem audiência prévia. Já num caso em que a regra seja a audiência prévia temos que alegar factos que justificam a não audiência, pelo que só a devemos requerer se tivermos razões para isso.

Caso:

Suponhamos que é decretada a providência sem a outra parte ser ouvida, tendo a policia apreendido a referida viatura. Naquele momento é citado o requerido. Que meios tem à sua disposição?

Agora ou recorre ou deduz oposição.

Se tiver factos novos o mais lógico é deduzir oposição e, como isto é um processo urgente, o requerido em pouco tempo pode obter uma nova decisão.

Caso:

Numa acção já transitada em julgado ficou decidido que o muro de A que entrava no terreno de B seria demolido e construído um novo.

Porém, outro vizinho, X, embargou porque estava a ser construído em propriedade sua um alpendre com uma altura não permitida por lei. Perante

isto, foi decretada a providência cautelar de embargo de obra nova e B deduziu oposição e outro juiz decretou o seu levantamento.

Neste caso, quando o requerido tem que propor a acção num prazo máximo de 10 dias a contar da notificação a dizer que o requerido foi citado.

Depois temos que requerer a apensação do procedimento cautelar ao processo principal.

Nota: O facto de deixarmos caducar o procedimento cautelar não implica que

não possamos intentar a acção principal. Isto porque a única coisa que caducou foi o procedimento cautelar em si.

Suspensão de deliberações sociais – arts. 396º ss:

Frequentemente nas deliberações sociais e nos condomínios surgem deliberações que, apesar de terem sido tomadas por todos os sócios, são susceptíveis de serem impugnadas.

Por exemplo:

- Numa determinada associação um associado intenta uma acção especial do CPC para destituição dos órgãos sociais. Na sequência dessa acção, um sócio foi mesmo destituído.

Suponhamos que os estatutos previam que quem perdesse o mandato seja de que modo for, não podia ser eleito durante X anos.

Entretanto, na véspera de eleições, convoca-se uma assembleia geral cujo um dos pontos era deliberar acerca da permissão de o sócio destituído se poder candidatar, sendo tal candidatura aprovada.

Perante isto, um associado, como não tem tempo de lançar mão de uma acção principal uma vez que as eleições estão “à porta”, tem sempre a possibilidade de lançar mão de um procedimento cautelar nos termos do art. 396º com base em violação dos estatutos.

O prazo para intentar esta providência é de 10 dias a partir da deliberação ou do conhecimento desta – art. 396º n.º3.

O que tem que se demonstrar neste procedimento:

2- Alegar os factos relativos ao que se peça, neste caso, a deliberação juntando a acta.

3- Alegar a violação, neste caso, seria a violação dos estatutos.

No caso de uma sociedade, após a deliberação ser suspensa é necessário o registo que é feito através de uma certidão. Assim, a suspensão tem que ser registada.

Nota-se que também esta providência está dependente da acção principal.

A partir da citação não é lícito à sociedade executar a deliberação – art. 397º n.º3.

Nos termos do n.º2 do art. 397º, ainda que a deliberação seja contrária à lei, aos estatutos ou ao contrato, o juiz pode deixar de suspende-la desde que o prejuízo resultante da suspensão seja superior ao que pode derivar da execução.

Ora, isto parece um pouco incongruente. Em todo o caso, o juiz tem sempre este poder.

A doutrina é mais ou menos unânime no sentido de admitir, que juntamente com esta providência se possa requerer, por exemplo a suspensão de gerente.

Alimentos provisórios – arts. 399º e ss:

Frequentemente há necessidade de alimentos provisórios. Estes não são os devidos pelos pais aos filhos menores, pois este dever é regulado pela lei tutelar com um procedimento próprio.

Este tipo de alimentos provisórios vai-se traduzir na prestação mensal de alimentos a determinada pessoa. Por exemplo: o ex-marido dar alimentos à ex-mulher.

Este direito também dá lugar a uma acção principal, mas como a pessoa que está a passar fome está numa situação de desespero, torna-se necessário acautelar isto através deste procedimento.

Os alimentos são devidos desde a data da propositura da acção. Assim, quando houver condenação tem que se pagar as prestações desde a data em que a acção entrou – n.º1 do art. 401º.

“Procedimento” – art. 400º:

Neste procedimento, logo que é recebida a PI instruída com os respectivos meios de prova é logo designado o dia para o julgamento. O próprio tribunal adverte as partes para se fazerem representar.

A contestação é apresentada na própria audiência – n.º2. Neste sentido, temos aqui uma situação um pouco híbrida pois a regra geral é que a audiência seja marcada depois da contestação.

Nota: o juiz marca a audiência acautelando os 10 dias da citação.

Tal como nos processo dos menores, também aqui há sempre uma tentativa de consenso ou acordo homologado por sentença. Se houver acordo não vai haver processo principal mas se, pelo contrário, não houver acordo, o processo segue para julgamento.

Mesmo faltando uma das partes o juiz profere decisão – n.º3.

Nota: O procedimento pode ser instaurado contra quem está obrigado a alimentos

nos termos dos arts.2009º e 2020º CC.

Arbitramento de reparação provisória – art. 403º e ss:

Isto implica que alguém tenha uma lesão corporal e tenha direito a uma indemnização. Serve para os casos em que a pessoa que sofreu a lesão carece de um aditamento por conta da indemnização.

Por exemplo:

- “A” tem um acidente de viação e está sem trabalhar. Perante isto, tem que demonstrar que não tem dinheiro e que muito provavelmente irá ter êxito na acção principal. Só assim, poderá pedir uma retribuição mensal até à sentença definitiva que decreta a indemnização.

Assim, deve-se alegar:

1- a necessidade;

Neste providencia, se por acaso vier a caducar a providencia, por exemplo, se não se promove o andamento do processo principal, o requerente tem que restituir tudo o que recebeu – art. 405º.

Caso:

“A” ia de mota e ao chegar a um cruzamento um carro que não respeitou um STOP bateu contra ele. Na sequência disto, A ficou internado no hospital uns meses e partiu a perna.

“A” é estudante no Porto e os pais não têm capacidade para o sustentar. “A” sustentava-se através de um part-time.

Pedida a indemnização a companhia de seguros está a contestar a indemnização.

Como redigíamos o respectivo procedimento cautelar?

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito do Tribunal da Comarca de ....

A, solteiro, estudante, residente na Rua _________, vem intentar como preliminar de uma acção declarativa, providencia cautelar de arbitramento de reparação provisória nos termos do artigo 403º e ss do CPC,

contra,

Companhia de seguros XPTO,__________________________

Nos termos e com os seguintes fundamentos:

1.º

No dia 7 de Janeiro de 2007 pelas 10 horas, o requerente circulava na Rua X, pela sua mão, um veiculo motorizado.

2.º

3.º

Ao aproximar-se do cruzamento X, vê surgir o veiculo Y conduzido por W.

4.º

Que veio embater na motorizada do requerente provocando a sua queda, conforme desenho feito pela policia que se junta em documento 1.

5.º

Tal acidente deveu-se ao facto de o veiculo automóvel não ter respeitado o sinal STOP, bem visível, colocado á entrada do cruzamento.

6.º

Na sequência da queda o requerente embateu com a cabeça no passeio tendo ficado em coma 2 dias e fracturou a perna direita, conforme relatório médico que se junta em documento 2.

7.º

E, por causa dessas lesões, esteve internado 2 meses, conforme documento 3 que se junta.

8.º

O requerente é estudante.

9.º

Mora na Rua __________, pela qual paga uma renda mensal de 400 euros.

10.º

Para além disso, tem ainda despejas de água e luz no valor de X.

11.º

Trabalhava em part-time na empresa X onde auferia de um rendimento mensal de 1.500 euros.

12.º

Dado que está impossibilitado de trabalhar necessita de 600 euros para pagar as suas despesas pessoais.

Nestes termos e nos demais de direito aplicáveis requer a Vossa Excelência digne a decretar a providencia cautelar condenado o requerido a pagar ao requerente uma retribuição mensal no valor de 600 euros.

VALOR: 7.200 euros (600 X 12 – isto nos termos do art. 313º n.º1 a))

JUNTA:

- cópias;

- documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial; - procuração forense; - documentos. PROVA: - TESTEMUNHAL: . F,_____________ . E,________________ A advogada

Eliana Silva Pereira

Nota: Aqui não precisamos de alegar o montante da indemnização.

Nota: Na acção principal obviamente que vamos pedir os 1.500 euros/ mês pois vai

pedir o prejuízo que teve. No entanto, em sede cautelar, apenas vai ter direito ao mínimo necessário para a sua subsistência. Daí que apenas peça 600 euros. Assim, é obrigatório a alegação dos factos inerentes à necessidade dos 600 euros.

A decisão é imediatamente passível de execução.

Nota: A generalidade da doutrina entende que os procedimentos cautelares não podem ser alvo de arbitragem, por uma questão de celeridade e dos mesmos não terem competência executiva.

Fundamentos:

- Justo receio de perder a garantia patrimonial do seu crédito.

No entanto, este justo receio é muito difícil de provar.

Para que se possa alegá-lo tem de surgir um facto que crie dúvidas que o devedor vai ter bens suficientes para pagar a divida.

Por exemplo:

- O devedor só tem 50.000 euros e tem pendentes três casas que valem 100.00 euros cada. Ora, se vender uma, já há justo receio.

O arresto decreto sem audiência prévia é passível de registo com a periodicidade normal. Assim, por exemplo, se já existia uma hipoteca, o arresto fica depois dela.

O arresto é uma apreensão judicial, pelo que há sempre um fiel depositário que fica com o bem – art. 406º nº2.

Exemplo:

- A promete comprar a B um imóvel. Se B não celebra a escritura, A não pode recorrer ao arresto para lhe apreender o bem, que se encontra em poder do

promitente-comprador, porque o arresto, apenas é decretado nos casos em que esteja em causa a perda de garantia patrimonial.

Sempre que tal não se verifica, no máximo pode lançar-se mão de um procedimento cautelar de natureza não especificada.

“Processamento” – art. 407º:

O requerente tem que alegar:

- Factos que compreendem a existência do crédito; - Factos de que depende o justo receio,

- Indicar os bens sobre os quais vai incidir o arresto.

No entanto, o arrendatário nunca poderá ser privado dos bens essenciais aos seus alimentos e da sua família – art. 408º n.º3.

Esta circunstância só sucede depois do arresto, pois o arrestado pode opor-se ao arresto e o juiz pode levanta-lo.

Note-se que é possível fazer um arresto contra bens que já tinham sido vendidos, contra o adquirente, apenas tendo que se demonstrar que, provavelmente, a impugnação do negócio vai proceder (estamos a falar da impugnação pauliana).

“Arresto a navios de carga” – art. 409º:

Tem que se demonstrar que a penhora é admissível atendendo ao montante do crédito.

“Caso especial da caducidade” – art. 410º:

Não faz sentido que uma pessoa não possa dispor do seu bem se o arrestante não é diligente e não promove a execução no prazo de 2 meses.

Embargo de obra nova – arts. 412º e ss:

“Fundamentos do embargo – embargo extrajudicial” – art. 412º: Tem que existir uma obra e esta causa ou ameaça causar prejuízos.

Neste caso, o êxito do procedimento cautelar está na dependência de um prazo de 30 dias a contar do conhecimento.

Ora, se a obra já se iniciou há algum tempo e não se teve, desde logo, conhecimento, tem que se alegar e provar que só agora se teve conhecimento.

É obvio que se a obra se iniciou há menos de 30 dias isto já não tem que ser alegado ou provado.

A obra vai ser suspendida até ao final da acção principal.

O embargo pode ser feito com ou sem audiência prévia, se se demonstrar que o prévio conhecimento pode provocar prejuízos nos direitos do embargante.

Embargo extrajudicial – art. 412º n.º2:

Neste, deve dizer-se oralmente os fundamentos perante duas testemunhas. O embargo tem que ser ratificado judicialmente no prazo de 5 dias, sob pena de ficar sem efeito.

A ratificação é praticamente fazer todo o embargo, ressalvando-se o facto de aquele já o ter sido feito.

A ratificação faz retroagir o momento do embargo ao momento em que ocorreu o embargo extrajudicial.

Se o embargado não cumprir o embargo extrajudicial e este for posteriormente ratificado, incorre na prática de um crime de desobediência, precisamente porque a ratificação faz retroagir os seus efeitos.

O art. 414º diz quais as obras que não podem ser embargadas.

“Como se faz ou ratifica o embargo” – art. 418º:

Depois de decretado o embargo, é feito um auto de descreve minuciosamente o estado da obra.

O auto é assinado pelo funcionário e, em princípio, pelo dono da obra. Se possível, devem tirar-se fotografias para juntar aos autos.

“Autorização da continuação da obra” – art. 419º:

Apesar do embargo, pode ser autorizada a continuação da obra quando: - Se reconheça que é possível restituir o estado anterior ao lesado; - O prejuízo do embargo é maior do que pode advir da sua continuação.

O requerimento a pedir a autorização tem que ser sempre dirigido ao juiz, devendo sempre ser prestada caução prévia.

“Como se reage contra a inovação abusiva” – art. 420º:

Além do crime de desobediência qualificada, o embargante pode requerer que seja destruída a parte inovada, mediante uma acção para prestação de facto.

Arrolamento – arts. 421º ss:

Trata-se de uma apreensão de bens mas é diferente do arresto.

Enquanto o arresto vai garantir um crédito, o arrolamento vai garantir os próprios bens.

Pode incidir sobre bens móveis e imóveis mas sempre sobre uma pluralidade de bens, em regra é usado quando está em causa uma universalidade.

O requerido, quando vê contra si ser intentado procedimento cautelar, pode nos termos do artigo 388.º

1. Recorrer, sempre que entenda que, face à prova produzida, a providência não devia ter sido tomada;

2. Opor-se à mesma, sempre que entenda que a decisão seria diferente se tivesse sido ouvido antes do seu decretamento14.

Exemplo:

- “A” era proprietário de uns quadros e a certa altura empresta-os a um dono de um estabelecimento comercial, tendo-se quedando lá por muito tempo.

A certa altura, a filha de “A” convence o pai a reclamar os quadros, pois teve conhecimento que, entretanto, tinha havido um trepasse do estabelecimento. Na altura da reclamação, o novo dono do estabelecimento veio defender-se dizendo que os quadros faziam parte do recheio do estabelecimento.

Perante isto, intenta-se uma acção principal acompanhada de uma providência de arrolamento.

Note-se que o arrolamento tem que vir junto a uma acção principal. Naquele caso, a acção seria de reconhecimento do direito da propriedade dos quadros.

No requerimento de arrolamento devem ser identificados todos os bens concretos a arrolar.

Ao realizar-se o arrolamento, o tribunal nomeia um funcionário oficial que vai ao local onde estão os bens requeridos e tenta encontrá-los.

Quando há um arrolamento relativo a bens comuns do casal, já não há necessidade de se alegar o justo receio de extravio.

Note-se que aqui não há nenhuma penhora. Um dia depois decide-se se o bem é de A ou de B. Assim, no arrolamento apenas há a obrigação de entrega.

14 O tribunal decide sem ouvir o requerido; este opõe-se; o tribunal volta a tomar nova

decisão. Esta segunda decisão, integra-se na primeira, sendo desta segunda decisão que é possível recorrer, artigo 388/2.

1.

A é credora de B pelo montante de 40.000,00 € e C fiador, que renunciou ao benefício da excussão prévia. A decide apenas demandar C. Corria já o prazo da contestação quanto B afixou no seu único imóvel um cartaz dizendo “vende-se”.

Abstractamente seria aplicável o procedimento cautelar de arresto. Contudo, em concreto os seus requisitos não se encontram preenchidos, porque não está em perigo a perda de garantia do crédito. Quem está a alienar o prédio é o devedor principal, mas o credor demandou o fiador, e este em princípio terá bens. Quando muito, o devedor principal poderia ser chamado à instância através de intervenção principal provocada.

O fiador C, é que podia se entendesse recorrer ao arresto, pois se pagasse, teria direito de regresso sobre o devedor principal, e este como se encontra a desfazer-se dos seus bens não teria como satisfazer o seu crédito.

2. Na assembleia-geral anual da sociedade anónima D, foi deliberado que ¼ do lucro do exercício fosse distribuído aos 150 trabalhadores da sociedade, a título de gratificações. A accionista E, que votou contra a deliberação, pretende impugná-la a evitar que as gratificações sejam distribuídas.

Procedimento cautelar de suspensão de deliberações sociais. para que a mesma seja decreta é necessário que se alegue a ilegalidade da conduta (que aqui seria discutível) e a dificuldade de reaver o dinheiro, isto e o periculum in mora.

3. F, proprietário de um imóvel arrendado a G, que nele explora um restaurante, tem notícia por um vizinho do prédio que está a ser alvo de obras de grande vulto. Com vista a verificar as obras um curso antes de terminadas e poder eventualmente opor-se, F pede a G para visitar o prédio. G recusa.

O Nrau estabelece como direito do locador, o exame da coisa locada. No caso como o locatário não permite que tal aconteça, podemos lançar mão de um procedimento

cautelar de natureza comum, alegando-se para tal que há fundado receio de lesão do direito de propriedade sobre o bem, e que se tal não for feito de imediato, quando for decretado muito provavelmente as obras já estarão terminadas.

Requeremos que o tribunal ordene a notificação do locatário para que o mesmo, mostre a exame o prédio, ou que a notificação ao requerido seja feita pessoalmente, sendo permitido ao locador acompanhar o agente de execução acompanhado de força pública, caso tal seja necessário.

4. H foi nomeada gerente de uma sociedade por

quotas em AG irregularmente convocada. I sócio maioritário que não compareceu na assembleia, pretende evitar que H exerça as funções de gerente, tanto mais que ela desenvolve actividade concorrente com a sociedade.

Suspensão de deliberações sociais. verificando-se os requisitos, a doutrina é unânime que a suspensão, suspende não só a eleição como a própria designação, não podendo a gerente eleita praticar qualquer acto. Suspende-se a eficácia jurídica da eleição e não apenas a eficácia dos actos praticados.

5. J, entregou o seu automóvel na oficina de L para reparação. Apesar de lhe ter pago a reparação, J discutiu

violentamente com L a propósito de outro negócio. L expulsa-o da oficina sem lhe entregar o automóvel e agora proíbe-lhe o acesso a essas instalações e mantém a recusa de entrega.

Restituição provisória da posse, desde que se verifique o direito o esbulho e a

violência que parece que aqui estavam verificados. Embora a violência carecesse de algumas especificações.

6.

M, prometeu comprar a N, que lhe prometeu

vender, uma casa de habitação. Na data do contrato-promessa M, entregou a N um sinal de 50.000,00€ e este entregou-lhe a casa, mas posteriormente faltou várias vexes à escritura pública. M acabou por resolver o contrato e exigir a N o dobro do sinal, informando-o que não lhe entregaria a casa até que lhe fossem

pagos 100.000,00 €. N, ameaçando espancar M, põe-no fora de casa e muda a fechadura.

Restituição provisória da posse. O promitente vendedor tem direito de retenção sobre o bem. O código civil manda aplicar ao direito de retenção as regras do penhor e este estabelece que é legítimo o uso de todos os meios para defesa da posse.

7.

O e P são cônjuges, separados de facto. P auferindo o salário mínimo nacional, instaura contra O, que ganha cerca de

No documento Processo Civil Declarativo (páginas 109-124)