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A PROVA POR DOCUMENTOS , ARTIGO 362 º CÓDIGO CIVIL

No documento Processo Civil Declarativo (páginas 158-200)

A prova documental é a que resulta de documento – qualquer objecto elaborado pelo homem com o fim de produzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto.

Modalidade de documentos, artigo 363.

Os documentos podem ser autênticos ou particulares.

Os documentos autênticos são aqueles exarados, com as formalidades legais, pelas autoridades públicas, nos limites da sua competência, ou dentro do círculo de actividades que lhe é atribuído, pelo notário ou outro oficial público provido de fé pública.

Todos os documentos particulares são havidos por autenticados, quando confirmado pelas partes, perante o notário, nos termos prescritos nas leis notariais.

Os documentos particulares são todos os outros, sendo por isso, definidos por exclusão.

Os documentos particulares devem ser assinados pelo seu autor ou por outrem a seu rogo, se o rogante não souber ou não puder assinar.

Os mesmos podem ser alvo de reconhecimento presencial, nos termos da lei notarial.

Força probatória dos documentos autênticos, artigos 371

Os documentos autênticos fazem prova plena dos factos que referem como praticados pela autoridade ou oficial respectivo, assim como dos factos que neles são atestados com base nas percepções da entidade documentadora;

A força do documento não prova, contudo, a vontade das partes, mas apenas o facto a que respeita e que a autoridade presenciou.

A força probatória dos documentos autênticos só pode ser ilidida com base na sua falsidade.

Força probatória dos documentos particulares, artigos 373

Os documentos particulares cuja a autoria seja reconhecida faz prova plena quanto às declarações atribuídas ao seu autor, sem prejuízo da arguição da falsidade do documento.

Os factos compreendidos na declaração consideram-se provados na medida em que forem contrários aos interesses do declarante, mas a declaração é indivisível, nos termos prescritos para a prova por confissão.

Nota: sempre que um documento seja apresentado por uma das partes e o mesmo não seja impugnado pela outra parte, o mesmo faz prova plena dos factos a que respeita, ou seja, a não pronuncia sobre o mesmo equivale a confissão.

A parte contra quem o foi invocado o documento, impugnar o documento, dizendo que a letra ou assinatura não são verdadeiras ou que desconhece a sua origem, incumbe à parte que apresentar o documento a prova da sua veracidade, artigo 374.

Regime adjectivo da prova documental, 523

Momento da apresentação da prova documental

da defesa devem ser apresentados com o articulado em que se aleguem os factos correspondentes.

Excepção: Se não forem apresentados com o articulado respectivo, os

documentos podem ser apresentados até ao encerramento da discussão em 1ª instância, mas a parte será condenada em multa, excepto se provar que os não pode oferecer com o articulado.

Apresentação em momento posterior,524

Depois do encerramento da discussão só são admitidos, no caso de recurso, os documentos cuja apresentação não tenha sido possível até àquele momento.

Os documentos destinados a provar factos posteriores aos articulados, (superveniência objectiva) ou cuja apresentação se tenha tornado necessária por virtude de ocorrência posterior, (superveniência subjectiva) podem ser oferecidos em qualquer estado do processo.

Junção de pareceres, 525

Os pareceres de advogados, professores ou técnicos podem ser juntos, nos tribunais de 1ª instância, em qualquer estado do processo.

Notificação à parte contrária, 526

Quando o documento seja oferecido com o último articulado ou depois dele, a sua apresentação será notificada à parte contrária, salvo se esta estiver presente ou o documento for oferecido com alterações que admitam resposta. O objectivo é que seja cumprido o princípio do contraditório.

Documentos em poder da parte contrária, 528

Quando se pretenda fazer uso de documento em poder da parte contrária, o interessado requererá que ela seja notificada para apresentar o documento dentro do prazo que for designado; no requerimento a parte identificará quanto possível o documento e especificará os factos que com ele quer provar.

causa, será ordenada a notificação.

Os documentos particulares juntos por uma parte se não forem impugnados ou se nada se disser consideram-se aceites. O mesmo se passa sempre que se diga não sabe. Caso se pretendam impugnar deve a prova ser logo junta.

De acordo com o artigo 529.º se o notificado não apresentar o documento, é-lhe aplicável o disposto no nº 2 do artigo 519.º. É condenado em multa e sem prejuízo dos meios coercitivos que forem possíveis; se o recusante for parte, o tribunal apreciará livremente o valor da recusa para efeitos probatórios, sem prejuízo da inversão do ónus da prova decorrente do preceituado no nº 2 do art. 344.º do Código Civil.

Nos termos do 530.º se o notificado declarar que não possui o documento, o requerente é admitido a provar, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.

Incumbe ao notificado que haja possuído o documento e que pretenda eximir- se ao efeito previsto no nº 2 do artigo 344.º do Código Civil demonstrar que, sem culpa sua, ele desapareceu ou fui destruído.

Documentos em poder de terceiro, 531

Se o documento estiver em poder de terceiro, a parte requererá que o possuidor seja notificado para o entregar na secretaria, dentro do prazo que for fixado, sendo aplicável a este caso o disposto no artigo 528.º.

Se o documento for apresentado por terceiro se se disser que o documento não pertence ao terceiro ou se se disser que se desconhece a sua origem, o mesmo considera-se impugnado.

Sanções aplicáveis ao notificado, 532

De acordo com artigo 532.º o tribunal pode ordenar a apreensão do documento e condenar o notificado em multa, quando ele não efectuar a entrega, nem fizer nenhuma declaração, ou quando declarar que não possui o documento e o requerente provar que a declaração é falsa.

Recusa de entrega justificada, 533

Se o possuidor, apesar de não se verificar nenhum dos casos previstos no nº 3 do artigo 519.º, alegar justa causa para não efectuar a entrega, será obrigado, sob pena de lhe serem aplicáveis as sanções prescritas no artigo anterior, a facultar o documento para o efeito de ser fotografado, examinado judicialmente, ou se extraírem dele as cópias ou reproduções necessárias.

Requisição de documentos, 535

Incumbe ao tribunal, por sua iniciativa ou a requerimento de qualquer das partes, requisitar informações, pareceres técnicos, plantas, fotografias, desenhos, objectos ou outros documentos necessários ao esclarecimento da verdade. (manifestação do princípio do inquisitório)

A requisição pode ser feita aos organismos oficiais, às partes ou a terceiros.

Impugnação da genuinidade de documento, 544

A impugnação da letra ou assinatura do documento particular ou da exactidão da reprodução mecânica, a negação das instruções a que se refere o nº 1 do artigo 381.º do Código Civil e a declaração de que não se sabe se a letra ou a assinatura do documento particular é verdadeira devem ser feitas no prazo de 10 dias, contados da apresentação do documento, se a parte a ela estiver presente, ou da notificação da junção, no caso contrário.

Se, porém, respeitarem a documento junto com articulado que não seja o último, devem ser feitas no articulado seguinte e, se se referirem a documento junto com a alegação do recorrente, serão feitas dentro do prazo facultado para a alegação

do recorrido.

No mesmo prazo deverá ser feito o pedido de confronto da certidão ou da cópia com o original ou com a certidão de que foi extraída.

Prova pericial, artigo 388.º código civil

A prova pericial tem por fim a percepção ou apreciação de factos por meios de peritos, quando sejam necessários conhecimentos especiais que os julgadores não possuem, ou quando os factos, relativos a pessoas, não devam ser objecto de inspecção judicial.

A força probatória das respostas dos peritos é fixada livremente pelo tribunal.

Nos termos do artigo 568.º do CPC a perícia é requisitada pelo tribunal a estabelecimento, laboratório ou serviço oficial apropriado ou, quando tal não seja possível ou conveniente, realizada por um único perito, nomeado pelo juiz de entre pessoas de reconhecida idoneidade e competência na matéria em causa, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

A regra é que a perícia é individual, embora o artigo 569.º admita a perícia judicial, até ao número de três.

A parte que requereu a perícia não pode desistir dela sem anuência da parte contrária, artigo 576. Nestes casos, estabelece o artigo 577.º que ao requerer a perícia, a parte indicará logo, sob pena de rejeição, o respectivo objecto, enunciando as questões de facto que pretende ver esclarecidas através da diligência. A perícia pode reportar-se, quer aos factos articulados pelo requerente, quer aos alegados pela parte contrária. Isto significa que a perícia pode ser favorável ou desfavorável a quem a pediu, faz simultaneamente prova e contraprova.

A perícia é paga pela parte que a requere. Contudo, a lei permite que a contraparte peça a ampliação do objecto da perícia, e nestes casos, é a parte que a requere que a paga, não é a dividir pelas partes.

Fixação do objecto da perícia, artigo 578

Se entender que a diligência não é impertinente nem dilatória, o juiz ouve a parte contrária sobre o objecto proposto, facultando-lhe aderir a este ou propor a sua ampliação ou restrição.

Incumbe ao juiz, no despacho em que ordene a realização da diligência, determinar o respectivo objecto, indeferindo as questões suscitadas pelas partes que considere inadmissíveis ou irrelevantes ou ampliando-o a outras que considere necessárias ao apuramento da verdade.

Perícia oficiosamente determinada, 579

Quando se trate de perícia oficiosamente ordenada, o juiz indica, no despacho em que determina a realização da diligência, o respectivo objecto, podendo as partes sugerir o alargamento a outra matéria.

Fixação do começo da diligência, 580

No próprio despacho em que ordene a realização da perícia e nomeie os peritos, o juiz designa a data e local para o começo da diligência, notificando-se as partes.

Quando se trate de exames a efectuar em institutos ou estabelecimentos oficiais, o juiz requisita ao director daqueles a realização da perícia, indicando o seu objecto e o prazo de apresentação do relatório pericial.

Quando por razões técnicas ou de serviço a perícia não puder ser realizada no prazo determinado pelo juiz, por si ou nos termos do n.º 4 do artigo 568.º, deve tal facto ser de imediato comunicado ao tribunal, para que este possa determinar a eventual designação de novo perito, nos termos do n.º 1 do artigo 568.

Do relatório cabe reclamação escrita nos termos do artigo, 587, podendo estas requerer segunda perícia.

De acordo com o artigo 390.º CC a prova por inspecção destina-se a por fim a percepção directa de factos pelo tribunal.

De acordo com o artigo 612.º CPC, a prova por inspecção pode ser requerida pelo tribunal, sempre que o julgue conveniente, ou pode ser feita a requerimento das partes. Com ressalva da intimidade da vida privada e familiar e da dignidade humana, podem ser inspeccionadas coisas ou pessoas, a fim de se esclarecer sobre qualquer facto que interesse à decisão da causa, podendo o tribunal deslocar-se ao local da questão ou mandar proceder à reconstituição dos factos, quando a entender necessária.

Incumbe à parte que requerer a diligência fornecer ao tribunal os meios adequados à sua realização, salvo se estiver isenta ou dispensada do pagamento de custas.

As partes são notificadas do dia e hora da inspecção e podem, por si ou por seus advogados, prestar ao tribunal os esclarecimentos de que ele carecer, assim como chamar a sua atenção para os factos que reputem de interesse para a resolução da causa, artigo 613.º CPC.

Conforme dispõe o artigo 614, é permitido ao tribunal fazer-se acompanhar de técnico que tenha competência para o elucidar sobre a averiguação e interpretação dos factos que se propõe observar.

O técnico será nomeado no despacho que ordenar a diligência e, quando a inspecção não for feita pelo tribunal colectivo, deve comparecer na audiência de discussão e julgamento.

Da diligência é lavrado auto em que se registem todos os elementos úteis para o exame e decisão da causa, podendo o juiz determinar que se tirem fotografias para serem juntas ao processo, artigo 615.

O resultado da inspecção é livremente apreciado pelo tribunal, artigo 391.º CC.

Prova testemunhal, artigo 392.º do código civil

Regra: Nos termos do artigo 392.º a prova testemunhal é admitida em todos os casos em que não seja directa ou indirectamente afastada.

os casos constantes do artigo 393.º e 394.º do CC:

1. Se a declaração negocial, por disposição da lei ou estipulação das partes, houver de ser reduzida a escrito ou necessitar de ser provada por escrito, não é admitida prova testemunhal. Por exemplo se A e B celebraram um contrato promessa de compra, sob a forma escrita, de um carro da marca fiat. Não pode depois uma das partes provar por testemunhas que convencionaram a compra e venda de um Golf.

2. Também não é admitida prova por testemunhas, quando o facto estiver plenamente provado por documento ou por outro meio com força probatória plena. Por exemplo se uma das partes apresenta um documento particular e a parte contra quem ele é apresentado não o impugna, não pode depois por testemunhas provar a falsidade do mesmo.

3. As regras dos números anteriores não são aplicáveis à simples interpretação do contexto do documento. Isto significa que as partes não podem apresentar prova testemunhal para alterar conteúdo do documento, mas já a podem apresentar no que se refere à interpretação da sua vontade negocial.

1. É inadmissível a prova por testemunhas, se tiver por objecto quaisquer convenções contrárias ou adicionais ao conteúdo de documento autêntico ou dos documentos particulares mencionados nos artigos 373º a 379º, quer as convenções sejam anteriores à formação do documento ou contemporâneas dele, quer sejam posteriores.

2. A proibição do número anterior aplica-se ao acordo simulatório e ao negócio dissimulado, quando invocados pelos simuladores.

3. O disposto nos números anteriores não é aplicável a terceiros.

Nos termos do artigo 395.º as disposições supra referidas, são aplicáveis ao cumprimento, remissão, novação, compensação e, de um modo geral, aos contratos extintivos da relação obrigacional, mas não aos factos extintivos da obrigação, quando invocados por terceiro.

deve exigir uma declaração de quitação.

O credor não pode depois provar que o devedor não pagou o montante em dívida, mediante a apresentação de testemunhas.

Questão diferente é saber se já será admissível a prova testemunhal como complemento de outro meio de prova, nomeadamente documental.

Parece que sim, pelo menos foi esse o entendimento do tribunal da Relação do Porto no seguinte caso:

Num contrato de intermediação imobiliária, o mediador seria pago pela venda de um imóvel, com cerca de 3% do valor da venda.

Sucede que o bem em causa foi vendido por um preço manifestamente inferior ao inicialmente combinado, pelo que ambos acordaram, verbalmente, que a comissão do mediador seria apenas de 1,5%.

Depois de recebido 1,5% do qual recebeu um recibo, fazendo referencia ao negócio em questão, o mediador veio a tribunal exigir os 3% inicialmente combinados.

O tribunal da primeira instância não admitiu como meio de prova uma testemunha que tinha presenciado o acordo verbal, em virtude do disposto no artigo 393/1, condenando o vendedor a pagar os 3% acordados de modo escrito.

A Relação entendeu o recibo que o vendedor possuía constituída um meio de prova, que poderia ser complementado com a prova testemunhal.

Ou seja, se o vendedor não possuísse um recibo de quitação, a prova testemunhal não seria admissível, contudo, como o possui e ele vale por si já como prova, a testemunhal deve ser admitida, como complemento.

Da admissibilidade processual da prova testemunhal

Capacidade para depor como testemunha, artigo 616

1. Têm capacidade para depor como testemunhas todos aqueles que, não estando interditos por anomalia psíquica, tiverem aptidão física e mental para depor sobre os factos que constituam objecto da prova.

2. Incumbe ao juiz verificar a capacidade natural das pessoas arroladas como testemunhas, com vista a avaliar da admissibilidade e da credibilidade do respectivo depoimento.

Isto significa que um menor pode depor ou mesmo um interdito, desde que não o seja por anomalia psíquica.

Impedimentos, artigo 617

Estão impedidos de depor como testemunhas os que na causa possam depor como partes.

Recusa legítima a depor, artigo 618

1. Podem recusar-se a depor como testemunhas, salvo nas acções que tenham como objecto verificar o nascimento ou o óbito dos filhos:

a) Os ascendentes nas causas dos descendentes e os adoptantes nas dos adoptados, e vice-versa;

b) O sogro ou a sogra nas causas do genro ou da nora, e vice-versa;

c) Qualquer dos cônjuges, ou ex-cônjuges, nas causas em que seja parte o outro cônjuge ou ex-cônjuge;

d) Quem conviver, ou tiver convivido, em união de facto em condições análogas às dos cônjuges com alguma das partes na causa.

2. Incumbe ao juiz advertir as pessoas referidas no número anterior da faculdade que lhes assiste de se recusarem a depor. (logo no início depois de identificar a testemunha bem como as suas relações com as partes na causa o juiz adverte do direito de recusa legítima).

3. Devem escusar-se a depor os que estejam adstritos ao segredo profissional, ao segredo de funcionários públicos e ao segredo de Estado, relativamente aos factos abrangidos pelo sigilo, aplicando-se neste caso o disposto no nº 4 do artigo 519.º. (abrange advogados). (excepção ao princípio da cooperação previsto no artigo 519).

A ratio deste artigo é evitar que pessoas próximas possam com o seu depoimento, possam lesar interesses de parentes próximos, já que os mesmos, sendo testemunhas estão obrigados à verdade, procedendo a juramento.

Rol de testemunhas - Desistência de inquirição, artigo 619

As testemunhas serão designadas no rol pelos seus nomes, profissões e moradas e por outras circunstâncias necessárias para as identificar.

A parte pode desistir a todo o tempo da inquirição de testemunhas que tenha oferecido, sem prejuízo da possibilidade de inquirição oficiosa, nos termos do artigo 645.º, isto é, sem prejuízo dos casos em que o juiz considere a testemunha essencial para a descoberta da verdade e não prescinda da mesma.

(ao contrário da prova pericial, onde a parte apenas pode desistir da mesma com o consentimento da outra parte).

Lugar e momento da inquirição, artigo 621

As testemunhas depõem na audiência final, presencialmente ou através de teleconferência, excepto nos seguintes casos, onde a inquirição não é feita na audiência final:

a) Inquirição antecipada, nos termos do artigo 520.º sempre que haja justo receio de tornar impossível ou muito difícil o depoimento de certas pessoas ou a verificação de certos factos por meio de arbitramento ou inspecção.

b) Inquirição por carta rogatória, ou por carta precatória expedida para consulado português; sempre que uma testemunha se encontre no estrangeiro e seja necessário proceder à sua inquirição, a regra é que a mesma se faz por videoconferência. Nos casos em que o consulado português não disponha deste meio, o cônsul procede à interrogação da testemunha, sendo o seu depoimento enviado para o tribunal português mediante carta precatória. No caso de não haver consulado no pais em questão, a inquirição é feita pelo tribunal, sendo o depoimento enviado através de carta rogatória.

c) Inquirição na residência ou na sede dos serviços, nos termos do artigo 624.º; Há determinadas entidades (PR e agentes diplomáticos de estados estrangeiros, em regime de reciprocidade) que gozam da prerrogativa de serem inquiridos na sua residência.

d) Impossibilidade de comparência no tribunal, por exemplo sempre que a testemunha se encontra impossibilitada de depor por doença nos termos do artigo 627.

acordo das partes, a testemunha seja inquirida em escritório de advogados,.

f) Depoimento prestado por escrito, nos termos do artigo 639.º; este depoimento apenas é possível nos casos em que se verifique impossibilidade ou grave dificuldade de comparência on tribunal.

g) Esclarecimentos prestados nos termos do artigo 639.º-B. idem.

Inquirição no local da questão, artigo 622

As testemunhas serão inquiridas no local da questão, quando o tribunal, por sua iniciativa ou a requerimento de alguma das partes, o julgue conveniente. Isto significa que as testemunhas podem não ser inquiridas no tribunal, mas antes no local onde se encontram, podendo tal ser feito a requerimento ou mesmo oficiosamente pelo tribunal.

Isto será frequente por exemplo, no caso em que esteja em causa um depoimento sobre acidente, sobre águas, em que a testemunha pode ser inquirida no

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