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Formação geral [06]: Artes, Biologia, Educação Física, Física,

Geopolítica, Língua Portuguesa, Química [laboratórios e salas]

Formação técnica [04]: Análises Clínicas/Química, Eletrônica,

Mecânica [laboratórios, oficinas e salas]

Assistência ao ensino [02]: Psicologia, Assistência Social

Legenda: TOTAL DE DOCENTES – considerados os professores efetivos do quadro permanente

CONV. – número de convidados para entrevista

CONS. – número de entrevistas consideradas na análise

TAE – Técnico-Administrativo em Educação

TA – Técnico-Administrativo

[N] – indicativo do [número de entrevistados(as)]

EBTT – Carreira de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico

TEMPODOC. – tempo de docência/trabalho no COLTEC

26 Dados obtidos junto à Diretoria do COLTEC e registrados no Diário de Campo (2001).

27 No Serviço Público Federal (SPF), as duas primeiras (Magistério Superior – CMS e EBTT) são as principais carreiras docentes. Quando da criação de ambas, caracteristicamente, a primeira era destinada aos docentes no ensino superior, com atribuições de ensino, pesquisa e extensão nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) ou ao Ministério da Defesa, e a segunda (antes denominada Carreira de Magistério de 1º e 2º Graus), destinada aos docentes no ensino básico das Instituições Federais de Ensino subordinadas ou vinculadas ao MEC e com atribuições, prioritariamente, no ensino. Confira outras informações a respeito em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/decreto/Antigos/D94664.htm> e em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/ 2008/lei/l11784.htm>. Acesso em set.2012. O Cargo de Técnico-Administrativo em Educação (TAE), por sua vez, também faz parte dos cargos da Carreira de Técnico-Administrativo no SPF e está, especialmente, vinculado às IFES.

Foram levados em conta alguns aspectos e atitudes próprios desses professores nas aulas observadas e as relações inerentes ao objeto de estudo, além de uma peculiar análise dos mesmos, tanto das próprias práticas pedagógicas quanto do cotidiano das práticas de trabalho docente no COLTEC. Foi considerada, até mesmo por parte de alguns deles, a não identificação nas aulas com algo que pudesse ser relacionado ao objeto da pesquisa e que, por vezes e contraditoriamente, se mostrava presente.

Outras questões relacionadas a interlocuções e referências ao lazer no cotidiano escolar e como objeto de estudo foram determinantes – além da perspectiva de ensino – indicadas em algumas aulas que tratavam da arte como linguagem. Em outras aulas, chamou a atenção o ensino baseado na pesquisa, na metodologia de projetos e o que isso evidenciou em termos de alternativas relacionadas ao objeto de estudo. Esses aspectos motivaram o convite a dois professores com tempo de docência inferior a cinco anos, critério definido, inicialmente, para as entrevistas.

Em relação a outras aulas observadas ainda, um convite para assistir à apresentação de um trabalho escolar que lançava mão de cinema, vídeo, música, teatro, dança, dentre outras manifestações, também foi determinante no encaminhamento das entrevistas. Importa também registrar as indicações de alguns dos entrevistados – tanto alunos quanto professores e TAs – em relação aos convites feitos a alguns dos professores entrevistados, cujo trabalho incluía atividades relacionadas ao objeto de estudo (como visitas técnicas a regiões de cavernas próximas à RMBH, trabalhadas como atividades relacionadas à formação geral integrada dos alunos).

Os sujeitos no CEFET-MG

O QUADRO 3 indica o mapa dos alunos e das alunas entrevistados no CEFET- MG.O número de entrevistas considerado levou em conta o maior número de alunos da instituição, quase quatro vezes maior do que no COLTEC. Foram entrevistados um

total de 46 alunos e alunas e consideradas 29 entrevistas para análise. Nestas, foram selecionadas: duas de alunas na fase de conclusão de curso, cumprindo o estágio curricular do Curso de Turismo e Lazer,28 tendo sido observado o envolvimento das

28 Atualmente, o Curso de Turismo e Lazer não é mais ofertado pelo CEFET-MG. Em função de questões relacionadas a avaliações e reformulações feitas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), desde o ano de 2008, o CEFET-MG foi obrigado a se adequar ao que prevê o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), ainda que, na avaliação de muitos de seus professores

mesmas com algumas atividades de pesquisa, cujo objeto leva em conta o uso do cinema como recurso de ensino, além do trato com questões próprias de trabalhadoras na área do lazer; e uma de aluna do Curso de Meio Ambiente, na modalidade subsequencial, devido à sua militância na representação estudantil e ao seu envolvimento, em função disso, com atividades relacionadas ao lazer no cotidiano da escola.

QUADRO 3

Número de alunos(as) entrevistados no CEFET-MG

TOTAL DE ALUNOS29

ENTREVISTADOS(AS)

FAIXA ETÁRIA CONV. N.A. CONS.

MOÇAS RAPAZES TOTAL

2818 23 23 46 14 – 19 50 -- 29

ANO [N] MOÇAS: 1º[8]; 3º[4]; E.S.[3] RAPAZES: 1º [7]; 3º [7]

CURSOS Eletrônica, Eletrotécnica, Meio Ambiente, Química, Turismo e Lazer Legenda: TOTAL DE ALUNOS – número de alunos matriculados durante a pesquisa

CONV. – número de convidados para entrevista

N.A. – entrevistas não autorizadas

CONS. – número de entrevistas consideradas na análise

ANO [N] – ano/série no curso [número de entrevistados(as) considerados para análise]

E.S.– estagiárias entrevistadas /curso subsequente

e alunos, isso fosse prejudicial à formação ofertada na área. No CNCT não consta mais o Curso Técnico em Turismo e Lazer e é apresentado um eixo tecnológico denominado “Turismo, Hospitalidade e Lazer”, no qual são pulverizadas as áreas de atuação do trabalhador em turismo. Os cursos ofertados nesse eixo são de nível técnico em Agenciamento de Viagens, em Cozinha, em Eventos, em Guia de Turismo, em Serviços de Restaurante e Bar, em Hospedagem (a nova denominação do curso a ser ofertado pelo CEFET-MG) e em Lazer. De acordo com o que consta no próprio CNCT, “estudantes, professores, gestores escolares, entidades de classe, sindicatos e associações, entre outros”, encaminharam suas demandas ao MEC, que, ao organizar e analisar “todas as solicitações recebidas”, designou uma Comissão Executiva Nacional de Avaliação do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CONAC), “composta por representantes do próprio MEC”, do Conselho Nacional de Educação (CNE), “de entidades diretamente ligadas à autorização e oferta de cursos técnicos, além de especialistas da área de educação profissional e tecnológica”, para subsidiar a tomada de decisões. As recomendações do CONAC foram analisadas no âmbito da SETEC e remetidas ao CNE, resultando no Parecer CNE n.03/12 e na Resolução CEB n.04/12, que tratam da atualização do CNCT (BRASIL, 2012).

29 Cf. CEFET-MG (2012a) e CEFET-MG (2012c, p.69); documentos e dados foram obtidos na Diretoria de Educação Profissional e Tecnológica (DEPT) do CEFET-MG. Nos campi de Belo Horizonte, a instituição atendia, no início de 2012, a 1.923 alunos em 13 cursos técnicos de nível médio na modalidade integrada, a 167 alunos em dois cursos técnicos de nível médio na modalidade integrada do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adulto (PROEJA), além de outros 728 alunos em nove cursos ofertados nas modalidades de concomitância externa e/ou subsequencial. Nas modalidades de concomitância externa e/ou subsequencial, no turno noturno, são ofertados os cursos de Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica, Estradas, Meio Ambiente, Mecânica, Química, Transportes e Trânsito, Turismo/Hospedagem; na modalidade PROEJA são ofertados, também no turno noturno, os cursos de Edificações e Mecânica; e na modalidade integrada ao ensino médio, no turno diurno, são ofertados todos os indicados (à exceção do de Eletromecânica), além dos cursos de Equipamentos Biomédicos, Informática, Mecatrônica e Rede de Computadores, que são ofertados, exclusivamente, na modalidade integrada. O número de alunos matriculados chega a pouco mais de 5.700 se incluídos os outros nove campi da instituição.

As entrevistas realizadas e não consideradas o foram por indicarem informações repetitivas, esgotarem determinado assunto e indicarem a necessidade de explicitar e/ou analisar determinadas categorias e problemáticas inerentes a elas (contempladas nos depoimentos expressos ao longo do texto) ou por não apresentarem confiabilidade ou validade nas informações, ou devido à identificação de algum desconforto por parte do entrevistado. Aqui, importa levar em conta o que indica Poupart (1997, p.232) em relação a “convencer uma pessoa a participar da pesquisa”. Não é somente isso e a criação de “um contexto que lhe permita estar à vontade”; é preciso que haja confiança suficiente para “verdadeiramente falar”, o que, em alguns casos, percebi que não aconteceu, ainda que a entrevista tenha sido realizada.

O mapa dos professores e das professoras entrevistados no CEFET-MG está indicado no QUADRO 4, tendo sido convidados para as entrevistas com base nos

critérios, nos princípios e na dinâmica do estudo já indicados.

QUADRO 4

Número de professores(as) entrevistados no CEFET-MG

TOTAL DE DOCENTES30

ENTREVISTADOS(AS)

CONV. CONS.

PROFESSORAS PROFESSORES TOTAL

404 8 (3 TAEs) 17 25 28 (4 TAs) 18

TITULAÇÃO Pós-doutorado [1], doutorado [5], mestrado [15], especialização [3],

graduação [1]