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2. Experiências de ensino e aprendizagem

2.3. Experiências de ensino e aprendizagem desenvolvidas no 1.º CEB

2.3.3. Área do estudo do meio

Tal como é preconizado no documento Organização Curricular e Programas- 1.º Ciclo do Ensino Básico (2004, p. 101), todas as crianças possuem um conjunto de experiências e saberes que foram acumulando ao longo da sua vida, no contacto com o meio que as rodeia. Cabe à escola valorizar, reforçar, ampliar e iniciar a sistematização dessas experiências e saberes, de modo a permitir, aos alunos, a realização de aprendizagens posteriores mais complexas.

Ao longo da PES II, foi-nos permitido explorar diversos conteúdos referentes à área de estudo do meio, esta encontra-se dividida em blocos de conteúdo. Durante o estágio explorámos os seguintes blocos: À descoberta de si mesmo; À descoberta dos outros e das instituições e À

descoberta dos materiais e objectos. A estrutura do programa permite que os professores decidam a ordem de conteúdos a abordar, de forma flexível, de modo a atender aos diversificados pontos

de partida e ritmos de aprendizagem dos alunos, aos seus interesses e necessidades e às características do meio local (Ministério da Educação, 2004, p.102).

A área do estudo do meio é transversal, uma vez que nela estão presentes conceitos inerentes às várias disciplinas científicas, como a Geografia, História, Ciências da Natureza,

Figura 64 - Atividades com a utilização do Geoplano Fonte - Própria

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visando promover uma equilibrada compreensão das inter-relações entre a Sociedade e a própria Natureza.

Procurámos ao longo do estágio aplicar também, nesta área, estratégias diversificadas e motivadoras que incentivassem os alunos para a construção de aprendizagens significativas e enriquecedoras. Entre as estratégias aplicadas, podemos elencar atividades com recurso às novas tecnologias, atividades experimentais, vivenciadas, associadas à construção do saber através do reconhecimento das conceções prévias e do diálogo. Deste modo, permitimos que os alunos experienciem situações diversificadas de aprendizagem que incluam o contacto directo com o

meio envolvente, realização de pequenas investigações e experiências reais na escola e na comunidade (Ministério da Educação, 2004, p. 102).

Em ambiente de sala de aula, o professor deve incitar nos alunos a curiosidade e a necessidade de aprender em profundidade a Natureza e a Sociedade em que estamos inseridos, disponibilizando-lhes os instrumentos e as técnicas essenciais para que eles construam o seu conhecimento, sistematizada e progressivamente

Neste sentido, importa referir que, ao longo da PES II, fomentámos e explorámos diversas atividades e conteúdos, tendo em conta os diferentes blocos de conteúdo supracitados, definidos pelo Ministério da Educação (2004).

Relativamente ao bloco À descoberta de si mesmo, abordámos alguns conteúdos relacionados com as expetativas que os alunos tinham para um futuro próximo, ou seja, o que eles ambicionam fazer amanhã, no fim-de-semana, nas férias que estão próximas. Para esta atividade utilizámos como estratégia a visualização do PowerPoint, com a história infantil “Férias na Floresta”, como introdução para a abordagem da temática das suas perspetivas para um futuro

próximo. De seguida, puderam ainda realizar a ficha de atividades n.º 25, elaborada por nós (anexo 21).

Outro exemplo de atividade elaborada tendo em conta o bloco À descoberta de si mesmo, foi a realização de um circuito no pátio da escola, com o intuito de abordar conteúdos referentes à prevenção rodoviária. Após a identificação das normas de sociedade e da consciencialização da necessidade de serem respeitadas, prosseguimos para a elaboração e exploração de um circuito rodoviário, no pátio da escola, com todos os intervenientes inerentes à circulação rodoviária (existência de sinais de trânsito, semáforo, passadeira, automóvel, entre outros) para a dramatização de diversas situações do quotidiano, e para a sistematização das respetivas normas (anexo 22), como se verifica na figura 65.

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Figura 65 - Circuito alusivo às regras de trânsito Fonte - Própria

Cada criança tinha um papel específico, foram escolhidos ao acaso os alunos que representavam sinais de trânsito, semáforo de peões, semáforo de automóveis, e locais específicos (como a escola, o jardim, o parque, entre outros). Foi escolhido também um aluno que representava ser o condutor de um automóvel, e outro representava o papel do polícia, observando tudo o que era sucedido; as restantes crianças tinham o papel de peões, que teriam de agir em conformidade com os restantes intervenientes na segurança rodoviária, dramatizando situações de normas que devem ser aplicadas. Esta atividade foi adorada por todos os alunos, mostrando- se totalmente empenhados e conscientes das ações e decisões que iam tomando (figura 66).

No que diz respeito ao bloco À descoberta dos outros e das instituições, visualizámos um PowerPoint (anexo 23) acerca das regras existentes na sala de aula, para que de seguida fosse promovido um diálogo com os alunos, bem como a realização de questões inerentes à turma e escola, como por exemplo, “qual o número de alunos da sala?”, “quais os horários da turma?”,

Figura 66 - Circuito alusivo às regras de trânsito Fonte - Própria

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“conheces as regras da sala de aula e da escola?”, e “quais são as funções que desempenham os vários elementos existentes na escola, os alunos, os professores e as auxiliares?”.

No bloco À descoberta dos materiais e objectos, realizámos em conjunto diversas atividades, entre elas a manipulação de vários objetos levados por nós, como barro, madeira, lã, pedra, tintas, água, areia, açúcar, vela, maçã e perfume, tendo como objetivo observar, manipular, e experienciar aspetos como a textura, o cheiro, o sabor, a forma e a cor, ao mesmo tempo que promovíamos o diálogo entre a turma, tendo em conta o que iam observando e experienciando, para, posteriormente, realizarem as fichas da pág. 114, 115 e 116 do manual.

Este tipo de atividades são, sem dúvida, uma estratégia ideal a adotar numa aula de estudo do meio; as experiências, como o próprio nome indica, permitem ao aluno experienciar situações reais, vivenciar, observar, estudar, descrever e tirar as suas próprias conclusões. Uma aprendizagem observada e vivenciada é sem dúvida mais eficaz, a criança age perante a situação, não sendo apenas um mero observador, nem se limitando a acreditar naquilo que lhe é transmitido.