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18 8% 24 10% 27 11% 35 15% 39 16% 41 17% 56 23%

Educação Ambiental Minerais e solo Recursos Hídricos Flora Pesca Fauna Direito Ambiental

Gráfico no 19:

Fonte: Pesquisa de campo do autor.

Dos 92% (noventa e dois por cento), que responderam que gostariam de se especializar, a grande maioria dos entrevistados, cerca de 23% (vinte e três por cento) opinaram por se especializar em Direito Ambiental que realmente é a base para toda a atividade de policiamento ostensivo preventivo ambiental ou fiscalização ambiental, seguidos das especializações em Fauna, em Pesca e depois em Flora. E os que menos opinaram foram pela na área de Educação Ambiental, onde apenas 8% (oito por cento) dos entrevistados responderam que gostariam de se especializar, ficando ainda depois de Minerais e solo com 10% (dez por cento) dos entrevistados e ainda, Recursos Hídricos com 11% (onze por cento). Cabe aqui salientar que os policiais militares ambientais poderiam opinar por mais de uma área de especialização.

Um fator preocupante aqui a ser demonstrado e discutido é com relação à área que

gostariam de se especializar. A atividade de policiamento ostensivo preventivo ambiental de Minerais e solo é umas das atividades fundamentais a serem desempenhadas pela CPMA, mas ainda pouco conhecida, e por certo, pouco apreciada. No pré-teste, aplicado no 2º CPA foi identificado que Minerais e solo foi a área em que os 43 (quarenta e três) alunos do referido Curso se sentiam mais inseguros para desempenhar a atividade de

se aqui que Minerais e solo ficou em antepenúltimo na escolha da área em que os policiais militares ambientais gostariam de se especializar. Tal fato é preocupante e por isso, foi aqui repetida, pois tal área de policiamento engloba as ações de dragagem de rios e lagos para a retirada de areia lavada bem como, a retirada de cobertura de solos, tudo isso, geralmente, é utilizado na construção civil.

A área de Educação Ambiental foi aqui incluída pelo fato deste trabalho ter seu foco de estudo voltado para tal atividade. A área de Educação Ambiental foi a que teve menor índice de escolha ou pode-se dizer também que foi a pior área de aceitação no que se refere a servir de área de especialização por parte dos servidores policiais militares ambientais. Para a surpresa e grande preocupação dos resultados aqui obtidos, pode-se inferir que cursos, estágios e palestras nas áreas aqui de menor aceitação seriam muito bem vindos para um maior e melhor esclarecimento de suas particularidades e aplicação por parte dos servidores da PMA. Não é porque são áreas de pouca aceitação que devem ser esquecidas, pelo contrário, a busca de tais conhecimentos devem ser cada vez mais incitados.

Um ponto favorável a ser trabalhado para reverter a baixa aceitação da Educação Ambiental, seria desenvolver cada vez mais atividades educativas preventivas com os filhos, parentes e familiares dos próprios servidores policiais militares não só ambientais e trazê-los para o convívio e cotidiano de seus parentes servidores educadores ambientais e fazer com que isso atraia a atenção para as atividades preventivas educativas de um modo geral. Além de se criar um curso específico de Educação Ambiental para os servidores policiais militares ambientais, o que seria de fundamental importância.

Outra questão é em relação a aceitação de especialização na área de Minérios e solo. Deve-se também implementar atividades nesta área, pois acredita-se que o número reduzido de oficinas nestas atividades de EA resultem em seu desconhecimento e por seguinte no desinteresse pela área. Para se comprovar que tal atividade de policiamento não é muito explorada deve-se observar que o resultado aqui apresentado segue o mesmo obtido anteriormente no pré-teste, onde o número de atividades de minerais e solo foi

muito pouco reconhecida/executada por parte dos servidores policiais militares. Por este fato é que foi repetido o mesmo questionamento com maior efetivo, e por certo maior abrangência das respostas.

Assim, pode-se concluir que os policiais militares são, essencialmente homens residentes nas regiões periféricas do Distrito Federal, envolvidos em atividades diversas do trabalho com escolaridade de ensino médio, em ampla maioria com menos de 12 (doze) anos de serviços prestados na CPMA, com faixa etária entre 31 (trinta e um) e 45 (quarenta e cinco) anos de idade, satisfeitos com o trabalho na Unidade ambiental, em maioria com o Curso de Policiamento Ambiental e com muita vontade de se especializar em outras áreas, principalmente, em Direito Ambiental. Muitos poucos se interessam pela área de Educação Ambiental.

5.2. A INSTITUIÇÃO POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL NA VISÃO DOS INFORMANTES

O propósito das informações levantadas a seguir foi o de conhecer como os informantes percebem a instituição; como avaliam as atividades exercidas pela instituição e como se situam nessas atividades.

Um aspecto muito interessante foi com relação ao seguinte fato: Você já ouviu

dizer, no âmbito da PMDF, que a CPMA é um bom lugar para descansar? E ainda: Quantas vezes você já ouviu dizer que a CPMA era um bom lugar para descansar? As

respostas aqui obtidas foram as seguintes: dos 43 policiais militares, 22 (vinte e dois) já ouviram muitas vezes; 10 (dez) já ouviram algumas vezes; 7 (sete) já ouviram poucas vezes; e 4 (quatro) nunca ouviram dizer. Observa-se assim que dos 43 (quarenta e três) policiais militares entrevistados, 39 (trinta e nove), o que corresponde a 90,69% (noventa vírgula sessenta e nove por cento), já ouviram dizer que a CPMA é um bom lugar para se descansar. (GN)

O resultado acima descrito foi cunhado do pré-teste aplicado no efetivo de alunos do 2º CPA, e aqui repetido para avaliar o real pensamento do efetivo, em geral, lotado na CPMA para se ter a certeza de que era ou não um pensamento isolado ao efetivo do referido curso.

Tal fator (ação de descansar) para o público interno da PMDF pode estar ligada ao fato do desconhecimento da missão levada a efeito pela CPMA, pode estar ligada ao fato dos próprios policiais militares da CPMA não deterem o devido conhecimento da legislação ambiental, também pode estar ligado ao fato de os policiais militares ambientais serem deslocados a um posto de serviço sem qualquer logística (viatura, embarcação, armamento adequado, aparelhos para iluminação, colete balístico, dentre outros) e ficarem nos postos durante 12 (doze) ou até 24 (vinte e quatro) horas sem saber o que fazer, como fazer, onde fazer e acabam por optar, em muitas ocasiões e até contrariados, pelo ócio o turno inteiro de serviço. Pode-se comparar as informações contidas no gráfico de nº 16 e o gráfico de nº 19, onde a maioria dos informantes optam por trabalhar em postos fixos.

O questionamento foi aqui colocado à prova para se resolver e se comprovar de uma vez por todas, boatos institucionais antigos que ocorrem entre os próprios servidores policiais militares da PMDF e que denigrem, no âmbito da PMDF, não só os servidores policiais militares lotados naquela especializada, como também à atividade por eles ali exercidas.

CPMA/CPEsp/PMDF