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4. Intervenção educativa no contexto

4.3. Contar histórias e ouvir histórias…

4.3.3. Áreas de conteúdo

Com a exploração das histórias evidenciadas no Quadro 1 e 2 foi possível explorar várias áreas de conteúdo potenciando a exploração de vários domínios. Segundo as

Orientações curriculares para a Educação Pré-escolar as áreas de conteúdo exploradas

em ambos os contextos foram as seguintes: área de formação pessoal e social, área de expressão e comunicação e a área de conhecimento do mundo. Na área de expressão e comunicação foram abordados os diferentes domínios: domínio da expressão dramática, o domínio da expressão plástica, o domínio da matemática, o domínio da expressão motora; o domínio da expressão musical e o domínio da linguagem oral e escrita (esta implícita em todas as histórias lidas e exploradas).

Em ambos os contextos foi possível abordar as diferentes áreas de conteúdo e para isso contribuiu a regulação da ação educativa efetuada pelas avaliações intermédias que me permitiram registar quais os domínios já abordados e aqueles que estavam em falta.

Na maioria das histórias foram explorados mais do que um conteúdo curricular, sendo por vezes uma exploração direcionada, ao invés de outras que acabavam por emergir no decorrer da leitura. Durante a minha prática em ambos os contextos procurei promover a exploração dos diferentes domínios curriculares a partir de histórias, permitindo-me perceber as explorações possíveis e a sua relevância nas aprendizagens das crianças. Para além disso, procurei ainda explorar histórias tendo como objetivo principal momentos de prazer da leitura, sem que esta estivesse ligada a uma atividade, pois poderia vir a ser um fator negativo para as crianças, ao associarem a história a uma atividade que a procedesse. De facto, torna-se pertinente que quando ocorra a leitura da história esta não seja sempre precedida por uma exploração em torno da mesma (como por exemplo, identificar as personagens, o título…) podendo levar a criança a um desinteresse no momento de audição destas.

59 De acordo com as histórias exploradas e mencionadas no Quadro 1 e 2 pretendo referenciar alguns dos exemplos dos diferentes domínios abordados a partir das histórias, tais como evidencio em seguida:

No domínio da expressão dramática menciono o poema “Calada e ligeirinha” onde foi

possível desenvolver com as crianças uma pequena dramatização do trabalho da formiga no qual as

crianças carregavam nas suas costas as respetivas folhas de jornal (creche); a história “A toupeira

que queria saber quem lhe fizera aquilo na cabeça”, e “Os três

ursos” no qual foram efetuados pelas crianças pequenas dramatizações da história a partir da utilização de fantoches (jardim-de-infância).

No domínio da expressão plástica refiro a história “A que sabe a lua” onde foi possível aplicar uma nova técnica de pintura com a carimbagem através da rolha, estimulando a sua criatividade e no qual as crianças se mostraram envolvidas

(creche); a história “Os ovos misteriosos” com a exploração de massa de cor por parte das crianças na criação das personagens do livro e a história “A casa da mosca fosca” com a pintura de desenhos sobre a história (jardim-de- infância).

No domínio da matemática evidencio a história “A zebra camila” na exploração da contagem dos animais com os quais a zebra se cruzava e o número de presentes que lhe era

oferecido (creche); a história “Era uma vez uma velhinha” e a “Vaca Maruxa” possibilitou também explorar a contagem do número de animais que a velha comia e das personagens com que a vaca se cruzava (jardim-de-infância).

Figura 18- Conto da

história "Os três ursos"

Figura 17- Dramatização do poema "Calada e Ligeirinha" Figura 19- Pintura de luas de cartão Figura 20- Elaboração das personagens da história com massa de cor

Figura 21- Exploração do

livro e do fantoche

Figura 22- Conto da

história "A vaca Maruxa"

60 Ao nível da expressão motora foi também possível partir de histórias como por exemplo, “Os três porquinhos” para as diferentes explorações motoras que envolveram materiais como arcos, cadeiras, um túnel (creche). No contexto de jardim

aponto a história “A abelhinha que fazia mel de chocolate” com a exploração no exterior do percurso da abelha desde a recolha do pólen, à finalização do processo do mel.

No domínio da expressão musical indico a história “O gato tagarela”

onde houve uma exploração de instrumentos musicais e também de uma canção em torno da história (creche). No jardim-de- infância menciono a história “Nabo Gigante” que foi dinamizada

recorrendo a uma música onde eram referenciadas todas as personagens da história.

O domínio da linguagem oral e escrita (esteve implícita em todas as histórias lidas e exploradas) contudo, pretendo aqui evidenciar a história “Felicidade

é …um abraço forte” onde o grupo de jardim-de-infância procedeu à continuidade da história a partir da criação de uma frase tendo como inicio “Felicidade é…” e a sua respetiva ilustração.

Por último, refiro ainda a área do conhecimento do mundo onde se enquadram grande parte das histórias, como exemplo refiro a história “Numa noite muito escura” que

potenciou no contexto de creche e de jardim-de-infância a exploração da luz e do escuro. Para além destas, foram ainda exploradas outras histórias que abordaram as diferentes áreas de conteúdo (ver tabelas 1 e 2 no apêndice) nunca descurando a estimulação do imaginário, da fantasia e do pensamento.

Figura 23-

Exploração motora em torno da história "Os

três porquinhos" Figura 24- Exploração

motora a partir da história "A abelhinha que fazia mel de chocolate" Figura 25- Exploração de instrumentos musicais Figura 26- Continuidade da história "Felicidade é...um abraço forte"

Figura 27- Exploração

da luz e do escuro a partir da história “Numa noite muito escura”

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4.3.4. Materiais e estratégias utilizadas para despertar o interesse e