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Ações empreendidas, produtos obtidos e parcerias estabelecidas pela equipe de educação para o consumo

3.1.2 Condições indicativas de um campo de atuação

3.1.2.2 Ações empreendidas, produtos obtidos e parcerias estabelecidas pela equipe de educação para o consumo

As atividades da equipe de educação para o consumo podem ser divididas nas categorias: proposição de uma escola de consumo, elaboração de programas de ensino, estabelecimento de parcerias, produção de conhecimento e atividade de extensão.

3.1.2.2.1. Proposição de uma escola de consumo

Com relação à escola de consumo, as atividades consistiram na definição de objetivos para uma iniciativa desse tipo, do público a ser atendido e de atividades a serem desempenhadas, com base nas experiências espanholas. Esses aspectos comporiam um projeto de escola de consumo (incluindo diretrizes para o seu funcionamento, implantação e implementação), e ofereciam diretrizes para a articulação com esferas públicas municipais para viabilização do projeto.

Em 2011 foi produzido o documento Criação de “escola de consumo em

São Carlos - SP” (Anexo A; CONSUMOSOL, 2011), que contém as primeiras

diretrizes para a proposição de estratégias para essa iniciativa, a delimitação do objetivo final para o planejamento de uma escola de consumo, de acordo com as estratégias da programação de ensino, bem como a indicação das etapas necessárias para esse planejamento. Em 2011, não houve grandes avanços nesse no planejamento da escola de consumo, devido ao forte

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enfoque atribuído pela equipe aos programas de ensino como subsídios para essa iniciativa, como se verá a seguir. Em 2012, com a renovação do projeto de extensão, foi retomado o trabalho na delimitação dos objetivos da escola de consumo e na definição do público a ser atendido por ela, bem como a articulação com esferas públicas municipais. No início desse ano, foram realizadas reuniões com o Departamento de Apoio à Economia Solidária e com a Secretaria Municipal de Educação (SME) para obter informações a respeito das oportunidades disponíveis para a proposição da escola de consumo como política pública municipal.

Na primeira, foi definido o encaminhamento de apresentar uma proposta de inserção do tema da educação para o consumo como emenda parlamentar, dada a proximidade das eleições municipais, em 2012. Na segunda, foi estabelecida uma parceria no sentido de promover uma articulação de ações de educação para o consumo com projetos já implementados pela SME.

3.1.2.2.2 Elaboração de programas de ensino

Com relação aos programas de ensino, a partir de parceria instituída com o Polo Ecológico de São Carlos, especialmente com a Unidade de Gestão de Resíduos (UGR) da Universidade Federal de São Carlos, foi desenvolvido um programa de ensino cujo objetivo comportamental era “lidar com resíduos domésticos”, destinado a adolescentes cursando o Ensino Fundamental II (11 a 14 anos de idade). Esse material foi produzido com base no trabalho de Cortegoso e Coser (2011), que traz diretrizes para a programação de ensino segundo a análise do comportamento. Esse programa resultou em um material autoinstrutivo, de aplicação individual. O tema e a faixa etária dos aprendizes foram definidos com indicações de parceria estabelecida com a UGR, em comum acordo com o coletivo do ConsumoSol. Em 2011, foi produzido o primeiro de quatro módulos desse material, que foi testado com adolescentes de 11, 12 e 14 anos no início de 2012 (MEZZACAPPA et al, 2012). Em 2012, o segundo módulo do material estava em fase de conclusão.

Programas de ensino a serem elaborados no futuro dependerão da definição de temática, aprendizes, parcerias, objetivos, que venham a contribuir para o escopo de atuação da escola de consumo.

75 3.1.2.2.3 Estabelecimento de parcerias

A equipe de educação para o consumo estabeleceu parcerias com a UGR e o Polo Ecológico, sendo necessário, porém, aprofundá-las e melhor articulá-las no sentido da integração com a proposta de escola de consumo. Em 2012, estavam sendo estabelecidas parcerias com o DAES e a SME, entidades que, embora tenham relações de longa data com o ConsumoSol, somente foram acionadas para efeitos de parcerias em educação para o consumo a partir de 2010 (SME) e 2011 (DAES).

3.1.2.2.4 Produção de conhecimento

Foi produzido, em 2012, um artigo apresentado e publicado nos anais do VII Seminário Ibérico/III Seminário Iberoamericano “CTS no Ensino de Ciências”, em Madrid, a respeito do método utilizado para a construção do programa de ensino para “lidar com resíduos domésticos” e suas possíveis contribuições considerando as diretrizes da ACT e da educação CTS (MEZZACAPPA et al, 2012).

3.1.2.2.5 Atividades de extensão

Em 2012 foram realizadas diversas atividades para subsidiar a oferta de uma atividade de extensão em educação para o consumo pelo ConsumoSol, possibilitadas a partir do estabelecimento de parcerias com o DAES e com a SME.

A primeira foi uma oficina, direcionada aos EES organizadores da Feira Municipal de Economia Solidária, realizada no mês de agosto, a respeito da promoção de hábitos de consumo éticos, solidários e responsáveis durante a feira.

Em outubro do mesmo ano, uma segunda oficina foi ministrada, composta por duas turmas, com dois encontros cada. Essa oficina foi sobre educação para o consumo, direcionada às educadoras da rede pública municipal participantes do projeto ProMEA na Rede. Ambas experiências podem fornecer elementos para subsidiar a proposta de uma Atividade

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Curricular Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE)30 sobre

consumo ético, solidário e responsável para 2013.

Ainda, foram realizadas aplicações do Jogo do Consumo no contexto de um evento de educação ambiental realizado em praça pública da cidade, as quais originaram demanda para a capacitação de estudantes de um curso de educação de jovens e adultos para a realização de uma atividade relacionada à temática do consumo durante uma feira do conhecimento promovida pela escola.

3.1.3 GEPETo

Na sequência, serão detalhadas informações a respeito da constituição do GEPETo, a partir de iniciativa da equipe de educação para o consumo, e as características dos participantes que o compunham quando da coleta de dados para esta dissertação.