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CAPÍTULO II: O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE PEDAGOGIA:

2.2. Delineando o perfil sociográfico dos alunos concluintes: Quem são eles?

2.2.3. A escolha pelo curso de Pedagogia: razões e influências

Na sequência, a Tabela 10 apresenta os dados extraídos das perguntas relativas aos motivos dos alunos respondentes em relação à escolha pelo curso de Pedagogia. Tais dados foram obtidos por meio das respostas às seguintes questões do questionário:

98 Cursou o Magistério ou CEFAM?

Possui outro curso de nível superior?

A escolha pelo curso de Pedagogia foi à primeira opção no processo seletivo? Caso não tenha sido, se gostaria de ter feito outro curso. Se sim, qual?

Há professor na família?

Houve influência de alguém na escolha do curso?

Tabela 10: Influência e razões de escolha pelo curso de Pedagogia.

1. Cursou Magistério ou CEFAM? O curso de Pedagogia foi à primeira opção de formação no processo seletivo?

Gostaria de ter feito outro

curso? Se sim, quais? Há professor na família? Houve influência de alguém na escolha do curso? Sim – 06 Não – 84 Total – 90 2. Possui outro curso de nível superior? Sim – 53 Não – 36 S/ resposta – 01 Não – 24 Sim – 27 Logística/ Odontologia/ Tecnologia de Informação/ Medicina / Nutrição/

Psicologia/ Educação Física/ Enfermagem/ Direito / Serviço

Social/ Publicidade/ Fisioterapia / Veterinária/ Biblioteconomia/ Gastronomia/ Engenharia Civil S/resposta – 39 Não – 46 Sim – 42 Primo (a)/ Tio (a) Pai/ Mãe/ Irmão (ã)/ Cunhado/ Avós / Madrinha S/ resposta – 02 Não – 56 Sim – 32 Amigos/ Irmãos/ Mãe/ Pai Professores do Ensino Fundamental, Médio e Coordenadora da escola/ Cunhado/ Tia/ Ex- companheiro/ Primos/ Cônjuge/ Familiares/ Avó/ Ambiente de trabalho/ Madrinha. S/ resposta – 02 Sim – 09 Não – 76 S/ resposta – 05

Total – 90 Total – 90 Total – 90 Total – 90 Total – 90

Em relação ao conjunto de informações oriundas da Tabela 10 observa-se que a maioria dos respondentes não cursou o Magistério ou CEFAM (84), do mesmo modo que o curso de Pedagogia representou a primeira formação de nível superior do grupo pesquisado (somente 09 alunos indicaram ter outro curso de graduação).

Dentre os respondentes, para a maioria (53 alunos), o curso de Pedagogia foi a primeira opção de formação no processo seletivo, por outro lado, chama atenção o fato de que, para 40% dos alunos a Pedagogia, não foi a primeira opção (36 alunos). Desse total, 27 alunos gostariam de ter feito outro curso, com destaque para a área da Saúde, entretanto, não o fizeram em razão do tempo de duração do curso e também por questões financeiras. O curioso é que, mesmo com antecedente interesse por outra área, esses alunos se encontravam à época da pesquisa em fase conclusiva do curso de Pedagogia.

Praticamente metade do grupo respondente declarou ter um professor na sua família (42 alunos). Porém, ao serem perguntados, se houve influência de amigos e/ou familiares na

99 escolha do curso, 56 alunos disseram que não, demonstrando que esse aspecto não foi um fator proeminente nessa escolha.

Desse modo, afinal, quais as razões que levaram estes alunos a optarem pelo curso de Pedagogia? Influências externas? Experiências pessoais e profissionais que o aproximaram da área?

Com vistas a ilustrar esse item serão apresentadas as falas dos alunos entrevistados, que trazem informações valiosas acerca das razões que os levaram a escolher e cursar Pedagogia, sob quais influências (pessoas, situações vividas ou outros fatores) e se escolheriam ou não novamente este curso como opção profissional.

QUADRO 07: Por que escolheu o curso de Pedagogia?

Aluna 01 - Um sonho17, desde pequena. Sempre quis ser professora. Inclusive é assim, eu nasci aqui, mas depois

fui morar em Pernambuco, com sete anos, aí eu brincava na roça né, com um monte espiga de milhos, que eram meus alunos e eu a professora. Era um sonho!18 Voltei para São Paulo com 14 anos.

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Aluna 02 - (...) acredito porque minha família é de pedagogos, né. Meus tios todos são, cresci em um colégio

onde todos eles davam aula, minhas tias, meus tios, então acho que foi a primeira escolha foi assim por vê-los, eu sempre admirei a profissão deles. (...) minha mãe trabalhava na escola, minha mãe é cozinheira. Ela

trabalha na escola onde eu estudei minha a vida inteira, ela é cozinheira lá, só que os meus tios davam aula

nesse lugar. Então, acho de tanto ela falar dos meus tios, que eles davam aula, era fantástico aquilo, talvez acredite que foi o que me levou a ir para a Pedagogia. (...) Eu na verdade não posso dizer que eu não comecei a dar aula, pois eu não era professora, mas desde os 14 anos, o primeiro dinheiro que eu ganhei foi dando aula. Eu dava aula de Matemática para os alunos que eram péssimos da minha sala, então eles iam à minha casa, pagava R$50, 00, eu dava aula pra eles desde os 14. (...) então eu sempre achei interessante.

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Aluna 03 - Desde muito nova, dentro da sala de aula eu achava muito bonito ensinar, mas na verdade eu

sempre tive uma sede do saber e na minha cidade onde eu nasci eu não tinha como adquirir, mas sempre eu tive essa vontade, então isso me fez buscar a Pedagogia, porque dentro da Pedagogia você tem que tá sempre

inovando e sempre buscando mais conhecimento. E essa é minha grande sede do saber e saber transmitir

também, porque eu não quero saber pra mim só, eu que saber pra eu poder ajudar quem não sabe.

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Aluna 04 - Foi escolha minha mesmo, eu tinha isso desde criança.

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Aluna 05 - Foi influência de amigos que estudam nessa Instituição. Eu já tinha iniciado em outra instituição,

(...), não gostei do curso lá, iniciei Pedagogia e História. Não gostei dos dois cursos, tranquei lá. Um amigo falou muito bem desta IES e aí eu quis vir pra cá e achei ótimo.

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Aluna 06 - O que me levou a escolher o curso de Pedagogia foi quando eu era técnica em Farmácia, eu sou

técnica em Farmácia, eu trabalhava em farmácia de manipulação e me pediram pra fazer um trabalho

comunitário numas favelas lá em Jabaquara. E aí eu cheguei pra gente ensinar as crianças a escovarem os

dentes, cuidar da higiene. Mas quando eu cheguei, eu falei: Senhor, o que eu estou fazendo aqui? As criancinhas de dois, três anos elas falavam palavrão, (...), era uma loucura! Aí eu falei: “Que horror, tão pequenas, o que eu posso fazer?” Aí eu fiquei pensando nisso, gente, eu era técnica em Farmácia, mas tava cansada da farmácia, aquela loucura, aí eu falei: “Vou fazer Pedagogia, eu vou tentar fazer pelo menos uma parte, se eu conseguir,

17 As palavras foram negritadas pela pesquisadora com o intuito de destacar termos e trechos considerados

centrais de cada fala transcrita dos sujeitos entrevistados.

18 Destaca-se que alguns pontos e expressões foram preservados na transcrição em respeito à sintaxe dos

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mudar pelo menos algumas crianças já é um bom começo”. E foi assim que eu comecei, eu mudei o curso,

trabalhando na farmácia mesmo eu estudava na Pedagogia.

--- --- --Aluna 07 - Com sinceridade? É que eu sou musicoterapeuta e eu só arranjava trabalho, apesar de eu gostar da área médica, em escola. Como eu não estava arranjando emprego de musicoterapeuta mesmo era tudo professor de música, auxiliar. Eu falei: “O lance é fazer Pedagogia”. Mas não que meu foco é dar aula para criança. O

curso de Pedagogia no meu foco é complementar na minha formação, porque apesar de achar que foi boa,

achei que é muita teoria, a prática (...) no caso o curso de Musicoterapia não é muito valorizada. É um curso de graduação, (...) mas esse que é o problema, ninguém sabe ainda. Têm 04 anos. [ênfase] (...) É, mas como eu sai da Musicoterapia sem perspectiva de emprego, eu fiquei acho que, eu me formei em 2004, eu até fiquei certo tempo batalhando na área, mas como mesmo na área eu arranjava emprego em escola eu falei: é melhor eu

fazer uma Pedagogia para complementar a Musicoterapia. (...) quem sabe ajuda para complementar e eu conseguir emprego na minha área. Mas agora meu foco já é outro. Agora depois de tudo o que eu vivi nos

quatro anos de Musicoterapia mais nesses três de Pedagogia já... Agora eu estou focada! Meu foco é prestar concurso público para nível superior. Mas, não em Pedagogia. Para um nível superior que ganhe dinheiro. Esse é meu foco. (...) Quero prestar concurso. Ser concursada numa área (...), em qualquer área, porque infelizmente no Brasil, que é onde eu moro, as profissões que lidam com o ser humano, no meu ver, no que eu aprendi até hoje, no que eu vivenciei até hoje, não são valorizadas. Então infelizmente a gente tem que ir para uma área administrativa. (...) eu fiquei decepcionada vamos dizer assim, com o lidar com as pessoas. Não é valorizada a área da saúde, a área da educação. É tudo muito bonito na hora de falar, na hora que você quer mostrar seu trabalho você é vetado, até em instituições, vamos dizer reconhecidas, o trabalho era vetado porque você não podia sujar as paredes com as crianças com necessidades especiais. Então infelizmente como estou no Brasil, infelizmente, eu não gosto disso, mas meu foco agora é ganhar dinheiro.

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Aluno 08 - Houve sim, a influência da minha mãe.

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Aluna 09 - Eu já havia feito um curso de Pedagogia antes, lá no Maranhão, por conta da instituição não ser

idônea acabei perdendo tudo que eu havia feito. (...) Cheguei a concluir, fiz o curso todo. Foram quatro anos. Aí não fiquei, entrei com processo só que eu não queria esperar e vim pra São Paulo e decidi começar. Sempre

gostei da área e de dar aula, cheguei a dar aula no Maranhão durante quatro anos de Matemática, porque eu

sou formada em Magistério e como há carência de profissionais da área eu dei quatro anos aula de Matemática, e então nada mais justo que fazer o curso de Pedagogia. (...) Lá no Maranhão, na época, foi falta de opção. Tinham dois cursos, Letras e Pedagogia, só que quando você entra pra você sair é difícil, porque você cria vínculos muito fortes, você cria amor por aquilo que você faz e você vai atrás de uma causa, ai foi isso que me levou a escolher o curso.

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Aluno 10 - Eu vim do ENEM e Pedagogia na verdade foi minha terceira opção. Foram três opções. A

primeira opção estava em Direito, a segunda exatamente Educação Física e a terceira Pedagogia.

Houve influência de familiares ou amigos? Aluna 01 - Desejo meu.

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Aluna 02 – Total. Amigos, talvez sim, porque todas as minhas amigas da escola, todas, as duas que eram

da minha sala e que nós conversávamos juntas que seríamos professoras, as duas também, uma já se formou

em História e a outra vai se formar junto comigo em Matemática. (...) eu não entrei primeiro pra Pedagogia. Eu passei pelo ENEM com 18, que eu fiz o PROUNI, e aí eu entrei em História (em outra IES), só que aí eu não

curti muito de História, pensei que ia ser uma coisa, mas não era bem o que eu gostaria, e tentei o ENEM no outro ano e passei em Pedagogia como primeira opção.

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Aluna 03 - Que tenha influenciado não, mas eu tinha a minha prima era minha professora e eu admirava, porém

ela não me influenciou. (...) Foi uma decisão minha, desde criança, até que não foi muito bem aceita pela

minha mãe, quando eu liguei pra ela e disse que estava fazendo Pedagogia, ela não gostou. Acho que ela não acha uma profissão muito legal, porque ser professora parece ser muito pouco e ela disse pra mim que ela me via como uma advogada, só que eu não tenho estrutura pra isso, não tinha como. Então, eu até fiquei muito

chateada por isso, ah eu pensei numa advogada! (...) Eu não tenho apoio da minha família. Eu tenho apoio da

minha filha, mas não há uma admiração. Eu fui à primeira da minha família a entrar numa Universidade. Hoje

a minha irmã tá fazendo Letras também, mas nunca alguém chegou com uma grande admiração ou a minha mãe chegou e disse assim: Ah, eu to feliz, porque a minha filha faz Pedagogia, porque minha filha já tá na sala de aula, não tenho isso, infelizmente, de ninguém da minha família. Só a minha filha, ela me admira, ela fala que

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ela não tem paciência, que ela não seria uma boa professora, por não ter paciência, mas ela me admira, me apoia e me ajuda. Ela é minha grande força.

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Aluna 04 - Talvez uma, a minha professora de primeiro ano foi muito marcante. Eu não fiz pré-escola, eu

fui direto para o primeiro ano, então foi difícil, foi assim penoso pra eu aprender, eu tinha uma dificuldade imensa e a minha primeira professora me incentivou, ela disse: “Não, você pode, você pode”. E aí ficou aquilo na minha cabeça, eu falei: “Vou”. Mas, ao longo do período da minha vida, acabei com 21 anos sendo mãe e parei de estudar. Eu fiz o Ensino Médio regular (...), voltei para a faculdade com 44 anos.

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Aluna 05 - A escolha do curso de Pedagogia foi influência de irmãos mesmos. Eu tenho quatro irmãos professores, uma é professora de Letras, uma é professora de Psicologia, a outra é professora de Educação Infantil e outra professora de História. Somos seis irmãos e mais quatro que são adotados, somos em 10.

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Aluna 06 - Não, não teve, foi uma experiência que eu tive com crianças. Eu sempre gostei muito de trabalhar com crianças, de brincar com elas, eu brincava com as crianças na Igreja, dava aulinha, mas era

coisa tranquilona, não tinha nenhum envolvimento, tinha dia que eu ia, outro dia eu não ia, mas quando eu me deparei com aquelas crianças eu falei: “Nossa é que aqui que eu tenho que ficar pra tentar ajudar um

pouquinho”. A busca de mudar o comportamento, de acrescentar alguma coisa na vida delas, não ser aquilo que tava acontecendo.

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Aluna 07 - Ai foi; ai teve. Minha irmã e meu cunhado são professores na USP. Eles me falaram: “Olha você já gosta de criança, você já tem uma formação boa. Por que você não tenta já que você arranja emprego em escola?” Por que eu arranjo emprego em escola como musicoterapeuta, mas temporário para festa de fim de ano, treinar as crianças. (...) Ah vai ter dia das mães! Então assim, eu não sou professora de música. Eu queria parte médica mesmo. Mas não, (...) até na APAE que eu trabalhei não era esse o foco. Não era o foco, não era estudo, não era o tratamento. O foco era a apresentação. Até na APAE. Em uma APAE que eu trabalhei que não era de São Paulo, era esse o foco. Ai, tanto é que estava lá fazendo a Musicoterapia com a criança individualmente, chegava à diretora: “Para, para que vocês têm que ensaiar a música do fim de ano”. Então é isso que me decepciona entendeu? Então assim, pode ser que tenha gente que tenha se dado bem, mas essa é a minha experiência. E a Pedagogia como eu já estava no meio da escola e a influência da minha irmã. Ela falava:

“Tenta Pedagogia porque você se dá bem com criança, já tem certo conhecimento em escola”. Hoje sou

auxiliar, agente de saúde no HC. Sou concursada. Aí por isso também como eu já sou concursada, e meu namorado também é “concurseiro” e ele não tem 3º grau e ganha cinco vezes o que eu ganho, infelizmente eu não gosto disso, mas eu estou precisando de grana entendeu? (...) Eu me formei faz 10 anos, 2000 e, quase 10 anos. Eu já tentei de tudo para realizar meu sonho, até realizei porque meu sonho era trabalhar na APAE, mas agora preciso casar, eu preciso ter filho e desse jeito não dá.

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Aluno 08 - Houve sim, a influência da minha mãe. Total a influência dela porque ela via que eu tratava as

crianças e gostava de criança, foi esse o motivo inicial para me aproximar do curso de Pedagogia. Minha mãe também faz Pedagogia, está no mesmo semestre, só que em outro campus. (...) Começamos juntos inclusive na mesma sala e aí no 2º semestre, por conta de trabalho, ela teve que sair foi para outro campus e eu continuei aqui. Ela foi um estímulo, porque foi ela que me abriu os olhos, até então estava na indecisão, qual curso (...). E

ela comentou: “Você não gosta de criança?” “Sim” “Então porque você não faz esse curso para você tratar diretamente com as crianças só que como professor”. E aí foi o feixe inicial, mas essa ideia foi bastante amadurecida, tanto que hoje já trabalhei com Educação Infantil, trabalhei com o Ensino Fundamental II e prefiro os mais velhos, futuramente até pretendo trabalhar com o Ensino Médio e fazer uma especialização. --- ---

Aluna 09 - Não houve.

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Aluno 10 - A minha ex-sogra, minha tia também já lecionou e todas as patroas da minha mãe também lecionam. 90% das patroas da minha mãe lecionam e foi mais forte para poder colocar a Pedagogia, não

como a primeira opção, mas ali nas opções. Direito e Educação Física era uma coisa assim mais de gosto e Pedagogia é uma coisa que eu tinha uma referência, uma referência boa para poder colocar né. Minha mãe já

trabalhou em escola como merendeira. Eu ia muito à escola. Os professores e as professoras me conheciam,

não só por estudar lá, mas também pelo dia a dia de eu estar lá direto, eu estava praticamente o dia todo lá. Então por isso que eu tive assim mais essa afinidade. (...) Então, quanto ao Direito, como todas as bolsas eram aqui para esta unidade e Direito e Educação Física era uma bolsa apenas, em Educação Física eu fiquei em 3º na qualificação geral, mas, se eu não me engano, para Educação Física, eram só duas bolsas e eu fiquei em 3º ou

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maiores e eu falei: “Vou fazer, vou conhecer”. Apesar de na época eu não conhecer tão bem o curso, eu tive boas referências.

Escolheria novamente o curso de Pedagogia? Aluna 01 Sim.

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Aluna 02 Sim, certamente.

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Aluna 03 - Eu não sei se Pedagogia, porque é muito amplo, mas talvez Letras. Quando eu terminar a Pedagogia eu pretendo fazer uma pós em Letras, mas sempre voltado à educação. (...) quando eu pensei na Pedagogia, na verdade eu não conhecia o curso, sabia de ser coordenadora, diretora, então eu acho que é muito conteúdo, talvez seja isso. Eu achei o curso um pouquinho puxado, mas é um curso muito gostoso e eu sei que é muito benéfico na minha vida e essencial para algumas etapas da minha vida.

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Aluna 04 - Olha prô (...) eu acho que sim, com todos os tropeços, com todos os percalços sim, porque é (...) eu acho que a criança é uma coisa assim tão (...) se a professora souber conduzir, ela vai fazer tudo tão bonitinho, tão direitinho e eu acho que você consegue passar isso pra criança é na escola mesmo, porque é aquela história né, ela sai do espaço do convívio familiar, primeiro a sociedade que ela se depara é a escola, então ali tem diversidade de tudo, de raça, de sexo. Então é você saber, saber conduzir, falar para a criança, olha é assim, mas da para viver junto, é assim, mas cada um tem sua maneira, todo mundo é capaz, todo mundo vai conseguir aprender, todo mundo vai. Eu não tive isso pra mim prô, mas eu tive isso pra minha filha, eu fiz isso, sem saber eu eduquei a minha filha da melhor maneira que eu pude, então ela foi assim meu, eu não tive um monte de gente, mas tudo que eu tive eu ensinei pra ela e ela graças a Deus aprendeu e espero que dissemine. ---

Aluna 05 Sim. É uma área que traz mais para o lado humano, porque hoje as pessoas vivem tanto na correria, tão envolvido no seu mundo, a minha dor é mais importante, os meus afazeres são mais importantes do que o outro. E a Pedagogia ela abre um pouco o leque, a empatia, você tem que se por no lugar da outra pessoa e eu acho que isso é muito importante.

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Aluna 06 Sim. Por que é uma coisa que eu gosto de fazer, eu tenho prazer de entrar na escola e ver os meus pequenos e poder ensinar cada dia mais uma coisa, a partir dos processos; ensinar como eles vão se portar, como eles vão responder diante de uma dificuldade, diante de um dilema deles, acho que é muito bom. Muito bom mesmo.

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Aluna 07 - Talvez não, porque nunca foi minha primeira escolha. O curso de Pedagogia nunca foi tipo uma necessidade, não foi uma: “Ah, eu quero”. Eu achei que eu fosse me dar bem complementando a minha formação. Mas não, não, nunca seria minha primeira (...). Nem na hora do vestibular, havia três opções, nunca foi.

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Aluno 08 - Eu nunca parei para pensar, mas eu creio que sim. Eu se fosse fazer uma (...) se eu não tivesse feito a Pedagogia eu primeiro faria um curso técnico, antes de qualquer coisa. Porque hoje em dia por mais que você alcance não é muito bem valorizado, muito bem remunerado, enquanto o serviço braçal é bem mais remunerado do que o professor. Então no SENAI da vida você paga um curso de seis meses, um ano, dois módulos ou alguma coisa do gênero e se tiver um bom