• Nenhum resultado encontrado

A Expansão da Demanda Argentina

No documento EstudosFebrafarma8 (páginas 120-131)

Econômica do Brasil com os Países da América Latina A ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI) atua

Naladisa 96 Descrição Colômbia Equador Venezuela

2.3 A Expansão da Demanda Argentina

Entre 1996 e 1999, a demanda argentina de medicamentos em dólares correntes – medida pela evolução das importações totais – cresceu cerca de 105%, impulsionada pelo câmbio valorizado deste país e pelo crescimento econômico (gráfico 6).

A combinação entre suave desvalorização brasileira, dinamismo argentino e vantagens de acesso ao mercado do país vizinho, com tarifa 0%, fizeram com que, entre 1996 e 1999, o Brasil encontrasse o pico em termos de valor exportado.

De 1999 a 2002, as importações totais argentinas de medicamentos regrediram 38%, enquanto o valor exportado pelo Brasil cai um pouco menos, 36%. Para o conjunto do período, o PIB argentino recuou em 18% em termos acumulados.

Portanto, a queda das vendas externas de medicamentos do Brasil para esse país, em valor a partir de 2000 e em volume após 2001, possui uma clara correlação com a forte queda presenciada na demanda argentina (gráfico 6), cujo ponto mais baixo foi atingido em 2002 (queda das importações totais de medicamentos de 36% e do PIB de 11%, com relação ao ano de 2001).

A partir de 2003, inicia-se uma recuperação das importações totais argentinas, de 14%, que permite uma elevação das exportações brasileiras em valor, processo que persiste no ano de 2004. Nesses dois anos, o PIB argentino cresceu a uma taxa média de 8,5%, favorecendo as exportações brasileiras.

Ainda assim, o valor exportado ainda se situou num patamar cerca de 20% abaixo do pico de 1999. E se é verdade que se percebe uma valorização da moeda brasileira em termos reais, tal fato não tem impedido uma elevação das exportações brasileiras a um ritmo igual ou superior ao verificado pelas importações argentinas de medicamentos, o que se justifica pelas vantagens tarifárias, pelas decisões das empresas de capital estrangeiro e pela maior penetração das empresas nacionais brasileiras no mercado do país vizinho.

De fato, se considerarmos as posições tarifárias em que o Brasil se destaca em termos de valor exportado, observa-se um ganho de market share no mercado argentino nas linhas tarifárias 300440 e 300490 ao longo do período 1997-2003, e da posição 3004, cuja participação nas importações argentinas em valor sobe de 14,3% para 16,3% (gráfico 7).

Comprovando a especialização brasileira em produtos de baixo valor agregado no mercado argentino, verifica-se que essas mesmas NCMs ganham posições no mercado argentino de forma mais pronunciada quando se analisa o volume importado. Para o conjunto da posição 3004, o market share brasileiro no mercado argentino se eleva de 23,2% para 65,2% entre 1997 e 2002 (gráfico 8). A queda da participação durante a crise de 2002 é logo revertida no ano seguinte, quando quase 58% do volume importado de medicamentos pela Argentina provêem do Brasil. Essa situação não encontra paralelo com os demais países analisados no âmbito deste estudo.

Gráfico 7

Participação das exportações brasileiras no total das importações da Argentina em valor por linhas tarifárias selecionadas

Fonte: Aliceweb/Mdic; Elaboração Prospectiva.

Gráfico 8

Participação das exportações brasileiras no total das importações da Argentina em volume por linhas tarifárias selecionadas

Fonte: Aliceweb/Mdic; Elaboração Prospectiva.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 1997 1998 1999 20002001 2002 2003 300420 300440 300490 3004 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 300420 300440 300490 3004

Tabela 2

Resumo da evolução das principais variáveis quantitativas

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

exportações

(em mil US$) 28.973 43.646 63.535 74.801 64.724 69.714 47.572 54.111 59.248 índice de exp. (valor) 100 150,6 219,3 258,2 223,4 240,6 164,2 186,8 204,5 volume (em mil kg) 2.625 1.773 3.742 7.685 9.479 8.678 5.395 5.219 7.392 índice de exp. (volume) 100 68 143 293 361 331 206 199 282 câmbio real 100,0 102,5 109,6 155,4 146,4 172,9 78,5 90,6 83,0 crescimento da demanda (imp.) 100,0 134,8 182,7 205,6 201,0 201,1 128,1 146,5 - Fonte: Prospectiva. (-) dado não-disponível. 3. Dados Qualitativos 3.1 Risco Político

A variável risco político pode ser tida como um fator influente durante o triênio 1999 e 2001 no que se refere ao desempenho das exportações brasileiras para a Argentina, nos moldes da metodologia do presente trabalho. É estritamente necessário expressar que a crise política argentina foi conseqüência direta do colapso econômico. Dessa forma, concomitantemente à dos níveis econômicos, houve a retomada da normalidade institucional.

De acordo com as variáveis analisadas, a Argentina apresentou desempenho positivo nos indicadores de eleições livres e eleições limpas. Todavia, nas demais variáveis – satisfação com a democracia e ocorrência de deposições, renúncias, golpes de estado etc. – torna-se evidente que nos anos críticos da crise econômica a análise não é do mesmo modo positiva.

A crise política argentina compreendida dentro do contexto social e econômico envolveu renúncias, escândalos de corrupção em meio a uma recessão econômica notadamente em 2001 e 2002. Sua gravidade pode ser verificada por meio de fatos relevantes e subseqüentes como o emprego do “corralito”, o default da dívida do governo e o valor do peso argentino que despencou abruptamente.

A recessão econômica tem início no fim do governo do presidente Carlos Menem, em 1998. Entretanto, a partir de 2001, com o então governo de Fernando de la Rúa pertencente ao partido da Unión Cívica Radical (UCR), a crise agravou-se de tal forma que, em dezembro deste ano, o presidente declarou estado de sítio com o intuito de reprimir a onda de saques e violência e instaurou o "corralito" – congelamento dos depósitos bancários, idealizado pelo ministro de Economia Domingo Cavallo. Sem conseguir apoio da oposição, o presidente Fernando de la Rúa entregou sua carta de demissão no dia 20 de dezembro de 2001.

Os peronistas, por conseguinte, nomearam o governador de San Luis, Adolfo Rodríguez Saá, como novo presidente da Argentina, e decidiram solicitar eleições diretas para 3 de março. No dia 23 de dezembro de 2001, o novo presidente interino, Adolfo Rodríguez Saá, assume e declara unilateralmente a moratória da dívida. Novos protestos da população e a falta de apoio dos governadores peronistas contribuem para a decisão do presidente interino em renunciar.

O cargo é restituído ao presidente provisório do Senado Ramón Puerta, o qual também desiste, passando-o para o presidente da Câmara, deputado Eduardo Camaño. Mesmo em face de grandes divergências internas, o senador Eduardo Duhalde é escolhido novo presidente pela Assembléia Legislativa, por meio de uma sessão conjunta do Senado e Câmara argentinos, permanecendo no cargo até as eleições diretas em março de 2003. O ministro Jorge Remes Lenicov (pasta de Economia) proclama o fim do câmbio duplo e a “pesificação” das dívidas e dos depósitos. Com isso, o fim da paridade tem um efeito multiplicador dos passivos corroborando para um aumento expressivo da dívida argentina. Na seqüência, Lenicov deixa o Ministério da Economia e Roberto Lavagna assume o posto.

Em 2003, Nestor Kirchner (Partido Justicialista – PJ) é eleito presidente por meio de eleições diretas. Nota-se que, em 2003 e 2004, há uma recuperação vigorosa da economia argentina. Adicionalmente, o sucesso na reestruturação de sua dívida se reflete na popularidade do presidente, que eleito com 21,9% dos votos no primeiro turno, obtém altos índices de aceitação popular no decorrer do tempo. As próximas eleições estão previstas para outubro de 2007.

Em síntese, a crise política por que passou a Argentina pode ter colaborado tangencialmente para a queda das exportações brasileiras de fármacos para esse país. Na verdade, tanto o risco político, como as exportações brasileiras, sofreram com o fato de que o PIB desse país encolheu em mais de 10% no ano de 2002.

Após 2003, entretanto, o crescimento econômico permitiu a volta da normalidade política, ainda que as instituições argentinas – especialmente o sistema de partidos – continue em grande medida fragmentado, mas não ao ponto de

comprometer as exportações brasileiras para aquele país. Ressalte-se, ainda, que o setor farmacêutico também não foi vítima, tal como outros setores produtivos, de medidas não-tarifárias de controle das exportações brasileiras, as quais voltaram a crescer de maneira expressiva para aquele país no período recente.

3.2 Marco Regulatório

O Ministério de Saúde e Ambiente da Argentina é o guarda-chuva sob o qual se encontram todos os órgãos ligados à regulação do setor farmacêutico. Nele está a Secretaria de Política, Regulação e Relações Sanitárias, da qual dependem agências descentralizadas como a Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia (ANMAT).

A ANMAT fornece todos os registros de produtos e autorizações necessárias, tendo inclusive legislação específica sobre Boas Práticas de Fabricação e Controle de Medicamentos. Esse é o órgão oficial representante da Argentina, no âmbito do Mercosul, no que diz respeito aos procedimentos e às normas técnicas de medicamentos.

Obviamente, há de se considerar que, devido ao estabelecimento e maturação do Mercosul e à continuidade dos trabalhos de harmonização entre os seus membros, houve um avanço significativo em termos das normas regulatórias e de vigilância sanitária. Dentro da estrutura do Grupo Mercado Comum, o Subgrupo de Trabalho nº 11 é o que discute o tema saúde e pôde, em 1998, estabelecer sua própria pauta negociadora, com tarefas prioritárias e diretrizes por meio das quais agir. Tal documento deixa claro que todos os trabalhos devem adotar a mesma estrutura e as mesmas pautas negociadoras aprovadas pela Resolução GMC nº 38/95 e suas posteriores modificações, da Comissão de Produtos para a Saúde e do Subgrupo de Trabalho nº 3 “Regulamentos Técnicos”. Desde 1995, foram aprovadas diversas resoluções com o intuito de compatibilizar as legislações na área de saúde e os sistemas de controle sanitário. A primeira delas trata dos requisitos para registro de produtos farmacêuticos e tem orientação técnica bem detalhada. A partir daí, outras resoluções aprovadas trazem critérios para verificação e certificação das Boas Práticas de Fabricação e Controle de Estabelecimentos da Indústria Farmacêutica (que têm validade de 24 meses e depois estão sujeitas a reinspeções conjuntas), regimes de inspeção, metodologias de determinação da estabilidade de produtos farmacêuticos e outros regulamentos técnicos que incidem sobre os medicamentos.

Destaca-se, no entanto, que determinadas resoluções aprovadas no âmbito do Mercosul demoram um tempo significativo para serem internalizadas à legislação nacional argentina, o que é feito por meio de disposições da ANMAT, o que constitui complicação ao processo de harmonização normativa como um todo.

A Argentina possui também sua própria Farmacopéia, que teve sua sétima edição aprovada em 2003, e há três anos foi sancionada a lei de prescrição de medicamentos por seu nome genérico, alcançando hoje algo em torno de 71% de todas as receitas emitidas no país, segundo dados do Ministério da Saúde e Ambiente. A Política Nacional de Medicamentos – estabelecida em março de 2002 sob a luz da declaração de Emergência Sanitária Nacional – contribuiu para a estabilização dos preços de medicamentos no segundo semestre do mesmo ano e estabeleceu um programa governamental de provisão de medicamentos essenciais, o Remediar (financiado pelo BID). É interessante destacar que o custo de um teste de bioequivalência na Argentina é mais baixo do que no Brasil, o que naturalmente torna mais baixo o custo de registro de um medicamento genérico.

Em se tratando de compras governamentais, há, no Ministério, uma Direção de Compras, Patrimônio e Serviços e as chamadas LPIs – Licitações Públicas Internacionais – que se diferenciam das licitações puramente nacionais, mas que também são divulgadas pela própria ANMAT.

Pode-se concluir que as mudanças significativas no marco regulatório argentino, durante o período analisado, tratam da adaptação da legislação nacional às resoluções do Mercosul, com vistas à compatibilização de procedimentos nos estados membros. Tendo em vista que os padrões determinados são elevados, tais mudanças impactaram positivamente as condições para as exportações brasileiras, cujas empresas ganham de terceiros não só em termos tarifários, mas, também, em qualidade dos produtos.

3.3 Decisões Empresariais

Ao analisarmos as NCMs que o Brasil mais exporta de acordo com a classificação de seis dígitos42– o que acentua os problemas de diversidade de produtos existentes

sob uma mesma linha tarifária – verifica-se a importância de se avaliar as decisões empresariais, principalmente quando as decisões relativas às vendas externas dependem de acordos internos entre filiais de um mesmo grupo multinacional.

42Tanto os dados disponibilizados pelo Radar Comercial, como aqueles do Comtrade das Nações Unidas,

De fato, no caso argentino, a partir da pesquisa realizada junto a empresas do setor43, observa-se que sete empresas de capital estrangeiro, das oito que exportam

para este país, colocam a Argentina como um dos seus três principais mercados da região – sendo que quatro possuem este país como destino principal – quando se consideram as operações da filial brasileira. Apenas uma empresa de capital estrangeiro exportadora para a Argentina, a partir da filial brasileira, não encara este país como relevante para as suas vendas externas. Além disso, as duas empresas de capital nacional que revelaram exportar para o país vizinho têm na Argentina o segundo mercado principal.

Na divisão por NCMs, no caso da 30049069 e da 30049099, que concentram 42% das exportações em valor, o predomínio das empresas de capital estrangeiro fica patente. Já no caso das NCMs 30042099, 30049059 e 30049064, percebe-se uma importante presença das empresas de capital nacional, sendo que, no caso das duas últimas NCMs, as exportações tendem a se concentrar em produtos com maior valor agregado.

O caso argentino revela que, em virtude das vantagens oferecidas pelo Mercosul, tanto as decisões das empresas de capital estrangeiro se mostram decisivas para se acompanhar a evolução das exportações brasileiras de medicamentos para aquele país, como também as empresas de capital nacional, em algumas NCMs específicas, aparecem cada vez mais como exportadoras relevantes.

De acordo com os dados apresentados na Tabela 3 do presente Anexo, observa-se que nas linhas tarifárias 300420, 300440, 300490 – onde as exportações são distribuídas entre as empresas de capital estrangeiro e as de capital nacional, ainda que as exportações das primeiras sejam maiores nas posições de maior valor exportado segundo a classificação de 8 dígitos – o Brasil apresenta-se como fornecedor de destaque para o mercado argentino.

Na linha tarifária 300440, o Brasil aparece como principal fornecedor em termos de valor exportado para o país vizinho no ano de 2003, à frente de outros países desenvolvidos, ocupando o México a 5ª posição.

Nas linhas tarifárias 300420 e 300490, as exportações brasileiras perdem apenas para os Estados Unidos – país sede de várias empresas que exportam para a Argentina a partir do Brasil – possuindo cerca de 20% do mercado argentino no ano de 2003. Também aqui os concorrentes mais próximos são os países desenvolvidos, surgindo numa posição mais distante o México (4ª e 7ª posições,

43Pesquisa realizada pela Prospectiva/Febrafarma e que contou com uma amostra de dezoito empresas expor-

respectivamente), o outro grande exportador latino-americano de medicamentos e destinatário de investimentos externos diretos deste setor.

No caso das linhas tarifárias 300440 e 300490, o Brasil conseguiu elevar a sua posição na hierarquia interna das empresas de capital estrangeiro, como fornecedor e exportador de medicamentos, além de consolidar a presença das empresas de capital nacional, que passaram a se afirmar como exportadoras ao longo do período recente. O Mercosul, em menor medida a desvalorização e até a crise argentina reduzindo o total importado por esse país contribuiram para que o Brasil se firmasse como fornecedor relevante, senão o principal exportador desse país.

Já na linha tarifária 300420, o Brasil vem perdendo posições no mercado argentino para os Estados Unidos, a Itália, o México, a Suíça e o Japão, o que pode estar revelando decisões estratégicas por parte das empresas de capital estrangeiro exportadoras, ou, então, defasagens competitivas das empresas de capital nacional.

4. Quadro Resumo

O caso argentino revela, ao menos até 1998, o impacto fortemente positivo sobre as exportações brasileiras de medicamentos graças a uma conjunção de fatores: vantagens tarifárias obtidas no âmbito do Mercosul, importância desse país nas decisões das empresas de capital estrangeiro, câmbio suavemente desvalorizado em favor do Brasil e forte expansão da demanda argentina, além da padronização do marco regulatório entre os dois países.

Se a queda das exportações brasileiras mostrou-se importante pós-1999, e especialmente no ano de 2002, tal fato se deveu à forte retração da demanda nesse país, trazendo inclusive uma elevação considerável do risco político. Ainda assim, a recuperação econômica pós-2003 trouxe um novo incremento às exportações brasileiras. Mesmo num contexto de valorização da moeda brasileira em termos reais, no período recente, o market share brasileiro tem se elevado representando 16% do valor das importações argentinas de medicamentos. Nesse contexto chama a atenção a importância do comércio intrafirma que segue as oportunidades geradas pelo mercosul.

Quadro Final

Importância de cada uma das variáveis para o desempenho das exportações de medicamentos do Brasil para a Argentina

Fonte: Prospectiva, com base em Sistema Alice/Mdic, Comtrade/ONU, Cepal, ALADI.

1996 a 1998 Forte crescimento em valor e volume Elevação do market share Suave desvalorização do real

Forte expansão das importações de medicamentos, 35% ao ano em valor (crescimento médio do PIB de quase 6% ao ano) Influência muito positiva Irrelevante Adequações e padronização no âmbito do Mercosul Importantes e decisivas, no caso das empresas de capital estrangeiro, especialmente em algumas linhas tarifárias

1999 a 2002

Queda expressiva das exportações mais em valor que volume

Elevação, estabilização e queda do market share

Forte desvalorização do real

Queda das importações argentinas de

medicamentos de 38% em termos acumulados entre 1999 e 2002 (queda do PIB de 18% para o conjunto do período)

Influência positiva; não fossem o acordo e o câmbio, a queda das importações, em virtude da crise, teria sido maior A crise econômica refletiu- se negativamente nas exportações brasileiras, além de ter elevado o risco político argentino.

Adequações e padronização no âmbito do Mercosul e Política Nacional de Medicamentos, com legislação sobre genéricos Importantes e decisivas, ao ponto de não descontinuar as vendas durante a crise 2003 a 2004 Recuperação das exportações, mas sem atingir o mesmo patamar de 1999

Elevação do market share, tornando-se o país o principal fornecedor argentino em algumas linhas tarifárias

Forte valorização, atingindo a moeda brasileira um valor real 17% superior ao verificado em 1996 Forte recuperação das importações de medicamentos e do crescimento econômico (ainda assim, em 2003, as imp. de medicamentos deste país encontram-se 30% abaixo do pico de 1999) Influência positiva Irrelevante Adequações e padronização no âmbito do Mercosul Importantes e decisivas, com crescente participação das empresas de capital nacional Comportamento das exportações Performance no mercado argentino Câmbio real Crescimento da demanda argentina Grau de importância do acordo comercial Risco político Marco regulatório Estratégias empresariais

Anexo 1

Tabela 3

Dez maiores fornecedores de acordo com a participação no total das importações argentinas em três linhas tarifárias selecionadas

Código: 300420* 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Estados Unidos 14,80% 21,66% 24,68% 23,95% 26,23% 26,18% 37,18% Brasil 38,02% 41,26% 33,77% 21,97% 20,69% 22,92% 21,06% Itália 28,62% 12,54% 10,06% 11,16% 11,86% 10,16% 9,66% México 2,85% 5,07% 9,78% 10,17% 8,65% 5,76% 6,41% Suíça 0,43% 0,64% 1,37% 8,55% 7,43% 8,16% 5,83% Japão 3,37% 3,69% 6,08% 10,39% 10,42% 13,26% 5,64% Reino Unido 1,83% 1,56% 1,04% 1,67% 1,98% 2,82% 3,76% França 2,45% 3,17% 3,98% 3,45% 2,76% 1,65% 3,14% Austrália 1,85% 2,86% 1,67% 0,00%* 0,16% 2,10% 2,74% Irlanda 1,92% 3,25% 2,37% 2,32% 2,29% 2,57% 1,17%

* “0” significa que não houve para o código 300420 exportação para a Argentina no período em questão.

Código: 300440 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Brasil 23,72% 27,74% 17,60% 28,14% 24,59% 30,55% 42,44% Itália 0,15% 11,41% 25,57% 19,07% 18,58% 8,20% 14,78% França 46,98% 32,96% 23,57% 20,17% 3,64% 3,01% 13,44% Reino Unido 12,79% 14,39% 12,64% 10,47% 32,97% 31,17% 10,31% México 3,66% 0,62% 1,01% 2,41% 7,58% 9,85% 9,67% Estados Unidos 6,24% 8,79% 16,51% 13,89% 8,97% 11,93% 7,19% Alemanha 0,00%* 0,00%* 2,00% 2,70% 0,96% 2,30% 0,36% Suíça 4,58% 1,97% 0,38% 0,25% 0,11% 0,17% 0,27% Uruguai 0,00%* 0,00%* 0,00%* 1,38% 0,95% 0,49% 0,00%* Suécia 1,30% 0,57% 0,56% 0,52% 0,49% 0,37% 0,00%*

Código: 300490 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Estados Unidos 27,63% 28,03% 27,41% 21,81% 18,51% 20,01% 17,91% Brasil 12,12% 13,37% 15,64% 16,06% 18,81% 18,60% 17,36% Alemanha 8,81% 9,48% 13,06% 14,56% 13,68% 12,47% 15,61% Suíça 11,02% 13,54% 7,56% 10,92% 10,56% 9,49% 11,02% Reino Unido 13,62% 10,47% 9,81% 9,40% 8,81% 11,42% 9,49% França 7,54% 6,98% 7,53% 7,09% 8,73% 8,13% 8,80% México 1,23% 1,44% 3,41% 4,60% 5,56% 5,05% 5,45% Itália 3,47% 3,29% 3,15% 3,63% 2,75% 2,28% 3,16% Espanha 0,84% 0,90% 0,82% 1,24% 1,49% 1,07% 2,46% Irlanda 0,64% 0,86% 0,82% 0,87% 1,36% 2,72% 1,96% Fonte: Comtrade/ONU.

VIII. Quadro Geral com a Correlação por País entre

No documento EstudosFebrafarma8 (páginas 120-131)