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A oferta dos cursos, sob a coordenação do Mi- nistério da Educação e Cultura – MEC, tem como pa- râmetro orientador a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída em 2009 (Decreto nº 6.755, de 29 de janei- ro de 2009), a qual contempla as formações inicial e continuada a partir da organização de uma rede federativa de formação, implicando a União, os Esta- dos, o Distrito Federal e os Municípios, bem como, os

agentes institucionais envolvidos diretamente com a educação de cada unidade da federação (Escolas, Instituições Públicas de Ensino Superior, Secretarias Municipais e Estadual de Educação).

Essa perspectiva de constituição de um regime de colaboração no campo da formação docente é ex- pressa em um dos princípios orientadores da mencio- nada política, no inciso III do artigo 2º: “a colabora- ção constante entre os entes federados na consecução dos objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, arti- culada entre o Ministério da Educação, as instituições formadoras e os sistemas e redes de ensino”.

Esse princípio, por sua vez, foi contemplado no Plano Nacional de Educação, aprovado pelo Con- gresso Nacional (junho de 2014) e sancionado pela Presidência da República (Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014) que, em sua Meta 16, assume como estratégia a realização do planejamento estratégico da formação continuada em regime de colaboração. Além disso, indica como outra estratégia a consolida- ção da política nacional de formação de professores já em vigência, considerando, entre outras coisas, a definição de diretrizes nacionais nessa área.

Como forma de efetivar o proposto regime de colaboração no campo da formação dos profissio- nais do magistério da Educação Básica, a Política Na- cional já assinalada cria, em seu artigo 4º, os Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docen- te, os quais devem formular os seus respectivos pla- nejamentos estratégicos, considerando as demandas formativas do Estado e a capacidade de oferta das Instituições Públicas de Ensino Superior.

Constituídos por representações da Secretaria Estadual de Educação, da União Nacional de Diri- gentes Municipais de Educação (UNDIME), da União Nacional de Conselheiros Municipais de Educação (UNCME), dos Profissionais da Educação, do Conse- lho Estadual de Educação, do Ministério da Educa- ção e das Instituições Públicas de Ensino Superior, os Fóruns Estaduais constituem um instância colegiada propositiva e deliberativa no que se refere à política de formação de professores, no âmbito de cada es- tado, os quais atuariam articuladamente, tendo, na escola, a agência demandadora (e beneficiada) e as Instituições Públicas de Ensino Superior as agências propositoras das formações.

Já em 2010, o MEC, por meio da Portaria nº 1.087, de 10 de agosto de 2010, institui o Comitê Gestor Nacio-

nal de Formação Inicial e Continuada de Profissionais da Educação – COMFOR, com o propósito de formular, coordenar e avaliar ações e programas desenvolvidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, pelo Fundo Nacional de De- senvolvimento da Educação - FNDE e pelo próprio Mi- nistério da Educação, no âmbito da Política Nacional de Formação de Professores. Como forma de se articu- lar internamente, o MEC institui, como membros des- se comitê, os titulares e suplentes das secretarias, sob a presidência do Secretário Executivo: Secretaria de Educação Básica (SEB), Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECA- DI), Secretaria de Educação Superior (SESU), Secreta- ria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE). Essa portaria indica, ainda, como membros, os titulares da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes- soal de Nível Superior (CAPES) e Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE).

Uma das primeiras iniciativas desse Comitê Gestor foi a deliberação (Resolução 1, de 17 de agos- to de 2010) de que as Instituições Públicas de Ensino Superior participantes da Política Nacional de For- mação Continuada deveriam constituir seus respec- tivos Comitês Gestores na esfera de cada instituição.

Nesse sentido, a UFRN, em 2011, institui seu COM- FOR/UFRN, tendo como membros representantes da PPG, da PROGRAD, da PROEX, da Secretaria de Edu- cação a Distância - SEDIS, do Programa Articulado de Formação de Professores (PARFOR) e do Fórum de Coordenadores de Licenciatura. Tal comitê assume a responsabilidade de assegurar a indução, a articula- ção, a coordenação e a organização de programas e ações de formação inicial e continuada de profissio- nais da educação básica, bem como a atribuição de desenvolvimento de projetos de pesquisa e de me- todologias de ensino na área de formação inicial e continuada de professores de educação básica.

Articulando os cursos de formação continua- da já em oferta no contexto da política nacional de formação de professores, o MEC institui, por meio de portaria (Portaria Nº 1.328, de 23 de setembro de 2011), a Rede Nacional de Formação Continuada de Profissionais do Magistério da Educação Básica (RE- NAFORM) com o propósito de apoiar as iniciativas de formação continuada, cujas demandas estariam contempladas nos planos estratégicos dos Fóruns Permanentes de Apoio à Formação Docente (FEPAD).

Sob a coordenaçãodo Comitê Gestor Nacional de Formação Inicial e Continuada dos Profissionais

do Magistério da Educação Básica, a mencionada rede deveria atuar em articulação com os sistemas de ensino e com os Fóruns Permanentes de cada Estado, de tal modo que as escolas, por intermédio de uma plataforma virtual (Plataforma Paulo Freire) cadas- trariam suas demandas formativas, as quais seriam validadas pelas Secretarias Municipais e Estadual de Educação, sendo, em seguida, apresentadas às Insti- tuições Públicas de Ensino Superior que, após análise, definiriam suas propostas de cursos, de acordo com as respectivas capacidades. Tais propostas seriam discutidas e homologadas pelo Fórum Permanente de Apoio à Formação Docente, as quais comporiam o Plano Estratégico de Formação Continuada do Estado, sendo este, na sequência, encaminhado para o MEC.

Participando desse novo desenho da Política Nacional de Formação Inicial e Continuada dos Pro- fissionais da Educação Básica, a UFRN, em conso- nância com as respectivas diretrizes e metas assumi- das em seu Plano de Desenvolvimento Institucional no que se referem à Educação Básica e à Formação Continuada de Professores, promoveu, por inter- médio do seu Comitê Gestor de Formação Inicial e Continuada, a oferta dos cursos: Educação infantil, infâncias e arte; Campo de experiência e saberes; Ensino de História Local e produção de material di-

dático; Docência na educação infantil; Docência na escola de tempo integral (Mais Educação); Oficina de educação musical; Atendimento educacional es- pecializado na perspectiva da educação inclusiva; Infância e ensino fundamental de 9 anos: Currículo e trabalho pedagógico nos três primeiros anos; Cur- rículo, planejamento e organização do trabalho na educação infantil; Novas vertentes metodológicas na perspectiva da biodiversidade e da formação cidadã; Dança e pluralidade cultural.

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