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4. ESTUDO DE CASO AMAZONAS E RIO GRANDE DO NORTE: ESTADOS EM GUERRA

4.5. A FUNÇÃO SOCIAL DO FOTOJORNALISMO CONTEMPORÂNEO EM REBELIÕES

Imagens de dor e sofrimento em conflitos geram comoção ao serem divulgadas. E é por esse motivo que há um interesse em produzir e consumir essas imagens, dessa forma se estabelece um mercado imagético que explora e contribui para a fundamentação de um imaginário social que marginaliza camadas da sociedade. Conforme explica Sontag (2003) há um interesse por esses conteúdos visuais, as manchetes de violência despertam a curiosidade de alguns indivíduos, isto porque reafirmam nossos preconceitos e julgamentos, ademais nos coloca fora das cenas no lugar de espectador da conjuntura social alheia.

Para os fotojornalistas entrevistados nos dois casos (AM e RN), a sociedade, em parte, ainda se interessa por imagens de conflito, violência e dor. Para AM01, as pessoas estão produzindo imagens com seus próprios aparelhos eletrônicos: “quando a gente vê esse tipo de tragédia a população já fotografou e já mandou antes mesmo de uma equipe de reportagem chegar. (...) O que dá mais acesso nos portais, hoje em dia, são conteúdos de violência”, afirmou (AM01, 2019). Conforme citado, o RN01 (2019) também defende que “infelizmente as pessoas gostam porque é o que atrai, né? Qualquer coisa relacionada à violência é o que chama atenção. Morte, violência em qualquer circunstância”.

Todavia, não se pode olhar de maneira impune. Quando vemos uma cena participamos dela. A fotografia não apenas representa um momento, ela irradia sentimentos e impressões, e é nesse momento que nossa ética deve falar mais alto. Precisamos fazer um autoexame do que sentimos quando nos deparamos com fotografias como as dos casos aqui estudados, já que conforme Butler (2017, p. 106) “as fotografias devem não somente manter a capacidade de chocar, mas também apelar para o nosso senso de obrigação moral”. Em consonância com o exposto:

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Para além de um “fazer-ver”, a imagem fotográfica nos propõe um “fazer- fazer”, afirma Mondzain. Esta inquietação crítica da convocação moral que as imagens colocam para o olhar, tanto em Sontag quanto em Mondzain, está investida de uma reflexão que nos orienta para uma ação além do ver. Trata- se de questionar qual é mesmo a posição do espectador diante da atenção às formas e estratégias da crença que estão tensionadas na imagem, ou seja, a de reconhecer o uso político do medo e prazer que inscreve o olhar para este tipo de imagens (BIONDI, 2010, p. 11).

Há dois lados desse interesse, como explica AM03, “as pessoas se veem às vezes e pensam “poxa, se fosse eu nessa situação”, e tem o outro lado da pessoa que pensa assim: “ah, deixe eles se matarem e tal”, esse segundo reafirma a necropolítica do sistema prisional, esses indivíduos estão com o direito à morte garantido e legitimado, tanto pela sociedade quanto pelo nosso sistema político. Quanto ao consumo dessas imagens, ele enfatiza: “essa não é uma crise no jornalismo, é uma crise humana” (AM03, 2019).

O fotojornalismo pensado socialmente nos proporciona um direcionamento reflexivo das imagens. Essas, devem nos fornecer mensagens e impressões construtoras de uma sociedade justa e humana. As fotografias de conflito devem promover indignação e revolta em busca de uma sociedade mais igualitária e não exclusiva. Precisamos refletir e levar às universidades uma prática fotojornalística humanizada, social, que para além do fazer-ver nos proporcione um fazer-fazer, despertando assim a nossa obrigação moral perante os abusos da exposição midiática dos indivíduos.

Enquadrar, compor e angular uma imagem direcionando-a ao pensar é a solução para uma prática reflexiva da imagem, do fotojornalismo. Devemos utilizar o poder das imagens como arma de luta democrática e não discriminatória. Em um mundo de imagens usá-las a favor da denúncia, da crítica, para dar voz àqueles marginalizados é um importante passo para um fotojornalismo social. Cada enquadramento promove um sentido. Enquadremos, então, objetivando o coletivo, o social, o humano. Como reflete AM03:

Ao pressionar o disparador da câmera o fotógrafo tem que encontrar uma maneira de passar essas mensagens, não só procurar chocar com a imagem. Ah, tipo é uma imagem forte do cara degolado, pegou fogo, os corpos saindo, os corpos chegando, enfim, muito mais importante que isso é mostrar que todo esse sistema tem uma série de falhas e o trabalho da imprensa é mostrar

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isso para que os poderes responsáveis também tomem as devidas providências (AM03, 2019).

Destarte, o fotojornalismo, o qual possui papel construtivo e influenciador no imaginário social, assume função relevante na proposição de uma mídia responsável. Enquanto as nossas mentes, governos e instituições, assim como os presídios, estiverem cheios de amarras e de olhares carregados de preconceitos, estaremos alimentando um imaginário intolerante e julgador. Para RN01, se ao fazer uma fotografia ele percebe que essa imagem pode gerar alguma consequência negativa, seja ela qual for, ele não irá publicar: “vou guardar essa imagem” (RN01, 2019).

A academia, enquanto formadora de profissionais, exerce uma função relevante na construção da responsabilidade social dos fotojornalistas, as disciplinas que abordam a deontologia e a ética fotojornalística são bases para uma prática fotográfica consciente. Por isso, é necessário sensibilizar tanto a academia quanto o mercado de que a prática do fotojornalismo social é uma realidade na contemporaneidade e é, também, o caminho mais apropriado para a manutenção da dignidade humana e dos direitos dos cidadãos, além da ética profissional.

Com isso, fundamenta-se um subsídio para um imaginário social no qual as notícias da mídia não cooperem com os erros de uma sociedade segregada, que vive sobre às bases da necropolítica, mas a eleve ao patamar da justiça e da isonomia. Essa dissertação e outras pesquisas contemporâneas de imagem percorrem um mesmo caminho em busca da utopia de uma construção imagética mais humana, a partir do fotojornalismo fundamentado na ética e na responsabilidade social do exercício da profissão. Assim, como aponta o livro O Pintor de Batalhas, “mostrar o horror em primeiro plano se tornou socialmente incorreto” (PÉREZ-REVERTE, 2008, p. 15), é preciso mudar essa estética.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos que o fotojornalista enfrenta vários dilemas profissionais. Os avanços tecnológicos; o momento certo da captura de uma fotografia; o fato de tudo a sua volta poder virar notícia; a ética, enquanto base para uma boa conduta profissional; os direitos de quem é fotografado; os direitos da mídia; a sensibilidade quanto a uma cena crítica; esses são apenas alguns dos fatores que se relacionam com a profissão do fotojornalista. Além desses apontamentos, o ofício oferece dificuldades e riscos diários, principalmente quando se fotografam conflitos, violência, tragédias ou massacres, como os que ocorreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim e na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, focos de análise desta dissertação.

Desde a criação da fotografia, como fruto de um processo mecânico, a ideia de imagem e testemunho ocular, retrato fiel de um fato, foi sendo disseminada na sociedade. No entanto, enquanto pesquisadores de imagens sabemos que essa visão é limitada, pois a foto parte de uma construção pessoal, cultural, política e estética. É a representação, a partir do nosso olhar, da cena que nos cerca. E, por isso, é também nosso poder e responsabilidade. Essas questões foram despertadas a partir da leitura do livro Diante da Dor dos Outros (2003), da autora Sontag, e das reflexões que ela traz. A ideia de que não se pode olhar impunemente me afetou enquanto pesquisadora e fotógrafa.

Os autores usados como referenciais para a construção dessa dissertação versam sobre a imagem, o fotojornalismo, a sociologia e os direitos. Estão interligados pelas discussões propostas e constituem a base da fundamentação dos capítulos apresentados. A partir dessas revisões bibliográficas, e posteriormente, das análises dessa dissertação, constatamos que a responsabilidade social da imprensa, do jornalismo e, por conseguinte, do fotojornalista se faz indispensável na produção reflexiva dessas imagens e na disseminação delas na mídia.

A sociedade consome o fotojornalismo de conflito como se essa experiência estética fosse uma espécie de distanciamento, que acontece longe de suas casas, distante de suas realidades sociais, como afima Sontag (2003). Assim, reserva-se

103 principalmente a impresa o dever de produzir fotografias reflexivas, fugir das imagens trangressoras dos direitos e da ética profissionais.

Partimos de uma análise documental das leis, códigos e princípios que se relacionam com o fotojornalismo e, devido a ausência de um código de ética voltado à profissão, refletimos e compilamos alguns artigos e incisos de códigos já existentes, voltados ao jornalismo no geral – como os Princípios Internacionais de Ética Profissional da Unesco (1983) e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros (2007) –, com o objetivo de orientar pesquisas futuras e profissionais sobre as noções éticas e deontológicas que regem o fotojornalismo.

Outro fator abordado ao longo dessa discussão são os limites da liberdade de imprensa e de expressão. Após reflexões e leituras, entendemos que essas liberdades podem ir até onde não interfiram nos direitos do outro, ou seja, numa fotografia de conflito a liberdade de imprensa não pode ultrapassar os direitos de imagem dos indivíduos fotografados, portanto, se a imagem produzida expõe ou fere à dignidade humana de alguém ela deve ser repensada. São essas práticas que garantem um fotojornalismo reflexivo, responsável e preocupado com o social.

Toda a responsabilidade está na forma como a imagem fotojornalística é construída. Ela é feita para refletir ou para chocar? E é nesse último sentido, de choque, de perplexidade, que o sensacionalismo se legitima e reafirma num quadro imagético de violações uma prática fotojornalística transgressora. O fato da cobertura de conflitos em penitenciárias expor a imagem de privados de liberdade e de seus familiares sem qualquer tipo cuidado, caracteriza uma parte da mídia que ainda reproduz essas condutas profissionais.

Percebemos ao longo do caminho da pesquisa, que o problema da exposição da imagem, principalmente da população carcerária, não estava apenas pautado nas condutas e ética dos fotojornalistas. Há um sistema carcerário em crise que nega direitos aos seus custodiados, os quais, mesmo em condição de privação de liberdade, são, perante as leis, possuidores de direitos. No entanto, a justiça e os direitos brasileiros são seletivos. Para aqueles que têm condições de garantir seus direitos, eles existem e são defendidos; por outro lado, aos que estão à mercê do

104 Estado, como é o caso dos privados de liberdade, configuram-se apenas códigos e leis nunca colocados em prática.

Fundamentando-nos nessas discussões e na obtenção dos resultados, quanto à conduta e às noções éticas envolvidas nos dois casos analisados nesse estudo – o caso AM e o caso RN – constatamos que a prática profissional nos conflitos se caracterizou, em parte, pelo fotojornalismo tradicional, no qual os profissionais tinham como objetivo, sem considerar a ética e os direitos dos fotografados, explorar a imagem de indivíduos custodiados pelo Estado (apenas no caso RN), de seus familiares e dos agentes de segurança; e por outro lado, notamos práticas do fotojornalismo contemporâneo, preocupado com a reflexão social e imagética de suas produções. Nas entrevistas, inferimos que os fotojornalistas refletem, em dado momento, sobre a sua conduta e a de outros colegas de profissão quanto à ética e aos direitos dos indivíduos fotografados; e, em outros, verbalizam pensamentos e condutas enraizadas em práticas violadoras.

Entendemos que há indivíduos consumidores de imagens violadoras, assim como há uma mídia propagadora dessas fotografias. Portanto, se faz necessário propor debates entre profissionais de imagens, universidades e público consumidor sobre a importância da reflexão social nas fotografias jornalísticas. Ao invés de sermos bombardeados com imagens que violem direitos, é urgente refletirmos sobre esses moldes que reafirmam a marginalização e a exposição de indivíduos em situação de vulnerabilidade. O fotojornalismo tem o papel social de refletir, transformar e denunciar.

A ética profissional, conforme citada nas entrevistas, é pessoal, intransferível, fruto da reflexão e dos princípios de cada um. Esperamos, com essa dissertação, abrir caminhos para muitas outras contribuições acadêmicas acerca da ética e da deontologia do fotojornalismo, assunto tão necessário a ser discutido nos cursos de jornalismo do país. Não queremos aqui, traçar um plano utópico de um fotojornalismo totalmente ilibado, pensado para ser apenas denúncia social, mas sim, propor a reflexão necessária para que as mudanças aconteçam nas academias, onde se formam os profissionais de comunicação, e tornem-se posturas constantes na prática profissional dos fotojornalistas.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - ROTEIROS DAS ENTREVISTAS Roteiro 1 – para jornalista:

1- Como o veículo de comunicação, o qual você trabalhava na época da rebelião, lhe direcionou para Alcaçuz? Qual era a intencionalidade comunicativa do veículo? 2- Ao chegar no local da rebelião, quais os maiores desafios encontrados para a realização da cobertura?

3- Veículos de comunicação de vários lugares estavam na cobertura. Quais estados e países participaram?

4- Quando se trata da ética profissional, como proceder em momentos de tensão como os da Rebelião de Alcaçuz?

5- A prática profissional de jornalistas e fotojornalistas sofre interferências quando se trata de momentos de violência, dor e sofrimento?

6- Em relação aos direitos humanos, como proceder em situações em que envolvem outros indivíduos em condição de risco?

7- Você acha que a cobertura midiática da rebelião da Penitenciária de Alcaçuz conseguiu cumprir o papel da mídia? Se sim, de que forma?

Roteiro 2 – para fotojornalistas:

1- Há quanto tempo você é fotojornalista?

2- Você já tinha trabalhado com fotojornalismo de conflito antes? 3- O que você acha desse tipo de fotojornalismo?

4- Como foi o dia quando começou o conflito que você decidiu ir para lá? Houve alguma orientação?

5- Qual é a sensação que você tem quanto ao trabalho do fotojornalista e às suas