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Análise de Dados

L. A Geração Y e suas Âncoras de Carreira. Revista Eletrônica de Gestão

Organizacional. Recife: Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), v. 8,

Renate Würzler de Oliveira Pinheiro Cangussú1

Edilei Rodrigues de Lames2

Liliane da Costa Jacobs Lames3 Submissão: 10/04/2017

Aceite: 30/04/2017

Resumo: Todo empreendimento, grande ou pequeno, busca solidez e

permanên-cia no mercado, utilizando-se para isso de várias ferramentas. Dentre estas, uma de primordial importância para a condução dos negócios é a Gestão Contábil. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção dos formandos em Adminis-tração com relação à relevância da Gestão Contábil para as micro e pequenas empresas. O estudo foi feito com formandos em Administração da cidade de Hortolândia (SP). Verifica-se baixo conhecimento dos processos e ferramentas

1 MBA em Gestão Estratégica de Negócios pelo Centro Universitário Adventista de São Pau-lo (Unasp). E-mail: reroo1991@yahoo.com.br

2 Mestre em Ciências Contábeis, professor dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E-mail: edilei.lames@unasp.edu.br

3 Mestre em Ciências Contábeis, professora dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E-mail: liliane.costa@unasp.edu.br

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da Contabilidade. Estes percebem a importância da Contabilidade, porém, há necessidade de compreender com maior profundidade e amplidão a relevância da Gestão Contábil para conduzir com vitalidade os empreendimentos de que fu-turamente serão gestores. Conclui-se que um grupo significativo dos potenciais gestores, sob o ponto de vista financeiro, está despreparado para gerir um peque-no empreendimento, tendo em vista o pouco conhecimento da área contábil e a distorção na classificação da importância destas ferramentas.

Palavras-Chave: Gestão contábil; Pequena empresa; Relevância da contabilidade.

ACCOUNTING MANAGEMENT IN MPES: RELEVANCE TO TRAINERS IN ADMINISTRATION

Abstract: Every enterprise, big or small, seeks solidity and permanence in the

market, using for that of several tools. Among these, one of primary importance for conducting business is Accounting Management. The objective of this study was to analyze the perception of the trainees in administration regarding the re-levance of Accounting Management for micro and small companies. The study was done with graduates in administration of the City of Hortolândia. There is low knowledge of accounting processes and tools. They realize the importance of accounting, however, there is a need to understand with greater depth and breadth the relevance of Accounting Management to conduct with vitality the enterprises that will be managers in the future. It is concluded that a significant group of potential managers is unprepared to manage a small enterprise, due to the little knowledge of the accounting area and the distortion in the classification of the importance of these tools.

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Introdução

Abrir um novo negócio é o sonho de um grupo significativo de pessoas. Em busca deste sonho, milhares de empresas iniciam suas ati-vidades todos os anos, aumentando o volume das Micro e Pequenas Empresas (MPEs). Porém, ao mesmo passo que elas abrem, após certo período, várias empresas fecham suas portas por não conseguirem gerir corretamente seus negócios. Para isso, é necessária a elaboração de es-tratégias de controle para a sobrevivência das MPEs.

Administrar uma Microempresa e/ou Pequena Empresa parece fá-cil. “Parece!” Essa aparência de facilidade administrativa engana, pois os princípios organizacionais que as MPEs devem observar são os mesmos dos grandes conglomerados — sejam eles comerciais, de serviços ou industriais. É preciso cuidar com a administração no improviso, aquela que ignora todo e qualquer planejamento estratégico.

Por mais complicada e injusta que seja a Política Tributária, assim como a Conjuntura Econômica do país, quase sempre o fracasso está associado à falha da administração do negócio. Para Santana (2007), um bom planejamento em todos os âmbitos da entidade deve levar em conta a parte contábil.

O Sistema Simples/Federal, introduzido a partir de 1997, pela Lei nº 9.317, de 19964, propondo desburocratizar a tributação para as MPEs, unifica seis tribu-tos federais, um tributo estadual e outro municipal, reduzindo a carga tributária. Como a nomenclatura sugere — simples — pode exercer efeito subliminar sobre o administrador despreparado, porque sugere “conforto na administração”. Dessa forma, essa falsa segurança na administração pode levar o negócio ao insucesso.

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Em face de tantas variáveis que influenciam diretamente no resultado final, torna-se necessário e imprescindível um fluxo de informações geren-ciais bem fundamentadas e sob controle racional dos administradores. De acordo com Santana (2011), a Contabilidade deve ser usada como suporte para a direção administrativa. Através dos resultados de seus cálculos, ela ajuda no planejamento estratégico, dando aos gestores das empresas que a utilizam, parâmetros para a tomada de decisões, pois fornece demonstra-ções da situação econômico-financeira da entidade.

Sendo a Contabilidade uma das ciências utilizadas como subsídio para o controle e condução das transações existentes em uma empresa, é necessário que aqueles que pretendem gerir um negócio tenham ciência da real dimensão da indispensabilidade desta ferramenta no auxílio da gestão empresarial. É preciso saber então se os formandos da área da Ad-ministração, prováveis gestores de empreendimentos de micro e pequeno porte, têm percepção deste instrumento como aliado para a perpetuidade de seus negócios e observar as possíveis tendências ou preconceitos da visão dos mesmos com relação à utilização da Contabilidade na gestão de pequenos empreendimentos.

Sendo assim, esse artigo busca lançar um novo olhar sobre o tema ora abordado, levantando o seguinte questionamento: Que percepção têm os for-mandos em Administração da cidade de Hortolândia (SP) sobre a relevância da Contabilidade para as Micro e Pequenas Empresas?

Para isso, o objetivo desse estudo foi analisar a percepção dos forman-dos em Administração com relação à relevância da Gestão Contábil para as Micro e Pequenas Empresas. Este estudo se justifica pelos desafios enfrenta-dos pela cidade de Hortolândia (SP) que foi reconhecida, em 2010, como a cidade que mais cresce no Brasil e, em 2011, como uma das 300 cidades mais dinâmicas do mundo pela Organização Mundial dos Estados, Municípios e

59 Províncias (Omemp), recebendo um prêmio na 17ª Meeting City Dinamics

Word 2011 que ocorreu na Alemanha. Tal dinamismo que se mantém nos últimos anos, propicia à cidade o local ideal para o nascedouro de diversas MPEs que serão geridas, inclusive, por gestores formados na cidade e região.