• Nenhum resultado encontrado

A importância da supervisão durante o treinamento

No documento Bases Cientificas Do Treinament - Paulo Gentil (páginas 185-198)

Considerações práticas

6.11 A importância da supervisão durante o treinamento

No momento de escolher um local para treinar, diversos fatores são levados em consideração, como a proximidade de casa/trabalho, estrutura física, preço, tipo de público que a frequenta... No entanto, o fator principal muitas vezes é negligenciado: a qualidade do acompanhamento profissional.

No Brasil, é obrigatório que as academias tenham professores de Educação Física, devidamente registrados no CREF (Conselho Regional de Educação Física) para supervisionar os seus alunos. Essa prática não é novidade na área da saúde. Para exercer suas profissões, médicos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas, por exemplo, devem possuir formação na área específica e registro no conselho respectivo. No caso da Educação Física, isso é uma forma de proteger o praticante, garantindo a sua segurança e os seus resultados. No entanto, uma tendência vem preocupando os profissionais mais atentos e comprometidos: a criação e disseminação de locais na qual a supervisão é negligenciada, seja pela qualidade, seja pela quantidade de professores.

Apesar desses locais normalmente não serem procurados por pessoas com problemas de saúde (pois elas em geral têm consciência dos riscos de um acompanhamento inadequado), muitas pessoas com objetivos estéticos os têm procurado. Entretanto, há diversas evidências comprovando que a falta de acompanhamento prejudicaria os resultados.

O primeiro estudo sobre o tema foi publicado por Mazzetii et al. (2000). Os autores compararam as mudanças na força máxima e na potência muscular após 12 semanas de musculação em homens moderadamente treinados, os quais realizavam os treinos sob supervisão individual ou sem supervisão direta. Os participantes tinham entre 1 e 2 anos de experiência em musculação, mas nunca haviam treinado sob supervisão direta. Os dois grupos realizaram treinamentos idênticos, com as mesmas margens de repetições, séries, exercícios, etc. A diferença foi que o grupo supervisionado treinou com o acompanhamento direto de um especialista em todas as sessões, enquanto o grupo não supervisionado teve acompanhamento apenas em uma sessão de familiarização, na qual o treino foi demonstrado e explicado. Em seguida, os treinos ocorreram sem supervisão, havendo apenas auxílio de um colega de treino nos exercícios como supino e agachamento, por questões de segurança. Ao final do estudo, os ganhos de força e potência muscular, bem como os ganhos de massa magra e a perda de gordura foram maiores para o grupo supervisionado.

Posteriormente, Coutts et al. (2004) examinaram o efeito da supervisão durante 12 semanas de musculação nos resultados obtidos por jovens jogadores de rugbi. Novamente, os grupos realizaram exatamente o mesmo treino, com diferença apenas na supervisão. No treino não supervisionado, havia profissionais na sala para dar informações quando solicitados, mas o acompanhamento direto dos 21 atletas foi realizado por um gerente da equipe, sem formação na área, cujo papel era apenas controlar a freqüência e outros aspectos administrativos. O outro grupo treinou sob supervisão direta de especialistas, com a relação de 1 professor para cada 7 alunos. De acordo com os resultados, os ganhos de força foram maiores para o grupo que treinou sob supervisão.

Com esses dados, fica claro que, mesmo em pessoas treinadas, a supervisão tem um papel essencial nos resultados. Aqui deve-se lembrar que a simples vivência em uma atividade não transforma uma pessoa em um especialista. É interessante ver alguns praticantes de musculação acreditarem que são auto suficientes devido à prática e que não precisam de orientação profissional em seus treinos, quando mesmo atletas profissionais, com vasta experiência em suas atividades, recorrem ao acompanhamento de um treinador formado. Se o acompanhamento não fizesse diferença, certamente os atletas olímpicos, ou equipes profissionais de futebol, basquete, vôlei, etc. não gastariam recursos contratando técnicos e preparadores físicos.

atividades físicas, como fisiologia, bioquímica, biomecânica, cinesiologia, anatomia, sem esquecer de outras não menos importantes como as relacionadas à aprendizagem motora, psicologia, etc. E esse conhecimento acadêmico é essencial para se tirar o máximo de proveito de um treino. Por exemplo, um bom profissional saberá controlar a velocidade, intervalos, aproveitar melhor os ângulos de movimento, ajustar cargas, etc. variáveis pouco compreendidas e muito importantes para os resultados. Nos estudos anteriores, por exemplo, os participantes tinham vários meses, ou até anos, de experiência na prática de musculação, e os resultados só vieram com um acompanhamento adequado, mesmo que os treinos fossem exatamente os mesmos para os grupos que treinaram com e sem supervisão.

Nesse ponto, pode-se levantar a hipótese de que a supervisão seja mais importante para atletas e pessoas treinadas, pois eles precisariam de estímulos diferenciados para se adaptarem, em comparação com um aluno comum de academia. A resposta a isso vem de um estudo conduzido pelo nosso grupo, no qual foram comparados os efeitos da supervisão nos ganhos de força de 124 homens jovens, não treinados, após 11 semanas de musculação (Gentil & Bottaro, 2010). Os participantes foram divididos em turmas de 20 a 25 alunos, metade com supervisão alta e metade com supervisão baixa. Nas turmas com supervisão alta, havia 4 a 6 professores por turma, o que mantinha uma supervisão média de 5 alunos por professor, já nas turmas com supervisão baixa, apenas um professor cuidava dos 20 a 25 alunos. Os grupos realizaram exatamente os mesmos treinos, com os mesmos exercícios, mesmas margens de repetições e mesmos intervalos entre as séries. Os professores não tinham conhecimento do objetivo do estudo, e sua instrução, independente de estar com supervisão alta ou baixa, foi para manter os alunos motivados e orientá-los com relação à execução correta e ajuste de intensidade. Ao final do estudo, o grupo que treinou sob supervisão alta obteve um aumento de 15,9% na força do supino, o que foi maior que os 10,22% obtidos pelo grupo que treinou sob supervisão baixa. As maiores diferenças, entretanto, ocorreram para o torque dos membros inferiores, no qual o grupo sob supervisão alta ganhou 11,8%, enquanto o aumento de 1,4% do grupo que treinou sob supervisão baixa não foi significativo.

A explicação dos resultados encontrados dos estudos anteriores está na maior aderência ao treino, maior progressão da carga e utilização de intensidades mais adequadas. No entanto, é importante notar que nesses estudos os treinos foram os mesmos para os dois grupos, algo que não será verdade para uma pessoa treinando sem supervisão. Sem supervisão, o praticante monta o próprio treino ou o copia de uma outra pessoa, o que aumentará os riscos à saúde e diminuirá a possibilidade de se obter bons resultados.

Desse modo, fica claro que, independente do nível de treinamento, a supervisão por um profissional especializado, bem como uma relação adequada professor:aluno são essenciais para garantir a segurança e os resultados. O acompanhamento adequado pode representar a diferença entre ter ou não ter resultados. Portanto, ao procurar um local para treinar, mais do que qualquer outra coisa, deve-se observar principalmente se haverá acompanhamento direto de bons profissionais.

Referências bibliográficas

Abe T, Kearns CF & Sato Y. (2006). Muscle size and strength are increased following walk training with restricted venous blood flow from the leg muscle, Kaatsu-walk training. J Appl Physiol 100, 1460-1466. Abernethy PS & Wehr M. (1997). Ammonia and lactate response to leg press work at 5 and 15RM. J Strength

and Cond Res 11, 40-44.

Ahtiainen JP, Lehti M, Hulmi JJ, Kraemer WJ, Alen M, Nyman K, Selanne H, Pakarinen A, Komulainen J, Kovanen V, Mero AA & Hakkinen K. (2011). Recovery after heavy resistance exercise and skeletal muscle androgen receptor and insulin-like growth factor-I isoform expression in strength trained men. J Strength

Cond Res 25, 767-777.

Ahtiainen JP, Pakarinen A, Alen M, Kraemer WJ & Hakkinen K. (2005). Short vs. long rest period between the sets in hypertrophic resistance training: influence on muscle strength, size, and hormonal adaptations in trained men. J Strength Cond Res 19, 572-582.

Akima H, Foley JM, Prior BM, Dudley GA & Meyer RA. (2002). Vastus lateralis fatigue alters recruitment of musculus quadriceps femoris in humans. J Appl Physiol 92, 679-684.

Antonio J. (2000). Nonuniform Response of Skeletal Muscle to Heavy Resistance Training: Can Bodybuilders Induce Regional Muscle Hypertrophy? J Strength and Cond Res 14, 102-113.

Apel JM, Lacey RM & Kell RT. (2011). A comparison of traditional and weekly undulating periodized strength training programs with total volume and intensity equated. J Strength Cond Res 25, 694-703.

Armstrong RB, Warren GL & Warren JA. (1991). Mechanisms of exercise-induced muscle fibre injury. Sports

Med 12, 184-207.

Augustsson J, Thomee R, Hornstedt P, Lindblom J, Karlsson J & Grimby G. (2003). Effect of pre-exhaustion exercise on lower-extremity muscle activation during a leg press exercise. J Strength Cond Res 17, 411-416. Baechle TR & Groves BR. (2000). Treinamento de força muscular: passos para o sucesso. Editora Artmed, Porto Alegre.

Baker D, Wilson G & Carlyon R. (1994). Periodization: the effect on strength of manipulating volume and intensity. J Strength and Cond Res 8, 235-242.

Bickel CS, Cross JM & Bamman MM. (2011). Exercise dosing to retain resistance training adaptations in young and older adults. Med Sci Sports Exerc 43, 1177-1187.

Bloomquist K, Langberg H, Karlsen S, Madsgaard S, Boesen M & Raastad T. (2013). Effect of range of motion in heavy load squatting on muscle and tendon adaptations. Eur J Appl Physiol 113, 2133-2142.

Bompa T & Cornacchia LJ. (1998). Serious Strength Training. Human Kinetics, Champaign.

Bottaro M, Martins B, Gentil P & Wagner D. (2009). Effects of rest duration between sets of resistance training on acute hormonal responses in trained women. J Sci Med Sport 12, 73-78.

Bottaro M, Veloso J, Wagner D & Gentil P. (2011). Resistance training for strength and muscle thickness: Effect of number of sets and muscle group trained. Sci Sports 26, 259-264.

Buford TW, Rossi SJ, Smith DB & Warren AJ. (2007). A comparison of periodization models during nine weeks with equated volume and intensity for strength. J Strength Cond Res 21, 1245-1250.

Burd NA, Andrews RJ, West DW, Little JP, Cochran AJ, Hector AJ, Cashaback JG, Gibala MJ, Potvin JR, Baker SK & Phillips SM. (2012a). Muscle time under tension during resistance exercise stimulates differential muscle protein sub-fractional synthetic responses in men. J Physiol 590, 351-362.

Burd NA, Groen BB, Beelen M, Senden JM, Gijsen AP & van Loon LJ. (2012b). The reliability of using the single-biopsy approach to assess basal muscle protein synthesis rates in vivo in humans. Metabolism 61, 931- 936.

Burd NA, West DW, Staples AW, Atherton PJ, Baker JM, Moore DR, Holwerda AM, Parise G, Rennie MJ, Baker SK & Phillips SM. (2010). Low-load high volume resistance exercise stimulates muscle protein synthesis more than high-load low volume resistance exercise in young men. PloS one 5, e12033.

Campos GE, Luecke TJ, Wendeln HK, Toma K, Hagerman FC, Murray TF, Ragg KE, Ratamess NA, Kraemer WJ & Staron RS. (2002). Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. Eur J Appl Physiol 88, 50-60.

Carmo J. (2003). Desenvolvimento de instrumentação dedicada e proposta de técnica de análise de fadiga em ciclistas utilizando transformada de Wavelets. In Departamento de Engenharia Elétrica, Faculdade de

Tecnologia. Universidade de Brasília, Brasilia.

Carpinelli RN & Otto RM. (1998). Strength training. Single versus multiple sets. Sports Med 26, 73-84. Chesley A, MacDougall JD, Tarnopolsky MA, Atkinson SA & Smith K. (1992). Changes in human muscle protein synthesis after resistance exercise. J Appl Physiol 73, 1383-1388.

Chestnut JL & Docherty D. (1999). The Effects of 4 and 10 Repetition Maximum Weight-Training Protocols on Neuromuscular Adaptations in Untrained Men. J Strength Cond Res 13, 353-359.

Clarkson PM & Hubal MJ. (2002). Exercise-induced muscle damage in humans. Am J Phys Med Rehabil 81, S52-69.

Coffey VG, Reeder DW, Lancaster GI, Yeo WK, Febbraio MA, Yaspelkis BB, 3rd & Hawley JA. (2007). Effect of high-frequency resistance exercise on adaptive responses in skeletal muscle. Med Sci Sports Exerc 39, 2135-2144.

Coutts AJ, Murphy AJ & Dascombe BJ. (2004). Effect of direct supervision of a strength coach on measures of muscular strength and power in young rugby league players. J Strength Cond Res 18, 316-323.

de Souza TP, Jr., Fleck SJ, Simao R, Dubas JP, Pereira B, de Brito Pacheco EM, da Silva AC & de Oliveira PR. (2010). Comparison between constant and decreasing rest intervals: influence on maximal strength and hypertrophy. J Strength Cond Res 24, 1843-1850.

after acute resistance exercise with an eccentric overload. Med Sci Sports Exerc 32, 1202-1207.

Earl J, Schmitz R & Arnold B. (2001). Activation of the VMO and VL during dynamic mini-squat exercises with and without isometric hip adduction. J Electromyogr Kinesiol 11, 381-386.

Enoka RM. (1996). Eccentric contractions require unique activation strategies by the nervous system. Journal

of Applied Physiology 81, 2339-2346.

Farrell PA, Fedele MJ, Vary TC, Kimball SR & Jefferson LS. (1998). Effects of intensity of acute-resistance exercise on rates of protein synthesis in moderately diabetic rats. Journal of Applied Physiology 85, 2291- 2297.

Farthing JP & Chilibeck PD. (2003). The effects of eccentric and concentric training at different velocities on muscle hypertrophy. Eur J Appl Physiol 89, 578-586.

Fleck SJ & Kraemer WJ. (2004). Designing Resistance Training Programs. Human Kinetics, Champaing, IL. Flores DF, Gentil P, Brown LE, Pinto RS, Carregaro RL & Bottaro M. (2011). Dissociated time course of recovery between genders after resistance exercise. J Strength Cond Res 25, 3039-3044.

Folland J, Chong J, Copeman E & Jones D. (2001). Acute muscle damage as a stimulus for training-induced gains in strength. Med Sci Sports Exerc 33, 1200-1205.

Gentil P. (2010). Emagrecimento: Quebrando Mitos e Mudando Paradigmas. Editora Sprint, Rio de Janeiro. Gentil P & Bottaro M. (2010). Influence of supervision ratio on muscle adaptations to resistance training in nontrained subjects. J Strength Cond Res 24, 639-643.

Gentil P, Bottaro M, Oliveira E, Veloso J, Amorim N, Saiuri A & Wagner DR. (2010). Chronic effects of different between-set rest durations on muscle strength in nonresistance trained young men. J Strength Cond

Res 24, 37-42.

Gentil P, Oliveira E, de Araujo Rocha Junior V, do Carmo J & Bottaro M. (2007). Effects of exercise order on upper-body muscle activation and exercise performance. J Strength Cond Res 21, 1082-1086.

Gentil P, Pereira RW, Leite TK & Bottaro M. (2011). ACTN3 R577X polymorphism and neuromuscular response to resistance training. J Sports Sci Med 10, 393-399.

Gibala M, Interisano S, Tarnopolsky M, Roy B, MacDonald J, Yarasheski K & MacDougall J. (2000). Myofibrillar disruption following acute concentric and eccentric resistance exercise in strength-trained men.

Can J Physiol Pharmacol 78, 656-661.

Gibala MJ, MacDougall JD, Tarnopolsky MA, Stauber WT & Elorriaga A. (1995). Changes in human skeletal muscle ultrastructure and force production after acute resistance exercise. J Appl Physiol 78, 702-708.

Goldspink G. (1999). Changes in muscle mass and phenotype and the expression of autocrine and systemic growth factors by muscle in response to stretch and overload. J Anat 194 ( Pt 3), 323-334.

Graves JE, Pollock ML, Jones AE, Colvin AB & Leggett SH. (1989). Specificity of limited range of motion variable resistance training. Med Sci Sports Exerc 21, 84-89.

Hackney KJ, Engels HJ & Gretebeck RJ. (2008). Resting energy expenditure and delayed-onset muscle soreness after full-body resistance training with an eccentric concentration. J Strength Cond Res 22, 1602- 1609.

Hass CJ, Garzarella L, de Hoyos D & Pollock ML. (2000). Single versus multiple sets in long-term recreational weightlifters. Med Sci Sports Exerc 32, 235-242.

Herrick AB & Stone WJ. (1996). The Effects of Periodization Versus Progressive Resistance Exercise on Upper and Lower Body Strength in Women. J Strength and Cond Res 10, 72-76.

Hisaeda H, Miyagawa K, Kuno S, Fukunaga T & Muraoka I. (1996). Influence of two different modes of resistance training in female subjects. Ergonomics 39, 842-852.

Hoeger WWK, Hopkins DR, Barette SL & Hale DF. (1990). Relashionship between repetitions and selected percentages of one repetition maximum: a comparison between untrained and trained males and females. J

Strength Cond Res 4, 47-54.

Hoffman JR, Im J, Rundell KW, Kang J, Nioka S, Spiering BA, Kime R & Chance B. (2003). Effect of muscle oxygenation during resistance exercise on anabolic hormone response. Med Sci Sports Exerc 35, 1929-1934. Housh DJ, Housh TJ, Johnson GO & Chu WK. (1992). Hypertrophic response to unilateral concentric isokinetic resistance training. J Appl Physiol 73, 65-70.

Hunter G, Blackman L, Dunnam L & Flemming G. (1988). Bench press metabolic rate as a function of exercise intensity. J Strength and Cond Res 2, 1-16.

Hunter GR, Seelhorst D & Snyder S. (2003). Comparison of metabolic and heart rate responses to super slow vs. traditional resistance training. J Strength Cond Res 17, 76-81.

Hunter GR, Wetzstein CJ, McLafferty CL, Jr., Zuckerman PA, Landers KA & Bamman MM. (2001). High- resistance versus variable-resistance training in older adults. Med Sci Sports Exerc 33, 1759-1764.

Hunter KD & Faulkner JA. (1997). Pliometric contraction-induced injury of mouse skeletal muscle: effect of initial length. J Appl Physiol 82, 278-283.

Ingalls CP, Wenke JC, Nofal T & Armstrong RB. (2004). Adaptation to lengthening contraction-induced injury in mouse muscle. J Appl Physiol 97, 1067-1076.

Issurin VB. (2010). New horizons for the methodology and physiology of training periodization. Sports Med 40, 189-206.

Ivey FM, Roth SM, Ferrell RE, Tracy BL, Lemmer JT, Hurlbut DE, Martel GF, Siegel EL, Fozard JL, Jeffrey Metter E, Fleg JL & Hurley BF. (2000). Effects of age, gender, and myostatin genotype on the hypertrophic response to heavy resistance strength training. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 55, M641-648.

James RS, Cox VM, Young IS, Altringham JD & Goldspink DF. (1997). Mechanical properties of rabbit latissimus dorsi muscle after stretch and/or electrical stimulation. J Appl Physiol 83, 398-406.

Joubert Y & Tobin C. (1989). Satellite cell proliferation and increase in the number of myonuclei induced by testosterone in the levator ani muscle of the adult female rat. Dev Biol 131, 550-557.

Joubert Y & Tobin C. (1995). Testosterone treatment results in quiescent satellite cells being activated and recruited into cell cycle in rat levator ani muscle. Dev Biol 169, 286-294.

Joubert Y, Tobin C & Lebart M. (1994). Testosterone-induced masculinization of the rat levator ani muscle during puberty. Dev Biol 162, 104-110.

Kang H-Y, Martino PF, Russo V, Ryder JW & Craig BW. (1996). The influence of repetitions maximum on GH release following the back squat and leg press in trained men: preliminary results. J Strength Cond Res 10, 148-152.

Karabulut M, Abe T, Sato Y & Bemben MG. (2010). The effects of low-intensity resistance training with vascular restriction on leg muscle strength in older men. Eur J Appl Physiol 108, 147-155.

Kawakami Y, Abe T, Kuno SY & Fukunaga T. (1995). Training-induced changes in muscle architecture and specific tension. Eur J Appl Physiol Occup Physiol 72, 37-43.

Keogh JWL, Wilson GJ & Weatherby RP. (1999). A Cross-Sectional Comparison of Different Resistance Training Techniques in the Bench Press. J Strength and Cond Res 13, 247–258.

Klein MB, Pham H, Yalamanchi N & Chang J. (2001). Flexor tendon wound healing in vitro: the effect of lactate on tendon cell proliferation and collagen production. J Hand Surg Am 26, 847-854.

Kongsgaard M, Kovanen V, Aagaard P, Doessing S, Hansen P, Laursen AH, Kaldau NC, Kjaer M & Magnusson SP. (2009). Corticosteroid injections, eccentric decline squat training and heavy slow resistance training in patellar tendinopathy. Scand J Med Sci Sports 19, 790-802.

Kongsgaard M, Reitelseder S, Pedersen TG, Holm L, Aagaard P, Kjaer M & Magnusson SP. (2007). Region specific patellar tendon hypertrophy in humans following resistance training. Acta Physiol (Oxf) 191, 111- 121.

Kraemer WJ. (1997). A séries of studies-the physiological basis for strength training in American football: fact over philosophy. J Strength and Cond Res 11, 131.

Kraemer WJ, Adams K, Cafarelli E, Dudley GA, Dooly C, Feigenbaum MS, Fleck SJ, Franklin B, Fry AC, Hoffman JR, Newton RU, Potteiger J, Stone MH, Ratamess NA & Triplett-McBride T. (2002). American College of Sports Medicine position stand. Progression models in resistance training for healthy adults. Med

Sci Sports Exerc 34, 364-380.

Kraemer WJ, Fleck SJ, Maresh CM, Ratamess NA, Gordon SE, Goetz KL, Harman EA, Frykman PN, Volek JS, Mazzetti SA, Fry AC, Marchitelli LJ & Patton JF. (1999). Acute hormonal responses to a single bout of heavy resistance exercise in trained power lifters and untrained men. Can J Appl Physiol 24, 524-537.

Kraemer WJ, Marchitelli L, Gordon SE, Harman E, Dziados JE, Mello R, Frykman P, McCurry D & Fleck SJ. (1990). Hormonal and growth factor responses to heavy resistance exercise protocols. J Appl Physiol 69, 1442-1450.

Kraemer WJ, Patton JF, Gordon SE, Harman EA, Deschenes MR, Reynolds K, Newton RU, Triplett NT & Dziados JE. (1995). Compatibility of high-intensity strength and endurance training on hormonal and skeletal muscle adaptations. J Appl Physiol 78, 976-989.

Krieger JW. (2009). Single versus multiple sets of resistance exercise: a meta-regression. J Strength Cond

Res 23, 1890-1901.

Krieger JW. (2010). Single vs. multiple sets of resistance exercise for muscle hypertrophy: a meta-analysis. J

Strength Cond Res 24, 1150-1159.

Kubo K, Ikebukuro T, Maki A, Yata H & Tsunoda N. (2012). Time course of changes in the human Achilles tendon properties and metabolism during training and detraining in vivo. Eur J Appl Physiol 112, 2679-2691.

No documento Bases Cientificas Do Treinament - Paulo Gentil (páginas 185-198)