os piores casos, assumindo tribunais em que as divergências colocadas em questão podem arruinar a política dos Distritos ou das ordens. Quando não há ninguém a quem se recorrer por justiça, um dos Aequitas é chamado. Eles aparecem para julgar e dar a sentença, podendo também executá-la. Para
representar o que são, arrancam os próprios corações, deixando apenas um coração de gelo mantendo vivo o espírito e carne angelicais. Arrancam os olhos e os substituem por globos de gelo que não enxergam sentimentos, mas apenas crime, castigo, verdade, mentira e inocência.
A ordem tem poucos diplomatas ou negociadores. Sentam-se à mesa para julgar e tratar de sentenças, não para conversarem. São capazes de matar amigos próximos se cometerem crimes que mereçam tal punição e ainda continuarem a vida sem
questionarem a
necessidade da sentença. Entre seus lemas, há alguns especiais: a justiça prevalece; uma boa ação não apaga uma ruim; uma ruim não apaga uma boa; a punição e o mérito vem para todos; Demiurgo dá o mérito, a Aequitas dá a punição em nome de Demiurgo.
Os anjos se reúnem nas Casas Tribunais, nuvens que sobrevoam os Distritos, sempre fechadas a qualquer celestial que não seja da ordem. Ali eles estudam as leis da Cidade de Prata, da Terra e de Paradísia. Atendem anjos e criaturas de outros planos, aqueles que sabem que dentro de uma dessas bases a Aequistas é quase
invencível. Recebem orações especiais que os levam para a Terra, para os planos ou para os Distritos para ministrar a justiça, seja no tribunal ou para levar a espada até um criminoso.
Filosofia: Cada indivíduo tem uma responsabilidade no mundo e deve mantê-la. Não
se foge da
responsabilidade e nem se mantém impassível diante dela. Muito menos distante. A única distância que a Aequistas preza é a das emoções no momento de julgar.
Um anjo deve agir pela lógica e pela razão, pois esse sempre foi o caminho do Senhor.
A bondade, a
misericórdia são fraquezas que levam tanto os humanos quanto os anjos ao pecado posterior. Só a dureza da justiça ensina a retidão. Para realizá-la, é melhor possuir a distância sentimental e a imparcialidade. Deixe os sentimentos para os momentos fora da justiça, aqueles em que só se vive a graça divina.
Conta-se que, quando foi criada, a Aequitas deveria ser uma casa com exclusividade na caça aos magos que corrompiam a Criação ou se julgavam próximos demais a Demiurgo. Com o tempo, além de julgar problemas místicos relacionados aos Caminhos e fontes espirituais, passou a estender seu julgamento frio a outras esferas. Existem grupos dentro dos Aequitas especializados em legislar assuntos relacionados com magia e em administrar problemas entre ordens arcanas dos mortais.
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Graus: Os graus da Aequitas são Fater,
Pater, Avus, Iudex. Cada um desses títulos está dividido em Improbus, Prestans e Excellens. Os Fater cuidam de casos conforme a dificuldade começando com meras missões como a de punir um mortal na Terra ou caçar um anjo caído ou ainda resolver uma disputa entre dois indivíduos. Os Pater já cuidam de missões relativas a grupos, como pequenas falanges ou sociedades menores; também punem indivíduos mais poderosos na Terra e ajudam a resolver casos de disputa com demônios e outros seres em que a justiça e não a tendência a favorecer os anjos seja necessária.
Os Avii trabalham levando a espada divina a nações inteiras na Terra, a bolsões em Spiritum e Arcádia e até às ordens de magia. O cargo de Iudex é composto somente por anjos muito antigos, todos com palavras ligadas a Verdade, Punição, Destruição e Justiça.
As subdivisões Improbus, Prestans e Excellens revelam há quanto tempo o anjo está em certo grau e demonstram seu poder. Entre os Fater, são mudadas a cada 50 anos; entre os Pater a cada dois séculos; entre os Avii a cada cinco séculos; entre os Iudex a cada mil anos.
Aprimorament o:
1 Ponto: O ritual para transformar um anjo em um Aequitas muda sua percepção do mundo e suscetibilidade a sentimentos. Tentativas de utilizar as Perícias
Empatia, Intimidação, Sedução e Lábia para gerar sentimentos neles recebem um redutor de 10%.
2 Pontos: O redutor agora se torna de
30%.
3 Pontos: O anjo está complemente em
sintonia com o coração e os olhos de gelo. Ele
recebe um bônus de +6 em Força de Vontade e em Percepção.
Beit Din
Alcunha: A Casa do Julgamento,
Observadores da Ascensão, Testemunhas das Bênçãos
Símbolo: Uma mão deixando os céus em
direção a três mortais
Caminhos: Humanos, Spiritum, Fogo,
Metamagia
Objetivos: Abençoar e Julgar os Mortais,
Auxiliar na Transformação do Espírito
Os anjos de Beit Din quase pereceram nas Guerras das Ordens Divinas por defenderem a iluminação dos mortais. Sendo uma ordem aberta que aceita quaisquer anjos, foram alvo de ataques violentos que pretendiam suprimir suas intenções de passar o conhecimento divino para os mortais. Seus líderes reagiram tomando as muitas almas que haviam trazido para a Cidade de Prata como aliados. Despertaram a fé e a memória das mesmas, atraindo muitos anjos como aliados para
enfrentarem as
dificuldades. Esse ato levou toda a liderança da Beit Din a ser condenada; eles aceitaram a punição e foram presos, expulsos ou destruídos sem reagirem às decisões do Conselho.
Graças a esse sacrifício, a ordem sobreviveu para continuar a iluminação dos mortais. Eles mesmos colaboraram para desativar as memórias de quem haviam despertado e destruíram todas as informações sobre os rituais para recuperar as memórias apagadas das almas que se tornavam anjos. Voltaram a se submeter ao Conselho e a atuarem como guias dos mortais.