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UFRN, UFPB e UFPE

Questão 8 Política de

B) A relevância dos problemas estruturais para a viabilização de InfoAU;

[...] Estes programas não são necessariamente disponibilizados pelo curso, em função das dificuldades de financiamento, embora faça parte das metas do curso avançar nesta direção.

[...] Estamos com o Laboratório de Informática praticamente paralisado por falta de softwares e por sucateamento das máquinas.

3ª QUESTÃO: Informática: reflexo da prática profissional ou pedagógica dos docentes e quais conseqüências.

O objetivo desta questão foi verificar se os coordenadores conseguiam identificar quem foi que impulsionou o uso da informática dentro do curso. Se a prática profissional de mercado dos professores foi que levou ao uso acadêmico ou o contrário e o que isto acarretou. Vale ressaltar, que esta questão faz sentido tanto para os professores que também atuam no mercado, onde a informática utilizada em seus escritórios pode influenciar o seu uso em sala de aula, como no caso daqueles que atuam exclusivamente no mundo acadêmico, pois o aprendizado da informática ocorre nas próprias atividades acadêmicas, fruto da evolução do conhecimento.

Percebeu-se que em dois CAUs pesquisados, na opinião de seus coordenadores, o uso da informática na prática profissional foi quem influenciou o uso e a disseminação dela no âmbito acadêmico, como se pôde observar:

Considerando o histórico do uso de computador pelos professores no nosso curso que teve início nos anos 1980, com a montagem de um pequeno laboratório informático, pode-se dizer que o uso da informática na prática pedagógica seria reflexo da utilização dela na prática profissional dos professores [...].

Como também uma das conseqüências desta indução foi exposta claramente:

A maioria dos professores parece assimilar a informática mais como uma decorrência do que algo que influencie no processo educativo. Falta a consciência da informática como recurso didático.

Contudo, uma visão mais ponderada também foi declarada:

[...] os limites entre quem influencia quem, é difícil de estabelecer, pois, de uma forma ou de outra, a prática profissional, por exemplo, alimenta e é alimentada pela experiência acadêmica, mesmo no caso de professores que atuam exclusivamente nas salas de aula.

4ª QUESTÃO: Cursos de Capacitação para os docentes.

O objetivo desta questão foi verificar se dentro dos CAUs já ocorreram cursos de capacitação para o uso da Informática para professores e se foram voltado à sua prática pedagógica. Percebeu-se que, em dois CAUs, já ocorreram cursos para capacitação, mas apenas um deles teve o objetivo pedagógico, como se pôde observar:

Já. O último deles foi o de Sketchup, do qual participou um grupo de 4 professores. O curso não foi, porém, voltado à prática pedagógica, ou seja, como utilizar o programa em sala de aula, mas para o aprendizado do programa em si.

5ª QUESTÃO: Estrutura do LabInfoAU e formas de utilização.

O objetivo desta questão foi verificar as dificuldades e os acertos na formação e, principalmente, manutenção da conjuntura estrutural, concretizada em torno do laboratório de informática dos CAUs, necessária para a viabilização da matéria de InfoAU. Além de como esta foi posta à disposição das necessidades pedagógicas de cada curso.

A opinião dos coordenadores corrobora com dos docentes de InfoAU onde a operalização diária e manutenção dos equipamentos são o grande desafio para viabilizar a matéria de InfoAU, como se pode observar:

É um dos laboratórios que compõem a infra-estrutura do curso, e sua criação resultou da necessidade evidente da inclusão da informática no processo de formação do aluno. É utilizado para dar suporte técnico às disciplinas do curso, por alunos da graduação, da pós-graduação e por professores, inclusive de

outros cursos. São atendidos cerca de 250 alunos por semestre. O laboratório é bastante utilizado durante as aulas de atelier em diversas disciplinas, mas também por alunos individualmente, desde que haja disponibilidade de computador.

O laboratório de informática foi criado em 1995, porém ele não é exclusivo para o nosso curso. Atualmente dispõe de três salas com um total de cerca de 60 computadores. Uma dessas salas com 27 computadores é utilizada quase que exclusivamente para aulas de computação gráfica, levando em conta a demanda de aulas para atender os vários cursos do Centro. Portanto, a disponibilidade de equipamentos para os alunos desenvolverem os trabalhos das disciplinas não é suficiente. A estrutura de pessoal é de apenas cinco funcionários. A manutenção dos equipamentos e softwares me parece não ser a ideal, nem suficiente.

Foi criado em 1993. Não funciona atualmente... por não encontrar suporte nos atuais funcionários e professores. Os alunos não têm acesso porque não existe suporte algum.

6ª QUESTÃO: Avaliação atual de InfoAU.

O objetivo desta questão foi avaliar o estágio atual de organização de InfoAU e de integração com as demais matérias dos CAUs pesquisados e quais fatores apareceram correlacionados a isto.

Segundo os coordenadores, identificou-se três momentos distindos de organização e integração de InfoAU em cada CAU pesquisado: uma desestruturação completa; um estágio onde a matéria servia de aporte fundamentalmente para a representação gráfica; e, uma maior distribuição de metas e funcionalidades dentro da grade curricular, como se pôde observar:

Não existe apoio algum.

Não resta dúvida de que a informática se tornou um instrumento indispensável na formação do arquiteto e urbanista, como em profissionais de outras áreas de conhecimento. O apoio que as disciplinas recebem deste aporte é, portanto, fundamental. No nosso curso, este apoio tem sido dado a contento.

A forma como estão distribuídas as disciplinas no fluxograma do curso, fruto da última reforma do currículo, na ocasião da aprovação do Projeto Político Pedagógico em 2000, nos indica que se fez um esforço para que houvesse uma integração entre as disciplinas de representação e expressão gráfica e a matéria Informática aplicada á Arquitetura e Urbanismo, representada nas disciplinas Desenho de Arquitetura e Perspectiva. Estas disciplinas por sua vez estão posicionadas na parte inicial do curso de maneira a apoiar, pelo menos instrumentalmente, às disciplinas de projeto de edificação e de desenho urbano, que constitui o eixo central de formação profissional no nosso curso. O embasamento na área de informática, de uma maneira geral, ocorrendo no início do curso, aliado à difusão cada vez maior dos recursos informáticos disponíveis para a maioria dos alunos que ingressam no curso, também contribui para que eles realizem com uso dessa ferramenta os trabalhos exigidos em todas as disciplinas da área de teoria e história.

7ª QUESTÃO: Principal dificuldade da Informática no ensino de AU. O objetivo desta questão foi verificar, na opinião dos coordenadores, qual o principal empecilho na implementação da informática no cotidiano do ensino de AU como orientado desde a Portaria MEC nº. 1770-94.

A falta de financiamento para manutenção dos laboratórios e a reciclagem continua dos docentes foram as principais dificuldades apontadas pelos coordenadores, segundo seus relatos:

Acredito que se faz necessário estimular os docentes para uma atualização continua que permita um maior domínio operacional da ferramenta CAD. Além disso, a dificuldade adicional é a ausência de financiamento para ampliar, manter e atualizar essas ferramentas nos laboratórios.

Talvez a maior dificuldade esteja na insuficiência da infra-estrutura do curso. Salas de aulas com computadores em bom estado, e não somente no laboratório, seriam muito úteis neste sentido. A reciclagem freqüente de professores em cursos de informática aplicada também é uma grande necessidade.[...].

8ª QUESTÃO: Política de implantação de InfoAU.

O objetivo desta questão foi saber se existiu ou existe uma política ou plano de implementação da matéria de InfoAU dentro do curso e qual o reflexo disto.

Em dois CAUs, na opinião dos seus coordenadores, havia um plano de metas a ser cumprido, enquanto reforçaram a dificuldade financeira como sendo o maior empecilho, conforme relato a seguir:

Sim, existe um programa claro, explícito, com objetivos a atingir neste setor. A dificuldade de sua implantação a contento, reside na insuficiência de financiamento.

Contudo, um dos coordenadores lamentou pela inexistência de uma política para implantação e manutenção da matéria, além da necessidade de iniciativas particulares para suprir esta desorganização.

9ª QUESTÃO: Informática: ferramenta-síntese dos conhecimentos gerados.

O objetivo desta questão foi conhecer a opinião dos coordenadores quanto à capacidade da informática enquanto ferramenta auxiliar à síntese dos conhecimentos gerados no curso e, como conseqüência, a possibilidade da matéria de InfoAU assumir o papel de integração com as demais.

Percebeu-se, de uma forma geral, que a informática vista puramente como um instrumento de representação ou até de concepção ainda não é percebida como uma possibilidade de integração de conteúdos dentro dos cursos, seja por ela precisar de uma abordagem pedagógica que a respalde, ou por se crer que a síntese seja uma

capacidade intrínseca do aluno e dificilmente pode ser induzida, como se pode observar nos relados abaixo:

O nosso curso não possui um perfil claro. [...] a informática é apenas um meio de expressão que cada aluno deve procurar dominar para vencer as dificuldades de representação e as constantes mudanças que realizam em suas propostas, [...] devido à falta de objetividade e critérios de avaliação.

O curso tem como princípio pedagógico basilar a integração das disciplinas, que inclusive define toda a sua estrutura curricular. Neste sentido, a síntese de conteúdos teóricos e práticos necessários não somente ao ato de projetar mas às demais atribuições profissionais do aluno, futuro arquiteto, ocorre durante todo o curso. A síntese não resulta do uso de um instrumento, mas está relacionada a métodos de aprendizagem.

A capacidade de síntese da maioria dos alunos, na verdade é baixa, embora haja esforço para conduzi-los a essa prática ao longo do curso, na realização de vários trabalhos nas várias disciplinas. Devemos considerar que ter capacidade de síntese é realmente privilégio de poucos e dificilmente pode ser induzida, sendo dependente da experiência acumulada por cada um. [...] Não me parece que a informática, por si só, possa auxiliar nisto.

Como diagnóstico desta subseção, na percepção dos coordenadores dos CAUs sobre InfoAU registrou-se: a preocupação na adequação dos benefícios trazidos pela informática ao processo pedagógico; a definição e a aquisição de programas adequados que cubram as várias matérias do ensino de AU para efetiva implantação de InfoAU; e, a necessidade de: cursos de capacitação para o uso das ferramentas informáticas direcionadas para a prática pedagógica e política contextualizada de inserção e autogestão da matéria.

“A vida tem sua própria sabedoria.