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Segundo a Anprotec (2001), uma incubadora de empresas é um ambiente flexível e encorajador onde é oferecida uma série de facilidades para o surgimento e crescimento de novos empreendimentos. Além da assessoria na gestão técnica e empresarial, a incubadora oferece infra-estrutura como espaço físico, salas de reunião,

telefone, fax, acesso à Internet, suporte em informática, entre outros. E, serviços compartilhados necessários para o desenvolvimento do novo negócio.

Segundo Medeiros (1992, p.41):

Identificados os espaços físicos apropriados – de preferência prédios já existentes ou galpões adaptados – a entidade gestora da incubadora deve facilitar o acesso aos recursos humanos, aos laboratórios e às tecnologias modernas disponíveis nas instituições de ensino e pesquisa. Essa infra-estrutura vai ser utilizada pelas empresas tanto em seu processo produtivo, como nas áreas administrativa, financeira, de marketing, de comercialização e de divulgação.

Para a NBIA (2001) incubadora de empresas é uma ferramenta para o desenvolvimento econômico criada para acelerar o crescimento e o sucesso de empresas empreendedoras por meio de suporte empresarial e serviços. Uma incubadora de empresas tem como objetivo principal produzir empresas de sucesso na qual deixem o programa financeiramente viável e consolidado.

Desta forma, as incubadoras de empresas geridas por órgãos governamentais, universidades, associações empresariais e fundações, são catalizadoras do processo de desenvolvimento e consolidação de empreendimentos inovadores no mercado competitivo. Com base na utilização do conhecimento profissional e prático, os principais objetivos de uma incubadora de empresas estão na produção de empresas de sucesso e na criação de uma cultura empreendedora.

Vale destacar que o papel do Estado exerce uma forte influência no processo de criação e implantação de incubadoras de empresas que vai desde a infra-estrutura básica até construção de parques tecnológicos. É importante ressaltar que o Estado pode incentivar a criação de um ambiente facilitador e de apoio à promoção de instituições baseadas em tecnologia, como um alicerce do crescimento econômico.

Hoje existem incubadoras de diversas naturezas, atuando em setores específicos e atendendo a diferentes demandas. Há tipos de incubadoras já consagradas, como as de base tecnológica, as tradicionais e as mistas. Podemos encontrar também, as incubadoras especializadas ou com nomenclaturas, como é o caso de incubadora setorial, agro-industrial, de biotecnologia, social, cultural, de

cooperativa, de artes, Internet e incubação à distância. Existem ainda, as chamadas “pré-incubadoras” as quais apresentam um conjunto de atividades que visa estimular o empreendedorismo e preparar os projetos que tenham potencial de negócios, que recebem incentivos durante um curto período. Estas são denominadas hotel de projetos, hotel de idéias, hotel tecnológico entre outras.

Segundo ALBERT et al. (2002, p.16), as incubadoras se classificam conforme seus promotores em: incubadoras de desenvolvimento local, incubadoras ligadas a instituições acadêmicas e científicas, incubadoras vinculadas a empresas e incubadoras criadas por investidores privados ou empreendedores.

Para LALKAKA e BISHOP JR (1997, p.63), os parques tecnológicos e as incubadoras, assim como outros mecanismos de apoio ao desenvolvimento de novas empresas estão, geralmente, baseados no desejo de utilizar recursos da comunidade, os sistemas educacionais e de pesquisa para o crescimento econômico crescente e a vitalidade da área. Enquanto que um empreendedor de um parque tecnológico pode usar a proximidade da universidade e a capacidade para comercializar os avanços científicos lá existentes, o patrocinador da incubadora pode encontrar um atrativo similar nos estudantes, no corpo docente e nas instalações em si, ao invés de se basear no conhecimento que eles desenvolveram em forma de patentes e de arte tecnológica.

O parque tecnológico fornece a justificativa para o investimento público. A incubadora é vista como uma atração para a indústria e uma fonte de crescimento de empresas que serão capazes, no futuro, de se desenvolverem e crescerem fora da incubadora e dentro do parque. O parque também fornece acesso à instituições afiliadas, dentre elas um grupo de grandes instituições de pesquisa médica, serviços e ensino, instalações terciárias relacionadas, grupos de pesquisa, laboratórios, bibliotecas e técnicos que não estariam de outra forma disponíveis. (LALKAKA, 1997, p. 82-83)

Para compreender o processo de apoio a uma empresa de base tecnológica ou tradicional e a inserção deste mecanismo num ambiente inovador de cooperação é

necessário conhecer outros instrumentos que são os pólos, tecnópoles e os parques científicos ou tecnológicos.

Segundo LUNARDI (1997, p.15), do ponto de vista teórico, percebe-se claramente uma hierarquia composta por quatro níveis em ordem decrescente que são tecnópoles que podem conter um ou mais pólos, que por sua vez abrigam um ou mais parques que possuem, cada qual, uma incubadora de empresas.

Entretanto, esta hierarquia não constitui uma regra ou condição necessária para os planejadores pois, dependendo da área de atuação, da região, das disponibilidades locacionais, físicas e financeiras e da vontade política local, estes “habitats de inovação”, assim definidos por SPOLIDORO (1998), podem ser concebidos, planejados, e desenhados de diferentes formas.

O termo Technopolis vem de “techno” que refere-se a tecnologia e “polis” de origem grega e que signigica estado ou cidade, na qual reflete o equilíbrio entre o setor público e privado. “A tecnópolis moderna é uma interação entre a comercialização da tecnologia com os setores públicos e privados para promover o desenvolvimento da economia e a diversificação da tecnologia. A ligação entre a tecnologia e o desenvolvimento econômico num novo tipo de cidade-estado é um fenômeno emergente mundial.”(SMILOR et al.,1988, p. 50. Trad. pela autora do trabalho).

Os parques tecnológicos, por definição, enfocam, o desenvolvimento intensivo em tecnologia. Como tal, o relacionamento com uma universidade é um aspecto primordial de seus negócios e operações. Uma universidade local fornece acesso potencial ao corpo docente, funcionários, estudantes, bibliotecas, laboratórios, assim como à infra-estrutura tecnológica e a reputação da universidade. Tais operações são caracterizadas por arrendatários grandes e amadurecidos que podem assumir os compromissos substanciais necessários para tirar vantagem do potencial. (LALKAKA, 1997, p.66)

De acordo com LUNARDI (1997, p.17), parque tecnológico está localizado num loteamento apropriadamente urbanizado e possui três características básicas:

•= Favorecer a formação e crescimento de empresas de base tecnológica e outras organizações que também se situam no mesmo ambiente;

•= Ser coordenada por uma entidade que desempenha as funções de gestor do Parque e que estimule a transferência de tecnologia e a promoção de ações voltadas ao aumento da capacitação das empresas e dos demais empreendimentos que residem no local.

É recomendável que as empresas estejam reunidas num mesmo local, dentro da propriedade de um campus universitário, ao lado deste ou em área próxima num raio inferior a 5 Km.

Segundo LALKAKA (1997, p.71) um parque tecnológico enfoca os aspectos imobiliários, realçados pelo apoio técnico, uma incubadora se concentra no processo de desenvolvimento de pequenas empresas. Para as empresas em estágio preliminar o fornecimento de espaço físico e diversos tradicionais de escritório, como recepção, secretaria, fotocópia, instalações para conferências, entre outros são básicos para a estruturação da incubada. No limite do pacote de serviços estão os financiamentos a novas empresas e uma ampla gama de apoio profissional ao desenvolvimento empresarial.