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5. ESTRUTURA DE INDICADORES PARA O TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO

5.2 Construção da Estrutura de Indicadores de Desempenho voltados para

5.2.1 Acessibilidade

Um dos requisitos necessários para um transporte público coletivo de qualidade é a acessibilidade, representando diferentes aspectos. O Projeto de Lei do Plano Diretor de Mobilidade da Prefeitura Municipal de Aracaju (2015) considera acessibilidade como a facilidade, em distância, tempo e custo, de alcançar, com autonomia, os destinos desejados da cidade. Já a Política Nacional de Mobilidade Urbana (2012) a define como a facilidade disponibilizada às pessoas nos deslocamentos desejados, de modo autônomo.

A acessibilidade universal é um dos princípios da Política Nacional de Mobilidade Urbana e do Plano Diretor de Mobilidade Urbana do Município de Aracaju, podendo ser definido como a facilidade disponibilizada a todos nos deslocamentos, possibilitando sua autonomia (ARACAJU, 2015; BRASIL, 2012).

Se junta a esse princípio, dois objetivos específicos do Plano. A promoção de acesso aos serviços básicos de mobilidade e a acessibilidade universal em todos os componentes da mobilidade urbana (ARACAJU, 2015).

Sendo o transporte público coletivo peça fundamental da mobilidade urbana, é necessário que o poder público dê condições para que todas as pessoas o utilizem. Deste modo, a facilidade de utilização do transporte público coletivo por parte das pessoas com necessidades especiais é um dos aspectos da acessibilidade. Tanto os ônibus quanto os percursos para os seus pontos de ônibus devem estar adaptados para essas pessoas.

Uma proporção entre os ônibus que possuem as adaptações e a quantidade total necessária aparece como um simples e bom indicador para fazer o acompanhamento. O mesmo raciocínio serve para os percursos até os pontos de ônibus. Ou seja, uma proporção entre os percursos adaptados para o acesso aos pontos de ônibus e a quantidade total dos mesmos também traz um número útil para análise de suas condições. Para avaliar se os percursos estão adaptados, pode-se definir um raio a partir dos pontos de ônibus em que neles fossem verificados se há calçadas apropriadas, faixas de pedestres para travessia, entre outras adaptações necessárias para o fluxo das pessoas com mobilidade reduzida.

Outro aspecto da acessibilidade é o financeiro. É importante que o custo para utilização do transporte público coletivo seja compatível com a renda da população. Considerando isso, Costa (2008) e Machado (2010) incluíram indicadores com o intuito de medir qual parte do salário é destinado ao transporte.

Considerando o objetivo geral deste trabalho, o indicador proposto será a porcentagem da renda da população que é utilizada no transporte público coletivo. Esse número será obtido através da relação entre a despesa mensal com esse modo de transporte e o salário mínimo.

O cálculo da despesa mensal com transporte público coletivo pode levar em consideração o gasto de locomoção para o trabalho durante um mês, utilizando uma média de vinte e dois dias úteis por mês. E, considerando também o sistema integrado composto por terminais no município de Aracaju, onde não há necessidade de pagamento de uma nova passagem dentro dos terminais, utilizar também uma média de duas passagens por dia.

E, por fim, o transporte público coletivo deve abranger toda a cidade. Isso definirá, consequentemente, a dimensão espacial da acessibilidade, sendo um importante aspecto a ser analisado. Campos e Ramos (2005) utilizaram a oferta de transporte público como um de seus indicadores, sendo este o número de lugares ofertados no transporte público em horário de pico.

Adaptando este indicador para o transporte público coletivo do município de Aracaju, ele poderá ser mensurado pela quantidade de pontos de ônibus existentes. Porém, não é necessário somente isso. Deve haver um

estudo de todos os pontos necessários para atender toda a população, fazendo uma comparação com o indicador proposto.

Segundo notícia veiculada no dia 24 de agosto de 2015 no site do ITDP – O Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento, entidade sem fins lucrativos que promove o transporte sustentável e equitativo no mundo, o instituto considera razoável a distância de um quilômetro até o acesso ao transporte de média e alta capacidade. Para mensurar o percentual da população que reside até essa distância, foi criado um indicador pelo ITDP chamado Indicador de proximidade ao transporte de média e alta capacidade (PNT, sigla em inglês para People Near Transit).

O tema acessibilidade foi dividido, então, em três aspectos: acessibilidade aos portadores de necessidades especiais (dois indicadores), a acessibilidade econômica e a acessibilidade espacial para todos. Juntamente com seus indicadores, o quadro a seguir resume esse tema:

Quadro 1: Indicadores de Acessibilidade

Acessibilidade Indicadores

Para portadores de necessidades especiais

% Quantidade ônibus adaptados / Quantidade ônibus existentes Para portadores de necessidades

especiais no percurso de acesso ao transporte público coletivo

% Quantidade de percursos adaptados / Quantidade total de percursos Condições financeiras % Gasto mensal com transporte público /

Salário mínimo Cobertura de pontos de ônibus

% Quantidade de pontos de ônibus existentes /

Quantidade de pontos de ônibus necessários

Fonte: Elaborado pelo autor

5.2.2 Aspectos ambientais

Outro princípio norteador do Plano Diretor de Mobilidade do Município de Aracaju é a mobilidade urbana sustentável. Ela consiste na realização de deslocamentos sem comprometimento ao meio ambiente. Também, a promoção de um desenvolvimento sustentável e a redução da

emissão de poluentes estão entre os objetivos específicos do Plano (ARACAJU, 2015).

O desenvolvimento sustentável das cidades, tanto na dimensão ambiental quanto nas socioeconômicas está entre os princípios da Política Nacional de Mobilidade Urbana (2012). É por esses motivos que os aspectos ambientais devem ser analisados.

O primeiro aspecto é o consumo de combustível. E o indicador para analisa-lo será a média do consumo de combustível dos veículos que fazem o transporte público coletivo, consumo esse calculado através da divisão da quilometragem percorrida pela quantidade de litros de combustível utilizados. Ele deve ser medido mensalmente a fim de facilitar a comparação. É importante também separar esse consumo por veículo a fim de obter base para uma possível substituição de veículos fora da média.

O segundo aspecto é a quantidade de emissão de poluentes, que também deve ser medido mensalmente, e seu indicador será a quantidade total de emissão de poluentes. Tanto esse indicador quanto o indicador anterior serão úteis para acompanhar um dos objetivos específicos do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju, o de reduzir a emissão de poluentes.

Essa emissão de poluentes é medida em quantidade de gás CO2 emitido. Ele também pode ser influenciado pelo tempo de uso dos ônibus, consequência do planejamento de circulação, ponto que deve ser observado na melhoria deste indicador. O município deve, portanto, buscar meios para medir a emissão de CO2 a fim de obter esse dado. Uma das formas mais simples de estimar o volume dessa emissão baseia-se na distância percorrida pelos veículos. Sugere-se obter maiores detalhes sobre o método de cálculo.

O terceiro aspecto está relacionado com o uso de energia limpa, o que significa uma quantidade menor de emissão de poluentes. Campos e Ramos (2005) utilizaram a parcela de veículos do transporte público coletivo que utiliza energia limpa, ou seja, energia elétrica ou a gás, na sua proposta de indicadores. Portanto, uma proporção entre a quantidade de ônibus que utiliza esses tipos de energia e a quantidade total de ônibus pode ser utilizado como indicador no município de Aracaju.

Os aspectos ambientais juntamente com seus indicadores estão resumidos na tabela a seguir:

Quadro 2: Indicadores dos aspectos ambientais

Aspectos ambientais Indicadores

Consumo de combustível Média do consumo de combustível por veículo Emissão de poluentes Quantidade total de emissão de gás CO2

Uso de energia limpa % Quantidade de ônibus que utiliza energia limpa / Quantidade total de ônibus Fonte: Elaborado pelo autor

5.2.3 Aspectos sociais

Os mais pobres são os que mais encontram dificuldades devido à inexistência de um serviço de transporte adequado, principalmente nas cidades grandes, onde eles acabam residindo em zonas mais periféricas. A consequência disso é a exclusão social das pessoas de baixa renda por não ter a garantia de acesso aos serviços públicos essenciais. Nesse caso, portanto, o transporte coletivo é um dos principais agentes de inclusão social (Machado, 2008). Tanto os indicadores classificados neste tema como todos os outros serão utilizados como parâmetros para que o problema de exclusão seja enfrentado.

A disponibilidade de informações aos cidadãos é uma questão a ser analisada. Todos precisam entender como está organizado o transporte público coletivo para utilizá-lo da melhor maneira. Então, é importante que haja diferentes meios de disponibilizar essas informações. Deste modo, é necessário se definir quais os meios possíveis para isso e compará-los com os que realmente estão sendo utilizados.

Costa (2008), em um de seus indicadores definiu quatro tipos de informações sobre serviços de transporte público. São eles:

 Informação fornecida em estações e pontos de paradas: painéis, postos de informação e atendimento ao usuário;

 Informação fornecida em veículos de transporte público: panfletos, cartazes, orientações por parte dos operadores;

 Serviços de atendimento por telefone; e

Portanto, caso o poder público forneça todos os tipos de informações, receberá nota máxima e caso não forneça nenhum deles, receberá nota mínima. Quando cumprir parcialmente, receberá nota proporcional. Neste caso, como foram utilizados quatro tipos de informações, caso seja fornecido três tipos, o indicador seja mensurado em 75%, por exemplo.

Ao mesmo tempo, a qualidade dessas informações deve ser mensurada. Neste caso, os usuários são quem devem julgar essa qualidade. Uma simples avaliação por parte da população em que as pessoas atribuam uma nota para a qualidade das informações disponíveis, então, pode ser uma boa maneira para mensurá-la.

O grau de participação da sociedade na tomada de decisão é outra questão importante. Um dos princípios do Plano Diretor de Mobilidade Urbana do município de Aracaju (2015) é a gestão democrática da mobilidade urbana, que contempla o transporte público coletivo. Também, a consolidação dessa gestão para o aprimoramento da mobilidade urbana aparece entre seus objetivos específicos, seguindo um dos objetivos da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Então, a população deve participar do planejamento tanto da mobilidade urbana como um todo como do transporte público coletivo. É importante, portanto, que haja uma mensuração do grau dessa participação. Costa (2008) definiu uma escala para avaliação de seu indicador chamado “Participação na tomada de decisão”, que mede o grau da participação popular nos processos de elaboração, implementação e monitoramento das políticas, ações e projetos de transporte e mobilidade urbana. Essa escala foi definida conforme quadro a seguir, com a pontuação proporcional ao que foi realizado pelo município:

Quadro 3: Escala de Avaliação para o indicador "Participação na tomada de decisão"

Pontuação Administração Pública

1,00 Incentivou e viabilizou a participação popular no

desenvolvimento de políticas, ações e projetos de transportes, mobilidade e desenvolvimento urbano, em todas as suas

etapas (elaboração, implementação e monitoramento). 0,66 Incentivou e viabilizou a participação popular no

desenvolvimento de políticas, ações e projetos de transportes, mobilidade e desenvolvimento urbano, em duas de suas

etapas (elaboração, implementação ou monitoramento). 0,33 Incentivou e viabilizou a participação popular no

desenvolvimento de políticas, ações e projetos de transportes, mobilidade e desenvolvimento urbano, somente em uma de suas etapas (elaboração, implementação ou monitoramento). 0,00 Não incentivou nem viabilizou a participação popular no

desenvolvimento de quaisquer políticas, ações e projetos de transportes, mobilidade e desenvolvimento urbano. Fonte: Adaptado de Costa (2008)

Quanto à qualidade dos serviços relacionados ao transporte público coletivo, ela é um dos aspectos mais importantes. A melhoria da mobilidade urbana aparece como um dos objetivos específicos do Plano Diretor de Mobilidade Urbana do município de Aracaju.

Além disso, a melhoria da qualidade desse modo de transporte ou de qualquer outro tem uma enorme influência na decisão das pessoas de utilizá-lo e deve ser medido através de uma pesquisa com seus usuários, em que eles atribuam uma nota para os serviços desse modo de transporte. Sua melhoria, portanto, tende a atrair os cidadãos para esse modo de transporte, deixando de utilizar seus veículos particulares, trazendo como consequência a diminuição do trânsito e da emissão de poluentes.

Deste modo, os aspectos sociais e seus indicadores podem ser resumidos da seguinte maneira:

Quadro 4: Indicadores dos aspectos sociais

Aspectos sociais Indicadores

Informação disponível ao cidadão

% Quantidade de tipos de informações disponíveis /

Quantidade de tipos de informações possíveis

Qualidade das informações com uma pesquisa com os usuários

Participação popular Escala de Avaliação definida por Costa (2008)

Qualidade sob o ponto de vista da população

Pesquisa com população sobre a qualidade do transporte público coletivo Fonte: Elaborado pelo autor

5.2.4 Aspectos políticos

Quanto aos aspectos políticos, três questões devem ser verificadas com atenção. Considerando a estruturação da mobilidade urbana como um dos princípios norteadores do Plano Diretor de Mobilidade Urbana do município de Aracaju, o primeiro aspecto é o grau de investimentos realizados para o transporte público coletivo.

Esse grau de investimentos pode ser verificado através de uma análise das realizações do poder público nessa área. É necessário que haja não só investimentos em obras emergenciais, mas também em obras planejadas com o objetivo de melhoria dos serviços e essa questão deve ser levada em consideração.

Para se chegar a esse indicador, podem ser utilizados os tipos de investimentos relacionados à provisão, ampliação, melhoria e manutenção da infraestrutura, sistema de transportes e mobilidade em todas as modalidades definidos por Costa (2008), filtrando ou adaptando para o transporte coletivo. Como resultado, os tipos de investimentos para esse modo de transporte são:

 Planos e projetos;

 Construção e ampliação da infraestrutura;  Manutenção corretiva e preventiva;  Provisão, ampliação e melhoria;

 Ações para mobilidade e acessibilidade de pessoas com necessidades especiais;

 Pesquisas e estudos;  Novas tecnologias;

 Sistema de gestão e controle de tráfego;  Sistema de monitoramento e segurança; e

 Campanhas para atrair a população (COSTA, 2008).

Este indicador funcionará da mesma forma que o primeiro indicador dos aspectos sociais, ou seja, sua avaliação será proporcional aos tipos de investimentos existentes no âmbito municipal.

A prioridade no transporte público coletivo sobre o individual está entre os princípios norteadores e as diretrizes gerais do Plano Diretor de Mobilidade Urbana (Projeto de Lei, Aracaju, 2015). Devido a isto, o segundo aspecto é comparar os recursos investidos no transporte público coletivo e no transporte individual.

Deste modo, a comparação4 entre os investimentos no transporte público coletivo e o transporte individual poderá ser representada na sua proporção, utilizando seus valores totais e trazendo uma porcentagem entre os dois.

E, por fim, é importante também verificar o total dos recursos destinados para o transporte público coletivo, ou seja, qual parte do orçamento do poder municipal está comprometida com ele. Essa relação pode ser feita através de uma proporção entre os recursos destinados aos serviços relacionados a esses serviços e o total de recursos utilizados pelo município.

Deste modo, os aspectos políticos a serem verificados e seus indicadores são assim resumidos:

4

Muitas vezes um investimento destinado ao transporte individual é divulgado como sendo para o transporte coletivo. Para cálculo do indicador acima, é preciso ter bastante cuidado em relação a isso. Quando existir um investimento que abarque os dois modos, deve ser feito um rateio entre eles.

Quadro 5: Indicadores dos aspectos políticos

Aspectos políticos Indicador

Investimentos Grau de investimentos

Comparação entre os recursos investidos em infraestrutura para o

transporte coletivo e para o transporte individual

% Total de recursos investidos em infraestrutura para o transporte coletivo

/ Total para o transporte individual Recursos destinados ao transporte

público coletivo

% Recursos destinados ao transporte público coletivo /

Total dos recursos utilizados pelo município

Fonte: Elaborado pelo autor

5.2.5 Estrutura

Um transporte público coletivo precisa ser bem estruturado e indicadores de desempenho também podem ser usados para acompanhar sua qualidade. Como foi dito, deve existir uma prioridade no transporte público coletivo em relação ao transporte individual no município de Aracaju. A capital sergipana, acompanhando essa premissa, possui faixas exclusivas nas vias para os ônibus que fazem esse modo de transporte.

Deste modo, um dos pontos da estrutura que deve ser acompanhado é a extensão dessas vias. Isso traz mais agilidade nos serviços, atraindo a população para sua utilização. Um indicador que mostre como está a situação das vias exclusivas para o transporte público coletivo é verificando sua extensão e comparando-as com a extensão total das vias.

Uma das diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (2012) é a integração entre os modos e serviços de transporte urbano. Essa integração está ligada a alguns dos objetivos específicos do Plano Diretor de Mobilidade Urbana. São eles:

 Incentivar a utilização de modos não motorizados;

 Promover a acessibilidade universal em todos os componentes da mobilidade urbana;

 Racionalizar o uso do sistema viário, com a valorização dos deslocamentos de pedestres e ciclistas; e

 Planejar a infraestrutura do transporte não motorizado. (ARACAJU, 2015).

Essa característica possibilita uma maior flexibilidade para as pessoas que podem utilizar outros meios para distâncias mais curtas, por exemplo. Isso acaba desafogando o transporte público coletivo, dando espaço para pessoas que irão se deslocar lugares mais distantes.

O número de estações intermodais, então, que aparece como um dos indicadores de Machado (2010) pode ser útil para avaliar esse ponto. Ainda segundo Machado (2010), a existência de intermodalidade (combinação entre os meios de transporte) pode ser uma das formas de mensurar a acessibilidade.

E, por fim, o estado da frota é o último ponto importante deste tema. Apesar de não constar explicitamente como princípio, diretriz ou objetivo do Plano Diretor Municipal, esse ponto está incluso tanto no que se diz respeito à estrutura quanto à qualidade do transporte público coletivo.

Ele também será um diferencial no momento da população decidir sobre a utilização ou não do transporte público coletivo. Veículos novos devem atrair usuários enquanto ônibus em mau estado devem afastar. O estado da frota pode ser verificado através de uma média dos tempos de uso dos ônibus utilizados para realizar o transporte público coletivo no município de Aracaju.

Então, quanto à estrutura, os pontos a serem analisados e seus indicadores são os seguintes:

Quadro 6: Indicadores de Estrutura

Estrutura Indicador

Vias exclusivas para transporte público coletivo

% Extensão das vias exclusivas / Extensão total das vias Integração com outros modos de

transporte Número de estações intermodais Estado da frota Média do tempo de uso dos ônibus Fonte: Elaborado pelo autor

5.2.6 Tráfego

O tema Tráfego envolve o movimento e circulação dos veículos. Ele está ligado ao objetivo específico do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de promover a melhoria da qualidade de vida, dando condições à população de realizar seus deslocamentos com rapidez, conforto e segurança (ARACAJU, 2015).

A frequência em que os ônibus passam nos pontos de ônibus é um dos fatores que determinará a eficiência do transporte público coletivo. Quanto maior a frequência, mais bem atendida estará a população. Porem deve-se levar também em consideração a quantidade de passageiros atendidos em cada linha e os horários de maior fluxo.

Portanto, pode-se buscar uma classificação das linhas em baixa, média e alta demanda de passageiros para se chegar ao tempo médio ideal de cada uma delas. A frequência, então, será medida através de um indicador que traga a média de intervalos de tempo que os ônibus passam em seus pontos e comparadas com a média ideal pré-estabelecida.

A pontualidade também é um dos fatores da eficiência. Um transporte público em que a população tenha a certeza do horário de origem e de destino é essencial para ela optar pela utilização desse modo de transporte. Ela pode ser medida através de uma proporção entre o número de vezes em que os ônibus cumpriram os horários e o total de passagens nos seus pontos.

Além de a segurança aparecer no Plano Diretor de Mobilidade Urbana como um de seus objetivos específicos, nos deslocamentos das pessoas, ela aparece também como um dos princípios da Política Nacional de Mobilidade Urbana (2012), ressaltando a necessidade de acompanhar esse ponto. Seguindo isso, um dos indicadores de Machado (2010) é referente a segurança. E ele aparece com uma proporção entre o número de acidentes com mortes e o número de veículos.

Porém, para fins deste trabalho, serão considerados todos os tipos

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