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3. METODOLOGIA E INDICADORES DE DESEMPENHO

3.3 Indicadores de Desempenho

Segundo Carpinetti (2010), o uso de medição de desempenho vem sendo cada vez mais considerado como uma técnica relevante de gestão de desempenho, especialmente no processo de revisão de progresso de uma organização. Medição de desempenho é o processo de quantificar a eficiência e/ou a eficácia das atividades de um negócio por meio de métricas ou indicadores de desempenho. Medição de desempenho não é um fim, mas um meio de gerenciar o desempenho de um produto, de uma atividade ou de uma organização como um todo.

Ainda segundo Carpinetti (2010), as metas de uma organização podem ser monitoradas por meio de indicadores de desempenho, e um desempenho abaixo do esperado deve trazer a necessidade de ações nas operações do negócio, na tentativa de se obterem resultados melhores. Mas, para isso, é importante que os indicadores utilizados apontem as causas dos problemas.

Segundo Kardec, Flores e Seixas (2008), os gestores precisam efetuar permanentemente mudanças organizacionais visando a implementação

das melhores práticas. Busca-se constantemente melhorar o planejamento, a programação, o controle, o acompanhamento, a execução e análise da manutenção. Os indicadores fornecem os subsídios que irão direcionar tais mudanças, possibilitando maximizar a eficiência e a melhoria dos resultados globais.

Indicadores de desempenho fornecem informações fundamentais para o processo de tomada de decisão na medida em que eles conseguem evidenciar os problemas. Para isso, eles devem estar alinhados com o planejamento estratégico da organização.

Porém, segundo Kardec, Flores (2008), infelizmente, muitos indicadores utilizados pelas empresas não traduzem a realidade dos fatos, levando a tomada de decisões inadequadas que acarretam altos custos. Isso se deve a erros na coleta de dados ou mesmo à interpretação equivocada de resultados.

Esse é um dos desafios para qualquer estrutura de indicadores. Para que eles sejam adequados, devem estar em conformidade com os objetivos da organização, trazendo um panorama do que está sendo estudado a fim de detectar seus pontos positivos e negativos, dando suporte para a gestão e indicando possíveis melhorias.

Kardec, Arcuri e Cabral (2009) consideram que indicadores mostram a situação atual e sua evolução ao longo do tempo, permitindo também a comparação com referências externas e de excelência. Indicador não é a realidade, mas deve exprimi-la. Ele deve ser claro, objetivo, adequado ao público-alvo e didático, ensinando sobre a organização, servindo, portanto, para o aprendizado e melhoria contínua. Caso não atenda a todos esses requisitos, não é um bom Indicador. Por isso, a avaliação que busca obter indicadores dentro do que foi preconizado é uma poderosa alavanca do Sistema de Gestão, à medida que posiciona a organização em relação ao mercado, em relação ao seu caminho para a excelência e, especialmente, ensina sobre ela mesma.

Segundo Kardec, Flores e Seixas (2008), indicadores, na acepção da palavra, são guias que nos permitem medicar a eficácia das ações tomadas, bem como medir os desvios entre o programado e o realizado. Através dos

indicadores é possível se fazer comparações ao longo do tempo, com relação a dados internos e externos.

Ambrozewicz (2015) define indicadores de desempenho como índices que medem e avaliam, na prática, a performance de um sistema. Antes de tudo, é feita uma análise sobre a situação do que está sendo estudado naquele momento, o que ele chamou de “medição para visibilidade”. Depois, são feitas as chamadas “medições para controle”, que visa identificar desvios e comparar o desempenho com as metas já estabelecidas.

Paladini (2012), de modo bastante amplo, considera indicadores de qualidade os que possuem uma informação bem-estruturada que avalia componentes importantes de produtos, serviços, métodos ou processos de produção. Segundo ele, o nome informação bem-estruturada significa que os indicadores são montados conforme uma composição lógica bem definida, não sendo definidos de qualquer maneira.

Portanto, somente um indicador não será útil. É necessária a seleção de vários indicadores e que sejam analisados em conjunto. Eles devem estar agrupados de forma que permitam o gerenciamento dos seus desempenhos. Deste modo, uma boa estrutura de indicadores será uma ferramenta bastante importante para a conquista dos resultados desejados. Eles permitirão avaliar continuamente a posição e evolução de uma atividade em uma organização.

Paladini (2012) divide as características dos indicadores em essenciais e básicas. As primeiras são pré-requisitos ou condições indispensáveis à estruturação de um indicador. Já as segundas são as propriedades desejáveis que um indicador deve portar. São características essenciais: ser definido em bases quantitativas (são sempre expressos em números) e avaliar de forma direta ou não, o impacto do produto final sobre o consumidor.

As características básicas dos indicadores descritas por Paladini (2012) são dez. Porém, ele considera pouco provável a contemplação de todas. São elas:

1. Os indicadores devem ser precisamente definidos.

2. Os indicadores devem expressar a avaliação feita de forma simples

3. Os indicadores expressam uma avaliação direta. 4. Os indicadores expressam uma avaliação atual.

5. Os indicadores devem ser bem compreendidos por todos. 6. Deve-se garantir a perfeita adequação do indicador à situação, ao contexto e à organização onde ele está sendo usado.

7. A avaliação da qualidade com o uso de indicadores utiliza informações já disponíveis.

8. Os indicadores devem ser representativos.

9. Os indicadores devem ser representados por dispositivos de rápida visualização e compreensão quase instantânea, como imagens de histogramas ou outros gráficos de barras.

10. Embora avaliem produtos ou parte deles, os indicadores priorizam o processo que o gerou (PALADINI, 2012).

Bandeira (2009) afirma que indicadores de desempenho têm a função de quantificar os resultados obtidos nas atividades, propiciando a percepção do rumo da organização e de eventuais desvios que fujam dos objetivos já estabelecidos. Ele ainda elenca diversos motivos que justificam a necessidade de medir o desempenho de uma organização. Dentre outros, estão o de:

 Assegurar o atendimento aos requisitos de um bom desempenho;

 Aprimorar a efetividade da definição dos objetivos e metas;  Estabelecer padrões de medidas para a comparação;

 Induzir atitudes por parte dos integrantes do sistema organizacional

 Localizar pontos críticos, susceptíveis à melhoria;  Demonstrar o nível de utilização dos recursos; e  Indicar tendências e previsões (BANDEIRA, 2009).

Seu uso, portanto, aparece como um dos principais instrumentos de avaliação das políticas públicas. Essa ferramenta poderá auxiliar na elaboração de um panorama dessas políticas e principalmente no controle dos resultados para o atingimento das metas traçadas pela Administração Pública a fim de alcançar seus objetivos. Será também muito útil no processo de planejamento, pois fornecerá subsídios necessários para a elaboração de qualquer plano ou projeto que vise a melhoria das ações governamentais.

Essas ferramentas têm sido amplamente utilizadas nos processos de planejamento e gestão urbana, incluindo aspectos relacionados à mobilidade, como pode ser visto por meio de inúmeras experiências

desenvolvidas, especialmente em âmbito internacional. Países da Europa e da América do Norte foram os pioneiros no desenvolvimento de indicadores para o monitoramento da mobilidade. O Brasil tem apresentado, recentemente, algumas iniciativas de elaboração e aplicação de indicadores para monitorar tendências e dar suporte às políticas urbanas (LÓRA e CAMPOS, 2016).

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