• Nenhum resultado encontrado

Seja por causas comuns a diversos municípios brasileiros ou por suas particularidades, o município de Aracaju apresenta problemas relacionados à mobilidade urbana. Este trabalho, portanto, considerando os objetivos traçados, foi realizado com intuito de contribuir com a melhoria dos serviços oferecidos a população.

Durante a pesquisa, foi verificado que a capital sergipana ainda não possui seu Plano de Mobilidade Urbana, como determina a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Isso pode acarretar alguns problemas para o município, pois, além de ser uma peça fundamental no planejamento da Mobilidade Urbana, esse documento está vinculado a liberação de recursos e o prazo estabelecido pela Lei 12.587/2012 para sua elaboração se encerra dia 11 de abril de 2019.

Foi constatado que há um projeto de lei de instituição desse Plano, mas ainda sem aprovação. O poder público municipal deve, portanto, dar uma atenção especial para este problema a fim de evitar o corte de recursos destinados à mobilidade urbana.

O principal objetivo deste trabalho foi elaborar uma estrutura de indicadores de desempenho voltada para o transporte público coletivo (quadro 9). Ela visa contribuir com a implantação de mecanismos de monitoramento para esse serviço, conforme preconiza o Projeto de Lei que instituirá o Plano de Mobilidade Urbana e, consequentemente, auxiliando os gestores públicos do município de Aracaju.

A utilização de indicadores de desempenho na Administração Pública visa monitorar a situação dos serviços disponibilizados a população. Portanto, é uma ferramenta bastante útil no acompanhamento dos resultados das políticas adotadas por ela, principalmente quando usado em conjunto com metas e objetivos estabelecidos.

Porém, somente a sua utilização não é suficiente, já que indicadores são utilizados apenas para monitorar a situação dos serviços. A melhoria do transporte público coletivo passa por diversas outras ações que devem ser postas em prática e a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana ajudará a defini-las.

Uma das ações essenciais na melhoria dos serviços do transporte público coletivo é a realização de licitação para a concessão da execução dos serviços. Foi constatado que a execução dos serviços é realizada através de contratos de permissão, descumprindo o que rege a PNMU no que concerne justamente a realização de licitação para concessão dos serviços. A licitação do transporte público é importante para a melhoria dos serviços disponibilizados à população, visto que nela serão definidos regras como direitos e deveres para os gestores, empresas e usuários.

Este trabalho não resolverá o problema do transporte público nem tão pouco da mobilidade urbana em geral, mas poderá ajudar. A melhoria do serviço como um todo deve ser alcançada com um esforço do poder público municipal na realização de diversas ações e trabalhos como este busca somente contribuir para isso.

E para pôr em prática essa ferramenta, deve haver um grande esforço por parte do poder público municipal no levantamento de dados, estes que subsidiarão o monitoramento das políticas públicas. Para isso, os gestores devem buscar um corpo técnico suficiente e qualificado e talvez o mais importante: vontade política.

Espera-se, portanto, que este trabalho incentive os gestores públicos municipais na utilização de indicadores de desempenho, visto que eles aparecem como uma ferramenta muito importante para a gestão e que a estrutura de indicadores proposta neste trabalho (quadro 9) auxilie nessa utilização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDALA, I. M. R.; PASQUALETTO, Antônio. Índice de Mobilidade Urbana

Sustentável em Goiânia como ferramenta para políticas públicas, 2013.

AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. Gestão da Qualidade na Administração

Pública – Histórico, PBQP, Conceitos, Indicadores, Estratégia, Implantação e Auditoria. Atlas, 2015.

ARACAJU. Lei Complementar nº 42 de 04 de outubro de 2000. Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju, cria o Sistema de Planejamento e Gestão Urbana e dá outras providências.

ARACAJU. Aspectos Geográficos. Site da Prefeitura Municipal de Aracaju.

Disponível em

<http://www.aracaju.se.gov.br/aracaju/?act=fixo&materia=aspectos_geograficos>

ARACAJU. Proposta do Plano Diretor de Mobilidade Urbana. Disponível em <http://www.smttaju.com.br/mobilidade-urbana/PLANO-DIRETOR-DE-

MOBILIDADE.pdf>

ARACAJU. SMTT: Apresentação. Site da Prefeitura Municipal de Aracaju. Disponível em: <http://www.aracaju.se.gov.br/transporte_e_transito>. Acesso em 23 jan. 2018.

BANDEIRA, Anselmo Alves. Indicadores de Desempenho – Instrumentos à

Produtividade Organizacional. 1ª ed., Qualitymark, 2009.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível

em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>

BRASIL. Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001 que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília, 10 de julho de 2001.

BRASIL. Política Nacional de Mobilidade Urbana: Lei 12.587/12 que institui as

diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Brasília, 03 de janeiro de

BRASIL. PLANMOB – Caderno de Referência para Elaboração de Plano de

Mobilidade Urbana. 2015.

BRASILEIRO, F. T. Plano de Mobilidade Urbana: Um Modelo Conceitual para o

Centro Histórico de João Pessoa (PB). Apresentado no Encontro da Associação

Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo em Porto Alegre, de 25 a 29 de Julho de 2016.

CAMPELO, Stephan Bentzen Campelo. Administração Pública no Brasil: Ciclos

entre Patrimonialismo, Burocracia e Gerencialismo, uma simbiose de modelos.

2010

CAMPOS, V. e R. RAMOS (2005). Proposta de indicadores de mobilidade urbana

sustentável relacionando transporte e uso do solo. Anais do PLURIS 2005: actas

do Congresso Luso Brasileiro para o Planejamento Urbano Regional Integrado Sustentável, 1. São Carlos, SP, Brasil.

CARPINETTI, L.C.R., Gestão da Qualidade – Conceitos e Técnicas. São Paulo, Atlas, 2010.

Costa, M.S.; Silva, A.N.R.; Ramos, R.A.R. (2004). Indicadores de mobilidade urbana

sustentável para o Brasil e Portugal. In: Contribuições para o Desenvolvimento

Sustentável em Cidades Portuguesas e Brasileiras. Ed.Coimbra, Portugal : Almedina. V.1, p. 83-97.

COSTA, M. S. Um Índice de Mobilidade Urbana Sustentável. Tese (Doutorado em Engenharia de Transportes) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos-SP, 2008.

DUARTE, Felipe; SANCHÉZ, Karina; LIBARDI, Rafaela. Introdução à Mobilidade

Urbana. 2ª ed. Curitiba-PR: Juruá, 2011.

FERRO, S. R. O. P. B.; FONSECA, V. Transporte público urbano: condições dos terminais de integração na região metropolitana de Aracaju. Interfaces Científicas – Direito, v. 1, n. 2, p. 9-17, 2013.

FRANZOI, Fabrisia. O impacto da redução do IPI dos veículos automotores, em

virtude da crise financeira. 2014.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Comunicado 128. A nova lei de

diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Disponível em <

http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/120106_comunicadoip ea128.pdf

ITDP – Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento. ITDP lança o

indicador PNT (People Near Transit). Disponível em: <itdpbrasil.org.br/pnt/>.

Acesso em 08 de fevereiro de 2018.

KARDEC, Alan; ARCURI FILHO, Rogério; CARVALHO, Nelson Cabral. Gestão

estratégica e avaliação do desempenho. Rio de Janeiro, RJ: ABRAMAN,

Qualitymark, 2002.

KARDEC, Alan; FLORES, Joubert; SEIXAS, Eduardo. Gestão estratégica e

indicadores de desempenho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.

LÓRA, R. M; CAMPOS, M. M. Mobilidade urbana em vitória (es): metodologia e

indicadores. IV ENANPARQ – Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-

Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Porto Alegre, 25 a 29 de julho de 2016. Sessão 21: Mobilidade Urbana, projeto urbano e sociedade. Disponível em: <http://anparq.org.br/dvd-enanparq-4/SESSAO%2021/S21-05-

LORA,%20R;%20CAMPOS,%20M.pdf>. 2016.

MACHADO, Laura. Índice de Mobilidade Urbana Sustentável para Avaliar a

Qualidade de Vida Urbana. Estudo de caso: Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA. Dissertação de Mestrado ao Curso de Pós-Graduação em

Planejamento Urbano e Regional – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS, 2010.

MARICATO, Ermínia. O Ministério das Cidades e a Política Nacional de

MERINO, Emilio; MACHADO, Laura. Modelo matemático para avaliar a

sustentabilidade da mobilidade. Editora Mackenzie, São Paulo, Cadernos de Pós

Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/cpgau/article/viewFile/6093/4403>. 2012

NASCIMENTO, Eclair. Licitação do transporte coletivo: Aracaju na contramão da

lei. Disponível em: <https://a8se.com/sergipe/noticia/2018/01/131871-licitacao-do-

transporte-coletivo-aracaju-na-contramao-da-lei.html>. Acesso em 23 jan. 2018.

PALADINI, Edson P. Gestão da qualidade: Teoria e Casos. 3ª ed., São Paulo, SP: Atlas, 2012.

PEREIRA, Bresser. Reforma do estado e Administração Pública Gerencial. 7ª Edição. Rio de Janeiro. Fundação Getúlio Vargas, 2006.

SECCHI, Leonardo. Modelos Organizacionais de Reformas da Administração

Pública. Artigo recebido em agosto/2008 e aceito em janeiro/2009.Revista de

Administração Pública

SILVA, Mariana Mara Moreira E; MOL, Guilherme Tavares Fontes. Reforma do

Estado e Modelos Organizacionais da Administração Pública: Evolução para um Modelo Democrático Participativo. 2015.

SIMIONE, Albino Alves, A modernização da gestão e a governança no setor

público em Moçambique. Revista de Administração Pública – RAP, vol. 48, núm. 3,

p. 551-570. 2014.

VASCONCELOS, D. A. Aracaju sob rodas: aspectos da mobilidade urbana sob o

viés do transporte público. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio

Ambiente) - Universidade Federal de Sergipe, 2014.

WILBERT, M.D.; SERRANO, A. L. M.; GONÇALVES, R. S.; ALVES, L. S. Redução do

imposto sobre produtos industrializados e seu efeito sobre a venda de automóveis no Brasil: uma análise do período de 2006 à 2013. 2014.

ANEXOS Anexo A – Estrutura de Indicadores proposta por Costa (2008)

Documentos relacionados