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Em 1876, logo após a publicação de Helena, Machado de Assis recebeu seu primeiro convite para integrar o time de folhetinistas da Gazeta de Notícias.1 No entanto,

envolvido com suas publicações no Jornal das Famílias e na Ilustração Brasileira, recusou a proposta, dizendo serem ―tantos e tais os trabalhos que pesavam sobre ele‖, que não se atrevia a tomar o folhetim da Gazeta2. Somente na década de 1880, Machado de Assis

finalmente aceitou fazer parte do quadro de colaboradores efetivos daquele jornal, dando início a uma parceria que se estenderia ininterruptamente até fevereiro de 18973. Sua

enorme produção neste periódico indica o quanto essa relação parece ter funcionado. Além de artigos, homenagens e poesias, Machado de Assis publicou na Gazeta 56 contos e 475 crônicas entre os anos de 1883 e 1897.4 Foram 14 anos fazendo parte do seleto grupo de

literatos que Ferreira de Araújo fez questão de manter trabalhando em seu jornal. Machado

1Através de Francisco Ramos Paz, amigo de Machado de Assis desde o tempo em que estiveram envolvidos

na tradução de O Brasil Pitoresco no ano de 1859, Elísio Mendes, sócio fundador da Gazeta de Notícias, convidou Machado de Assis a colaborar em seu jornal (MAGALHÃES JÚNIOR, Raimundo. Vida e Obra de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981, Vol.2, p.198).

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Magalhães Júnior afirma que a Gazeta de Notícias teve que esperar o desaparecimento do Jornal das Famílias e da Ilustração Brasileira para contar com a presença daquele que começava a ganhar destaque no cenário literário brasileiro (MAGALHÃES JÚNIOR, Vida e Obra de Machado de Assis, op.cit., p.198).

3 Machado de Assis, já em 1877, havia subscrito algumas poesias na Gazeta de Notícias, homenageando José

de Alencar e Camões, mas só vai figurar na relação de colaboradores efetivos do jornal entre os anos de 1881 e 1897. Nos anos seguintes, colaborou esporadicamente em 1899, 1900, 1902 e 1904 (SOUSA, José Galante de. Bibliografia de Machado de Assis, Rio de Janeiro: INL, 1955, p. 225).

4 Segundo John Gledson, Machado de Assis publicou 475 crônicas na Gazeta, ou seja, mais de três quartos da

sua produção no gênero, e mais da metade destas crônicas pertence à sua última série, ―A Semana‖, publicada entre os anos de 1892 e 1897 (ASSIS, Machado de. Bons Dias!, Edição, introdução e notas de John Gledson. 3ª ed. – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2008, p.15).

tinha grande admiração por Araújo, parceiro de trabalho, seu chefe durante tantos anos. O dono da Gazeta tornou-se uma referência para o literato. Em 1900, ano da morte do jornalista, Machado escreveu lamentando a perda não só do amigo, do ―jornalista emérito‖, mas da ―perpétua alegria‖. Escrevia que Ferreira de Araújo debatia os negócios públicos, expunha os problemas do dia-a-dia ―com a gravidade e a ponderação‖ que mereciam, mas que, com o ―riso‖, ―o bom humor expelia a cólera e a indignação deste mundo‖. ―Polemista que não deixou um inimigo‖, ―franco‖, jornalista, ―liberal sem partido‖, ―patriota sem confissão‖, Ferreira de Araújo foi descrito por Machado como aquele que mantinha em seus escritos um estilo ―vivo e conversado‖, o mesmo espírito com o qual fundara a Gazeta, que trouxe, na opinião do literato, ―vida nova ao jornalismo‖.5

Assim Machado de Assis via, em retrospectiva, o jornal para o qual escreveu as suas ―Balas de Estalo‖.

Entrar para a Gazeta de Notícias também foi para Machado o início de uma experiência jornalística distinta. Desde A Marmota Fluminense6, de Paula Brito, onde

iniciou sua carreira, Machado transitou por diferentes tipos de publicações, das literárias às acadêmicas. Escreveu para revistas humorísticas, como a Semana Ilustrada, publicações para senhoras da classe média, como A Estação7 e o Jornal das Famílias8, jornais

5―Ferreira de Araújo – 20 set.1900‖ in ASSIS, Machado de. Obra Completa, Organizada por Afrânio

Coutinho. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2004, vol.III, pp. 1019-1021.

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Jornal literário fundado por Paula Brito, A Marmota Fluminense (1849-1864) publicou no dia 12 de janeiro de 1885 um dos primeiros poemas de Machado, Ela. Em 1856, Machado iniciou sua colaboração fixa no jornal de Paula Brito com textos em prosa, intitulados ―Idéias Vagas‖ (MAGALHÃES JÚNIOR, Vida e Obra de Machado de Assis, vol.1, op.cit., p.19).

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Publicação quinzenal, editada pela tipografia Lombaerts, A Estação: jornal ilustrado para a família, que circulou no Brasil entre 1879 a 1904, era uma continuação brasileira da revista francesa La Saison publicada no Brasil entre 1872 e 1878. A revista dividia-se em duas partes com paginação independente, o ―Jornal de modas‖, assumidamente importada e traduzida da revista alemã Die Modenwelt , e a ―Parte literária‖, composta especialmente para a edição brasileira. Nesse suplemento, publicava-se ficção (conto, novela, romance), crônicas teatrais, críticas, resenhas, relatos de viagens, variedades, notícias, seções de entretenimento, belas artes. Machado de Assis colaborou neste jornal entre os anos de 1879 e 1886, publicando artigos, traduções, contos e romances. Entre as suas obras publicadas nessa revista para as senhoras fluminenses estão ―O Alienista‖, ―D. Benedita‖, ―Capítulo dos Chapéus‖, Casa Velha e Quincas Borba.(MEYER, Marlyse. ―De estação em estação com Machadinho‖. In: CÂNDIDO, Antônio. A crônica: o

engajados politicamente, como o Diário do Rio de Janeiro ou o Correio Mercantil9 e ainda

para revistas luxuosas e mais tradicionais como a Ilustração Brasileira. Já na década de 1880, a entrada para a Gazeta de Notícias vai colocá-lo em meio a uma nova realidade jornalística e literária. Fruto de um processo de modernização pelo qual a imprensa brasileira passou em finais do século XIX10, a Gazeta de Notícias, fundada em agosto de

1875 por Elísio Mendes, Manoel Carneiro e Ferreira de Araújo, nascia como um jornal popular e barato, cujo maior objetivo era atingir os mais variados públicos. Vendida por apenas dois vinténs11, ela rapidamente alcançou os 24 mil exemplares diários, distribuídos

por garotos-jornaleiros pelas ruas da cidade.12 Concorrente direta do ―sisudo‖ Jornal do

gênero, sua fixação, e suas transformações no Brasil. Campinas, SP: Editora da Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992).

8 Periódico dirigido ao público feminino, mantendo seções de economia doméstica, moda, artesanato, poesia,

entre outras, o Jornal das Famílias não se atinha somente a esses assuntos. Os autores dos textos, não raro, tratavam também de temas que eram debatidos na Rua do Ouvidor, no Rio de Janeiro. Entre eles estavam questões relacionadas à política, aos costumes e à literatura. O Jornal das Famílias foi uma iniciativa do editor francês Baptista Louis Garnier e circulou durante 16 anos (1863-1878) por diversas províncias brasileiras, mais Portugal e França, sendo as edições rodadas em Paris. Machado de Assis foi um dos colaboradores mais assíduos dessa publicação, escrevendo entre os anos de 1863 e 1878 (PINHEIRO, Alexandra Santos. Revista Popular (1859-1862) e Jornal das Famílias (1863-1878): dois empreendimentos de Garnier. 2002. 404p. Dissertação de Mestrado - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Assis, 2002. Ver também SILVEIRA, Daniela Magalhães da, Contos de Machado de Assis: leituras e leitores do Jornal das Famílias, Dissertação de Mestrado, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, 2005.

9 Correio Mercantil foi o nome que, a partir de 1848, recebeu o jornal fluminense O Mercantil, fundado em

1844, por Joaquim Alves Branco Muniz Barreto, que depois entregou a direção do jornal a Francisco Otaviano de Almeida Rosa (1825-1889). Criado em um momento em que os jornais, ao lado dos panfletos, assumiram no Brasil o papel de instrumentos de lutas partidárias pelo poder no Império, o Correio Mercantil contou com a participação de Machado de Assis a partir de 1859. Este jornal contou com a colaboração de nomes como Manoel Antonio de Almeida, entre os anos de1854 e 1856, e José de Alencar que publicou neste periódico a série ―Ao correr da pena‖ em 1854 (SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 4ª ed., 1999, p.190).

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A década de 1880 marca um importante momento da história da imprensa brasileira com o surgimento de grandes jornais que se estabeleceram na cidade do Rio de Janeiro. Entre eles estão a Gazeta da Tarde (1880), O País (1884), A Notícia (1884), o Diário de Notícias (1885) e a Cidade do Rio (1888). (SODRÉ, História da imprensa no Brasil, op.cit., pp.222-249).

11 A Gazeta de Notícias, em 1881, era vendida a 40 réis – preço que passa a ser adotado também pelos outros

grandes jornais que surgiam no período, como O País e o Diário de Notícias. Sua tiragem, no mesmo ano, era de 24 mil exemplares – enquanto a do jornal O País, em 1885, ainda era de 15 mil (PEREIRA, Leonardo A. de Miranda. O Carnaval das Letras: literatura e folia no Rio de Janeiro do século XIX, 2a. ed., Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004, p54).

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Como anunciado na Gazeta de Notícias em seu prospecto de 1875, o jornal passaria a ser vendido nos principais quiosques, estações de bondes, barcas e em todas as estações da Estrada de Ferro D. Pedro I, não

Comércio, a nova folha defendia, já em seu prospecto, um compromisso com a leveza, com a jovialidade, com o bom humor e, principalmente, com o ―gosto do público‖. 13

Comandada por Ferreira de Araújo, a Gazeta de Notícias possuía características que a transformaram em um marco importante para o jornalismo brasileiro. ―Barata, popular e liberal‖, como definiu Werneck Sodré, ela colocou ao alcance do grande público não só notícias, colunas de atualidades, política, piadas, como também as artes e, principalmente, a literatura.14 Contando com a presença de renomados literatos em suas páginas15, em poucos

anos de existência o jornal de Ferreira de Araújo passou a ser conhecido como um grande divulgador e financiador da literatura16, fazendo desta um chamariz para o seu jornal. Já em

finais da década de 1880, a Gazeta de Notícias era apontada como um dos três maiores jornais da cidade, ao lado do tradicional Jornal do Comércio e d‘O País, que em 1885 contava com uma publicação de 15mil exemplares17. Se até o terceiro quartel do século

XIX a imprensa brasileira esteve profundamente ligada ao jornalismo político, de opinião, a partir da década de 1870 novos assuntos foram sendo incorporados a essas publicações, dando origem a um jornalismo com larga cobertura da área política, mas também cada vez mais informativo e literário. A publicação integral de contos, poesias, folhetins, piadas e, dependendo mais de assinaturas para ser distribuída aos leitores (―Prospecto‖, Gazeta de Notícias, 02/08/1875).

13 ―Prospecto‖, Gazeta de Notícias, 02/08/1875. 14

SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil, op.cit.224.

15Colaboraram para a Gazeta de Notícias nomes como Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Aluísio Azevedo,

Coelho Neto, Pardal Malet, José do Patrocínio, Olavo Bilac e o próprio Machado de Assis. Sobre a relação do jornal de Ferreira de Araújo e a Literatura, Olavo Bilac escreveu: ―Não era pois o desejo de ganhar dinheiro que me impelia para esta formosa Gazeta [...]. Eram Eça de Queiroz, Machado de Assis, Ramalho Ortigão, tantos outros... Quando as minhas mãos abriam a Gazeta, e os meus olhos liam o nome de alguns desses mestres, assinando um soneto, uma crônica, uma novela, parecia-me estar vendo um ídolo, incensado pela admiração e pelo aplauso de um milhão de homens. É que a Gazeta, naquele tempo era consagradora por excelência [...] (Bilac, Olavo. ―Crônica‖, Gazeta de Notícias, 02/08/1903).

16Além de ficar conhecida pela grande abertura aos escritos literários, Gazeta de Notícias ficou conhecida

como um dos jornais que melhor remunerava seus colaboradores, o que acentuava ainda mais a imagem de Ferreira de Araújo como um grande incentivador da literatura (BARBOSA, Marialva. Os donos do Rio. Imprensa, Poder e Público. Rio de Janeiro: Vício de Leitura, 2000, pp. 44-45).

principalmente, da crônica política, teatral, social, de costumes foram ganhando novos espaços. Surgia uma imprensa que fixava suas bases comerciais, que se adaptava às novas técnicas e materiais e que queria ampliar o seu público para além da elite política e literária nacional. Reflexo de mudanças urbanas e de uma diversificação de atividades e interesses da população brasileira, e especialmente da carioca, a imprensa criava suas respostas a uma nova urbanidade, que se dizia agora mais ―moderna‖ e heterogênea. E a Gazeta de Notícias surgia, então, como uma espécie de ―produto resultante‖ dos ―novos atributos e expectativas dessa vida urbana – pública e privada – da cidade‖. Segundo Ribeiro, o conceito de ―popularidade‖ relacionado a Gazeta é relativo principalmente ao ―exercício, praticamente inédito, de uma política editorial francamente voltada para o diálogo com as camadas médias da sociedade – pequenos e médios comerciantes, profissionais liberais, estudantes, mulheres‖18

. A idéia do jornal era ampliar, diversificar, tornar acessível o conteúdo do jornal.

Assim, Machado de Assis, ao aceitar o convite da Gazeta em 1881, entrava para um periódico que já em 1880, cinco anos após a sua fundação, tinha conseguido dobrar a sua tiragem, passando dos 12 mil para os 24 mil exemplares, concretizando a sua popularidade junto ao público carioca. Mais do que a revolução do jornalismo brasileiro - que pode ser problematizada e até mesmo questionada em determinados aspectos -, era inegável o rápido sucesso da Gazeta de Notícias. Não só o sucesso nas vendas vale ser lembrado, mas também a memória que já em finais do século XIX foi sendo construída sobre este jornal. Vários intelectuais colaboraram na construção da imagem de um jornal popular para a Gazeta, de grande acontecimento, de instrumento de transformação da imprensa no

18Cf. RIBEIRO, Lavina Madeira. Imprensa e Espaço Público: A Institucionalização do jornalismo no Brasil (1808-1964). Tese de doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP: 1998, 360p, pp. 119-130.

Brasil19, de uma empresa que investia em literatura. O próprio Machado de Assis, em artigo

comemorativo ao aniversário de 18 anos do jornal, escreveu sobre a importância do periódico, dizendo que concordava com seu amigo Capistrano de Abreu, quando este afirmava ter sido a Gazeta, juntamente com o bonde, um dos maiores acontecimentos da cidade nos últimos trinta anos20.

Comparada ao bonde, que nas palavras de Machado era o ―meio de locomoção essencialmente democrático‖ 21

, a Gazeta, para ele, trazia a cidade e o seu cotidiano ao alcance de um número cada vez maior de pessoas. Se Machado já havia escrito que o jornal era a ―verdadeira forma da república do pensamento‖, ―locomotiva intelectual em viagem para mundos desconhecidos‖, a ―literatura comum‖, ―universal‖, ―altamente democrática‖ e que, ―reproduzida todos os dias‖, levava a ―frescura das idéias‖ e o ―fogo das convicções‖

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, a Gazeta de Notícias, independentemente de questionamentos sobre o seu real caráter revolucionário, parecia, para Machado, uma importante oportunidade de colocar essas concepções em prática. Se pensarmos que a colaboração do literato neste jornal se estendeu

19 José Veríssimo, por exemplo, escreveu sobre a Gazeta: ―jornal barato, popular, livre de compromissos

partidários ou semelhantes, e também o jornal fácil de fazer, sem sistema na distribuição de matérias, à portuguesa. Escritores dos mais estimados, e realmente distintos, do tempo, dando a sua colaboração à Gazeta a tornaram querida em todo o país, onde a sua grande liberdade de apreciações e conceitos, a sua veia espirituosa, a sua variedade e leveza a fizeram popular‖ (VERÍSSIMO, José. Livro do Centenário (1550- 1900), Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900, p.41).

20Em sua crônica de ―A Semana‖, Machado escrevia que antes da Gazeta, poucos jornais se vendiam de

forma avulsa. A venda avulsa tornou o jornal acessível a um número maior de pessoas. Observou que as outras folhas, antes da Gazeta, ―não tinham o domínio da notícia e do anúncio, da publicação solicitada, da parte comercial e oficial‖ e que, no geral, ―serviam a partidos políticos‖. Com a Gazeta, tudo havia mudado, não só o jornal era vendido nas ruas da cidade, como a ―notícia‖, a ―pilhéria‖, a ―crítica‖, ―a vida, em suma‖, passaram a ser vendidas ―por dois vinténs escassos‖. Segundo Machado, a Gazeta, ao ser criada, agradou aos que não eram ―excessivamente graves‖, que davam ―apreço à nota alegre‖ e que gostavam ―daquele modo de dizer as coisas sem retesar os colarinhos‖ (ASSIS, Machado de. A Semana: crônicas (1892-1893. Edição, introdução e notas de John Gledson. São Paulo: Editora Hucitec, 1996).

21 Segundo Machado, com os bondes o acesso ao centro da cidade ficava ao alcance de todos aqueles que ali

desejassem desembarcar, ricos e pobres, que não mais dependiam dos carros de aluguel, coupés ou mesmo das antigas e famosas ―diligências‖, com números restritos de lugares e com suas poucas viagens (―Balas de Estalo‖, Gazeta de Notícias, 04/07/1883).

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―O Jornal e o Livro‖, texto publicado em 12 de janeiro de 1859, no jornal Correio Mercantil (ASSIS, Machado de. Obra Completa, op.cit., p.943).

por mais de 15 anos, podemos concluir que, em alguma medida, o jornal de Ferreira de Araújo correspondia a estas idéias de Machado. Uma parceria que daria início a uma nova e prolongada fase na trajetória literária de Machado de Assis.