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QU ALIFICA ÇÕ ES PARA DIAC ON ISAS

II A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS

3. QU ALIFICA ÇÕ ES PARA DIAC ON ISAS

De modo incomum, Paulo insere, em 1 Timóteo 3.11, qualificações relativas a “mulheres”, equiparando-as aos diáconos em suas qualifica ções. Diz o apóstolo: “D a mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo” (1 Tm 3.11 — grifo nosso). Por que Paulo fez essa inserção? Quem seriam essas mulheres? Seriam as mulheres em geral? Certamente, não, pois o contexto anterior e poste rior refere-se aos diáconos. São as esposas dos diáconos? Poderiam ser.

Mas há um a terceira interpretação, a de que Paulo se refere a mulhe res diaconisas, visto que o assunto em apreço são as qualificações para o diaconato. A expressão “da mesma sorte” dá a entender que se tratam de mulheres que devem ter as mesmas qualificações para a diaconia. Seriam diaconisas. E suas qualificações teriam que ser as mesmas, exigi das para os diáconos (“da mesma sorte...”), destacando apenas quatro:

1) “Honestas”. Qualidade idêntica à que se exige dos diáconos, no que tange à integridade, honradez, decoro, decência, dignidade. Mu lheres “sérias no seu viver” (Tt 2.4).

2) “Não maldizentes”. No original, maldizente é diabolos, que tem o sentido de acusar, caluniar, difamar, falar com malícia. As mulheres cristãs, em função de diaconia, ou não, jamais devem emprestar sua boca para caluniar, difamar ou falar mal da vida de quem quer que seja.

3) “Sóbrias”.  Qualificação idêntica que se exige do bispo ou do diácono. É ser moderada, contida, comedida, simples, sem exageros; essa sobriedade deve ser cultivada no falar, no agir, no modo de vestir, de entrar e sair, diante da igreja, para que não deem motivo para mur murações ou críticas.

4) “Fiéis em tudo  Fiel é aquele “Que guarda fidelidade, que cum pre seus contratos: fiel a suas promessas. Constante, perseverante” (Di cionário Aurélio online). Uma serva de Deus, que executa importante trabalho, na igreja, precisa ter essa qualidade cristã. Fiel na igreja, fiel

O D i á c o n o

Tradicionalmente, as igrejas cristãs em geral não consagram mu lheres a diaconisas. Mas, nos últimos anos, é grande o número de igre  jas que o fazem, dando às mulheres a oportunidade de servirem como diaconisas. Nas epístolas, vemos exemplo bem marcante de que, na Igreja Primitiva, havia diaconisa. Um exemplo significativo é o de Febe. Escrevendo aos romanos, Paulo faz recomendação especial acerca dela: Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja  que está em Cencreia, para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospe dado a muitos, como também a mim mesmo” (Rm 16.1,2).

C

o n c l u s ã o

O diácono é um oficial da igreja que pode exercer diversas tarefas, todas muito importantes, nas igrejas locais. Não deve ser considerado um “subalterno” dos “superiores” da igreja. Os diáconos foram institu ídos para cuidar de “importante negócio”, quando a comunidade cris tã cresceu e surgiram problemas que demandavam atenção e cuidado, principalmente quanto aos necessitados e carentes sociais. Hoje, eles são utilizados em trabalhos diferentes, mas seu valor deve ser conside rado pela liderança das igrejas. Em sentido lato, todos somos diáconos, pois todos somos servos de Deus.

A M

u l t i f o r m e

Sa b e d o r i a

D

e  DEUS

“Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja  conhecida dos principados e potestades nos céus” (E f3 .10).

A

pós o estudo sobre os dons de Deus, podemos constatar que sua sabedoria transcende a tudo o que se pode entender com a limitada percepção do homem. Enquanto a sabedoria hu mana é compartimentada ou segmentada em áreas do conhecimento, a sabedoria de Deus é multiforme. Ele a manifestou desde a criação, quando sua mente divina imaginou trazer à realidade as coisas criadas, incluindo o universo imenso, formado de planetas e estrelas, bem como o homem e os seres vivos da natureza, numa demonstração de planeja mento perfeito, jamais alcançado pela mente humana.

O salmista teve a visão da sabedoria e do poder criador de Deus, ao exclamar: “O Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas” (SI 104.24). Só o homem incrédulo, em sua arrogância e presunção, não percebe que a grandeza do universo, ou do macrocosmo, bem como a imensa complexidade do microcosmo, observado nos microuniversos das células ou das moléculas dos elementos da natureza, não podem ter sido fruto do acaso cego, mas de uma mente sobrenatural, dotada

A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS

“O Senhor, com sabedoria, fundou a terra; preparou os   céus com inteligência” (Pv 3.19). A sabedoria de Deus e sua inteligência divina sempre agiram juntas para que o Eterno alcançasse seus objetivos e propósitos, ao criar todas as coisas.

Mas foi no plano espiritual, que transcende às coisas materiais do universo, que Deus demonstrou sua multiforme sabedoria de forma tão elevada, que é considerada um verdadeiro mistério que só a revelação divina pôde trazer à luz, ao conhecimento do homem, por meio do Espírito Santo. Paulo diz que esse mistério foi revelado de maneira muito especial, por misericórdia e bondade de Deus, pelo Espírito Santo, “aos seus santos apóstolos e profetas”, bem como à Igreja do Senhor:

Essa multiforme sabedoria de Deus, que tudo criou pelo poder so brenatural de sua palavra, a ponto de trazer à existência todas as coisas, a partir do nada absoluto, transformou-se em uma relação de amor para com o homem. Mesmo sabendo de antemão que o homem iria cair em desobediência, em seu plano divino, por sua graça e misericórdia, Deus enviou Jesus, para salvar o homem da tragédia do pecado. E Cristo manifestou-se como a encarnação da sabedoria de Deus: “Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo,

 poder de Deus e sabedoria de Deus ” (1 Co 1.24 — grifo nosso).

A Igreja — o Corpo de Cristo, reúne os “chamados, tanto judeus como gregos” ou gentios, para proclamar a salvação de Deus à huma nidade. Por ser a representante de Deus na Terra, ela é alvo dos mais terríveis ataques do Inimigo de Deus, que, mesmo condenado em úl tima instância, no Tribunal Divino, e sabendo que seu fim é o inferno, procura destruir a comunidade dos salvos e remidos por Cristo. Diante dessa realidade, Deus tem concedido à igreja recursos especiais, que são os dons espirituais e os dons ministeriais, já estudados nos capítulos anteriores, para edificação e força para cumprir a sua missão. O dom de sabedoria, ao lado dos outros dons, concede parte da multiforme sabedoria de Deus a seus servos para que saibam como agir, como vi ver, como proceder e atuar, diante da missão que lhes foi confiada de proclamar o evangelho por todo o mundo a toda a criatura. Os dons

D o n s Es p i r i t u a i s & M i n i s t e r i a i s

I - Q 

u a n t o s s ã o o s d o n s

E

s p i r i t u a i s

Os dons espirituais são variados, como recursos usados pelo Espírito Santo para manifestar o poder de Deus e sua multiforme sabedoria, através de instrumentos humanos, usados para a edificação e o fortalecimento espiritual da igreja. Os dons devem ser buscados com humildade e discernimento. “Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1 Co 14.12). A lista de dons espirituais pode ser vista em dois sentidos: restrito e amplo, como resumimos a seguir.