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O M INISTÉR IO D E CARÁTER AP O STÓ LICO ATUAL Como demonstrado, o ministério dos Doze, ou do colégio apostóli

II APÓSTOLO PAULO

3. O M INISTÉR IO D E CARÁTER AP O STÓ LICO ATUAL Como demonstrado, o ministério dos Doze, ou do colégio apostóli

co, náo se repete. Nenhum dos Setenta, nem qualquer dos apóstolos da Igreja Primitiva; ou dos tempos antigos, modernos, atuais, ou futuros,  jamais terá seu nome nos fundamentos da Nova Jerusalém. Aqueles Doze foram únicos. Não há sucessão apostólica, como entende a Igreja Católica. Referindo-se aos apóstolos de Jesus, no sentido especial, a

Bíblia de Estudo Pentecostal  diz: “O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do Novo Testamento não têm sucessores”.6

Atualmente, o que podemos ver como ministério de caráter apostó  lico, é o trabalho dos missionários, quando são enviados para desbravar campos, em países de povos não alcançados pelo evangelho de Cristo. Se um missionário vai assumir um trabalho que já está estabelecido, cujas bases e desenvolvimento deveram-se ao esforço de outros com panheiros, não pode dizer que faz um trabalho de apóstolo, e sim, de pastor ou evangelista.

Paulo ensina que Jesus, depois de subir ao alto e levar “cativo o cati veiro”, “deu dons aos homens”. Observando o texto bíblico, de Efésios 4.11, lemos: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). Esses “homens-dons”, concedidos por Deus e seus ofícios ou ministérios, têm por finalidade alcançar a “unidade do Espírito” (Ef 4.3), visando “o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério” e a “edificação do corpo de Cristo” . Dessa forma, se existe atualidade para os ofícios de “profetas”, “evangelistas” e “doutores” ou “mestres”, por que não deveria haver atualidade do ofício do apóstolo?

O APÓSTOLO

veis à unidade e à edificação do corpo de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey, cognominado “pai das missões modernas”; Adoniran Judson, Hudson Taylor, D. L. Moody, Jorge Müller, Smith Wigglesworth, Gunnar Vingren, Daniel Berg, Richard Wurmbrand, e tantos outros, em tempos mais recentes, podem ser considerados ver dadeiros apóstolos de Jesus. São homens que expuseram suas vidas para levar a mensagem do evangelho aos mais longínquos lugares do mundo.

Patzia afirma: “Visto que a Igreja de hoje não tem lugar para o cargo  de apóstolo, por exemplo, a tentação é encontrar-se uma contrapartida contemporânea nos líderes eclesiásticos, como superintendentes ou supervisores”.7 Há realmente, essa “tentação” , de se buscar aplicação para o termo “apóstolo”, a funções que pouco ou nada têm de apostólicas.

C

o n c l u s ã o

Concluindo, podemos afirmar com bastante fundamento escriturístico, que o ministério apostólico, nos moldes do Colégio Apostólico, não existe mais. Porém, o ministério de caráter apostólico, desenvolvido por missionários e evangelizadores, com a finalidade de estabelecer igrejas, em diversos lugares, é perfeitamente atual. Velhos pastores, que, nos primórdios da evangelização do País, andaram a pé, no lombo de jumentos ou de cavalos, de canoa, de jangadas ou barcos, muitas vezes não tendo lugar certo para pousar, também podem ser considerados apóstolos modernos, ainda que seus cargos fossem de pastores ou de evangelistas. Nos dias atuais, também há homens e mulheres de Deus, arriscando suas vidas, em países inimigos do evangelho. São verdadeiros apóstolos da Igreja de Jesus Cristo.

O PROFETA

“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lu   gar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar,

socorros, governos, variedades de línguas” (1 Co 12.28).

N

este capítulo, discorremos sobre o dom ministerial de profeta, na igreja cristá. É um assunto que envolve dificuldades de interpretação, tendo em vista alguns aspectos que parecem não estar bem claros, no texto neotestamentário. Quando se estuda a missão dos profetas, no Antigo Testamento, normalmente, não há grandes questionamentos. Mas, no âmbito do Novo Testamento, per sistem algumas indagações. Há dúvidas acerca da correlação entre o dom de “profeta” e o dom espiritual de “profecia”. O profeta, na igreja atual é um dom ou é um ofício? E um cargo ministerial, como alguém utiliza, acima dos demais? Já existem igrejas em que seu titular já foi pastor, bispo, apóstolo e, atualmente, é chamado de “o profeta”!

A Igreja Primitiva é o modelo ideal a ser seguido pelas igrejas cris tãs ao longo da História. Mesmo considerando algumas especificidades ministeriais, face ao contexto histórico e cultural de sua época, o que foi ensinado por Jesus e por seus apóstolos, ao longo do desenvolvimento das igrejas locais, tem valor essencial para quaisquer igrejas, em todos

O PROFETA

Em momentos cruciais, quando as adversidades ameaçavam a co munidade cristã, homens de Deus eram levantados para transmitir a mensagem de orientação, necessária para sua estabilidade. Os profe tas do Novo Testamento não eram pessoas procuradas por irmãos ou grupos de irmãos, com a finalidade de buscarem orientações pessoais. Eles eram usados, em momentos especiais, quando havia uma necessi dade de uma palavra especial da parte de Deus. E o faziam de modo espontâneo, sem qualquer ideia de premeditação ou direcionamento da parte do profeta, como ocorre, infelizmente, em alguns lugares, nos dias presentes. Também não tinham o ofício de profeta, idêntico ao dos profetas do Antigo Testamento.

O profeta do Antigo Testamento era um homem que, além de transmitir a mensagem de Deus, tinha outras atribuições de ordem nacional. N a unção dos reis, eram os profetas que tinham a incumbên cia de derramar o azeite santo da unção sobre a cabeça dos governantes (1 Sm 16.1; 1 Rs 19.16).

No Novo Testamento, o profeta tem função essencialmente voltada para o âmbito da igreja local. Mas, de modo geral, o profeta da igreja cristã atende à necessidade de edificação, exortação e consolação dos crentes (1 Co 14.3). Uma pessoa pode ter o dom espiritual de profecia sem ter o dom ministerial de profeta. Não se pode dizer que a igreja do século XXI não precisa mais de profetas. Considerando que, antes da Vinda de Jesus, está prevista terrível manifestação da apostasia (2 Ts 2.3), é indispensável que a igreja local tenha a presença da manifestação do Espírito Santo, tanto através do dom de profecia, como a palavra sábia e edificante dos profetas de Deus.

O profeta de hoje não tem a missão de ungir reis ou profetas em seu lugar, mas tem a grave responsabilidade de transmitir a mensagem de Deus, nos momentos necessários, no tempo certo, para pessoas ou para a comunidade cristã. Essas mensagens são de grande valia, para denunciar as ameaças ou existência de pecados que comprometem a integridade espiritual do Corpo de Cristo.

Nas igrejas, é comum surgirem irmãos que têm o dom de profecia ou o dom ministerial de profeta, e, com o passar do tempo, tornarem- se soberbos, achando que são superiores aos demais, e até aos líderes. Ê

D o n s Es p i r i t u a i s & M i n i s t e r i a i s

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No Antigo Testamento, o ofício do profeta era de âmbito nacional. Quando Deus levantava um profeta, conferia-lhe a missão de falar em seu Nome para toda a nação e até para povos estranhos.