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II A IMPORTÂNCIA DO DOM MINISTERIAL

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1. O DISCIPULAD O PERM ANEN TE

D o n s Es p i r i t u a i s & Mi n i s t e r i a i s

dos novos convertidos. Mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições da Escola Dominical. O discipulado cristão é para toda a vida. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou “por tempo de serviço”. O pastor ou bispo deveria ser também mestre e ter sempre a capacidade para ensinar. Diz Paulo: “Convém que o bispo s eja .... apto a  ensinar  ’ (1 Tm 3.2 — grifo nosso). Em Efésios 4.11, o dom ministerial de “pastores” vem bem junto ao de “doutores”. Mas nem sempre esses dois dons são encontrados em todos os pastores. Por isso Deus resolveu designar algumas pessoas com a missão de dedicar-se ao ensino (cf. Rm 12.7). “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores...” (1 Co 12.28).

A missão dos mestres ou doutores, nas igrejas, é de grande valor. Os pregadores, os evangelistas ou os missionários pregam a Palavra de Deus, atraindo as almas para Cristo. Os novos convertidos são como “crianças” espirituais, que precisam receber o alimento espiritual de acordo com o seu tempo de conversão; os crentes mais antigos, supos tamente, devem ter mais maturidade; mas todos precisam do ensino fundamentado, que expresse a sã doutrina. Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2 Pe 3.18).

2. O PAPEL DOS MESTRES

A necessidade do ensino da Palavra de Deus requer pessoas prepa radas para ministrá-la com sabedoria, graça e unção da parte de Deus. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem infor mações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja.

Quando o pastor da igreja local reúne em si a condição de pastorear e ensinar, a igreja é bem servida com o ensino bem fundamentado que atende às necessidades espirituais dos crentes. Mas, como foi dito antes, nem todo pastor é mestre. Mas todos são apascentadores, que zelam,

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estudos valiosos e profundos para a edificação dos crentes. Diz o pastor Elienai Cabral: “Igrejas sem mestre são igrejas fracas espiritualmente. Por isso, deve-se reconhecer a importância e a necessidade do ministério do ensino. È através do ensino sadio e racional, inspirado pelo Espírito Santo, que a igreja se justifica contra as falsas doutrinas e que se fortifica contra os ataques espirituais de Satanás”.4

3. REQ UISITOS PARA SER UM BOM M ESTRE

Um bom ensinador, mestre ou doutor é pessoa que, usada por Deus, na unção do Espírito Santo, pode muito contribuir para a edi ficação espiritual e moral dos crentes. O Eclesiastes resume o valor dos que ensinam com a sabedoria de Deus: “As palavras dos sábios são como aguilhões e como pregos bem fixados pelos mestres das congre gações, que nos foram dadas pelo único Pastor” (Ec 12.11). Para ser um bom mestre, na igreja, são necessários alguns requisitos.

do... que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15a). Um bom mestre deve ser um obreiro aprovado por Deus, e não apenas nas facul dades de teologia ou seculares. O que ensina deve ser aprovado:

a) No testemunho pessoal (1 Tm 4.16; 2 Tm 4.5); b) Na vida familiar (SI 128.1);

c) N a vida social (M t 5.16); d) Na igreja (Ec 5.1,2).

é mestre precisa ser exemplo dos fiéis (1 Tm 4.12). Deve ter uma vida íntegra, para não ser alvo de acusações por parte dos que o ouvem ou dos de fora da igreja. Se um ensinador dá escândalo compromete seu nome, sua imagem e seus ensinos.

) presentar-se a eus  “Procura apresentar-te a Deus aprova

) “Q ue nã o em d e que e envergonh ar. ”  (2 Tm 2.15b). Quem

DONS ESPIRITUAIS & MINISTERIAIS

igreja. Seu manual de ensino é a Bíblia Sagrada. Ele deve conhecer bem a Palavra para poder preparar estudos, mensagens e reflexões a serem compartilhadas, verbalmente ou por escrito, para a edificação da igreja. Devem ser “aptos para ensinar” (1 Tm 3.2; 2 Tm 2.24). Para ter esse manejo, é preciso que o mestre ou doutor tenha certos cuidados:

a) Seja um leitor persistente e estud ioso da Bíblia (1 Tm 4.1 3).

b) Seja dedicado ao ensino (Rm 12.7b). Essa dedicação exige esfor ço e disciplina para o desenvolvimento de um ministério frutífero;

c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico (2 Tm 4.13). Os bons livros não substituem a Bíblia, mas, quando são escritos por ho mens de Deus, são excelentes auxílios ao preparo de estudos e mensagens; d) Procure conhecer versões variadas da Bíblia, principalmente as de estudo bíblico, examinando seus comentários, para evitar inserções heréticas, em suas notas;

e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas.

f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e se culares), que tenham subsídios para fortalecer o ensino.

g) Tenha preparo teológico. Um curso teológico de boa qualidade não faz um excelente mestre no ensino da Palavra de Deus. Esse é feito por Deus. Co ntu do, o curso dá um a visão ampla do estudo sistemático da Palavra de Deus, a partir da Teologia Sistemática e suas divisões; da Hermenêutica, da Homilética, da História da Igreja, da Geografia Bí blica, Ética Pastoral, Didática, Psicologia, etc... A Bíblia diz: “Examinai tudo. Pretende o bem...” (1 Ts 5. 21). Um mestre deve ter conhecimen tos acima da média de seus alunos.

Tiago adverte que muitos náo queiram ser mestres (doutores ou professores), visto que “receberemos mais duro juízo” (Tg 3.1). Diante disso, é importante que os mestres sejam pessoas cuidadosas no exercício de sua missão, pautando-se pelos princípios éticos e morais

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III

- O ENSINO NA IGREJA NO PRIMEIRO