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PARTE II RESULTADOS 76

5   Resultados da pesquisa na Web of Science 117

5.1   Rede de pesquisadores em leishmaniose 119

5.1.1   Análise bibliométrica das publicações em leishmaniose 121

O número de publicações por triênio está indicado à frente do período e logo após os parênteses. Estes contêm o número do triênio para efeito de acompanhamento nas tabelas a seguir: 1984 a 1986 (1) – 112 publicações; 1987 a 1989 (2) – 86 publicações; 1990 a 1992 (3) – 168 publicações; 1993 a 1995 (4) – 202 publicações; 1996 a 1998 (5) – 225 publicações; 1999 a 2001 (6) – 304 publicações; 2002 a 2004 (7) – 417 publicações; 2005 a 2007 (8) – 625 publicações; 2008 a 2010 (9) – 939 publicações; 2011 a 2013 (10) – 1.133 publicações.

Observe-se que o número de publicações aumentou mais de dez vezes entre o primeiro período e o último. Destaque-se que o ano de 2014 não foi incorporado em razão de a busca ter sido realizada em setembro desse ano, não correspondendo à produção total do ano.

Na Tabela 11 são expostos os 15 pesquisadores que reportaram filiação a instituições brasileiras e que possuem mais de cinquenta publicações no período. Pode-se notar que a maioria dos pesquisadores apresenta publicações em todos os triênios, apesar de haver variações. Apenas seis deles não têm publicações registradas em um ou mais períodos segundo as publicações recuperadas da WoS. No caso do pesquisador Marsden, este possui um alto número de publicações nos primeiros períodos e nenhuma publicação registrada nos últimos períodos. Isso pode ser consequência de sua aposentadoria ou de uma mudança em sua linha de pesquisa. No caso do pesquisador Meyer-Fernandes acontece o oposto do caso anterior, com nenhuma publicação na área nos primeiros períodos, mas rapidamente se tornando um pesquisador com alto número de publicações no último período. Um aprofundamento nessas duas características de autores pode ajudar a entender o ciclo de vida de um pesquisador na área e qual o caminho que outros pesquisadores devem seguir para garantir uma alta produtividade e participação na área.

TABELA 11. Número de publicações por ano dos 15 pesquisadores com mais de 50 publicações nos triênios avaliados

Pesquisadores Triênios Soma 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 CARVALHO, E. M. 153 26 18 27 13 9 13 17 13 5 12 BARRAL, A. M. 144 26 20 23 15 6 9 14 18 6 7 BARRAL-NETTO, M. 118 22 18 14 12 5 7 12 16 7 5 SHAW, J. J. 76 5 2 3 13 7 6 6 16 11 7 GRIMALDI, G. 92 8 9 5 6 9 15 9 16 6 9 LAINSON, R. 65 0 8 5 5 1 4 4 16 14 8 BRAZIL, R. P. 76 24 19 12 6 8 1 0 2 0 4 MAYRINK, W. 70 4 13 15 9 11 3 3 5 2 5 REED, S. G. 74 3 3 2 3 10 5 19 12 7 10 CUPOLILLO, E. 68 15 15 7 12 5 6 7 1 0 0 LEON, L. L. P. 65 13 13 10 18 3 3 2 2 0 1 BADARO, R. 62 2 2 4 2 5 5 12 13 7 10 SCHUBACH, A. O. 57 15 18 12 2 1 6 1 2 0 0 MARSDEN, P. D. 52 0 0 00 2 2 3 13 6 26 MEYER-FERNANDES, JR. 51 13 11 8 9 9 1 0 0 0 0

A segunda análise de temporalidade aplicada aos artigos abrangeu as categorias definidas pela WoS. Essa análise é bastante importante para se entender o quanto determinados temas são mais ou menos utilizados na área de interesse, no caso das leishmanioses, ou em que área determinado tipo de estudo é mais prevalente. Neste caso específico estão sendo analisadas somente publicações com pelo menos um pesquisador afiliado a alguma instituição brasileira. Assim, esses dados também podem servir de base para analisar o quanto certas categorias estão tornando-se mais ou menos evidentes nas pesquisas realizadas por instituições brasileiras.

Na Tabela 12 são apresentadas as vinte categorias mais relevantes ou que apareceram com maior frequência entre as publicações encontradas. Um mesmo artigo pode conter uma ou mais categorias definidas pela WoS, de acordo com seu tema, área de estudo e revista na qual foi publicado.

TABELA 12. Avaliação temporal das categorias da Web of Science

Categorias no WoS Triênios

Soma 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

Parasitology 1.286 325 273 196 133 113 83 70 63 19 11

Tropical Medicine 1.125 278 243 157 75 73 66 61 86 37 49

Immunology 575 98 113 114 76 46 39 33 23 14 19

Public, Environmental & Occupational Health

480 94 93 69 28 33 26 31 36 26 44

Infectious Diseases 380 109 66 71 54 29 16 16 9 6 4

Biochemistry & Molecular Biology 387 91 65 60 57 53 20 27 12 1 1

Veterinary Sciences 344 116 104 70 28 16 6 2 0 2 0

Microbiology 322 61 50 70 59 32 17 19 6 2 6

Pharmacology & Pharmacy 253 93 75 30 34 15 3 1 2 0 0

Chemistry, Medicinal 191 83 55 25 21 6 1 0 0 0 0

Medicine, Research & Experimental 176 23 38 20 20 16 12 17 7 7 16

Multidisciplinary Sciences 107 74 15 4 5 4 1 2 2 0 0 Biology 119 21 7 5 12 14 17 13 9 7 14 Cell Biology 118 26 21 19 17 9 6 10 6 2 2 Entomology 113 26 37 19 11 11 4 2 0 1 2 Dermatology 85 31 16 3 9 3 13 6 1 1 2 Plant Sciences 62 24 24 7 3 3 1 0 0 0 0 Pathology 59 6 15 5 6 3 5 6 3 5 5 Biophysics 60 18 7 13 14 4 3 0 1 0 0 Multidisciplinary Chemistry 54 20 16 5 7 4 2 0 0 0 0

Na pesquisa em leishmaniose pode-se observar que os temas parasitology, tropical

medicine e immunology são os mais utilizados ao longo do tempo. Como as categorias estão

relacionadas às revistas científicas, pode-se supor que as revistas nessas áreas ou que contemplam esses tópicos são as que dão maior espaço para publicações sobre o tema LN. Outros temas como veterinary sciences, pharmacology and pharmacy, chemistry, medicinal,

plant sciences, biophysics, chemistry e multidisciplinary não apareceram em um ou mais

períodos. A definição de cada uma dessas categorias é apresentada ao fim deste capítulo. No que diz respeito aos países, como o foco principal da pesquisa e a busca dos dados tiveram como base instituições brasileiras, os números demonstram as parcerias brasileiras. A Tabela 13 exibe os países com maior frequência de colaborações com pesquisadores de instituições brasileiras. A análise de colaborações desses países com o Brasil e a Fiocruz é apresentada mais adiante neste capítulo.

TABELA 13. Número de colaborações do Brasil com outros países País Colaborações País Colaborações

Estados Unidos 497 Uruguai 23 Inglaterra 141 Bélgica 19 Portugal 67 Austrália 18 Espanha 59 Canadá 17 França 59 Sudão 16 Itália 52 Japão 15 Alemanha 44 Peru 14 Argentina 41 Holanda 12 Colômbia 39 Paraguai 10 Escócia 30 Bolívia 10

Suíça 25 Coreia do Sul 9

Índia 24 Tailândia 5

Venezuela 23 Irã 5

Por último apresenta-se uma análise ainda superficial das instituições que mais publicam na área de LN com exceção da Fiocruz, devido ao recorte de busca utilizado, pois poderia causar uma distorção na leitura dos dados. A Fiocruz é a instituição brasileira com maior número de publicações na área, no entanto diversas entidades de ensino federais e estaduais também estão presentes neste trabalho.

Na Tabela 14 são apresentadas as instituições com maior número de publicações na área depois da Fiocruz. Todas elas são instituições de ensino federais ou estaduais.

TABELA 14. Instituições com publicações em leishmaniose no Brasil Instituição

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal de Minas Gerais Universidade de São Paulo

Universidade Federal de Ouro Preto Universidade Federal da Bahia Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Universidade Estadual do Rio de Janeiro Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal de Juiz de Fora Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal do Mato Grosso Universidade Federal do Piauí Universidade Federal de São Paulo