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PARTE II RESULTADOS 76

6   Resultados da pesquisa no SciELO 165

6.2   Determinação de características estruturais e a inspeção visual das redes 175

6.2.2   Redes de colaboração 178

As redes ou sociogramas a seguir são essenciais para a inspeção visual, e sua distribuição ocorreu de forma que fossem ressaltados os resultados que se pretendia demonstrar na discussão destas. A Figura 66 mostra a rede de colaboração em LN, na qual cada nó representa um pesquisador, e as linhas entre dois nós, a colaboração entre eles. As cores nos nós centrais demonstram os subgrupos aos quais estes nós pertencem.

FIGURA 66. Rede de colaboração em leishmaniose

Fonte: elaboração do autor

Legenda: rede de coautoria em leishmaniose representando todos os pesquisadores da rede. No centro da rede estão os nós do componente gigante, todos conectados entre si. Na periferia estão os subgrupos ou nós não conectados ao resto da rede. As cores dos nós representam seus subgrupos tanto no componente gigante quanto externo a eles. Os nós em preto são nós com três colaborações ou menos.

A Figura 66 demonstra o componente gigante e os demais componentes separados da rede. É possível notar que existem grupos relativamente grandes não conectados ao grupo central. Esse fator é fácil de entender, uma vez que as coleções são de diferentes países, que não necessariamente possuem colaboração nesse tema específico. Os pesquisadores ou nós em preto são aqueles com poucas relações que podem ter publicado uma ou poucas vezes e por isso possuem poucas relações com os demais membros da rede.

No que diz respeito ao componente gigante, no centro da rede é possível notar, pelos diferentes subgrupos definidos pelas cores, que mesmo estando conectados eles tendem a se concentrar em grupos menores. Isso pode estar diretamente relacionado a uma ou mais revistas específicas, que tendem a reforçar um ou outro assunto específico.

Na Figura 67 são apresentados os nós da mesma rede anterior, com ênfase no componente gigante e em alguns nós específicos. O tamanho de cada nó está relacionado ao número de colaborações ou grau doe pesquisador nessa rede.

FIGURA 67. Pesquisadores em leishmaniose com maior relevância

Fonte: elaboração do autor

Legenda: sub-rede da rede de colaboração em leishmaniose. As cores dos nós representam os subgrupos formados pelo algoritmo de clusterização e caracterizam uma maior afinidade com os elementos daquele grupo do que com elementos fora do grupo. O tamanho dos nós está relacionado ao número de colaborações do pesquisador na rede. O nome apresentado é o nome do pesquisador segundo disponibilizado pelo SciELO. As linhas entre dois nós representam a colaboração entre os pesquisadores.

No sociograma da Figura 67 é apresentado um recorte da rede de colaboração anterior com o objetivo de avaliar o nome dos pesquisadores e seus colaboradores. Como o SciELO tem o foco da sua indexação nas revistas dos países afiliados, vários dos pesquisadores brasileiros encontrados com grande frequência em revistas internacionais não são tão evidentes nessa análise. Quando se faz uma análise superficial dos pesquisadores que aparecem, vê-se que há uma concentração muito grande de pesquisadores brasileiros, uma vez que a maioria das revistas em LN que apareceu nos resultados era brasileira. Caso fossem analisados os grupos menores, é possível que pesquisadores de outros países ficassem em maior evidência.

Na Figura 68 aparece agora o mesmo tipo de análise feita em LN, mas agora em TB. A rede é uma rede de colaboração científica entre os pesquisadores.

FIGURA 68. Rede de colaboração em tuberculose

Fonte: elaboração do autor

Legenda: rede de coautoria em tuberculose representando todos os pesquisadores da rede. No centro da rede estão os nós do componente gigante, todos conectados entre si. Na periferia estão os subgrupos ou nós não conectados ao resto da rede. As cores dos nós representam seus subgrupos tanto no componente gigante quanto externo a eles. Os nós em preto são nós com três colaborações ou menos.

A Figura 68 mostra a rede de colaboração em TB com um grande grupo central e vários grupos menores na periferia. Uma clara diferença visual na rede TB comparada com LN é a quantidade de pequenos subgrupos, assim como foi visto na Tabela 25. Como existe uma grande quantidade de revistas e países no estudo da TB, essas diferenças aparecem de forma clara na comparação das duas figuras. Outro fator relevante é que o componente gigante ao centro possui dois grandes grupos bem definidos, sendo um azul mais ao centro e um roxo no topo da figura, além de um terceiro em verde logo à direita do azul e bem conectado com ele. Os grupos são bastante densos e demonstram um maior grau de colaboração dos pesquisadores, assim como foi exposto na Tabela 25.

Pode-se descrever a característica dessa rede de colaboração científica como tendo vários subgrupos espalhados em diversas áreas e um grupo central muito conectado e bem dividido entre si.

A Figura 69 demonstra a mesma rede de colaboração em TB, com ênfase no componente gigante e seus atores. Como a rede é mais densa no centro, a visualização dos nomes acaba por ficar um pouco prejudicada.

FIGURA 69. Pesquisadores em tuberculose com maior relevância

Fonte: elaboração do autor

Legenda: sub-rede da rede de colaboração em tuberculose. As cores dos nós representam os subgrupos formados pelo algoritmo de clusterização e caracterizam uma maior afinidade com os elementos daquele grupo do que com elementos fora do grupo. O tamanho dos nós está relacionado ao número de colaborações do pesquisador na rede. O nome apresentado é o nome do pesquisador segundo disponibilizado pelo SciELO. As linhas entre dois nós representam a colaboração entre os pesquisadores.

Na sub-rede apresentada na Figura 69 pode-se ver de forma mais evidente os dois grandes grupos e alguns menores na periferia. No caso do grupo em roxo, pode-se perceber que existe uma pessoa que controla as relações com os demais membros do grupo cujo nome é Tereza Cristina Scatena Villa, o que diferencia um pouco do grupo azul, em que os pesquisadores tendem a ter um grau similar de colaboração, com exceção de um pesquisador, Afrânio Lineu Kritski, que tem forte colaboração com pesquisadores de outros grupos também.