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Análise comparativa dos casos

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5. ANÁLISE DOS DADOS

5.4. Análise comparativa dos casos

Neste tópico será apresentada a comparação dos resultados encontrados nas categorias dos dois casos. As categorias foram numeradas visando à organização, porém não fazem parte da estrutura de tópicos numerados do sumário.

Categoria 1: A dimensão formal e vivencial na busca por conhecimento pessoal

A categoria “A dimensão formal e vivencial na busca por conhecimento pessoal” do caso UC demostra que o conhecimento adquirido por estes indivíduos se dá de forma tácita, a partir das experiências e vivências pessoais e profissionais. Já no caso UT as

experiências vivências não são tão evidenciadas pelos docentes, que destacam mais os aspectos formais como meio de adquirir conhecimentos, através de cursos e formação continuada. Esta diferença pode ser explicada pelo fato dos docentes da UC exercerem funções profissionais na organização vivenciando na prática as rotinas gerenciais do dia a dia. No caso dos docentes da UT , estes desempenham somente a atividade docente, e apesar de muitos terem experiências anteriores em organizações , atualmente eles só tem contato prático com a gestão através de atividades de extensão e consultoria, esporadicamente.

O exposto é representado na Figura 13 que evidencia a relação entre o conhecimento formal e vivencial nos dois casos:

Figura 13 - Relação entre conhecimento formal e vivencial dos grupos estudados Fonte: Elaboração própria

Categoria 2: O papel organizacional na busca por conhecimento pessoal

Já em relação ao papel da organização no processo de construção do conhecimento pessoal os indivíduos da UC destacam que a organização possui grande influência na aquisição de conhecimentos ao disponibilizar os recursos necessários, ao contrário dos indivíduos da UT que não reconhecem o incentivo da instituição em relação a construção do conhecimento individual, apesar de reconhecerem que quando solicitado a organização dispõe de recursos para capacitação, como no caso da UC. Porém, em ambos os casos os indivíduos reconhecem que a iniciativa de desenvolver o

conhecimento pessoal deve partir do indivíduo, sendo a organização vista como um suporte ao fornecer os meios para que isso ocorra. O exposto é apresentado na Figura 14

que evidencia a relação entre o papel da organização e a iniciativa docente na busca por conhecimento pessoal.

Figura 14 - O papel da organização na busca por conhecimento pessoal Fonte: Elaboração própria

Categoria 3: O entendimento da gestão do conhecimento pessoal pelos docentes

Nota-se semelhanças quanto ao entendimento de PKM pelos docentes, pois em ambos os casos os entrevistados apontam que PKM é um processo realizado de modo tácito para gerir os conhecimentos relacionados a vida profissional e pessoal buscando alcançar vantagem competitiva e se manter empregado. A Figura 15 ilustra a definição de PKM apontados pelos entrevistados.

Figura 15 - O entendimento da gestão do conhecimento pessoal pelos docentes Fonte: Dados da pesquisa

Na Figura 15 nota-se que os entrevistados entendem que a gestão do conhecimento pessoal é formada tanto pelos conhecimentos vivenciais, relacionados às experiências, quantos aos conhecimentos relacionados às atividades profissionais e que tais conhecimentos são necessários para que o indivíduo se torne competitivo em sua atividade para que permaneça empregado. Deste modo a PKM no entendimento dos entrevistados é um processo eficaz de gestão dos conhecimentos pessoais necessários para permanecerem no mercado de trabalho e se destacarem diante de outros indivíduos.

Categoria 4: As práticas de gestão do conhecimento pessoal dos docentes

Há semelhanças também quanto às práticas de gestão do conhecimento pessoal encontradas nos dois grupos. Dentre as práticas de PKM encontradas estão a relação com outros indivíduos, os processos desenvolvidos pelos docentes e uso de ferramentas tecnológicas. Quanto à relação com outros indivíduos ou interação pessoal, nos dois grupos os entrevistados afirmam que praticam PKM ao entrarem em contato com seus pares e ao participarem de eventos, sendo que na UC a observação das experiências práticas dos pares é mais destacada, enquanto que na UT a troca de conhecimentos entres os pares é enfatizada, como mostra o Quadro 18.

Quadro 18 - Relação com outros indivíduos na prática de PKM

Caso Relação com outros indivíduos

UT Troca com os pares

Os processos também são identificados pelos dois grupos como práticas comuns de PKM. Os processos utilizados pelo grupo UT se caracterizam como mais estruturados relacionados ao tratamento das informações como, por exemplo, busca, classificação, armazenamento, transmissão. Já os processos utilizados pelos docentes do grupo UC se caracterizam mais por atitudes pessoais e é realizado de forma individualizada como, por exemplo, observação, atualização, vivência prática, e compartilhamento de experiências, por exemplo. Fica evidente também que para os docentes da UT a busca de conhecimentos referenciados é mais relevante do que para os docentes da UC, conforme Quadro 19.

Quadro 19 - Relação dos processos realizados na prática de PKM

Caso Processo

estruturado

Processo Busca por

referências UT Mais Relacionado a tratamento das informações Mais UC Menos Relacionado a atitudes pessoais Indiferente

O uso das ferramentas tecnológicas também é citado como práticas de PKM. O uso de ferramentas como internet, sites, dispositivos de armazenamento de dados, repositório de informações digitais, softwares, mídias, entres outros é mais comum entre os docentes da UC, sendo relatado com menos frequência pelos docentes da UT, como mostra o Quadro 20.

Quadro 20 - Uso de ferramentas tecnológicas no processo de PKM

Caso Uso de ferramentas tecnológicas

UT Menos

Categoria 5: A gestão do conhecimento pessoal aplicada à atividade docente

Em relação às práticas de PKM aplicadas à atividade docente no caso UT destacam-se as atividades de ensino, pesquisa e extensão em que a interação com alunos, comunidade e pares ajudam no desenvolvimento das práticas de PKM. Pelos docentes da UC a relação entre práticas de PKM e atividade docente é apresentada a partir da utilização de exemplos de suas práticas para ilustrar a aula. Nos dois casos os docentes afirmam que os questionamentos dos alunos sevem de base para a busca de conhecimento pessoal. Como os docentes da Universidade Tradicional não exercem atividades práticas as atividades de extensão e algumas eventuais consultorias são citadas como forma de adquirir novas experiências para ilustrar as aulas. Do mesmo modo a preocupação dos docentes da UC em buscarem conhecimentos formais para conceituarem os exemplos práticos faz com que os mesmos procurem cursos para se atualizarem.

Quadro 21 - PKM aplicada a atividade docente

Caso Conhecimento formal

utilizado na atividade docente

Experiências práticas como exemplos nas aulas

Interação com alunos como forma de buscar conhecimento pessoal

UT Mais Menos Sim

UC Menos Mais Sim

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