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PARTE II ESTUDO EMPÍRICO

CAPITULO 5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

5.1. ANÁLISE COMPONENTES PRINCIPAIS

Inicialmente, tentou-se estabelecer, para o ano de 2011, uma relação utilizando todos os indicadores em simultâneo, de modo a que através desta técnica os indicadores estudados fossem agrupados em fatores explicando sinteticamente as correlações existentes entre eles.

A ACP identificou fatores que possuem valor reduzido de modo a que os mesmos não se relacionem entre si atingindo resultados medíocres, como se pode verificar na tabela seguinte:

Tabela 1 - Correlações

Matriz de correlações a,b a. Determinante =,000

b. Essa matriz não é positiva definida.

O teste de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) que nos indica o grau de explicação dos dados a partir dos fatores encontrados na ACP, não apresentava resultados.

Foram excluídos três indicadores: Autonomia Financeira (AF); Tesouraria (TES) e CasH-Flow. Retirados os indicadores da análise (AF; TES e CasH-Flow), iniciou-se nova tentativa para se obter uma análise satisfatória com 29 indicadores.

Obteve-se um teste KMO 0,675, indicador de um baixo poder de explicação entre os fatores e os indicadores, embora o teste de significância (sig) apresente 0,000, valor de referência para existir relação suficiente entre os indicadores e ser possível a ACP.

Tabela 2 - Teste KMO e Bartlett

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem. ,675

Teste de esfericidade de Bartlett

Aprox. Qui-quadrado 14585,520

df 406

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Apesar do teste de esfericidade indicar a possibilidade de aplicação da ACP nas variáveis analisadas, preferiu-se aumentar o poder de explicação dos fatores, retirando algumas variáveis da análise. Assim, recorrendo à tabela anti-imagem, retiram-se numa primeira fase 8 variáveis, cujos valores eram inferiores a 0,50, valores considerados pequenos para análise e possíveis de se extraírem, passando assim, para 21 variáveis. O teste KMO melhorou significativamente, para 0,735, valor bastante superior ao atingido anteriormente.

Tabela 3 - Teste KMO e Bartlett

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de amostragem. ,735

Teste de esfericidade de Bartlett

Aprox. Qui-quadrado 12323,965

df 210

Sig. ,000

O teste de esfericidade continua a validar a AF. Novamente, recorrendo à tabela anti- imagem, foram retirados os indicadores com valores explicativos inferiores a 0,50, passando, então, para 18 variáveis.

O valor obtido no teste KMO (Kaiser-Meyer-Olkin) é de 0,715, valor que qualifica a ACP como média/alta, permitindo a persecução da mesma. Os valores individuais de cada indicam índices superiores a 0,50, o que valida a utilização de todos os indicadores em todos os testes submetidos.

Tabela 4 - Teste KMO e Bartlett

Medida Kaiser-Meyer-Olkin de adequação de

amostragem. ,715 Teste de esfericidade de Bartlett Aprox. Qui-quadrado 11714,236 df 153 Sig. ,000

A tabela 14 - (Matriz anti-imagem) constante do anexo, permite realizar uma análise do poder de explicação dos fatores em relação a cada indicador, como se pode constatar na

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tabela MSA (MeasuresofSamplingAdquacy) que apresenta valores para todos os indicadores superiores a 0,50.

Usou-se a ACP pois, deste modo, é possível identificar uma combinação linear entre as variáveis, de forma que essa variância seja explicada por tal combinação e optou-se pela rotação varimax, para que se formem fatores não correlacionados.

Desta forma, admite-se ter-se concluído um grau de relacionamento entre as variáveis que através de ACP foram agrupadas em cinco fatores apresentados na tabela seguinte, que representam 85,78% das variáveis. Importa, assim, identificar quais as variáveis que fazem parte de cada fator.

Tabela 5 - Variância total explicada

Componente

Somas de extração de carregamentos ao quadrado

Somas rotativas de carregamentos ao quadrado

Total

% de

variância % cumulativa Total

% de variância % cumulativa 1 5,329 29,604 29,604 4,113 22,850 22,850 2 4,057 22,541 52,145 3,916 21,756 44,606 3 3,477 19,315 71,460 3,612 20,069 64,675 4 1,432 7,953 79,413 2,123 11,796 76,471 5 1,146 6,367 85,780 1,676 9,309 85,780

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

Nas tabelas que a seguir se expõem apresenta-se a associação das variáveis dos diferentes fatores, de modo a obter-se uma interpretação mais exata de cada um.

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Tabela 6 - Matriz de componente a Tabela7 - Matriz de componente rotativa b

Componente Componente 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 MB ,704 -,341 ,543 RI ,933 CE -,371 ,389 -,602 MB ,931 END ,585 ,322 -,471 ,384 C. C/VN ,929 DtER ,877 ,444 PMP ,770 LG -,582 -,309 ,617 PMR ,707 LR -,571 -,317 ,631 RCP ,993 LI -,514 ,527 ECP ,990 RAL -,470 ,742 DtER ,986 RLV -,825 ,405 ROE ,979 ROE ,867 ,448 LR ,966 RI ,704 -,344 ,547 LG ,954 GP ,608 -,346 -,483 LI ,832 FM -,466 ,543 FM ,752 PMR ,387 ,377 ,410 GP -,791 PMP ,762 RAL ,791 RCP ,885 ,441 RLV ,769 ECP ,879 ,451 CE ,867 C C ,827 ,395 END. -,679

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

Método de Extração: Análise de Componente Principal.

Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser.a

a. 5 Componentes extraídos. b. Rotação convergida em 6 iterações.

Deste modo, é possível concluir que:

- O fator 1 é composto pelas variáveis: RI; MB, C.C/VN; PMP e PMR; - O fator 2 é composto pelas variáveis: RCP, ECP, DtER e ROE; - O fator 3 é composto pelas variáveis: LR, LG e LI;

- O fator 4 é composto pelas variáveis: GP, RAL, RLV; - O fator 5 é composto pelas variáveis: CE, END.

(O significado destas siglas pode ser encontrado no mapa dos indicadores financeiros Pag. 54)

No modelo é possível interpretar o primeiro fator como sendo “funcionamento”; o segundo pode ser interpretado como “Autonomia financeira”; o terceiro como “liquidez”; o quarto interpreta-se como fator de “rendibilidade”; e o fator quinto como “endividamento”.

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H1– Com base na análise de componentes principais é possível reduzir o

número de indicadores necessários para a avaliação financeira das farmácias;

Foi portanto reduzido o número de variáveis de 32 rácios para 17 construindo, a partir da ACP, 5 dimensões que serão testadas seguidamente na Análise Discriminante a fim de determinar se, em conjunto, conseguem distinguir no setor farmacêutico entre empresas estáveis e empresas em situação de falência.