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PARTE I REVISÃO DA LITERATURA

CAPÍTULO 2. ANÁLISE ECONÓNICO-FINANCEIRA

2.2. ANÁLISE FINANCEIRA

Desde os tempos mais remotos, sempre existiu a necessidade de se avaliar o património das empresas.

Para Matarazzo (2010), a análise das demonstrações financeiras é importante na tomada de decisões, uma vez que esta expõe aspetos relevantes a respeito da empresa, tais como: situação financeira e económica, desempenho, pontos fortes e fracos, adequação das fontes às aplicações de recursos, evidências de erros na administração, avaliação de alternativas económico-financeiras futuras e outras.

Para Fernandes et al (2012). A análise financeira está direcionada para a recolha de informação de natureza económico-financeira, para o seu tratamento e o seu estudo de modo a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base à tomada de decisões por parte dos gestores financeiros, e como consequência o principal objetivo centraliza-se no valor da empresa.

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De acordo com Gonçalves et al (2012), aanálise financeira abrange um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos sobre a situação financeira de uma empresa, assim como previsões sobre o seu desempenho futuro. O facto de se recorrer à análise financeira é de extrema importância para diversos stakeholders - grupos interessados numa boa gestão empresarial, sabendo que todos os interessados para além das organizações são osfornecedores, os clientes, os investidores, os Mutuantes, oEstado, o público e osempregados, conforme se observa na figura:

Figura 10 - Utilizadores da informação financeira. Fonte: Gonçalves et al

No pensamento do mesmo autor a análise financeira procura reflectir sobre o desempenho histórico das empresas e avaliar a sua capacidade financeira, bem como a sua estabilidade, viabilidade e rentabilidade, em função da conjuntura atual e futura. Procura, ainda, analisar se os capitais investidos pelos empresários, as despesas de desinvestimento e as de funcionamento estão a ser remunerados pelos rendimentos gerados num dado período de tempo.

De acordo com Neves (2012), os analistas financeiros dedicam-se a estudar as condições de equilíbrio financeiro das empresas. Tal como afirma, o equilíbrio

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financeiro é usado para analisar o modo de financiamento no investimento e na gestão do ciclo de exploração da empresa.

Para estes autores, a avaliação e interpretação da situação económico-financeira de uma empresa centra-se nas seguintes questões fundamentais:

Equilíbrio Financeiro – Principais vertentes  Fundo de Maneio (F.M.)

 Necessidades de Financiamento (N.F)

 Tesouraria.

Rendibilidade dos Capitais – Permite determinar o retorno investido pelos

acionistas e ajuda a determinar a capacidade das empresas para gerar lucros a partir dos ativos.

Crescimento – É a capacidade das empresas gerarem riqueza; tem um impacto

positivo sobre os seus lucros, promovendo a prosperidade.

Risco – Possibilidade de perda. Segundo Neves (2012:401) “quanto maior é a

possibilidade de perda, maior é o risco.

Valor criado pela gestão – A Gestão tem como principal função identificar

sucessos e fracassos e desenvolver açõescorretivas para fortalecer o sucesso da empresa (Carvalho, 2008).

Gonçalves et al (2012) referenciam que, apesar das diferenças entre as empresas que operam no mercado, as técnicas usadas para avaliação baseiam-se fundamentalmente num conjunto de informações económico-financeiras, a partir do exame de documentos contabilísticos ou extra contabilísticos.

Para Fernandes et al (2012), a análise financeira está direcionada para a recolha de informação económico-financeira, para o seu tratamento e o seu estudo, de modo a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base á tomada de decisões por

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parte dos gestores financeiros e, como consequência, o principal objetivo centraliza-se no valor da empresa. Acrescenta, ainda, que a análise financeira requer um conhecimento relevante da prática contabilística, bem como do domínio do referencial contabilístico utilizado pelas empresas, tornando-se necessário o entendimento de princípios e normas que constituem o fundamento concetual do modelo contabilístico.

Assim, os instrumentos de base da análise financeira tendem a ser basicamente a informação financeira divulgada pelas empresas de natureza maioritariamente contabilística mas também de natureza extra contabilística.

Segundo Matarazzo, (2010), as empresas, na sua gestão corrente, usam como método a comparação de demonstrações financeiras, recorrendo a técnicas de composição patrimonial, liquidez e rentabilidade. Isto é, seguem procedimentos preconizados pela análise financeira, que é um processo baseado num conjunto de técnicas que têm por fim avaliar e interpretar a situação económico-financeira de uma empresa.

Na prespetiva de Giner (2000), o rigor contabilístico e a veracidade das demonstrações financeiras, tão necessários para o fiel cumprimento dos objetivos a que as mesmas se propõem, estarão dependentes do equilíbrio “ótimo” entre as características qualitativas que se pretende observadas pela informação financeira produzida, para o que “se impõe um juízo profissional acerca da importância relativa das características em cada caso concreto”.

Para que os analistas possam verificar a situação económico-financeira de uma empresa, é fundamental o recurso a alguns indicadores. Os mais utilizados são aqueles que assumem a forma de rácios, por possuírem uma informação mais expressiva, pois permitem, com mais facilidade, estabelecer comparações, detetar pontos fortes e pontos fracos nas empresas.

Para Pereira et al (2007), os rácios apresentam como principais vantagens a facilidade tanto de cálculo como de comparabilidade.

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Para Siddiqui (2005), os rácios são úteis na obtenção de informação financeira e instrumentos valiosos para analistas financeiros, sejam eles internos ou externos à empresa.