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Para avaliar o consumo de nutrientes entre os estratos socioeconômicos alto e baixo foram aplicados métodos paramétricos e não- paramétricos. Nas variáveis quantitativas, quando as amostras apresentaram homocedasticidade, foi aplicado o teste t de Student. Quando as variáveis quantitativas apresentaram heterocedasticidade foi aplicado um método não- paramétrico, o teste U de Mann-Whitney. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste do Qui-dradrado (Mantel-Haenszel).

Fixou-se o nível de significância alfa = 0,05 ou 5% para rejeição da hipótese de nulidade, assinalando-se com asterisco os valores estatisticamente significantes. Todos procedimentos computacionais foram realizados pelos programas EPIINFO versão 6.04 (Dean et al., 1994) e SigmaStat for Windows® versão 2.0 (SPSS, 1997).

Na Tabela 1 são apresentadas as características gerais das famílias e das crianças segundo o estrato socioeconômico. Com relação ao sexo e a faixa etária dos lactentes, não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. Todas as mães do grupo ESEA e 86% (32/37) do grupo ESEB tinham idades superior a 20 anos, e a diferença entre os estratos foi estatisticamente significante.

Mais da metade das mães do ESEA (27/41) e 43% das mães do grupo do ESEB (16/37) possuíam escolaridade de mais de 12 anos sendo a diferença estatisticamente significante.

Com relação ao número de moradores da casa e a ordem de nascimento dos filhos, não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos estudados.

A Tabela 2 mostra o consumo de leites pelos lactentes segundo o estrato socioeconômico. A maioria das crianças não consumia leite materno durante o inquérito e utilizava leite de vaca integral, no entanto não houve diferença estatisticamente significante entre os dois estratos estudados. Aleitamento materno exclusivo por três a seis meses foi observado em 63% (26/41) dos lactentes do grupo do ESEA e em 81% (30/37) do grupo ESEB. Apenas 7% (3/41) dos lactentes do ESEA realizaram aleitamento materno exclusivo por mais de seis meses, porém no momento do inquérito, nenhum encontrava-se sob aleitamento materno exclusivo.

Na Tabela 3 são apresentados os resultados referentes ao peso e a estatura. O estudo estatístico mostrou que os escores Z de peso-idade e estatura-idade foram superiores no grupo do ESEA. Considerando o ponto de corte de -2,0 desvios-padrão, constatou-se déficit de estatura-idade em 10,8% (4/37) nas crianças do ESEB e 2,4% (1/41) nas crianças do ESEA. Os percentuais de excesso de peso foram similares em ambos os grupos, para o indicador peso-estatura (> +2,0 desvios-padrão).

Tabela 1 - Características gerais dos grupos dos estratos socioeconômicos alto e baixo Estrato Socioeconômico p 1 Baixo (n = 37) Alto (n = 41) n % n % Sexo Masculino Feminino 18 19 48,6 51,4 26 15 63,4 36,6 0,191 Faixa etária 6 ├ 12 meses 12 ├┤18 meses 18 19 48,6 51,4 20 21 48,8 51,2 0,990 Idade materna < 20 anos ≥ 20 anos 32 5 13,5 86,5 41 0 100,0 0,0 0,015* Escolaridade materna 4├ 8 anos 8├ 12 anos ≥ 12 anos 8 13 16 21,6 35,2 43,2 1 13 27 2,4 31,8 65,8 0,017* Moradores da casa ≤ 3 pessoas 4├┤ 6 pessoas > 6 pessoas 13 15 9 35,2 40,5 24,3 10 22 9 24,4 53,6 22,0 0,468 Ordem de nascimento Primogênito Não primogênito 19 18 51,4 48,6 21 20 51,2 48,8 0,990

Tabela 2 - Consumo de leite materno e outros leites pelos lactentes de acordo com o estrato socioeconômico

Estrato Socioeconômico p 1 Baixo (n = 37) Alto (n = 41) n % n % Aleitamento materno durante o inquérito Sim Não 16 21 43,2 56,8 12 29 29,3 70,7 0,201 Consumo de leite artificial

Fórmula Infantil

Leite de vaca integral 26 9 25,7 74,3 13 28 31,7 68,3 0,569 Duração do aleitamento natural exclusivo Não < 3meses 3├┤ 6 meses > 6 meses 4 3 30 0 10,8 8,1 81,1 0,0 6 6 26 3 14,6 14,6 63,5 7,3 NA

1- Teste do Qui-quadrado com a correção de Mantel- Haenszel NA: não analisável

Tabela 3 - Escores Z de peso para a idade, estatura para idade, peso para a estatura e do índice de massa corpórea de acordo com o estrato socioeconômico

Estrato Socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41)

Peso-idade

Média ± DP do escore Z +0,39 ± 0,39 +0,99 ± 1,35 0,0261* Peso baixo/ idade

N (%) < -2 DP 0 (0,0) 0 (0,0) Peso adequado/idade N (%) ≥ -2 DP e < +2 DP 35 (94,6) 33 (80,5) NA Peso elevado/idade N (%) ≥ + 2 DP 2 (5,4) 8 (15,0) Estatura-idade Mediana (P25 e P75) do escore Z (-0,83; +1,15) +0,03 (-0,03; +1,40) +0,94 0,0142 * Baixa estatura N (%) < -2 DP 4 (10,8) 1 (2,4)

Estatura adequada /idade

N (%) ≥ -2 DP e < +2 DP 33 (89,2) 40 (97,6) 0,9423 Peso-estatura

Média ± DP do escore Z +0,61 ± 0,97 +0,65 ± 1,12 0,8641 Peso baixo/ estatura

N (%) < -2 DP 0 (0,0) 0 (0,0) Peso adequado/estatura N (%) ≥ -2 DP e < +2 DP 33 (89,2) 34 (82,9) NA Peso elevado/estatura N (%) ≥ +2 DP 4 (10,8) 7(16,9) 1. teste t de Student; 2. teste U de Mann-Whitney;

A Tabela 4 mostra os resultados das estimativas de ingestão diária com base na média de dois inquéritos alimentares de 24 horas. Não se encontrou diferença estatística entre os dois grupos quanto à ingestão de energia, proteínas, lipídios, carboidratos, fibra alimentar e ferro. Por sua vez, o grupo do ESEB apresentou maior consumo de sódio, sendo a diferença estatisticamente significante.

A Tabela 5 mostra a contribuição percentual do almoço e do jantar em relação ao total da ingestão diária com base nos valores do inquérito alimentar. Não se constatou diferença estatisticamente significante na comparação do grupo do ESEB com o do ESEA. Assim, o almoço e o jantar, em ambos os grupos, são fonte de aproximadamente 35% da energia, 55% das proteínas, 30% dos lipídios, 30% dos carboidratos, 50% da fibra alimentar, 60% do ferro e 75% do sódio. A estimativa de consumo de fibra alimentar que foi maior no almoço dos lactentes pertencentes ao estrato socioeconômico baixo.

A Tabela 6 mostra a distribuição da ingestão de energia, sódio e carboidratos dos lactentes estudados, respectivamente, como percentagem de adequação em relação ao EER e ao AI. Quanto à energia, 86,5% e 92,7% dos lactentes dos grupos do ESEB e ESEA respectivamente apresentaram estimativa de ingestão de energia acima de 120% do EER. Com relação ao sódio, 91,9% do grupo ESEB e 80,5% do ESEA apresentaram estimativa de consumo de sódio acima de 120% do AI. Com relação aos carboidratos, 81% e 83% dos lactentes dos estratos baixo e alto respectivamente apresentaram estimativa de ingestão acima de 120% do EER.

Na Tabela 7 são comparadas as estimativas de ingestão de proteínas e ferro com os valores do EAR e do RDA. Todos os lactentes, de ambos os grupos, apresentaram consumo de proteínas superior ao RDA de acordo com as informações obtidas no inquérito alimentar. Quanto ao ferro, 46,0% do grupo do ESEB e 51,2% do grupo do ESEA apresentaram estimativa de consumo acima do RDA.

Tabela 4 - Estimativa de ingestão diária de acordo com a média de dois inquéritos alimentares de 24 horas segundo o estrato socioeconômico Estrato socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41) Energia (Kcal)1 1386 ± 328 1378 ± 395 0,919 Proteínas (g)1 56 ± 16 60 ± 21 0,462 Lipídios (g)1 45 ± 14 45 ± 15 0,914 Carboidratos (g)2 200 (139-242) 177 (140-243) 0,631 Fibra alimentar (g)2 11,5 (9-14) 13 (9-18) 0,267 Ferro (mg/24h)1 9 ± 4 11 ± 6 0,267 Sódio (mg/24h)2 1556 (1094-2241) 1250 (738-1868) 0,020*

1. Média e desvio-padrão, teste t de Student

Tabela 5 - Contribuição percentual do almoço e do jantar em relação à ingestão total diária com base nos valores do inquérito alimentar segundo o estrato socioeconômico

Nutrientes Baixo (n=37) Estrato Socioeconômico Alto (n=41) p Energia (kcal) % almoço1 18,7 ± 8,2 18,5 ± 7,2 0,829 % jantar1 17,0 ± 7,2 17,9 ± 6,3 0,593 % almoço + % jantar1 35,2 ± 14,6 36,4 ± 12,0 0,692 Proteínas (g) % almoço1 29,8 ± 13,7 31,0 ± 13,6 0,705 % jantar2 19,3 (16,1-30,5) 29,4 (20,0-36,2) 0,024* % almoço + % jantar1 53,4 ± 19,2 59,2 ± 20,0 0,191 Lipídios (g) % almoço2 13,5 (7,96-19,2) 14,8 (10,7-20,1) 0,136 % jantar2 12,8 (10,5-17,0) 16,2 (11,0-21,9) 0,040* % almoço + % jantar2 26,3 (20,1-35,7) 32,8 (22,7-42,5) 0,073 Carboidratos (g) % almoço1 16,2 ± 7,9 14,6 ± 6,4 0,326 % jantar1 15,7 ± 8,6 14,2 ± 6,5 0,383 % almoço + % jantar1 31,9 ± 15,4 28,8 ± 11,2 0,308 Fibra alimentar (g) % almoço2 35,1 (23,6-52,7) 22,9 (14,7-38,4) 0,008* % jantar2 23,6 (15,0-2,5) 22,6 (14,4-2,26) 0,759 % almoço + % jantar2 55,2 (49,0-84,0) 45,8 (29,1-71,6) 0,033* Ferro (mg/24h) % almoço2 30,4 (21,1-48,0) 27,7 (18,2-41,5) 0,459 % jantar2 27,5 (11,9-41,5) 25,2 (18,4-32,9) 0,841 % almoço + % jantar1 62,8 ± 26,4 59,1 ± 23,9 0,512 Sódio (mg/24h) % almoço2 42,2 (30,5-52,5) 39,4 (27,8-46,6) 0,423 % jantar1 28,3 ± 15,1 30,8 ± 13,4 0,428 % almoço + % jantar2 73,0 (55,2-86,4) 79,2 (57,4-84,8) 0,912

1. Média e desvio-padrão, teste t de Student

Tabela 6 - Distribuição dos lactentes de acordo com o percentual de adequação da ingestão de energia em relação ao EER e de sódio e carboidratos em relação ao AI segundo o estrato socioeconômico Estrato Socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41) Energia (kcal) <80% 01 (2,7%) 0 (0,0%) 80% – 120% 04 (10,8%) 03 (7,3%) 0,4831 > 120% 32 (86,5%) 38 (92,7%) Sódio (mg/24h) <80% 03 (8,1%) 03 (7,3%) 80% – 120% 0 (0,0%) 05 (12,2%) 0,0891 > 120% 34 (91,9%) 33 (80,5%) Carboidratos (g) <80% 0 (0,0%) 0 (0,0%) 80% – 120% 7 (18,9%) 7 (17,1%) NA1 > 120% 30 (81,1%) 34 (82,9%)

1. Teste do Qui- quadrado; NA: não analisável

EER: valores de referência para ingestão de energia (IOM, 2001/2005). AI: valores de referência para ingestão de sódio (IOM, 2001/2005).

Tabela 7 - Distribuição dos lactentes de acordo com os valores de ingestão alimentar de proteínas e ferro em relação ao EAR, RDA e UL das Dietary Reference Intakes segundo o estrato socioeconômico

Nutrientes Baixo (n=37) Estrato Socioeconômico Alto (n=41) p Proteína (g)

< -2,0 DP do EAR 0 (0,0%) 0 (0,0%)

≥ -2,0 DP do EAR até EAR 0 (0,0%) 0 (0,0%) NA

≥ EAR até o RDA 0 (0,0%) 0 (0,0%)

> RDA 37 (100,0%) 41 (100,0%)

Ferro (mg/24h)

< -2,0 DP do EAR 2 (5,4%) 3 (7,3%)

≥ -2,0 DP do EAR até EAR 2 (5,4%) 8 (19,5%) 0,1501 ≥ EAR até o RDA 16 (43,2%) 10 (24,4%)

> RDA 17 (46,0%) 21 (51,2%)

1. Teste do Qui-quadrado; NA: Não analisável.

EAR: valores de referência para ingestão de proteínas e ferro (IOM, 2001/2005). RDA: valores de referência para ingestão de proteínas e ferro (IOM, 2001/2005).

Na Tabela 8 são apresentados os resultados das análises químicas de macronutrientes, energia, fibra alimentar, ferro e sódio dos alimentos preparados para o almoço dos lactentes segundo o estrato socioeconômico. Estudo estatístico revelou que os alimentos preparados para as crianças do ESEB apresentavam maior quantidade de sódio em relação ao grupo do ESEA, sendo a diferença estatisticamente significante.

A Tabela 9 avalia a adequação dos nutrientes do almoço de lactentes, segundo as análises químicas, em relação aos padrões de referência. Observou-se que no ESEA houve maior número de amostras com adequação de sódio (68,3%; 28/41) em relação ao grupo do ESEB (10,8%; 4/37). O conteúdo de ferro foi inadequado na totalidade das amostras dos estratos socioeconômicos estudados, uma vez que, estavam abaixo das recomendações da Comunidade Européia. Não se observou diferença entre os grupos quanto à adequação de energia, proteínas e lipídios.

A Tabela 10 mostra a variação relativa (delta percentual) entre as médias de adequação dos nutrientes contidos nas refeições de lactentes provenientes das análises químicas em relação aos padrões de referência nos dois estratos socioeconômicos. Em relação à energia, lipídios e ferro não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos estudados. No entanto, com relação às proteínas, apesar de ter havido adequação do conteúdo das mesmas na maioria das amostras avaliadas laboratorialmente, as amostras do ESEA apresentaram delta percentual médio igual a 146% e o grupo do ESEB 110%, em relação ao preconizado pela Comunidade Européia, sendo a diferença entre os dois grupos estatisticamente significante. Em relação ao consumo de sódio, as amostras do ESEA apresentaram em média 35% a mais do teor de sódio e as amostras do ESEB apresentaram 82% mais de conteúdo de sódio em relação aos valores preconizados pela Comunidade Européia. O estudo estatístico revelou diferença entre os dois grupos.

A Tabela 11 apresenta as médias da contribuição percentual dos macronutrientes na composição do valor energético total das preparações para o almoço de lactentes, segundo as análises químicas. Apenas as médias das contribuições dos carboidratos situaram-se dentro da faixa esperada. Apesar da média do grupo do ESEB ser maior do que do grupo do ESEA, o estudo estatístico não mostrou significância (p = 0,066). Ambos os grupos apresentaram

média de proteína superior à faixa recomendada, sendo os valores do grupo do ESEA maiores do que do grupo do ESEB (p = 0,035). Por sua vez, a média da contribuição dos lipídios situou-se abaixo do recomendado (p = 0,505).

A Tabela 12 mostra a adequação de cada amostra de refeição preparada para o almoço em relação à composição preconizada pelas DRIs. Apenas duas amostras pertencentes ao grupo ESEA apresentaram adequação simultânea dos três macronutrientes. Excesso de proteínas e déficit de lipídios foram constatados em 66,7% (52/78) do total de amostras analisadas, sendo os percentuais semelhantes em ambos os grupos.

Tabela 8 - Composição química de acordo com a análise laboratorial dos alimentos preparados no domicílio para o almoço de lactentes segundo o estrato socioeconômico

Por 100 gramas do alimento Estrato socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41) Água (g)1 79,0 ± 7,5 80,3 ± 7,7 0,451 Proteínas (g)2 4,3 (3,1 - 7,3) (2,7 - 7,9) 4,9 0,681 Lipídios (g)2 1,4 (0,6 - 2,4) (0,6 - 2,4) 1,6 0,795 Carboidratos (g)1 10,9 ± 4,3 9,0 ± 4,5 0,078

Resíduo mineral fixo (g)1 1,2 ± 0,4 1,1 ± 0,4 0,066

Fibra alimentar (g)2 1,5 (1,1 - 2,1) (1,2 - 2,6) 1,8 0,139 Energia (Kcal)1 80,6 ± 33,7 74,1 ± 33,0 0,395 Ferro (mg)2 1,3 (0,9 - 1,5) (1,1 - 1,8) 1,5 0,184 Sódio (mg)1 363,2 ± 148,3 269,3 ± 138,0 0,005*

1. Média e desvio-padrão, teste t de Student

Tabela 9 - Adequação do teor de energia, proteínas, lipídios, ferro e sódio segundo a análise química dos alimentos preparados para o almoço de lactentes em relação às recomendações da Comunidade Européia e do Ministério da Saúde do Brasil segundo o estrato socioeconômico

Estrato socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41)

Energia

(pelo menos 70 kcal/100 g)2 (70,2%) 26 (56,1%) 23 0,1993 Proteínas

(pelo menos 3,0 g/100 kcal)1 (95,0%) 35 (97,6%) 40 0,4993 Lipídios

(até 4,5 g/100 kcal)1 (95,0%) 35 (97,6%) 40 0,4993 Ferro

(pelo menos 6,0 mg/100 g)1 (0,0%) 0 (0,0%) 0 analisável Não Sódio

(até 200 mg/100 g)1 (10,8%) 4 (68,3%) 28 0,027*3

1. Diretrizes da Comunidade Européia, 2006 2. Ministério da Saúde, 1998

Tabela 10 - Variação relativa (Δ% - delta percentual) dos valores obtidos por análise laboratorial em relação às recomendações da Comunidade Européia ou do Ministério da Saúde do Brasil dos alimentos preparados para o almoço de lactentes segundo o estrato socioeconômico Estrato socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41) Δ% de Energia (Kcal/100 g)1 15 ± 48,16 6 ± 47,43 0,395 Δ% de Proteína (g/100 Kcal)1 110 ± 70,98 146 ± 75,4 0,035 Δ% de Lipídios (g/100 Kcal)1 -53 ± 28,55 -50 ± 23,85 0,484 Δ% do Ferro (mg/100 g)2 -78 (-75,00; -83,75) -75 (-70,00; -81,67) 0,185 Δ% do Sódio (mg/100 g)1 82 ± 74,17 35 ± 69,00 0,005*

1. Média e desvio-padrão, teste t de Student

2. Mediana e percentis 25 e 75, teste U de Mann-Whitney

Delta percentual = Δ% = valor medido - valor esperado (padrão de referência) x 100 valor esperado

Tabela 11 - Média da distribuição percentual de energia dos macronutrientes nos alimentos preparados para o almoço segundo as análises químicas em dois estratos socioeconômicos em relação ao estabelecido pelas DRIs

Estrato socioeconômico p Baixo (n=37) Alto (n=41)

Proteínas (faixa esperada: 5-20%)1 25,2 ± 8,5% 29,5 ± 9,1% 0,035*

Lipídios (faixa esperada: 30-40%)1 18,9 ± 11,6% 21,6 ± 9,7% 0,505

Carboidratos (faixa esperada: 45-65%)1 55,8 ± 14,5% 49,9 ± 13,2% 0,066

Tabela 12 - Distribuição das refeições preparadas para o almoço de lactentes segundo a quantidade de proteínas, lipídios e carboidratos em relação aos valores recomendados pela DRIs de acordo com o estrato socioeconômico

Estrato socioeconômico Total (n = 78) Baixo (n=37) Alto (n=41)

Proteínas adequadas, lipídios

adequados carboidratos adequados (0,0%) 0 (4,9%) 2 (2,6%) 2 Proteínas em excesso, déficit de

lipídios e carboidratos adequados (43,2%) 16 (41,4%) 17 (42,3%) 33 Proteínas em excesso, déficit de

lipídios e déficit de carboidratos (13,5%) 5 (19,5%) 8 (16,7%) 13 Proteínas adequadas, déficit de

lipídios e carboidratos em excesso (16,2%) 6 (7,3%) 3 (11,5%) 9 Proteínas em excesso, lipídios

adequados e déficit de carboidratos (10,8%) 4

4 (9,6%)

8 (10,3%) Proteínas em excesso, déficit de

lipídios e excesso de carboidratos (8,1%) 3 (7,3%) 3 (7,7%) 6 Proteínas adequadas, déficit de

lipídios e carboidratos adequados (5,4%) 2 (2,5%) 1 (3,8%) 3 Proteínas adequadas, excesso de

lipídios e déficit de carboidratos (2,7%) 1 (2,5%) 1 (2,6%) 2 Proteínas adequadas, déficit de

lipídios e déficit de carboidratos (0,0%) 0 (2,5%) 1 (1,3%) 1 Proteínas em excesso, excesso de